A incrivel história de um UFO que acompanhou os exercícios navais da OTAN e fez a Marinha da Grã Bretanha mudar sua opinião sobre o assunto
No final de setembro de 1952, apenas meses depois de uma série de avistamentos de discos voadores sobre Washington, DC ter sido manchete em todo o mundo, dezenas de oficiais militares que participavam de exercícios da OTAN foram atingidos por sua própria febre de UFOs.
O Exercício Mainbrace foi o maior exercício militar em tempos de paz desde a Segunda Guerra Mundial. As manobras, no estilo de jogo de guerra, simulavam a resposta da OTAN a um ataque à Europa, presumivelmente pela União Soviética, o vilão aquela época.
A operação Mainbrace envolveu 200 navios, 1.000 aviões e 80.000 soldados de vários países da OTAN, incluindo grandes destacamentos dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Missão Mainbrace
Navio de guerra em exercício. Fonte: History
Em um ano dominado por notícias de avistamentos de UFOs, oficiais do Pentágono brincaram com a Inteligência Naval que deveriam ficar de olho nos alienígenas durante os exercícios da OTAN, disse Edward Ruppelt, capitão da Força Aérea dos Estados Unidos, encarregado do projeto Blue Book.
“Ninguém realmente esperava que os UFOs aparecessem”, escreveu Ruppelt em seu livro The Report on Unidentified Flying Objects [O Realtório Sobre Objetos Voadores Não Identificados. Publicação independente, 1956]. “No entanto, mais uma vez os UFOs, são imprevisíveis e eles estavam lá”.
Em 20 de setembro, um repórter de jornal americano chamado Wallace Litwin estava a bordo do USS Franklin D. Roosevelt, um porta-aviões que participava dos exercícios Mainbrace, quando viu uma comoção no convés: vários pilotos e tripulantes apontando para uma esfera de prata no céu que parecia seguir a frota. Litwin tirou rapidamente quatro fotos coloridas do objeto redondo, que ele supôs ser um balão meteorológico.
Em uma carta para um ufólogo escrita anos depois, Litwin relatou que ele foi para o convés e brincou com colegas correspondentes de jornal que eles haviam acabado de “lançar um disco voador”.
UFOs ou balão?
UFO esférico, concepção artística. Crédito: Revista UFO
Isso chamou a atenção do oficial executivo do navio, que informou Litwin de que nenhum balão meteorológico havia sido lançado naquele dia. O oficial então mandou um rádio para o Midway, o único outro navio na vizinhança, que também confirmou que nenhum balão meteorológico estava no ar ou desaparecido,
“Os céus acima da frota da OTAN foram observados com muito cuidado e nada voou ali sem ser observado, mas eu sabia que havia tirado fotos do que parecia uma bola de pingue-pongue de três metros pairando sobre minha cabeça”, escreveu o fotógrafo.
Ruppelt e a equipe do Projeto Blue Book acompanharam a Marinha e entrevistaram membros da tripulação da cabine de comando. Alguns o descartaram como um balão meteorológico, enquanto outros tiveram suas dúvidas.
“Ele estava viajando rápido demais e, de certa forma, parecia um balão”, escreveu Ruppelt. E “estava longe de ser idêntico às centenas de balões que a equipe viu os aerólogos lançarem”.
Fonte: History