
Era para ser apenas um típico dia de verão. Mas aquela tarde corriqueira estava prestes a se transformar em algo que nem ao mais culto e bem informado ser humano é dada a oportunidade de vivenciar. O espantoso fato que se vai narrar ocorreu ao senhor Nelson de Paula, formado em eletrotécnica e desde pequeno interessado por temas ligados à Ufologia. Em 15 de fevereiro de 1993, ele havia terminado um serviço de troca de fiação elétrica no sítio de seu irmão, na cidade de Botucatu e, como o dia estava muito quente, resolveu tomar um banho em uma cachoeira próxima. Ali, nas imediações do bairro do Convívio, além de muitas casas e fazendas, há imponentes quedas d’água, entranhadas em alguns dos penhascos das redondezas.
O pacato técnico em eletrônica trajava uma bermuda, camisa xadrez branca e vermelha e chinelos. Nelson de Paula também trazia consigo uma caneta esferográfica vermelha no bolso e um relógio de quartzo de mostrador preto. Eram cerca de 14h00 quando ele se pôs a caminho da cachoeira, abrindo caminho pelo meio do mato. Quando chegou à primeira queda d’água, a cerca de 1,5 km de distância de onde estava, passou entre o vão de arame farpado de uma porteira e avistou a uma certa distância algo que lhe pareceu ser um silo agrícola [Local onde se guarda mantimentos, grãos etc]. Curioso, o homem decidiu ir até o local para verificar do que se tratava, pois não se lembrava de haver nenhum silo na região e brilhava muito.
Chegando mais perto do objeto, o eletrotécnico percebeu que não se tratava de um silo, pois tinha uma forma achatada, parecida com um prato emborcado para baixo e não tinha janelas. De onde estava, Nelson de Paula não podia ver a parte inferior do artefato e, por isso, desceu cerca de oito metros pelo rio. Às 14h40, quando ele se aproximou da estrutura, a situação mudou drasticamente de figura. Segundo suas palavras: Fiquei paralisado, meus braços não se mexiam e achei que eu ia morrer. Meu coração disparou e tive calafrios. No momento pensei: ‘Agora estou perdido’”. Nelson percebeu que o grande objeto estava flutuando mais alto do que ele, deixando visíveis, na sua parte de baixo, dois anéis concêntricos largos que giravam em sentido contrário um com relação ao outro — e deles saltavam chispas. Havia no ambiente um ruído semelhante ao emitido por uma colmeia de abelhas e o eletrotécnico se conscientizou que já estava escutando aquele som durante todo o caminho.
O estranho aparelho tinha o clássico formato de dois pratos fundos colocados um sobre o outro, com o que pareciam ser bolas de vidro entalhadas ao redor, todas do tamanho de uma laranja. A superfície do objeto parecia alumínio platinado e vitrificado e não havia aberturas visíveis. Profissional experiente, Nelson de Paula conseguiu fazer uma estimativa das dimensões daquilo: seu raio, visto por baixo, seria de aproximadamente 25 m, perfazendo, dessa forma, um diâmetro de 50 m. Era algo enorme. Ele tentou sair da região, porém seus pés não se moviam. O homem relata que sua mente “trabalhava” normalmente e que somente seu corpo não correspondia a seus comandos.
O primeiro contato
Naquele momento ele acreditou que estava paralisado devido ao medo. Passado algum tempo, a testemunha sentiu, segundo suas palavras, “uma paz interior”. Aproveitando a situação para tentar escapar, ele começou a refazer mentalmente a última etapa do trajeto e planejou voltar o mais rápido possível. Nesse momento, da metade superior da estrutura discoide abriu-se uma porta e surgiu, em questão de segundos, uma rampa que terminava perto de onde ele estava, sem, contudo, apoiar sua extremidade no solo. A aparência da elevação era a mesma da fuselagem da nave, de metal platinado e vitrificado, muito polido e brilhante. Em seguida, da parte superior do UFO surgiu um ser semelhante a um humano, que aparentava ter a mesma estatura de Nelson de Paula, ou seja, 1,72 m. Ele desceu a rampa sem portar nenhum tipo de capacete, mas com botas brancas inteiriças e um macacão bem justo ao corpo, terminando em volta do pescoço com um aro dourado. A textura era como a da seda e muito brilhante.
Nelson tomou a iniciativa do contato e disse “oi” ao estranho, acenando com o braço. O humanoide permaneceu em silêncio e se aproximou. Mesmo que ainda tivesse vontade de fugir, o eletrotécnico juntou forças e complementou o contato, acenando novamente com o braço: “Olá” Dessa vez a criatura respondeu: “Olá”, mas com uma fala carregada com um sotaque estranho. O homem teve então a oportunidade de examinar as feições do rosto. Seus olhos eram levemente oblíquos, grandes e castanhos. A boca era pequena, com dentição perfeita, porém seus caninos eram menores do que os humanos. O nariz, bem como as orelhas, também eram bem formados e relativamente pequenos. Os cabelos do estranho ser eram muito curtos, pretos, lisos e finos. Sua pele era bem tratada, perfeita como a das crianças e da cor de jambo, sem barba nem bigode. Nelson de Paula estendeu a mão para cumprimentá-lo, da maneira habitual, dizendo: “O meu nome é Nelson. Como o senhor se chama?” O homem retribuiu o cumprimento com um aperto desconfortavelmente forte e disse: “Terron”.
Ao contrário da maioria dos casos do gênero, o contato estava sendo verbal e não por telepatia. Prosseguindo o diálogo, o eletrotécnico perguntou ao ser se ele era francês, ao que este retrucou que não. Em seguida, o humanoide convidou-o para conhecer a nave e Nelson de Paula prontamente aceitou, apesar de todo o receio que ainda estava sentindo. Terron então prosseguiu dizendo: “Pode ficar tranquilo, calmo e sereno, pois não vai acontecer nada. Mesmo que o senhor queira ir comigo, eu não tenho essa permissão de te levar. Então, me acompanhe”. Terron então o pegou pelo ombro de maneira amistosa e a testemunha se sentiu muito mais tranquila e confiante. O ET era o comandante da nave e era “seco em suas respostas, mas sem ser rude”, segundo o eletrotécnico. Ele não aumentava o tom de voz nem diminuía, parecia que era algo controlado artificialmente. Falava apenas o essencial: quando o homem pensava alguma coisa, ele respondia prontamente — mas quando não podia responder, externava esse fato de maneira clara. Do ponto de vista pessoal, Nelson de Paula acredita que sua mente era, de alguma forma, “bloqueada” para não fazer determinadas perguntas.
Estruturas internas
Assim que entraram no disco voador, o eletrotécnico ouviu um ruído e notou que a
porta atrás deles havia se fechado rapidamente, sem deixar vestígios de que em algum momento tivesse havido uma abertura ali. A presença dessa vedação perfeita é habitual em muitos relatos ufológicos. O ar no interior da nave alienígena lembrava muito o cheiro de terra molhada que sentimos após a chuva — cujo nome técnico é petrichor. Segundo a testemunha, nesse momento seu medo e desconfiança desapareceram por completo. Ele conta que havia diversos andares no aparelho, sendo seu pé direito relativamente baixo, com cerca de 2 m. O piso era brilhante como o da fuselagem, mas ao mesmo tempo era áspero, não permitindo que alguém escorregasse acidentalmente. Não havia pontos de luz, como lâmpadas ou luminárias, mas a luminosidade emanava de todo o ambiente.
Havia compartimentos sem portas, hexagonais, tais como os alvéolos de uma colmeia e um imenso pilar redondo central. O ruído semelhante ao de abelhas que estava presente no exterior da nave provinha dessa estrutura. De 15 em 15 segundos surgia um segundo som melodioso de curta duração, que ele acreditou estar relacionado ao funcionamento da máquina de propulsão do disco voador. Contornando o perímetro externo daquele andar em que estava havia uma rampa lateral de acesso que conduzia ao andar superior. Os dois, então, prosseguiram por essa elevação, com o alienígena à frente. No andar de cima, Nelson de Paula avistou diversos outros seres, mas de baixa estatura.
O comandante da nave disse à testemunha: ‘Pode ficar tranquilo, calmo e sereno, pois não vai acontecer nada. Mesmo que o senhor queira ir comigo, eu não tenho permissão de levá-lo. Então, me acompanhe’. Ele era seco em suas respostas, sem ser rude
Os dois entraram em uma sala na qual o extraterrestre descreveu alguns detalhes básicos do funcionamento do disco. Naquele compartimento havia uma grande tela “com uma textura que parecia ser de gel branco”. Seu formato era inusitado, não retangular como as telas a que estamos acostumados, e estava fixada em dois suportes sobre uma mesa de controle de formato circular, com diversos pequenos botões em baixo relevo, quase imperceptíveis. Nelson de Paula e o extraterrestre se sentaram em banquetas presas ao chão. Terron apertou um botão e disse que iria mostrar o caminho de onde o eletrotécnico vinha. O homem replicou: “Mas não há janelas”. O ET então apertou outro botão e a tela acendeu, exibindo o caminho de modo ampliado, desde longe até a nave. Antes mesmo de atravessar a porteira, o eletrotécnico já estava sendo monitorado. Nelson de Paula ficou muito intrigado pelo fato de as imagens aparecerem em três dimensões e, em um impulso de curiosidade, levou sua mão até a tela, encostando o polegar. Terron o advertiu e retirou a mão do homem do aparelho.
Funcionamento da nave
Após exibir as imagens, o anfitrião da testemunha revelou a utilidade das estranhas bolas aparentemente entalhadas na fuselagem do disco voador, antes descritas. Segundo Terron, eram sensores muito avançados. Ele complementou que o material das bolas é um dos mais duros do universo. O homem perguntou se se tratava de diamante, mas o ser apenas repetiu a palavra, de tal forma que não foi possível compreender se era uma afirmação ou uma negação. Nelson de Paula então se lembrou de um local onde era possível ver luzes à noite e decidiu perguntar ao ET do que se tratava. Antes mesmo de responder, Terron direcionou os sensores para o local e, muito surpreso, o eletrotécnico disse: “Estava pensando em ampliar a imagem nesse local”. E o extraterrestre explicou: “Eu sei o que você está pensando, porque aqui nós usamos a telepatia. Se eu falar a minha língua, você não vai entender”. Em seguida, Terron chamou um ser de baixa estatura que estava na nave, que tinha certa de 80 cm de altura, e eles começaram a conversar em sua língua nativa — os sons pareciam grunhidos, mas, ao mesmo tempo, eram melodiosos.
Em seguida, a criatura exibiu na tela do computador caracteres da língua de sua civilização, com os correspondentes no alfabeto ocidental terrestre. Nelson de Paula, por sorte, tinha ali sua caneta esferográfica vermelha, mas como não havia nenhum papel para escrever, ele utilizou seu próprio antebraço para reproduzir as letras. Após voltar para o sítio do irmão, ele transcreveu o conteúdo para um caderno. Quando terminou de anotar, ainda dentro da nave, o homem perguntou se poderia entrar em contato telepático com o alienígena a hora que ele quisesse. Ele respondeu que não, usando as seguintes palavras: “Você não pode me ‘pescar’, mas eu posso te pescar aonde você estiver, inclusive se estiver dormindo”. O eletrotécnico imediatamente entendeu que o termo “pescar” significava localizar a pessoa e entrar em contato telepático.
Terron prosseguiu mostrando os mecanismos da parte de baixo da nave, onde ficavam os motores. Na tela, sempre em três dimensões, ele revelou duas “bolas enormes escuras, que pareciam ser de ferro”. Em volta do disco voador havia 36 estruturas que eram como bobinas constituídas de um tubo muito grosso, que aparentava ser de ferro em vez de fios, como estamos acostumados a ver em motores. O ET exibiu os sistemas da nave aproximando os detalhes na tela, ao mesmo tempo em que respondia algumas questões feitas pela testemunha e deixava outras em aberto. Ele informou que a nave tinha 60 m de diâmetro por 30 m de altura e explicou que a potência do veículo estava relacionada ao tamanho multiplicado pela velocidade da luz. Nelson de Paula relata a equação como sendo 60 m x 30 m x 3 x 108 m/s, resultando em 540 bilhões de “metros cúbicos por segundo”, conforme Terron se referiu ao produto obtido. Em nossa ciência acadêmica, essa unidade de medida tem significado físico de vazão. Especulando um pouco, talvez estes dados sejam semelhantes ao jargão “volume de água deslocado” que se utiliza ao descrever o peso de um navio. No caso da nave, seria algo relacionado com o “volume de espaço-tempo deslocado”, o que faz algum sentido, pois é sabido que os UFOs anulam completamente as forças inerciais de aceleração. Terron explicou ainda que o campo de força que se forma durante o voo de sua nave é tão intenso que é como se fosse sólido – tudo que entrar em contato com este campo seria pulverizado.
Universo paralelo
A tripulação do disco voador comandado por Terron era constituída na maioria por seres baixos, trajando uniformes cinza-claro, todos com cerca de um 1,2 m de altura. Suas cabeças eram grandes e desprovidas de cabelo, mas não exageradamente como a dos típicos grays [Cinzas]. Os olhos castan
hos e esverdeados eram ainda mais oblíquos do que os de Terron. Os pequeninos não eram feios e todos eram muito parecidos uns com os outros, sendo suas feições quase neutras, no sentido de não se parecerem nem masculinas, nem femininas — contudo, Terron disse que eles formavam casais. Quando um deles se aproximou de Nelson de Paula para mostrar um capacete, foi então possível identificar pelo olhar e pela boca que aquele ser era do sexo feminino. Conversavam entre si — como sempre — por telepatia.
Ao ser indagado de onde vinham, Terron respondeu que procediam de um planeta situado no mesmo local onde está a Terra, mas na quarta dimensão. Mesmo assim, o ET deixou bem claro que não havia necessidade de utilizar portais de qualquer espécie para viajar para sua dimensão — sua espaçonave emitiria um campo eletromagnético poderosíssimo, capaz de romper o espaço-tempo, sendo necessárias três passagens por “lapsos de espaço-tempo” para atingir nosso planeta, ou seja, “uma Terra paralela à sua”, segundo Terron. Por razões de segurança, as naves precisam subir a uma altura próxima à dos aviões. O alienígena também fez questão de deixar bem claro que seu povo não vinha de outro astro do universo, mas sim do nosso mesmo Sistema Solar, “só que em uma dimensão paralela”. Atualmente, isso já não soa como um absurdo para a física acadêmica, uma vez que a Teoria das Cordas prevê a existência de multiversos em diferentes faixas de existência, conhecida como Teoria M.
A tripulação do disco voador comandado por Terron era constituída na maioria por seres baixos, trajando uniformes cinza-claro, todos com cerca de um 1,2 m de altura. Suas cabeças eram grandes e desprovidas de cabelo, como a dos típicos grays
Terron explicou ainda que para viajar a distâncias maiores, como para outra galáxia, por exemplo, eles utilizam o conceito de escala dimensional. Para ir a Marte, ele salta uma escala de dimensão. Já para chegar a Saturno são necessárias duas escalas. Assim sua nave atingiria velocidades cada vez maiores, bem acima da velocidade da luz. Esses atalhos seriam análogos aos chamados “buracos de minhoca”, uma espécie de pontes invisíveis ligando distantes locais do cosmos, ou às “dobras espaciais” da ficção científica de Jornada nas Estrelas. O alienígena comentou ainda que o nome correto da sua nave seria Pulse Estrelar. Ao ser questionado sobre o significado do termo, explicou: “Significa vida em transição. Quando você olha uma estrela, pensa que ela está lá, mas ela já pode ter deixado de existir. Se você quiser chamar de nave, tudo bem. Mas não se trata de um disco voador e nem de um UFO”.
Cinturão de asteroides
De acordo com Terron, os seres de baixa estatura de sua nave eram originários de um planeta chamado Magnon, que estaria na mesma dimensão de seu planeta de origem. Há muito tempo, essas criaturas pesquisavam uma nova forma de energia, mas uma experiência saiu do controle e desmanchou seu planeta, dizimando a todos. Eles só não foram completamente extintos porque também habitavam os correspondentes de Júpiter e Marte no universo paralelo. Porém, as consequências da desintegração de Magnon não ficaram restritas a seu espaço no Sistema Solar — ela foi tão catastrófica que repercutiu também em nossa dimensão, destruindo o planeta correspondente que originalmente existia onde hoje está o Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter. Isso lançou ao espaço uma chuva de meteoros que destruiu a atmosfera de Marte e afetou a Terra, inclinando seu eixo de rotação em aproximadamente 23 graus.
O gigantesco tamanho de Magnon e sua correspondente alta gravidade explicaria por que os seres originários de lá são tão pequenos. De fato, biólogos acreditam que, quanto maior a gravidade de um planeta, menor seria o peso médio das entidades biológicas que viveriam em tais condições. Terron diz que o planeta Marte que conhecemos, em nossa dimensão, é sabidamente desabitado, mas que em uma dimensão paralela ele teria vida. Também falou a Nelson de Paula que o Sol paralelo ao nosso, igualmente em outra dimensão, seria de uma natureza diferente da que conhecemos, porém não especificou detalhes. O alienígena ainda revelaria ao eletrotécnico que sua presente encarnação é a quarta no planeta Terra, tendo as anteriores ocorrido em Marte.
Tendo na memória esses acontecimentos cataclísmicos e outros casos ufológicos, Terron falou que sua civilização está extremamente preocupada com os testes nucleares que realizamos aqui “na Terra da nossa dimensão”, pois não conheceríamos exatamente a extensão da tecnologia envolvida com tal energia, já que as explosões reverberam também em outras dimensões — toda vez que um artefato nuclear é deflagrado, eles ficariam sabendo imediatamente. De modo assustador, Terron disse a Nelson de Paula que, com o tempo, a tendência da humanidade é a de se autodestruir. E ao ser indagado pela testemunha se podia repassar a outras pessoas todas essas informações recebidas, Terron respondeu que sim, mas advertiu que as pessoas não dariam crédito.
No decorrer do contato, o eletrotécnico ainda perguntou o que Terron sabia sobre o Caso Roswell e se alguma vez houve a perda de naves da civilização dele aqui na Terra. O ET respondeu: “Até agora nós não temos conhecimento de que tenha caído uma nave naquele local. Há muito mais acidentes com seus aviões do que com naves nossas”. Dessa forma ficou claro que o que quer que tenha acontecido no Novo México, em 1947, não tem relação com o povo de Terron. Depois, o homem também questionou se o alienígena conhecia as cidades do Brasil. Surpreendentemente, ele relatou que sim, dizendo que já passeou — devidamente disfarçado, é claro — pela Rua Direita, no centro de São Paulo, e inclusive citou a Catedral da Sé como sendo “uma igreja grande”. Disse também estranhar o fato de as pessoas ignorarem umas as outras em nossa civilização.
Estranhos aparelhos a bordo
Em dado momento, Terron mostrou ao homem um capacete de tamanho avantajado, com duas grandes lentes negras na região dos olhos. Nelson de Paula cogitou que talvez fosse tal capacete que fizesse com que os seres que o utilizam fiquem com a famosa aparência de grays, ou seja, na verdade, os olhos negros seriam as lentes e a cabeça gra
nde seria justamente o capacete. O ET salientou que o capacete também tinha as mesmas bolinhas entalhadas, tal qual a nave, bem como uma saliência para o encaixe do nariz, mas sem os furos. Em seguida, Nelson de Paula o inseriu em sua cabeça, notando que ele tinha centenas de sensores em forma de pregos de cabeça chata, mas que cediam e se amoldavam confortavelmente. O capacete tinha também um tipo de fio com um botão que, ao ser manuseado por Terron, permitia ver à frente ou atrás com extrema nitidez e em três dimensões.
Em meio ao animado diálogo, o eletrotécnico perguntou por que somente ele foi capaz de enxergar o disco voador ali naquela região. Terron respondeu que estabilizou a frequência da nave para que ninguém a visse, mas percebeu pelos sensores que Nelson de Paula havia ficado curioso e em seguida caminhara na direção do aparelho. Naquele momento, Terron chamou um determinado tripulante e relatou o fato. Incrivelmente, reproduziu o diálogo para a testemunha na sua língua nativa e em seguida traduziu o que disse para seu idioma como sendo: “Aquela pessoa está nos vendo!”
O planeta Marte que conhecemos, em nossa dimensão, é sabidamente desabitado, mas em uma dimensão paralela ele teria vida. O ET também falou que o Sol paralelo ao nosso, igualmente em outra dimensão, seria de uma natureza diferente da que conhecemos
A certa altura o alienígena disse que estava na hora de partir, e Nelson de Paula questionou se poderia fazer uma última pergunta. Terron consentiu e o homem, então, indagou quantos anos ele tinha, pois estava estimando algo em torno de 30. A resposta foi a última surpresa dessa aventura: Terron teria 10 mil anos na base de tempo de seu universo paralelo — na nossa contagem, teria mil anos de idade. Entre outras hipóteses aventadas neste contato, há duas básicas que devemos considerar. A primeira é a de que o planeta Magnon giraria em torno do “Sol paralelo” 10 vezes mais rápido do que um planeta nesta dimensão, ou, em segundo lugar, a escala de tempo do universo paralelo desse planeta é 10 vezes mais lenta que do nosso.
Já estava de noite quando a porta se abriu novamente e Nelson de Paula desceu a rampa. E assim que se afastou um pouco, viu a nave brilhar cada vez mais forte à medida que ia ganhando altura. Em um determinado momento, partiu em uma velocidade incomensurável. O relógio de quartzo de pulso da testemunha não funcionava mais, provavelmente devido aos intensos campos de energia no interior da nave. O eletrotécnico calcula que a nave partiu por volta das 20h00, pois, quando regressou ao sítio, eram 20h30. Quanto ao relógio quebrado, ele o jogou fora, fato de que ele se arrepende até hoje, pois o mesmo poderia ser objeto de estudos.
Já se passaram pouco mais de 20 anos do ocorrido e a testemunha relata que nunca mais teve contato com Terron, exceto em dois sonhos. Como a quase totalidade dos casos ufológicos conhecidos, não se tem como afiançar a legitimidade destes fatos e nem que ocorreram da forma relatada. Contudo, é importante salientar que Nelson de Paula é reconhecidamente uma pessoa honesta e despretensiosa, segun do todos que o conhecem, e confabular uma história tão bem arquitetada e conexa, contada sempre da mesma forma durante anos, não seria algo fácil de se fazer. A riqueza de detalhes de sua experiência é comparável como a dos clássicos contatos de Antônio Nelso Tasca e Antônio Villas Boas.