Como constatamos anteriormente, até o momento absolutamente nada de relevante à Ufologia emergiu dos Cablegates. O fundador e homem-forte do site de vazamentos WikiLeaks, Julian Paul Assange, conseguiu chamar a atenção do meio em dezembro, quando mencionou que a página planejava publicar os cabos que faziam referências a UFOs. No entanto, em sua última declaração a respeito no início deste mês, acabou despejando um balde de água fria sobre quem ainda apostava em revelações oriundas desta fonte.
O WikiLeaks possui cinco grandes parceiros de mídia – The New York Times, The Guardian, El País, Le Monde e a revista Der Spiegel -, veículos que, obviamente, utilizam de seus critérios e regras próprias na seleção e publicação dos conteúdos secretos, em sua grande maioria relativos a diplomacia dos EUA. No Brasil, a Folha de São Paulo e O Globo possuem acesso exclusivo ao material, igualmente atuando conforme suas resoluções e prioridades.
Porém, acabamos de ser informados sobre uma iniciativa perspicaz e conjunta de jornalistas independentes aqui no país, através de Natália Viana, colaboradora direta da página de vazamentos. A jornalista informou que a partir de agora o público vai escolher quais os temas devem ser pesquisados no arquivo de documentos da embaixada americana e consulados, sendo os mais pedidos depois publicados no site do WikiLeaks. Para a divulgação, estão fazendo parceria com uma série de blogs e veículos independentes.
Basta responder ao post de seu blog Carta Capital [http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/2011/02/11/cablegate-agora-e-o-publico-que-escolhe/] indicando um tema, figura pública ou evento a ser pesquisado, que ela mesma selecionará os documentos. Todas as solicitações serão postadas e os assuntos mais pedidos terão prioridade. Esta é uma ótima oportunidade para solicitarmos a detecção de supostos “UFOcables”.
“É um experimento inédito. Até agora, Globo, Folha e WikiLeaks estavam usando seus critérios para julgar quais documentos seriam publicados por vez, algo de cima pra baixo. Dessa vez, o próprio público vai decidir, invertendo a lógica da produção da notícia”, discorreu Natália. “Os documentos do Cablegate compreendem cerca de 3 mil telegramas enviados pela embaixada de Brasília e pelos consulados de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife entre 2003 e 2010”, comentou. Segundo ela, as publicações começarão na próxima semana.