
Porto Alegre (RS) também tem recebido constantes visitas extraterrestres. Os casos mais comuns registrados são de avistamentos de estranhas luzes coloridas, que realizam acrobacias aéreas e desaparecem inexplicavelmente. Grupos de pesquisas e ufólogos se dedicam a estudar e decifrar tais fenômenos, que ocorrem geralmente à noite. Jovanir Medeiros Miranda, presidente da Sociedade OVNI Luz (SOL), existente desde 1991, é um deles. Nesses nove anos de pesquisas o grupo registrou mais de 100 casos ufológicos, sendo que aproximadamente 70 teriam ocorrido em Porto Alegre.
“Cheguei à conclusão de que para cada quatro pessoas a quem pergunto sobre eventos ufológicos, pelo menos uma teria visto algo estranho no céu”. No entanto, esses fatos não são recentes na região. Em 1977 um garoto observou no céu um objeto oval, que emitia uma luz vermelha muito intensa. Segundo ele, a aparição durou um minuto e o UFO desapareceu rapidamente assim que seu tio se aproximou do local. Outro caso semelhante ocorreu no final da década de 80, também na capital gaúcha, com uma senhora que preferiu não se identificar. Ela estava em sua casa quando, de repente, percebeu no céu a presença de uma luz bizarra, também oval, nas cores azul e rosa. Em seu relato, ainda muito impressionada, afirmou que o objeto planava à cerca de cinco metros do solo e emitia luzes intensas em tudo que se encontrava ao seu redor. “Cheguei a sentir o calor do disco”, lembrou.
Objetos Luminosos — Esses dois casos ocorreram na zona sul da cidade, local em que ufólogos constataram a maior incidência de aparições em Porto Alegre. Mas tais registros não são baseados somente em avistamentos de objetos luminosos que percorrem os céus durante a noite. Há também casos em que os moradores vêem, inclusive, os tripulantes dessas naves em plena atividade na Terra. Como exemplo disso temos o relato de um casal de jovens que afirmam ter observado, em 1995, um ser humanóide no Bairro Camaquã. Ao passar por um terreno baldio, eles teriam visto uma criatura de aspecto humano segurando uma espécie de pá luminosa, enquanto seu corpo irradiava pequenas luzes. Sentiram muito medo daquele ser incomum e se afastaram do local.
Ocorrências desta ordem não são novidade, pois há 30 anos temos vários casos em que alienígenas foram vistos fora de suas naves. Contudo, naquela época era muito comum confundi-los com figuras do folclore brasileiro, como a Mãe D’Ouro, personagem freqüentemente citada em relatos ufológicos. Atualmente, apesar de muitas pessoas ainda confundirem eventos alienígenas com aparições marianas e folclóricas, a conscientização acerca da existência de naves e seres extraterrestre é expressivamente maior, mesmo porque a incidência de tais casos é cada vez mais freqüente.
Em Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre, por exemplo, foi visto recentemente um objeto voador não identificado, no formato de uma bóia salva-vidas, com uma luz clara a sua volta, mas totalmente escuro por dentro. UFOs com as mesmas características têm sido observados em outros estados brasileiros e também em países como Paraguai e Argentina. Alguns foram estudados pelo pioneiro ufólogo José Victor Soares, que há mais de 40 anos fundou a Irmandade Cósmica Cruz do Sul (ICCS). Ele agrupou diversos relatos e fotos provenientes de mais de 70 países. “Estudo discos voadores desde 1943, quando ainda não se falava nesse assunto abertamente”, lembra o ufólogo. Victor conta que um dos casos que mais o impressionou na casuística de Porto Alegre ocorreu com um militar da Força Aérea Brasileira (FAB).
Era um dia chuvoso e o rapaz voltava para sua casa de moto quando, de repente, percebeu um raio de luz branca proveniente do céu em sua direção. Em poucos instantes, sentiu seu corpo adormecer e perdeu a consciência. Ao acordar, algumas horas depois, estava na cidade de Novo Hamburgo dirigindo sua moto, sem se lembrar do que ocorrera naquele ínterim.
Outras ocorrências ufológicas também podem ser constatadas em cidades vizinhas a Porto Alegre. Em Canoas, por exemplo, o ufólogo Kaiser Konrad afirma ter visto no dia 06 de junho de 1997 uma estrela muito incomum. Segundo contou, era cinco vezes maior que o planeta Vênus, quando este é visto a olho nu. “Entrei em contato com a Base Aérea de Canoas (BAC) para verificar a existência de alguma anomalia no céu, mas negaram a existência de um radar para captar esses fenômenos. Tentei o Aeroporto Salgado Filho e me afirmaram que esta é uma informação confidencial”, conta Konrad. Dias depois, o ufólogo entrou em contato com controladores de vôo daquele aeroporto, que afirmaram também ter visto a tal estrela. Um piloto da VASP que fazia um vôo próximo do local confessou ter sido perseguido por uma nave alienígena. O Boeing fazia a rota Porto Alegre – São Paulo, em 1986, quando foi seguido a partir das imediações de Canoas.
Todos esses registros somente são possíveis graças ao imenso desejo humano de descobrir os mistérios do Universo e desvendar o Fenômeno UFO. Esse sentimento aumenta ainda mais quando alguns afirmam sistematicamente ter entrado em contato com seres extraterrestres em seus discos voadores. Mas a Ufologia tem muitas variações no Rio Grande do Sul. Lá, algumas pessoas encaram essas experiências sob o ponto de vista da Vimanosofia, que se distingue da Ufologia por não buscar provas da existência alienígena, mas concentrar-se em contatar seres extraterrestres. Este termo foi utilizado primeiramente no Brasil pelo pioneiro Victor Soares, e depois amplamente usado por outros estudiosos. O termo foi obtido do livro hindu Mahabarata. Na obra são descritos confrontos entre homens e deuses, que possuíam veículos aéreos com grande poder de destruição, os vimanas.