Surgiu online nos últimos dias, sendo lamentavelmente divulgada em inúmeras fontes, a notícia de que Edwin “Buzz” Aldrin, astronauta da missão Apollo 11 e segundo homem a pisar na Lua, teria participado de um estudo que alegadamente comprovou que ele encontrou alienígenas em sua viagem espacial. O tal experimento teria sido realizado com base em equipamentos de detecção de mentiras como polígrafo, somado a análises de antigas gravações obtidas durante suas missões. O tabloide britânico Daily Star, que publicou a matéria, ainda alega que do estudo participaram Al Worden, da missão Apollo 15, Edgar Mitchell, que voou na Apollo 15, e Gordon Cooper, astronauta das missões Mercury 9 ou Faith 7 e Gemini 5.
O absurdo da notícia pode ser conferido meramente pelo fato de que, falecidos respectivamente em 2016 e 2004, Mitchell e Cooper não poderiam ter participado de qualquer experimento recente. O Institute of BioAcoustic Biology, instituição que teria realizado o experimento, acumula inúmeras acusações de charlatanismo, curandeirismo e divulgação de pseudociência, alegando produzir curas milagrosas por meio de “técnicas antigas e tecnologias futurísticas ao estilo de Jornada nas Estrelas”, mencionando várias celebridades que teriam se beneficiado de seus processos. Porém, como é muito habitual nesses casos, sem fornecer qualquer comprovação das alegadas curas. A Bioacústica é uma disciplina científica séria, multidisciplinar, que estuda a sua produção, dispersão e recepção de sons por animais, incluindo os seres humanos. Assim, absolutamente comprovada a completa falsidade das alegações do tal instituto.
O falso estudo divulgou um “perfil vocal” de Aldrin, alegando entre outras coisas que “Aldrin acredita no que ele diz emocionalmente mas intelectualmente tem dúvidas. Ele acredita no que viu, mas sua lógica mostra que ele não pode explicar o que viu, então acredita que devem duvidar dele… Para o benefício das pessoas ele quer que acreditem em suas declarações sobre ter visto um UFO”. A matéria afirma que o estudo foi realizado via computadores, e evidentemente tal perfil não teria sido produzido por computador. O que Aldrin de fato afirmou que viu foi um objeto brilhante, conforme declarou várias vezes, porém ele próprio acredita que deveria ser um dos painéis que cobriam o módulo lunar da Apollo 11 enquanto ainda acoplado ao terceiro estágio do foguete Saturno V. Finalmente, testes com detectores de mentiras não são considerados cientificamente válidos, e muito menos aceitos como provas definitivas em tribunais. E simplesmente não existe tecnologia para determinar se uma pessoa está ou não mentindo com base em gravações de declarações suas. Assim, a matéria em questão não passa de uma fraude.
Como funcionam os detectores de mentira?
Sons ouvidos pela tripulação da Apollo 10 na Lua têm explicação simples
Há 45 anos era lançada a Apollo 17, última missão lunar
Completam-se 45 anos do pouso lunar da Apollo 11
Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
O Dossiê Cometa é o relatório da entidade homônima francesa – o Comitê Cometa – que analisou as evidências mais marcantes da atuação de ETs em nosso planeta, através de avistamentos e aterrissagens de UFOs que se prolongam há milênios e dos contatos com seus tripulantes. O documento foi entregue ao primeiro ministro francês e a outras autoridades mundiais, com uma séria advertência: devemos estar preparados para grandes transformações em nossa cultura, ciência e religião, pois em pouco tempo os UFOs causarão grande impacto em nossas vidas.