Portugal tem papel fundamental no processo de conhecimento da presença alienígena na Terra, sendo uma das nações que mais contribuem com casos relevantes de contatos com outras espécies que aqui se manifestam, especialmente através de episódios que receberam forte interpretação religiosa, como a aparição mariana de Fátima, de 13 de maio de 1917. O nome do país já sugere sua vocação nesta área. Portugal vem de Porto do Graal, sendo Graal o conhecimento. Também é chamado de Lusitânia, que significa Terra da Luz. Em seu território, o mais ocidental da Europa, mensagens e fenômenos inusitados sempre foram uma constante. Até as naus que de lá zarparam para descobrir novos mundos, na Idade Média, carregavam consigo mistérios que ainda hoje são pouco falados. Por exemplo, todos os navegadores e descobridores portugueses pertenciam à Ordem do Templo, ou seja, eram templários, uma instituição iniciática que teve que mudar de nome para Ordem de Cristo, devido à perseguição que sofreu da Santa Inquisição. A sede dos templários era em Tomar, no centro do país, coincidentemente – ou não – bem perto de Fátima.
Como sabemos, foi Fátima, precisamente a Cova da Iria, o local escolhido para que “outras inteligências” deixassem uma mensagem ao mundo, tanto para as nações do oriente como para as do ocidente. A origem do lugar está intimamente ligada aos muçulmanos. Segundo o pesquisador Moisés Espírito Santo, Fátima era uma princesa de origem muçulmana que foi capturada perto de uma fonte, ainda hoje existente no centro do grande terreno onde foi construído o Santuário de Fátima. Ela se apaixonou e acabou se casando com um nobre português, que pediu autorização ao rei para ficar com a capturada. O nobre a libertou e lhe permitiu escolher entre o casamento e o regresso à sua terra, tendo ela optado por ficar em Portugal. No entanto, todas as semanas, visitava seu povo levando comida e medicamentos. Era conhecida como tendo poderes curativos, mas faleceu ainda jovem. Com o desgosto, o marido mandou enterrar seu corpo junto da fonte onde a tinha capturado. A partir daí, acredita-se, as águas que dela jorram também passaram a ter efeitos medicinais.
Foi exatamente perto daquela fonte onde, séculos mais tarde, ocorreria uma das mais célebres aparições marianas da história, na qual inteligências cósmicas ofereceram uma mensagem para todas as religiões da Terra, sem fronteiras. Para um estudo mais profundo deste episódio, serve como base de consulta, entre outros, o livro Fátima e Ciência: Investigação Multidisciplinar das Experiências Religiosas [Editora Ésquilo, 2003], obra organizada conjuntamente por Fernando Fernandes, Joaquim Fernandes e Raul Berenguel. O livro é resultado dos trabalhos de um evento realizado pelo Centro Transdisciplinar dos Estudos da Consciência (CTEC) da Universidade Fernando Pessoa, o 2º Simpósio Internacional Fronteiras da Ciência, ocorrido em outubro de 2001. Nele estão contidas informações relevantes, apuradas por muitos estudiosos, sobre as manifestações de contatismo em Portugal, em especial em Fátima.
Mensagem psicográfica
Hoje se sabe que a aparição mariana de 13 de maio de 1917 teve anúncios anteriores, tendo o primeiro ocorrido em Lisboa, em 07 de fevereiro do mesmo ano – com mais de três meses de antecedência ao que se sucederia em Fátima. Na ocasião, um grupo de espíritas reunidos sob comando do médium Carlos Calderon – figura de relevo do meio esotérico da capital, na época – aguardava pacientemente preciosas comunicações que lhes eram enviadas do astral, quando alguém pediu papel e lápis e começou então a receber uma mensagem psicograficamente. Ela foi redigida em escrita especular, ou seja, da direita para a esquerda, e continha o seguinte teor: “Não vos compete ser juízes. Aquele que vos julgará não ficaria satisfeito com juízos precipitados. Tende fé e esperai. Não é costume nosso predizer o futuro. Os arcanos do futuro são insondáveis, mas por vezes Deus permite que se erga uma ponta do véu que os encobre. Assim, pois, tende confiança nas nossas prevenções”.
Como se não bastasse sua inusitada natureza e a forma como foi obtida – ou “recebida” –, a mensagem apontava um acontecimento futuro. Prossegue: “A data de 13 de maio será de grande alegria para os bons espíritas de todo o mundo. Tende fé e sede bons. ‘Ego sum charitas’. Sempre a vosso lado tereis os vossos amigos, que guiarão os vossos passos e vos auxiliarão na vossa tarefa. ‘Ego sum charitas’. A luz brilhante da Estrela Matutina vos alumiará o caminho. Stella Matutina”. Segundo apurou Felipe Furtado de Mendonça, que descreveu o fato na obra Um Raio de Luz Sobre Fátima [Editorial Luanda, 1974], aquele grupo de médiuns decidiu publicar parte da mensagem em um anúncio no jornal, para que não houvesse dúvidas sobre a veracidade do fato sucedido, e então foi escolhido o Diário de Notícias, de Lisboa. Assim, a edição de 10 de março de 1917 conteve um anúncio intitulado 135917, de 13 de maio de 1917, no qual se pode ler o seguinte: “Não esqueças o dia feliz em que findará o nosso martírio. A guerra que nos fazem terminará A. e C.”.
“Senhora muito brilhante”
Esta mensagem enigmática não deixa qualquer margem para interpretações equivocadas, pois foi publicada mais de dois meses antes dos espantosos acontecimentos da Cova da Iria, em Fátima, levando à construção do maior santuário mariano do mundo. Curiosamente, o Observatório Meteorológico de Coimbra assinalou em sua publicação oficial o registro de perturbações magnéticas na mesma data do anúncio das aparições recebido pelo grupo de Calderon, traduzidas em variações na orientação de um ímã de medição. Como se vê, são muitas coincidências em torno das manifestações de Fátima. Mas, mais interessante ainda, são as descrições dadas pelas principais testemunhas dos fenômenos, Lúcia dos Santos e os irmãos Francisco e Jacinta Marto, respectivamente com 10, 9 e 7 anos na época. Eles tiveram um total de seis encontros com entidades celestes, sempre no mesmo dia e hora ao longo de seis meses [Veja detalhes na entrevista da seção Diálogo Aberto desta edição].
No depoimento original de Lúcia, na época em que foi realizado o inquérito paroquial de 1917, ela falou de uma “senhora muito brilhante que trazia nas mãos uma bola luminosa e virava as costas aos videntes quando partia”. O modo de locomoção da tal “senhora luminosa” que surgia acima da azinheira sugere que se tratava de um feixe de luz em forma cônica e retrátil, vindo do alto, como se originado de uma “nuvem
” que surgia no céu e tinha um movimento peculiar, uma vez que se deslocava contra o vento, segundo as testemunhas. Tal “nuvem” ainda envolvia a figura feminina na sua parte central. Uma das especulações dos estudiosos das aparições marianas que pende para sua explicação em termos ufológicos é a de que o feixe luminoso poderia ser uma manifestação das chamadas “luzes sólidas”, que parecem conter matéria e têm características inusitadas, como a capacidade de fazer curvas. Elas estão sempre associadas a observações de naves e sondas ufológicas.
Outro ponto curioso das manifestações na Cova da Iria recebeu o nome de “Milagre do Sol” e ocorreu em 13 de outubro de 1917, precisamente cinco meses após a primeira observação. Chovia torrencialmente na hora e, como das outras vezes, a jovem “senhora” apareceu e continuou suas revelações, finalizando o ciclo de mensagens. Lúcia dos Santos pediu a todos que olhassem para o céu, quando viram a chuva cessar de repente. “As nuvens se rasgaram e o disco solar apareceu como uma lua de prata a girar vertiginosamente sobre si mesma, semelhante a uma roda de fogo e projetando em todas as direções feixes de luz amarela, verde, vermelha, azul e roxa, que pintavam as nuvens do céu, as árvores e a multidão imensa”. E ainda repetiu-se tudo isso mais duas vezes, em seguida. A maior parte das testemunhas – milhares de espectadores, de fiéis católicos a incrédulos homens de ciência – estava distribuída numa ravina com largura de 70 m orientada no sentido norte-sul. Todos os entrevistados descreveram ter sentido efeitos físicos e fisiológicos durante a manifestação, por aproximadamente 10 minutos, quando o “objeto solar” aparentemente se aproximou da multidão.
Comunicação telepática
No decorrer deste fenômeno foram relatadas sensações de calor súbito e intenso, secagem rápida das roupas e do solo, que estava alagado pelas chuvas torrenciais, e efeitos fisiológicos instantâneos, descritos por alguns como “curas milagrosas”. Estes fatos levam à forte hipótese de uma manifestação de grande amplitude energética. E conforme material documental da época, há ainda um conjunto de fenômenos curiosos que ocorreram naquele momento, que não devem passar despercebidos, tais como a audição de um tipo de ruído, registrado nos inquéritos originais com esta expressão: “Um zumbido de abelha no interior de um cântaro, que se produzia sempre que a senhora falava com os videntes sem mover os lábios”. Como vemos registrado na literatura ufológica, em contatos próximos com naves e sondas, os observadores às vezes ouvem sons como este, descritos de tal forma. Igualmente, na grande maioria dos encontros com seus tripulantes, sua comunicação é telepática, sem que mexam os lábios. Coincidências?
Existe também uma quarta testemunha dos fenômenos de Fátima de 1917, que foi simplesmente ignorada por muito tempo. Chamava-se Carolina Carreira. Esta é uma das mais importantes descobertas feitas nos arquivos originais do episódio, depositados no Santuário de Fátima e consultados pela primeira vez pela jornalista Fina d’Armada, no final da década de 70. Carolina descreveu pessoalmente a recepção de uma espécie de “ordem mental”, bem no interior da cabeça, quando observou o que definiu como um “anjo” de cabelos loiros e de pequena estatura, nas imediações da azinheira sobre a qual descia a “senhora luminosa”. Segundo a vidente, as ordens eram repetitivas na fórmula: “Vem cá e reza três ave-marias. Vem cá e reza três ave-marias”. Como se sabe, este processo de indução é conhecido e repetido em muitas situações de contato com alienígenas, e sua interpretação por Carolina foi religiosa, obviamente, uma vez que vivia forte comoção.
Jean-Pierre Petit, astrofísico do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) e diretor-adjunto do Centro de Cálculo da Universidade de Provence, ambas instituições francesas, estudou a transmissão e recepção de mensagens não auditivas, como as descritas por Carolina Carreira e demais testemunhas de Fátima e outras aparições marianas. Em experiências realizadas em 1979 no Centro Nacional de Pesquisas Espaciais (CNES), de Toulouse, com a presença do professor Bernard Thourel, Petit confirmou a existência deste tipo de sensação ao se expor involuntariamente a uma emissão modulada de radiação eletromagnética, no espectro das microondas. Estes estudos têm sido feitos desde a década de 50 por equipes científicas em laboratórios norte-americanos e canadenses, além dos franceses.
Contato intencional e técnico
Cabe descrever também experimentos conduzidos por cientistas do Instituto Canadense de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos, particularmente por James C. Linn, Sérgio Sales Cunha, Joseph Battocletti e Anthony Sances, para a análise do que é conhecido como fenômeno de microondas auditivo [Microwave auditive phenomenon, MAP]. Tal processo é caracterizado pela obtenção de uma mensagem por parte de receptores, causando-lhes, como efeitos colaterais, estados alterados de consciência. As experiências registraram ainda ruídos vibrantes no interior do crânio dos sujeitos testados, quando lhes foram aplicadas curtas descargas de radiação de microondas. O resultado obtido consistiu de uma combinação de sons audíveis quando a cabeça dos sujeitos foram colocadas em linha reta com uma antena cônica, dentro de um compartimento selado.
Estes estudos também mostraram que os indivíduos que passaram por tais experiências perceberam no interior de seus crânios, sobretudo na parte do occipital, ruídos semelhantes a zumbidos, entre outros, quando expostos a uma radiação microondas entre os 200 e 3.000 MHz. Como se sabe, as freqüências moduladas variam entre os 200 e os 400 Hz. Até hoje esta matéria de investigação – chamada por muitos como técnicas de controle da mente – não foi totalmente divulgada. Estudiosos de várias partes do mundo sugerem que militares e agentes de serviços de inteligência de certos governos usariam esta técnica e outras semelhantes para procederem a lavagens cerebrais em indivíduos de quem se pretende obter determinadas informações. p>
Tudo o que se apurou até hoje sobre as manifestações marianas de Fátima, em 1917, parece indicar não somente que houve um contato por parte de entidades de origem não terrestre, mas também que ele foi intencional e obtido por meios técnicos, o que remete às pesquisas atuais sobre estados de transe e mediunidade. Nossa pineal, um pequeno órgão no centro do cérebro, é conhecida nas neurociências como uma glândula endócrina que produz um conjunto de hormônios regulados, entre outros, pelo ciclo da luz e da escuridão, gerados pela sucessão dos dias e noites. Tais hormônios são a serotonina, a melatonina, a dimetiltritamina, a metoxidimetiltritamina e a pinolina. Antigas tradições espirituais, como o yoga e o tantra, consideram a pineal uma “antena cósmica”, através da qual podemos contatar a realidade mística mais profunda.
Deve-se salientar também que a glândula produz alguns hormônios psicoativos, e sua atividade – como das restantes partes do cérebro – já foi medida por quatro tipos de equipamentos, entre eles o Dispositivo Supercondutor de Interferência Quântica, que é um neuromagnetômetro multicanal [Superconducting Quantum Interference Device, SQUID]. Além deste há os aparelhos de imagem por ressonância magnética, de tomografia por emissão de pósitrons e, o mais comum, o eletroencefalograma. Estas conclusões nos remetem ao ano de 1952, quando a CIA estabeleceu o Projeto Moonstruck e outros de natureza semelhante, que visavam a implantação de transmissores no cérebro e dentes de indivíduos, com a finalidade de rastrear, controlar e programar seus movimentos físicos e comportamento mental. Até hoje, temos conhecimento de 12 experimentos como o Moonstruck, alguns desclassificados em parte pelo governo dos Estados Unidos. Há ainda 24 centros de pesquisa avançada em outros países realizando este tipo de investigação, como o Instituto de Pesquisa Científica em Psicologia Geral e Educacional, o Instituto Baumann de Tecnologia Avançada e a Universidade Estatal de Moscou [No laboratório do professor Y. A. Kholodov].
Em 1962, Allan Frey, da Universidade de Cornell, em Nova York, demonstrou que as freqüências muito elevadas de comprimento de onda curto, como as dos radares, podem alterar o potencial de crescimento de células nervosas. Por isso, toda a precaução é necessária para operadores destes instrumentos. Igualmente, a primeira transmissão bem sucedida da voz humana diretamente ao interior do crânio de um indivíduo vivo foi efetuada pelo doutor Joseph C. Sharp, do Instituto Walter Reed de Pesquisas do Exército, nos Estados Unidos, em 1974. O método utilizado foi a conversão da voz numa freqüência ultrasônica. Impulsos potentes, de curto comprimento de onda e alta freqüência, podem penetrar através das paredes das células nervosas e alterar seu funcionamento, como foi demonstrado por Frey. O processo da experiência consistiu da produção de um som estável, nos limites da audição humana, a partir de 15 kHz. Simultaneamente, outro dispositivo recebe a voz de comando de indução nas freqüências compreendidas entre 300 Hz a 4 kHz. As duas fontes são misturadas num modulador e o resultado é um som pouco perceptível ao ouvido do sujeito sendo submetido à experiência, mas que seu cérebro consegue compreender como um zumbido.
Ciência com consciência
Este método pode ser aplicado a outras fontes emissoras, como as microondas ou campos eletromagnéticos de diversos tipos, e nas aparições marianas sensações auditivas idênticas ou muito semelhantes às descobertas em laboratório estão presentes. As testemunhas descrevem efeitos como vozes no interior do crânio, além de discursos e falas que lhes são forçados. Isso tudo além dos impressionantes efeitos físicos, como sensação de coceira na pele e súbito aquecimento corporal. Nos dias seguintes aos avistamentos de naves e seres, tanto em Fátima quanto em outras manifestações do gênero, é comum os observadores relatarem diminuição do sono com conseqüente aumento dos períodos de vigília, além de sonhos muito vívidos aparentemente controlados por alguma fonte ou “inteligência externa”.
Todos estes estudos e projetos citados nos ajudam a compreender o que vem ocorrendo ao longo dos tempos. Só desde a segunda metade do século XX nossa civilização passou a fazer pontes entre eventos históricos e os resultados de experimentos científicos. Apenas agora pode ser provado que nossos visitantes usam tecnologia em muito superior à nossa em seus contatos, algo que se tinha como certo, mas que agora está confirmado. Eugênio Siragusa, considerado o maior contatado do século passado, definia isso como “ciência com consciência”. Mas, se nossos contatantes são mais evoluídos do que nós espiritualmente, como certamente o são cientificamente, só o tempo o dirá. De qualquer forma, como sou obrigado a concordar que parte de nossa ciência não tem a consciência desejada, ofereço ao leitor mais um relato de como estas novas tecnologias, já demonstradas nas manifestações de Fátima, vêm sendo utilizadas por nossos governos, sem que nos informem.
Sabemos hoje, não sem muito esforço, que certas técnicas tiveram aplicação direta em situações de conflitos bélicos abertos. Citando a imprensa britânica, como admitido em março de 1991, durante a Guerra do Golfo foi utilizado um sistema de ultra-som enviado por um canal comercial de rádio FM para produzir sensação de desespero nas tropas iraquianas por ação direta sobre o cérebro dos soldados. Referente ao mesmo conflito, o jornal inglês The Guardian sugeriu a possibilidade de um avião Hércules C-130 modificado ter sido usado para, ao sobrevoar o território iraquiano, emitir pulsos de microondas de alta potência, em uma freqüência entre 5 e 15 kHz, para induzir os soldados a terem sensações sacras, pois é nesta faixa que as pessoas acreditam que ouvem a voz de Deus. Este projeto estaria ligado a outro, ainda mais secreto, que emitiria imagens holográficas para as tropas.
As experiências não param por aí. Mas há algo igualmente interessante a se observar quanto a toda a fenomenologia produzida em Fátima e em outros cenários de
contatos com seres extraterrestres e suas máquinas. Hoje está demonstrado por estudos em áreas de vanguarda da investigação científica que há uma correlação intrínseca e fenomenológica entre contatados, testemunhas de aparições marianas e indivíduos submetidos a estados alterados de consciência, com a sintomatologia apresentada pelos sujeitos de testes de controle da mente por meios eletrônicos.
Quanto aos demais aspectos das manifestações de Fátima, há de se observar que eventos semelhantes, senão idênticos, ao chamado “Milagre do Sol” foram observados em vários outros cenários de contato, como Tilly-sur-Seuilles, Espis e Kerezinen, na França, respectivamente em 1901, 1946 e 1953. Na Bélgica tivemos um caso em 1933, na localidade de Onkerzeele. Na Alemanha, ocorreu em Heroldsbach, em 1950. Em Kibeho, Ruanda, em 1983. O país campeão deste fenômeno parece ser a Itália, com vários acontecimentos, principalmente em Bonate, em 1944, Acquaviva Platani, 1950, San Damiano, 1965, Tre Fontane, 1982, e Borrello, na Sicilia, em 1988. Em território português, além de Fátima, o fato foi registrado em São Miguel dos Açores, em 1998 [No Brasil, tivemos um caso em Baturité (CE), em 1994. Veja detalhes no livro ETs, Santos e Demônios na Terra do Sol, código LIV-006 da coleção Biblioteca UFO.
Terceiro Segredo de Fátima
Além de todos os fatos já apresentados, com ligação direta com as manifestações marianas de Fátima, há ainda um conjunto de informações que merece atenção. Por exemplo, dois dias antes de uma visita do papa João Paulo II ao santuário erguido na Cova da Iria para anunciar o que seria o Terceiro Segredo de Fátima, houve um inexplicável blecaute de energia elétrica desde o centro até ao extremo sul de Portugal. Fátima fica na zona central e foi atingida em cheio. Não menos curioso é que em locais como hospitais e grandes centros comerciais, cheios de pessoas, não houve falha no abastecimento de energia. A paralisação nos outros pontos durou a noite inteira, e a explicação dada pela empresa fornecedora foi de que um galho com um ninho de cegonha tinha se deslocado de um poste e provocou o contato entre dois cabos de alta tensão. Como a desculpa não convenceu, a empresa deu outra logo a seguir, de que uma grande cegonha tinha tocado nos dois cabos.
Enquanto isso, soube-se depois pela imprensa, a cúpula do governo português foi chamada para se reunir em caráter de emergência em local não divulgado. O perímetro do local do aludido acidente da cegonha foi isolado e aeronaves civis puderam sobrevoar o local. Foram relatados vários avistamentos ufológicos durante toda a noite, em toda a vasta área atingida pelo blecaute. Ora, Portugal tem quatro sistemas de abastecimento de energia, um em funcionamento contínuo e mais três alternativos. Um deles, pelo menos, é por via subterrânea, e nenhum funcionou? Segundo uma fonte bem informada, que pediu anonimato, a sala principal de controle de abastecimento energético do país não acusou qualquer avaria no sistema. Assim, a verdade sobre este fenômeno, justamente numa data tão importante para a Igreja Católica, ainda está por ser explicada.
Outro fato intrigante é que uma das melhores fontes de informação sobre toda a fenomenologia dos acontecimentos da Cova da Iria, a obra Documentação Crítica de Fátima, com três volumes, só é vendida num único local do mundo, a livraria oficial do Santuário de Fátima. Aí estão, entre outros valiosos dados, os interrogatórios originais feitos com os videntes de 1917, que surpreendem pelo detalhamento. É esta documentação que prova que a descrição dada pelas testemunhas nada tem a ver com a imagem criada pela Igreja para a “senhora” observada. O ser, na narrativa da época, aparentava ser jovem, com uns 12 anos, tinha cabelo longo e solto, saia pelo joelho e usava vestido branco quadriculado a preto. Interessante é a confirmação de algo que já se sabia: que a entidade tinha uma esfera de luz na mão e um objeto circular que parecia ter uma cruz embaixo de outra. E mais: não mexia os lábios ao falar. Como sabemos, nossos visitantes extraterrestres manipulam altos níveis de energia e o controle da luz é sua marca registrada, fazendo dela o que bem desejam. Muitas vezes, tripulantes de UFOs – os ufonautas – são vistos portando um pequeno globo luminoso nas mãos, como foi descrito pelos videntes de Fátima, logo idealizado pela Igreja como o “sagrado coração de Maria”. Aparentemente, tais esferas de luz têm alguma relação com o transporte ou locomoção dos seres em nosso ambiente, quando estão fora de suas naves.
E assim, ponto por ponto, se explica o chamado Milagre de Fátima, que aparenta ser uma rara manifestação ufológica. Talvez, mais do que isso, um chamado à verdade. Não tenho a veleidade de tirar conclusões, mas compartilhar pérolas que têm sido escondidas com o pretexto de que a “verdadeira” investigação religiosa só se ampara nos dados recolhidos dos avistamentos. E o resto? Precisa ser ocultado e ignorado? Ao contrário, precisa ser conhecido e estudado, sem filosofias ou condicionalismos. Com a mente e o espírito abertos, sem nos deixarmos aprisionar por interesses ou medo do ridículo. A verdade anda por aí, lutemos por ela incondicionalmente e façamos um mundo melhor e mais transparente, com o legado ciência com consciência.