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Vênus assume o papel central na campanha de observação de outubro de 2020

Vênus será o foco de uma campanha internacional de observações coordenadas em outubro, quando a sonda BepiColombo fará seu primeiro sobrevoo no planeta.

Laura Maria Elias

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Sonda Bepicolombo
Créditos: ESA

Vênus será o foco de uma campanha internacional de observações coordenadas em outubro, quando a sonda BepiColombo fará seu primeiro sobrevoo no planeta.

 Uma colaboração espacial entre agências da Europa e do Japão visa lançar uma nova luz sobre a atmosfera densa e complexa de Vênus, em busca da presença de fosfina.

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Se encontrada teremos a comprovação de traços de vida orgânica em outro mundo que não a Terra. VocÊ pode saber tudo sobre isso clicando aqui, aqui e aqui.

Em 15 de outubro de 2020, a espaçonave BepiColombo, vai passar perto de Vênus, no primeiro de dois sobrevoos ao planeta durante a longa jornada da missão para Mercúrio. 

O encontro proporcionará uma oportunidade imperdível de verificar a precisão da instrumentação de BepiColombo com a do orbitador de Vênus da Agência Espacial Japonesa (JAXA), chamado Akatsuki.

Também será uma ótima oportunidade para as duas missões trabalharem em conjunto com observadores baseados na Terra para estudar a atmosfera de Vênus sob vários pontos de vista e em diferentes escalas.

 

Antes de Mercúrio, Vênus

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Planeta Vênus Crédito: NASA

Os instrumentos infravermelhos e ultravioleta farão observações coordenadas com as câmeras correspondentes a bordo da Akatsuki (LIR e UVI). Telescópios baseados na Terra, como o Canada France Hawaii Telescope (CHFT), o NASA Infrared Telescope Facility (IRTF) e o satélite astronômico ultravioleta Hisaki em órbita terrestre, contribuirão com uma perspectiva de visualização diferente e permitirão o mapeamento global das características atmosféricas em Vênus.

A Akatsuki é atualmente a única espaçonave em órbita ao redor de Vênus. A missão chegou em dezembro de 2015 e monitora o planeta a cada duas horas a partir de uma órbita elíptica que tem 1.000 km em sua abordagem mais próxima e 330.000 km em seu ponto mais distante.

No momento do sobrevoo, BepiColombo estará a 10.681 km da superfície de Vênus, aproximadamente 30 vezes mais perto do planeta do que a Akatsuki, que estará em sua distância máxima. 

Isso significa que BepiColombo será capaz de fazer observações de perto enquanto a Akatsuki irá capturar processos em uma escala global. 

 A sonda BepiColombo foi lançada em 20 de outubro de 2018, e consiste em dois orbitadores científicos: o Orbitador Planetário de Mercúrio (MPO) da ESA e o Orbitador Magnetosférico de Marcúrio (MMO, rebatizado no lançamento de ‘Mio’).

Ambos foram projetados para explorar Mercúrio e seu ambiente. A missão entrará em órbita ao redor daquele planeta em dezembro de 2025.

Nesse meio tempo, a BepiColombo usará suas passagens por Vênus em outubro de 2020 e agosto de 2021, para ajudá-la a espiralar em um caminho orbital onde pode alcançar Mercúrio em movimento rápido, que gira em torno do Sol a cada 88 dias.

 

Mais sorte na segunda vez

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Bepicolombo se aproxima de Venus Crédito: ESA

Segundo a doutora Valeria Mangano, essas observações colaborativas de Vênus com BepiColombo, Akatsuki e telescópios baseados na Terra fornecerão dados importantes para contextualizar as descobertas recentes sobre a estrutura atmosférica e a dinâmica de Vênus e melhorar nossa compreensão do planeta. 

“Se esta campanha for frutífera, o esforço será repetido uma segunda vez durante o próximo sobrevoo de Vênus em BepiColombo em 10 de agosto de 2021, que será muito mais próximo, a menos de 1.000 km do planeta”, completou a cientista.

Na opinião cientista Jörn Helbert, do Centro Aeroespacial Alemão, entrevistado pela Forbes, o primeiro sobrevoo será um teste para o equipamento e para os cientistas verem se eles são sensíveis o suficiente para detectar a presença se fosfina na atmosfera de Vênus.

Porém, já no segundo sobrevoo, tudo será mais fácil. Os cientistas já terão aprendido mais sobre os equipamentos e sobre o planeta e a sonda estará bem mais perto.

“Para encontrarmos a fosfina nessa primeira vez, precisaremos de muita, muita sorte. Para encontrarmos na segunda vez, só precisaremos de muita sorte”, brincou ele.

Estamos a um passo de confirmar a existência de vida em outro mundo. O que virá depois?

 

Fontes: ESA e Business Insider 

 

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