Este artigo aborda um tema complexo e cada vez mais polêmico no meio ufológico, as abduções de humanos por extraterrestres, que se acredita serem assistidas ou realizadas conjuntamente por militares terrestres – mais precisamente norte-americanos. Procuraremos também analisar a questão da inserção de implantes ou chips em abduzidos, supostamente por ação de alienígenas, e a alegação de que militares dos EUA conduzem procedimentos médicos para remover cirurgicamente tais dispositivos e investigá-los através de várias técnicas. A investigação desse tópico durou anos, período em que foram contatados pesquisadores do assunto em vários países, dos quais recebemos grande apoio para a realização desse trabalho. Também divulgamos aqui as descobertas preliminares do chamado Projeto Milab [Do termo em inglês military abductions, abduções militares], que mostram as evidências de raptos ainda mais complexos que aqueles realizados por extraterrestres assistidos por militares. São aqueles realizados somente por militares, camuflados de forma a parecem, para as vítimas, abduções normais. Nesses casos, sofisticados procedimentos psíquicos e eletrônicos têm sido usados com sucesso.
Como se sabe, as abduções realizadas por seres extraterrestres são um fenômeno complexo e muito peculiar. Para céticos, jornalistas e público em geral é difícil acreditar que seqüestros alienígenas tenham bases na realidade física do dia a dia. Notícias sobre aliens entrando nos quartos de suas vítimas pelas paredes e levando-as através de janelas fechadas para naves estacionadas no lado de fora – como o Caso Linda Cortile, ocorrido em Nova York, em 1989, e investigado pelo consultor da Revista UFO e autor aclamado Budd Hopkins –, são questões controversas até mesmo para pesquisadores com a mente mais aberta.
Entretanto, os estudiosos têm mostrado que tais fenômenos não podem ser explicados como uma alucinação psicológica ou ilusão de massa. As décadas de pesquisas sobre as abduções trouxeram muitas respostas para o Fenômeno UFO, mas também muitas perguntas novas. Uma delas é um tema recentemente alçado à condição de polêmica em todo o globo: alguns abduzidos alegam que foram raptados também por militares e por funcionários de agências de inteligência dos EUA, como a CIA e o FBI, e levados para hospitais ou bases militares secretas no solo ou subsolo. Tais alegações podem parecer estranhas, mas o número de pessoas que afirmam tais fatos cresce a cada dia – e nem todos os livros que tratam de abduções mencionam tais experiências.
Militares operando junto a aliens — Em tais casos, é especialmente desconcertante o fato dos abduzidos se lembrarem de ter visto militares e pessoas da inteligência junto a alienígenas, trabalhando lado a lado nas bases secretas às quais foram levados. A presença de militares norte-americanos ocupando as mesmas instalações governamentais onde operam que seres extraterrestres ultrapassa a resistência dos céticos e rompe até mesmo a mente aberta de muitos pesquisadores. Os primeiros preferem acreditar que histórias de alienígenas e militares em bases subterrâneas do governo são apenas invenções de pessoas alucinadas ou que desejam chamar a atenção da imprensa e dos ufólogos, por motivos desconhecidos ou meramente psiquiátricos. Alguns analistas sugerem até mesmo que esses casos são evidências de que todos os fenômenos de abduções por ETs sejam encenações feitas pela comunidade da inteligência para encobrir seus experimentos ilegais com seres humanos. Outros investigadores lutam para que tais histórias sejam ignoradas, já que representam apenas uma pequena fração dos casos. Este autor, por outro lado, considera as abduções em que humanos alegam ter sido raptados por militares importantes por duas razões. Primeiramente, se a comunidade ufológica tem evidências do acobertamento do Fenômeno UFO por parte dos militares e da inteligência, por estarem envolvidos com as abduções, saberíamos que tal fenômeno representa de fato um problema de gravidade para a segurança nacional [Veja DVD Segredos Governamentais, código DVD-005 da seção Shopping UFO desta edição].
Em segundo lugar, o envolvimento de militares na investigação da fenomenologia ufológica pode ser uma evidência de que estejam usando os abduzidos para experimentos de controle da mente, alvos para testes de armas de microondas ou ainda que os estejam monitorando e raptando para coletarem informações sobre os verdadeiros seqüestros, esses sim feitos por alienígenas. Ou seja: os militares estariam abduzindo pessoas após as mesmas terem sido levadas por ETs, para saberem o que se passou com elas e compreenderem as ações de nossos visitantes. Se em algum destes pontos eu estiver correto, podemos esperar certa resistência quando tal teoria for proposta abertamente. Por essa razão, instalei o Projeto Milab e apresento neste artigo minhas descobertas preliminares. Revisei a literatura, contatei pesquisadores e vítimas de atividades de controle da mente, ufólogos e abduzidos por ETs e militares em todo o mundo. Comparei minhas descobertas com os estudos sobre abduções por extraterrestres feitas pelo doutor Thomas Bullard, com o Projeto Transcription da Mutual UFO Network [Rede Mutual de Ufologia, MUFON], com os resultados do congresso sobre abduções realizado em 1996, no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e outros mais recentes.
Informações dos ufonautas — Da mesma forma, é necessário que se saiba que estudos indicam de maneira clara que geralmente os abduzidos por militares são monitorados por helicópteros negros, sem marcas ou identificação visível, que rodeiam suas casas e locais de trabalho misteriosamente. As atividades enigmáticas desses helicópteros vêm desde o final dos anos 60 e início dos 70, continuando até hoje, quando começaram a ser vistos em condições estranhas em regiões de casos de mutilações de animais. Até então, não se imaginava sua ligação com abduzidos ou mesmo cenários onde abduções ocorreram. Somente o respeitável pesquisador Raymond Fowler havia relatado atividades desses helicópteros negros em relação a abduzidos durante os anos 70. Já o doutor Bullard comparou 270 casos de abduções em todo o mundo, de 1968 a 1984, a maioria dos quais ocorrida nos anos 70 e início dos 80, descobrindo que somente quatro testemunhas teriam visto helicópteros negros perto ou sobre suas casas – entre eles está Betty Andreasson, famosa abduzida por ETs. É importante notar que três dos casos de helicópteros negros ocorreram nos EUA e apenas um no Canadá.
Há relatos também na Inglaterra durante os anos 70, mas sem conexão com mutilações de animais. Descobrimos também que, desde a década de 80 até a atualidade, a atividade dos helicópteros em relação aos abduzidos têm aumentado. O pesquisador Dan Wright apresenta 10 casos registrados no Projeto Transcription [Transcrição], da MUFON, em que as aeronaves foram vistas sobrevoando as casas das pessoas recentemente abduzidas. Tudo sugere que os militares norte-americanos, que certamente operam os helicópteros, estariam registrando as manobras de UFOs no território dos EUA e observando quem seus tripulantes seqüestram e onde – isso sem se aventar, ainda, a possibilidade de receberem essas informações diretamente dos ufonautas. Em média, muitos pesquisadores nos Estados Unidos têm em seus arquivos vários casos de helicópteros negros relacionados com casos de elevado grau de proximidade com UFOs e até mesmo abduções. Mas isso parece ser um fenômeno exclusivo daquele país, pois nenhum pesquisador da Austrália, África, Europa ou América do Sul investigou acontecimentos semelhantes [Veja DVD Contagem Regressiva para o Contato Final, código DVD-014 da seção Shopping UFO desta edição]. Outros abduzidos norte-americanos bem conhecidos, além de Betty Andreasson, também têm relatos semelhantes e devem ser considerados. Como Debbie Jordan, Kathy Mitchell, Whitley Strieber, Leah Haley, Katharina Wilson, Beth Collins e Anna Jamerson, por exemplo. Todos têm em comum a alegação de terem sido molestados por helicópteros fantasmas. Isso não é exatamente uma insinuação de que esses aparelhos representem os Cadillacs negros dos famosos homens de preto [Veja edição UFO Especial 42], adaptados para uma versão anos 90.
Aliás, alguns abduzidos obtiveram fotos deles e várias pessoas que não têm ligação com o Fenômeno UFO também os viram. Mas deixa transparecer o fato de que tais máquinas operam para uma força secreta militar ou da inteligência dos EUA. De qualquer forma, como o mistério na década de 70 tinha conexão principal com as mutilações de animais, é de supor que os responsáveis por tais helicópteros tinham um interesse muito pequeno pelos abduzidos. As aeronaves aumentaram sua monitoração dos raptados durante os anos 80, continuando atualmente. E parece que o interesse por abduzidos e mutilações se restringe à América do Norte.
A maior parte dos relatos de abduzidos consultados pelo Projeto Milab descrevem também o envolvimento de militares e agentes da inteligência dos EUA ocorridos após o aparecimento dos helicópteros negros. Por exemplo, Debbie Jordan relata em uma nota no seu livro Abducted [Abduzidos, Dell Publishers, 1995] que foi socorrida por uma amiga e levada para um hospital, onde foi examinada por um médico militar que removeu um implante do seu ouvido. Isso teria ocorrido após observar mais um helicóptero fantasma rondando sua casa. As experiências de abdução de Leah Haley e Katharina Wilson também estão cheias de encontros com militares. Algumas delas, como as de Katharina, são comparáveis às de controle da mente. Ela passou por uma espécie de flashback de sua infância durante uma abdução, no qual se lembrou de estar em um hospital e ser forçada a entrar em um tipo de caixa, como um container que era usado para experiências médicas. Por essa razão, a vítima publicou um excelente artigo em sua página na internet com o título Are Some Alien Abductions Government Mind Control Experiments? [São as Abduções Alienígenas Experiências de Controle da Mente do Governo?].
Dentro dos limites do absurdo — As pesquisadoras Beth Collins e Anna Jamerson incluem em seu livro Connections: Solving Our Alien Abduction Mystery [Conexões, Resolvendo o Mistério de Nossas Abduções Alienígenas, Wildflower Press, 1996] declarações feitas sob hipnose quando investigaram abduções por militares. A doutora Karla Turner também analisou as abduções feitas alegadamente por militares, publicando o resultado em sua obra Taken Into the Fringe: A True Story of Alien Abduction [Levado para Dentro dos Limites: Uma História Real de Abdução Alienígena, Berkeley Publishing, 1992]. Por outro lado, um levantamento mundial revelou que a maioria dos pesquisadores de abdução norte-americanos têm em seus arquivos de dois a cinco casos do gênero. Até o momento, não existem em qualquer outro país do mundo, sem que se saiba a razão ou talvez por falta de comunicação entre os estudiosos de diversas partes do globo.
Em uma comparação dos cenários típicos de raptos por UFOs foram encontradas algumas diferenças entre abduzidos por alienígenas e abduzidos pelos militares e pessoal da inteligência. Isso está bem descrito no Projeto Transcription, que analisa dez casos investigados. Até onde se sabe, as abduções por militares envolvem os seguintes elementos, além das atividades de helicópteros negros sem identificações: aparição de estranhos furgões ou ônibus do lado de fora das casas dos abduzidos, exposição desorientada a campos eletromagnéticos, efeitos dopping e transporte das vítimas até um local desconhecido ou a uma base militar subterrânea. Normalmente, ocorrem efeitos físicos após os acontecimentos, como tonturas e algumas vezes náuseas. Existem também diferenças de como os raptores aparecem aos abduzidos. Na maioria dos casos de seqüestros alienígenas, por exemplo, os seres surgem através de janelas fechadas e paredes, ou os abduzidos sentem uma estranha presença no quarto. Muitos relatam ainda que são paralisados por uma força mental emanada dos ETs. Já nos casos de seqüestros por militares, as vítimas contam que seus raptores usam seringas [Veja livro Implantes Alienígenas,, código LIV-011 da seção Shopping UFO desta edição].
É interessante notar que os raptados por militares disfarçados ou atuando junto a aliens também relatam ter sido examinados por médicos humanos em salas retangulares, nos locais para os quais foram levados, e não em ambientes redondos, como sempre ocorre quando o rapto é genuinamente extraterrestre e os abduzidos são levados par
a bordo de naves alienígenas. A descrição das salas usadas por militares disfarçados ou atuando junto a aliens, assim como corredores e móveis neles existentes, são semelhantes aos de quartos de hospitais bem terrestres, laboratórios ou locais de pesquisa comuns, e não têm nada de parecido com os detalhes observados no interior de UFOs. Da mesma forma, os exames ou procedimentos a que as vítimas de abduções alienígenas genuínas são submetidas são totalmente diversos daqueles empregados em casos de abduções por militares. Por exemplo, na abdução por ETs as vítimas são paralisadas com efeitos mentais, quando, nos outros casos, são amarradas a uma mesa ou cadeira semelhante a uma para uso ginecológico. Algumas vezes, recebem uma bebida forte antes de um exame, o que possivelmente seria um fluído para realçar o contraste de algum exame pretendido pelos raptores militares. Em outras circunstâncias, mais raras, há semelhanças entre as duas formas de abdução. Por exemplo, os abduzidos contam receber a visita de médicos vestidos com jalecos brancos que mostram interesse por implantes ou fazem exames ginecológicos. Em alguns casos, médicos militares procuram tais implantes nas vítimas e algumas vezes até inserem um artifício em seus corpos.
Implantes terrestres — Hoje, estima-se que mais de 10 milhões de animais em todo o mundo possuem algum tipo de dispositivo de comunicação ou monitoração agregado aos seus corpos, seja através de colares ou mesmo de implantes, servindo para rastreamento e controle dos mesmos. Pelo menos uns 4,5 milhões deles foram fabricados pela empresa Destron Fearing, uma empresa especializada dos Estados Unidos. Em casos de animais domésticos, como bovinos e caprinos, servem para identificar os animais e conter um histórico de seu crescimento. No caso de animais silvestres, são usados na pesquisa de seu comportamento e para possível prevenção de sua extinção. Coisa rara no passado, estes chips são bem comuns hoje em dia. Esses dispositivos são uma espécie de etiqueta de identificação de radiofreqüência, designados para trabalhar em conjunto com um sistema de leitura por rádio. Os aparelhos são ativados por um sinal de baixa vibração que transmite o código de identificação para o tal sistema. Os aparelhos podem ter o tamanho de um grão de arroz, dentro dos quais um minúsculo circuito eletrônico é ativado por um comando de rádio. Informações sobre o animal marcado com tal sistema são também enviadas por rádio, através de um processo compatível de interpretação. Esses revolucionários artefatos já são usados em todo o mundo por entidades e estudiosos que investigam doenças humanas. Um dispositivo similar – chamado de Biochip – foi desenvolvido nos EUA pelo doutor Daniel Man, que tem a patente e autorização para implantá-lo em seres humanos desde 1989.
Man desenvolveu o aparelho para acabar com o problema do desaparecimento de crianças. O invento é um pouco menor do que o dispositivo animal da Destron Fearing, mas não pode ser simplesmente injetado por uma seringa. Em vez disso, uma pequena incisão cirúrgica deve ser realizada. O cientista afirma que o melhor local para o implante no corpo humano é atrás da orelha. Coincidentemente, as pessoas que alegam ter sido abduzidas por militares, como Debbie Jordan ou Leah Haley, declararam que “médicos” removeram implantes de suas orelhas! Daniel Man também diz que seu invento é ativado por uma pequena bateria que pode ser diariamente recarregada por um aparelho colocado no corpo da pessoa. Assim, os implantados por esse sistema poderiam ser localizados a qualquer instante. Bastaria que as autoridades usassem três satélites ou equipamentos especiais em helicópteros se quisessem localizar ou monitorar alguém que estivesse desaparecido, caso portasse o dispositivo. Utilizando a triangulação de sinais, os satélites ou os helicópteros poderiam dispor de dados precisos para localizar os implantados. Como vemos, uma agência interessada em monitorar informações psicológicas de um abduzido, que esteja sendo submetido a um processo de rapto por alienígenas, usaria dispositivos como os do doutor Man, ou ainda mais avançados. Esse campo de estudos recebeu o nome de telemetria biomédica ou biotelemetria, que é definida como uma área da instrumentação médica que permite a transmissão de informações psicofisiológicas de um paciente de um local inacessível para um com monitoração de controle. A unidade de transmissão – na verdade um implante – pode ser inserido no corpo de pessoas ou de animais. Esses últimos, como vimos, têm sido monitorados pela biotelemetria há 30 anos. Utilizando-se esse sistema, por exemplo, o Exército dos EUA poderia obter dados fisiológicos de soldados em combate, tais como respiração, tensão muscular e a presença de adrenalina na corrente sangüínea. Processo semelhante existe ainda, há décadas, para monitorar a saúde dos astronautas em órbita e de pilotos de caças.
Dispositivos intracerebrais — Alguns pesquisadores mais ousados e ex-agentes da inteligência dos EUA garantem que o uso de implantes em humanos já vem sendo feito, em segredo, desde os anos 60. Trata-se, inequivocamente, de uma afirmação polêmica, mas provavelmente verdadeira. Os doutores Steven Metz e James Kievit, ambos da Agência de Segurança Nacional (NSA), por exemplo, garantem que em um futuro próximo qualquer pessoa em perigo poderia ser equipada com o que chamam de Dispositivo de Localização Eletrônico Individual (IPLD). Metz e Kievit, em seu artigo The Revolution in Military Affairs [A Revolução em Assuntos Militares, U.S. Army War College, 1994], sugeriram que tal aparelho poderia ser instalado permanentemente sob a pele e teria ativação automática, como, por exemplo, quando uma pessoa deixar os EUA e passar pelo sistema de segurança do aeroporto. Essa previsão assemelha-se aos planos que o doutor Joseph A. Meyer propôs nos anos 70, de colocar dispositivos eletrônicos de identificação em norte-americanos presos por crimes. Nesta mesma linha de pensamento, durante o final dos anos 50 e início dos 60, o neurologista José Delgado inventou o Stimoceiver, um eletrodo capaz de receber e transmitir sinais eletrônicos através de ondas de rádio.
Com um dispositivo desses implantado no cérebro, o mesmo atuaria como um poderoso estimulante quando ativado. Alguns estudiosos sugeriram que o Stimoceiver de
vesse ser modificado para receber estímulos de microondas e ser capaz de impor um grau de controle no mecanismo de resposta do implantado. Segundo apuraram pesquisadores ligados ao Fenômeno UFO, tais implantes têm sido usados nas pessoas sem seu conhecimento desde o início dos anos 50. Um bom exemplo disso é o caso de Robert Naeslund, que afirma ter sido implantado sem saber durante uma operação em Estocolmo, na Suécia.
Naeslund tem radiografias que mostram claramente um dispositivo em forma de cogumelo inserido em seu cérebro. Segundo ele, a operação foi realizada pelo médico Curt Strand, que colocou o aparelho através da sua cavidade nasal direita. Interessantemente, os abduzidos por alienígenas falam que seus raptores implantam dispositivos através das mesmas cavidades e dos ossos do cérebro. Normalmente, a colocação é usada em uma neurocirurgia. Mas Naeslund não é uma vítima isolada. Ele agora é pesquisador do Gruppen, uma organização contra experiências ilegais de controle da mente por militares. O Gruppen e outras instituições, como a Fundação de Liberdade de Pensamento, tem coletado muitas evidências de programas de implantes secretos que estão em andamento até hoje. Esses organismos estão em contato com vítimas em todo o mundo, que tiveram a mesma experiência que Naeslund, mas que não têm nenhuma ligação com a comunidade ufológica.
Como vemos, parece que algumas das experiências de pessoas abduzidas por UFOs, assim como aquelas de vítimas de controle da mente, podem ser explicadas por uma avançada tecnologia de realidade virtual, que Karla Turner chamou de “cenários de realidade virtual”. Existem vítimas de controle da mente que afirmam ter recebido imagens implantadas em seus cérebros. Isso quer dizer que, quem quer que esteja operando tais métodos pode colocar eletronicamente imagens e memórias intracerebrais em abduzidos. Esses fatos vêm sendo explorados cada vez mais pela mídia e pelos ufólogos. Por exemplo, em matéria publicada pelo Conselho Científico da Força Aérea Norte-Americana (USAF), em junho de 1996, a empresa New World Vistas fornece uma previsão que analisa o desenvolvimento militar dos EUA nos próximos 50 anos. No artigo, cientistas sugerem que o progresso das fontes de força eletromagnética terrestre, seu rendimento e forma, unidos ao corpo humano, permitirão uma prevenção dos movimentos musculares voluntários, o controle das emoções e ações humanas, a indução ao sono, a transmissão de sugestões e até interferência na memória de curta e longa duração, produzindo um conjunto de experiências que poderão ser apagadas por quem operar tal sistema. Em abduções, muitas dessas sensações são relatadas pelas vítimas.
Cientistas militares também argumentam que o conceito de imprimir uma experiência em realidade virtual no cérebro de alguém é altamente arriscado, mas algo excitante. Se tal tecnologia tivesse sido desenvolvida em segredo e existisse hoje, algumas das vívidas e inexplicáveis experiências de abdução poderiam ser compreendidas como sido causadas pela implantação de “falsa memórias” no cérebro do abduzido. Isso, em tese, pode ser uma convincente explicação para alguns tipos de seqüestros por ETs, e a visão que os abduzidos têm de militares e pessoal de inteligência poderia significar um vazamento no controle das experiências ou ainda uma falha de procedimento. Sobre isso, os doutores Joseph Sharp e Allen Frey tentaram transmitir palavras através de microondas diretamente a um centro auditivo localizado no córtex humano, via impulsos.
Bases militares subterrâneas — O trabalho de Frey, ainda dos anos 60, deu origem ao chamado Efeito Frey, que é vulgarmente conhecido como “audição por microondas”. Novamente aqui podemos notar algumas semelhanças com as abduções, pois muitas vítimas dessas experiências e de controle da mente afirmam que, algumas vezes, ouvem vozes diretamente em suas cabeças, emitidas por seres que não articulam a boca ou de fontes não identificadas. Certamente, esses cenários não podem ser generalizados a todas as abduções, mas podem explicar uma pequena porção ou ainda ser uma importante evidência de abduções por militares, destas que vêm sendo analisadas pelo Projeto Milab.
Em uma dada fase do Projeto Milab, descobrimos que sete abduzidos sob nossos cuidados haviam sido transportados para bases militares subterrâneas. Para checarmos os dados que forneceram, consultamos a pesquisa do doutor Richard Sauders, um ufólogo norte-americano que mostrou que quase todas as agências federais e instituições militares dos EUA têm bases secretas construídas abaixo do solo e em áreas desérticas ou afastadas, por todo o país. Algumas delas são tão secretas que há somente rumores sobre sua existência, outras têm sido tão divulgadas – como a Área 51 – que não restam dúvidas de sua existência. Além disso, devemos também levar em consideração que a descrição de jornadas a outros mundos e a estranhos locais no subsolo são comuns nas abduções extraterrestres legítimas. Já o doutor Bullard, que é um dos mais notáveis investigadores do fenômeno das abduções, idealizou um modelo padrão que pode ser aplicado às alegadas viagens realizadas por abduzidos, quando conduzidos por seus raptores [Veja livro Seqüestros Alienígenas, código LIV-007 da seção Shopping UFO desta edição].
Para Bullard, o processo de abdução tem cinco fases: preparação, jornada, ida ao subterrâneo, visão de uma paisagem e visita a um museu. Durante a preparação, seres alienígenas colocam o abduzido em um ambiente protegido para se efetuar a viagem. Já durante a segunda fase, a jornada, ocorre o trânsito do abduzido deste para outro mundo, ou desta para outra dimensão. A ida ao subterrâneo se dá quando o abduzido atravessa uma quantidade de espaço subterrâneo de algum tipo, inclusive montanhas e eventualmente grandes extensões de água. Na fase visão de uma paisagem, o abduzido tem condições de observar a superfície do outro mundo para onde foi levado. E na última etapa, a visita a um museu, é quando, em dado momento da viagem, é dada aos abduzidos a chance de visitarem uma espécie de zoológico ou museu com artefatos humanos e de outros tipos de seres. Isso segundo alguns abduzidos, não todos.
Mas as demais fases são quase unanimemente encontradas em experiências de abdução. A inves
tigação do doutor Bullard envolveu 10 casos de abduções em que as vítimas tiveram contato com um outro tipo de universo ou realidade. Uma típica abduzida é a citada Betty Andreasson, cujas experiências se iniciaram em 1950 e se estenderam por décadas. Ela teve chances de observar como um UFO entrava e saía do mar “…e depois penetrava em uma enorme caverna de cristal que dá acesso a um vasto universo subterrâneo, totalmente inusitado”, segundo suas próprias palavras. Poucas vezes, segundo a literatura ufológica, um exame por seres extraterrestres ocorre nesse tipo de local ou nessa fase da viagem. Durante um novo rapto, em 1967, Betty passou através de “um longo túnel escuro parecido com uma mina”. A doutora Gilda Moura, do Rio de Janeiro, informou ter investigado casos de abdução no Brasil em que pessoas descreveram suas jornadas a lugares subterrâneos em eventuais cavernas daquele país.
Transporte a universos paralelos — Entretanto, essas jornadas a mundos subterrâneos ainda estão sob cuidadosa análise. Elas não se comparam aos casos bem investigados em que humanos foram levados a bases subterrâneas provavelmente de origem militar, especialmente nos EUA. As vivências de transporte a universos paralelos têm um toque místico, enquanto que aquelas em que pessoas são levadas às bases militares têm um aspecto mais perto da realidade. Os abduzidos analisados pelo Projeto Milab descrevem elevadores, corredores, geradores, salas de reunião e médicas nos locais para onde foram conduzidos. Ao contrário das experiências de alegadas viagens a outros mundos – nesses casos, as vítimas são levadas a tais localidades e são examinadas por médicos aparentemente comuns. Alguns relatam suas atividades em tais bases e em outros locais separadamente. A senhora Beth, uma abduzida citada no livro de Karla Turner, relatou que “dentro do processo da abdução alienígena, há flashbacks mentais”. Eles começariam com o abduzido vendo um pequeno disco voador. “Depois, eu me vi entrando em uma cidade muito luminosa. O disco voava por um túnel dentro de uma enorme caverna que contém vários prédios”, continua Beth em seu relato.
Ainda segundo a abduzida, UFOs podem ser vistos parados em muitos lugares, assim como alienígenas trabalhando lado a lado com militares humanos. Em um de seus flashbacks, Beth vai para dentro de um poço de água e sai em um lago. Tais fragmentos de memórias – que muitos investigadores e abduzidos bem denominaram de flashes mentais – deveriam ser investigados com bastante cuidado, pois podem ser uma mistura de uma jornada a outros mundos com experiências subterrâneas de abduções por militares. Também é importante notar que alguns abduzidos têm flashbacks onde vêem alienígenas e militares juntos, mas durante seu tratamento sob hipnose somente se recordaram da presença dos últimos. Talvez misturem histórias de abdução por seres extraterrestres com o cenário típico das abduções militares. Ou talvez ainda os abduzidos sofram algum tipo de programa de hipnose por parte de psiquiatras operando junto aos tais militares, durante o rapto. Se isso for confirmado, muito provavelmente a técnica usada seria a da dissolução eletrônica da memória, que é acompanhada de uma espécie de “aperto eletrônico” do cérebro, causando a neurotransmissão da acetilcolina, gerada para criar estática necessária para bloquear sinais e sons externos. Após este procedimento de controle da mente, a vítima não terá memórias do que vir ou ouvir. Sua mente seria, por assim dizer, apagada.
Devemos considerar seriamente, ainda, a possibilidade de que algumas informações que conseguimos sobre os abduzidos por militares e agentes da inteligência dos EUA podem ser somente histórias de acobertamento induzidas por programas de intensa hipnose realizada por psiquiatras envolvidos em tais processos. Também existe a possibilidade de que militares operando raptos de humanos tivessem usado máscaras de alienígenas de borracha, e efeitos especiais para iludi-los e fazê-los imaginar estarem sendo abduzidos por ETs reais. Vale lembrar que agiriam dessa forma para raptar normalmente pessoas que já vêm sendo abduzidas por alienígenas, de forma a descobrirem o que lhes ocorreu sem levantar suspeitas. Tais fatos levam alguns pesquisadores a acreditar precipitadamente que todos os abduzidos sejam usados em atividades de controle secreto da mente ou em experiências genéticas, encenado por um forte e oculto exército de agentes secretos do governo dos EUA. Entretanto, oferecemos alguns argumentos contra tal conclusão [Veja DVD Visitantes Extraterrestres, código DVD-017 da seção Shopping UFO desta edição].
Experiências genéticas secretas — Primeiramente, se todos as abduções fossem realmente um disfarce para operações de controle secreto da mente ou experiências genéticas – como foi de fato o Projeto Lebensborn dos nazistas, por exemplo –, por que estaria sendo relatado o envolvimento de militares e de agentes da inteligência somente desde o início dos anos 80 e não antes? Em segundo lugar, por que existiriam vítimas dessa técnica que receberam implantes eletrônicos e foram usadas em testes secretos de novas armas, se muitas delas não têm nenhuma ligação com abduções feitas pelos extraterrestres ou com o Fenômeno UFO? Ora, para tais experiências de controle da mente não são necessários abduzidos para encobrir a história, já que ninguém acredita em suas afirmações – embora alguns tenham radiografias nas quais qualquer um pode ver objetos estranhos em suas cabeças. Em terceiro lugar, se todos os abduzidos fossem um “disfarce” para essas experiências, por que os militares estariam interessados em exames ginecológicos em mulheres raptadas por ETs?
É claro que os ufólogos – em particular os especialistas em abduções – devem investigar todas as possibilidades segundo as quais alguns abduzidos podem ter sido induzidos a crer em determinadas histórias com o uso do controle da mente, ou ainda sido usados em experiências genéticas ilegais desde os anos 80 ou antes, mas ainda existem outras possibilidades que devem ser analisadas. As conclusões do Projeto Milab são de que as abduções feitas por militares representam uma evidência forte de que há envolvimento do governo norte-americano diretamente na investigação e monitoração dos raptos de humanos por extraterrestres. E tudo leva a crer que esta força militar secreta opera em tal área desde do início dos anos 80 nos EUA. Nesse ponto de nossas discussões, deve-se lembrar que, no início dos anos 80, muito dinheiro foi disponibilizado para projetos ilegais dos Estados Unidos, aqueles conhecidos como “projetos sujos”, para os quais a destinação de dinheiro não precisava ser aprovada ou mesmo discutida pelo congresso norte-americano. Um desses projetos, que consumiu uma fábula de dinheiro, foi justamente o Iniciativa de Defesa Estratégica, mais conhe
cido como Projeto Guerra nas Estrelas.
Contínuo monitoramento de abduzidos — Ao mesmo tempo em que esses projetos obscuros consomem bilhões de dólares, muitos militares defendem também o emprego de grandes somas de dinheiro na investigação profunda e cautelosa – e sobretudo secreta – dos casos de abdução de humanos por extraterrestres. É sabido através de diversas fontes que os militares envolvidos em tais operações estão monitorando as casas das vítimas de aliens, raptando-as e possivelmente implantado nelas dispositivos ou chips de rastreamento, algumas vezes apenas horas após a abdução.
Também há evidências de que estão procurando em tais pessoas implantes similares, porém deixados em seus corpos por alienígenas, durante os raptos legítimos. O interesse dos militares no aspecto ginecológico das mulheres abduzidas poderia ser explicado levando-se em consideração a procura de embriões de alienígenas híbridos que as mesmas portariam, inseridos em seus corpos durante raptos. Para apoiar esta tese há o fato, já exaustivamente conhecido, de que a maioria das mulheres raptadas por militares relatam ter perdido seu feto ou embrião em experiências subseqüentes pelas quais passaram. Disso tudo concluímos que as instituições e pessoas por trás desses raptos usam avançada tecnologia de controle da mente, que são testadas ilegalmente em seres humanos, que já têm o duro sofrimento de serem também abduzidos por seres extraterrestres.