O caso de Onilson Pátero, pesquisado pela pioneira Irene Granchi e publicado no The APRO Bulletin, edição de julho de 1973, teve grande repercussão internacional e pode ser considerado um clássico da Ufologia Brasileira. A estranha aventura de Onilson Pátero começou às 03h00 de 22 de maio de 1973. Ele voltava de carro para sua casa, em Catanduva, vindo de São José do Rio Preto, ambas interior de São Paulo, quando em determinado trecho da estrada ele deu carona a um rapaz que se apresentou como Alex, que dizia ser engenheiro espacial. Embora fosse educado e se mostrasse agradecido, não conversava muito. Após alguns minutos de viagem, ele pediu a Onilson que o deixasse descer, pois era ali que deveria tratar de negócios. Prosseguindo a viagem e já próximo de Catanduva, o motorista notou que o rádio do carro começou a falhar. Ao mesmo tempo, o motor parecia querer enguiçar, o que o deixou preocupado. Foi então que notou, dentro do veículo, um globo de luz azulado que se movia lentamente sobre assentos, maleta e instrumentos do painel, passando também pelo chão e sobre as pernas de Onilson, que a essa altura tinha parado o carro. O mais estranho é que tudo parecia transparente quando era atingido por essa luz.
Assustado, pensando que tipo de efeito ótico provocado pela Lua poderia ser aquele, Onilson notou um enorme corpo luminoso à altura de uma elevação por onde pretendia passar, emitindo uma espécie de zumbido. Ao mesmo tempo, começou a sentir muito calor e uma certa dificuldade em respirar. Saindo do carro, o susto foi maior quando ele percebeu, ao olhar para o objeto, que não era um helicóptero, como julgara a princípio, e sim algo que parecia com dois pratos fundos emborcados, enorme e brilhante, com cerca de 7 m de espessura e 10 m de largura.
Tentou correr de volta ao veículo, mas sentiu como se “um laço forte” o estivesse prendendo. Ao mesmo tempo, viu quando da borda do UFO descia um raio de luz azul que se projetou sobre o carro, tornando-se transparente. Temendo que este fosse derretido, e nervoso com a situação (ou talvez por efeito do contato), Onilson desmaiou. Foi encontrado uma hora mais tarde por dois rapazes que passavam pela estrada. Ele estava deitado de bruços e encharcado pela chuva que começou a cair. Os jovens chamaram a polícia e ele foi levado a um hospital em Catanduva. Antes, porém, acordou e tentou lutar com os dois rapazes e o policial, provavelmente pensando que ainda eram os raptores. Os exames médicos não revelaram nada errado, mas alguns dias depois, ele se queixou de uma coceira nas costas e no abdômen. Nessas regiões apareceram manchas roxas e de formato irregular.
O caso foi exaustivamente pesquisado por Irene Granchi e publicado detalhadamente em 1992, em seu livro UFOs e Abduções no Brasil [Novo Milênio Editora]. Recentemente, Pátero submeteu-se a novos testes e mais uma bateria de hipnoses regressivas – mesma técnica empregada anteriormente para se determinar a seqüência de fatos por que passou. Sua experiência é considerada uma das mais interessantes da Ufologia Mundial.