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UFOs assustam e fascinam na Paraíba

Incríveis observações de discos voadores e contatos com extraterrestres são comuns aos moradores de pacatas cidades do interior do estado

Equipe UFO
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Créditos: EFEITOS DE RAFAEL AMORIM SOBRE FOTO DE FabÍola Diaz

Casos de avistamentos de discos voadores e até contato com entidades extraterrestres, seus tripulantes, são comuns no estado da Paraíba. Há décadas se tem conhecimento de pessoas que viram objetos estranhos, luzes coloridas e criaturas desconhecidas nas cidades e campos do estado, fazendo com que a Paraíba esteja no triângulo de eventos formado pelas redes ortotênicas de aparições de UFOs — que formam figuras estelares como raios de uma roda de bicicleta. Nelas são registrados fenômenos ufológicos que podem ser observados em diversos municípios, tais como Itauba, Campina Grande, Souza, Jacaraú e Pilõezinhos, que apresentam intensa casuística e acabam atraindo ufólogos e curiosos. Casos graves, como pousos de UFOs e tentativas de sequestros, também são registrados com abundância no estado e estão sendo investigados pelo Centro Paraibano de Ufologia (CPB), desde 1995.

Os fatos mais significativos já apurados ocorreram nos anos 90, com leve declínio dos acontecimentos na década seguinte. Por isso, esse trabalho se concentrará nos casos do período anterior. Parte a intensa casuística paraibana se dá na zona rural de Pilõezinhos, cidade a 100 km da capital, João Pessoa. Na localidade, os agricultores estão apavorados com a visão de “máquinas voadoras” que se assemelham a helicópteros ou lâmpadas fluorescentes e fazem voos sobre as serras da região. Segundo testemunhas, tais objetos tentam capturar humanos com uma espécie de “dispositivo sugador”.

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Como uma lâmpada fluorescente

Desde os anos 90, surgiram sobre Guarabira e Pilõezinhos, cidades distantes três quilômetros entre si, inúmeros objetos voadores não identificados, que estão sendo investigados por uma equipe do CPB. Em Pilõezinhos ocorreu um fato interessante, registrado no Sítio Novo. Lá, o agricultor Antônio Alfredo Januário, então com 24 anos, relatou um contato surpreendente que teve. “Eu ia para a reza do terço, por volta das 19h00, quando avistei sobre minha cabeça um foco de luz diferente e senti que ia ser sugado. Abri o guarda-chuva e me agachei por baixo de um pé de manga. Meu corpo ficou dormente, mas eu escapei”, afirmou aos estudiosos.

De acordo com as testemunhas, o artefato que agrediu Januário aparecia, às vezes, na forma de disco e, em outras, de uma lâmpada fluorescente em voo vertical — sempre emitindo intensa luz de cor branca. Em cima do objeto havia um tipo de sugador, que funcionava como uma hélice e tinha um ruído bem sutil. A equipe do CPB fez uma vigília no local onde apareceu o objeto, uma região de difícil acesso que fica no topo de uma serra e de onde é possível observar as citadas cidades e ainda Guarabira. Estava equipada com binóculos de grande alcance e câmera de vídeo, observando o céu, que se encontrava limpo e estrelado. Por volta das 00h30, um UFO surgiu de repente no horizonte. Tinha coloração alaranjada e se deslocava em trajetória irregular, no sentido sul-oeste, desaparecendo em cerca de 20 segundos.

crédito: Arquivo CPB

Foto de um suposto disco voador obtida por Sebastião Rodrigues Filho próximo da cidade de Malta, interior da Paraíba, às 13h00 de 24 de fevereiro de 1998. Seria uma visita extraterrestre?

Foto de um suposto disco voador obtida por Sebastião Rodrigues Filho próximo da cidade de Malta, interior da Paraíba, às 13h00 de 24 de fevereiro de 1998. Seria uma visita extraterrestre?

Pouco mais de meia hora depois do primeiro avistamento, à 01h05, outro artefato, igual ao primeiro, apareceu se deslocando no sentido sul-norte, rapidamente e em trajetória oblíqua ascendente, desaparecendo algum tempo depois — em nenhuma das aparições foi possível o registro em vídeo, já que os UFOs se moviam a grande velocidade e em trajetórias irregulares. No dia seguinte, a equipe percorreu vários sítios da região a fim de entrevistar agricultores que relatavam ter tido contatos extraterrestres. Constatou-se que muitos dos casos coincidem em alguns aspectos, como na forma dos objetos e horário dos avistamentos, que ocorrem geralmente às 19h00. Impressionante foram as informações colhidas sobre os ataques que as pessoas sofrem na zona rural da localidade — a maioria proveniente de luzes não identificadas em voo rasante.

O formato de alguns UFOs descritos pelas testemunhas são muito similares a alguns dos desenhos observados nas plantações do sul da Inglaterra, os chamados círculos ingleses. Entre os casos mais significativos investigados lá está um que ocorreu em 16 de maio de 1998, por volta das 19h00, também na região do Sítio Novo — que parece ser o epicentro dos fenômenos de Pilõezinhos. Naquela noite, o agricultor José Gonçalves da Silva, então com 25 anos, que trabalha em uma propriedade da vizinhança, contou ter avistado uma luz muito forte se aproximando — ela parecia estar inicialmente a 200 m de altura. Quando se acercava de um entroncamento na estrada, a luz lhe atingiu com um raio de cor avermelhada, quando Silva sentiu um calor muito forte e algo tentava puxá-lo para o alto.

Uma luz amedrontadora

Suas pernas tremeram e ele já estava quase sem forças quando lembrou que carregava um guarda-chuva. Abriu-o e correu para debaixo de um pé de manga alguns metros à sua frente. Segundo o agricultor, o objeto então direcionou o feixe de luz para ele, iluminando-o completamente por cerca de um minuto. Depois, o UFO partiu em velocidade impressionante na direção da Serra da Borborema. Silva sentiu muito medo enquanto observava a nave se distanciar, e ainda a avistou já muito longe e próxima às montanhas. Disse que tinha a forma redonda, como uma bola, era de cor branca muito forte e possuía quatro luzes menores nas laterais, sendo uma delas vermelha — justamente a que o atingiu. “O objeto não era muito grande, tinha pouco mais de dois metros de diâmetro e não emitia nenhum ruído”, disse o agricultor, que garante conhecer aviões e helicópteros e que aquilo não era nada parecido.

Um acontecimento inusitado também se deu com Abel Pires da Silva, então com 21 anos, também agricultor em um sítio da região. Pires disse aos ufólogos que, em 16 de setembro de 1998, por volta da 19h00, avistou entre as nuvens à sua frente uma bola de fogo muito clara se aproximando. Ele estava montado em seu burro e indo para a escola, a cerca de três quilômetros de onde morava, quando a luz lhe cegou os olhos e os do animal por alguns instantes. Correu para procurar abrigo debaixo de uma tosseira de bambu, pois nunca tinha visto algo semelhante. Um minuto depois, a luz foi embora e Pires seguiu caminho.

A testemunha disse ainda que já haviam lhe contado sobre tais avistamentos, mas que não acreditava. Pires não viu a forma do UFO por causa de sua forte luz, que tinha cor de fogo. Casos assim, de intensas luminosidades vindas do céu, parecem ser comuns na região. O agricultor Ant&
ocirc;nio Alfredo Januário, 54 anos, relatou que em 17 de setembro de 1998, por volta das 19h00, estava descendo uma estrada junto com cinco companheiros quando todos foram abordados por uma luz muito forte que vinha de cima. “O artefato focou um canhão de luz avermelhada sobre nós e corremos para procurar um abrigo dentro do mato”, disse. Alfredo informou também que o UFO tinha o formato de uma bola com mais de dois metros de diâmetro e possuía quatro luzes menores nas laterais, sendo uma amarela e outra vermelha.

Raio de luz vermelha

Sobre o espantoso objeto voador não identificado havia uma espécie de hélice que girava muito rápido, mas não fazia ruído algum. A luz ficou no local por pouco mais de um minuto, quando se deslocou rapidamente para cima e desapareceu com uma velocidade surpreendente. Fato semelhante ocorreu ao também agricultor Antonio Krispim de Freitas, na época com 32 anos e residente no Sítio Amarelinho. Freitas contou que em setembro de 1998, também por volta das 19h00, estava voltando de um riacho quando foi atingido por um raio de cor vermelha vindo de uma luz branca muito forte — ele tinha ido tomar banho no rio e, ao chegar à frente da sua casa, viu várias luzes que apareceram de repente, a cerca de 15 m de altura.

Suas pernas tremeram e ele já estava quase sem forças. Correu para debaixo de um pé de manga e o objeto direcionou o feixe de luz para ele, iluminando-o completamente por cerca de um minuto

Freitas contou que olhou para a claridade que o atingira, mas ela desapareceu. Quando tentava correr para dentro de casa, foi atingido novamente pela mesma luz, que parecia puxá-lo para cima. Sentiu um calor muito forte e viu que, quanto mais tentava correr, mais era atraído para o alto. “Se não tivesse aparecido um vizinho para me ajudar, acho que teria sido levado”, disse o agricultor à equipe do CPB. Ainda segundo a testemunha, o UFO desapareceu no instante em que desistiu de levá-lo. Freitas também afirmou que o artefato parecia um helicóptero, mas não possuía cauda, e que tinha uma espécie de hélice que não fazia barulho em sua parte superior. Tinha aproximadamente dois metros e formato de uma ferradura fechada com um símbolo no centro, parecido com um número nove aberto, e duas luzes menores nas laterais. Estava a cerca de 15 m de distância da testemunha.

Pode-se notar que os casos acima, e muitos outros já registrados na Paraíba, têm bastante semelhança entre si — como a forma dos objetos observados, suas dimensões, comportamento perante as testemunhas, horário do aparecimento e, como sempre ocorre, a projeção de um feixe de luz, geralmente avermelhado, sobre as vítimas. Segundo o suboficial Aluísio Duarte, que trabalhou na seção de controle de tráfego aéreo do 3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III), de Recife, “esses fenômenos poderão ser investigados pelo Ministério da Aeronáutica, caso os peritos considerem a atitude necessária”. Mas até agora não se tem conhecimento de que tais providências foram de fato tomadas.

Objetos e luzes misteriosas também foram registradas na pequena cidade de Jacaraú, 80 km ao norte de João Pessoa. Há mais de 30 anos, uma espécie de farol costuma aparecer em uma vasta baixada ao longo da estrada que vai até a localidade de Duas Estradas. Poucas pessoas deram alguma importância ao fato, também conhecido como “farol fantasma”. Porém, como os avistamentos se tornaram mais frequentes, o fenômeno despertou o interesse de um número cada vez maior de estudiosos, fazendo com que investigassem os episódios. Os fatos tiveram mais repercussão, aparentemente, a partir de 1979, quando um grupo de pessoas teve experiências inusitadas no local.

Logo no início daquele ano foi organizada uma vigília por amigos que tinham propriedades na região ou viajavam regularmente para lá a negócios. Eram ao todo 20 observadores, entre eles o professor Jairo Lisboa, Marcos e Marcelo Ribeiro e o norueguês Olaf Bakke Júnior. O ponto de observação que utilizaram ficava logo na saída da cidade, em uma elevação. Naquela época ainda não havia luz elétrica, somente lamparinas de querosene. No entanto, paralelo à estrada corria uma linha de energia e, ao redor, havia algumas plantações de mandioca, pasto para gado e arbustos. Era uma noite em que, vez ou outra, caía uma estrela cadente.

Através de binóculos o grupo observava todo o terreno, quando, por volta da 18h30, começou a brilhar uma fraca luz no meio do mato, a uma distância de dois a três quilômetros de onde estavam. Aquilo aumentou de tamanho e intensidade até se parecer com o farol de um carro, mas ninguém viu sua chegada ao local. Depois de um minuto ou um pouco mais, a luz se apagou e apareceu novamente a uma distância maior — emitia um facho parecido com o de um holofote clareando a vegetação. O artefato girava lentamente, iluminando tudo ao redor durante alguns momentos. Em certas ocasiões, o feixe de luz apontava para cima e se apagava novamente.

crédito: Fernando Lima

Os nordestinos do interior da Paraíba vivem intensos e às vezes terríveis casos de avistamentos ufológicos

Os nordestinos do interior da Paraíba vivem intensos e às vezes terríveis casos de avistamentos ufológicos

Esse jogo de acende-apaga e mudança de lugar durou horas, tanto que o grupo acabou voltando para João Pessoa no começo da madrugada. Mas, ainda intrigados com os fatos, os estudiosos retornaram ao local várias vezes para tentar apurar o que eram aquelas luzes. Em 04 de fevereiro do mesmo ano, um grupo de interessados liderados por Carlos Freitas foi a Jacaraú fazer um minucioso reconhecimento da região. Passaram horas andando em toda a baixada, procurando vestígios ou algum indício de embuste, mas não acharam nada. Descobriram, no entanto, que o terreno era muito acidentado e alternava arbustos com pastos e clareiras arenosas, caminhos e trilhas, um riacho e pequenos açudes na parte baixa — mas nenhuma estrada para um carro passar.

Os pesquisadores puderam conferir, no mesmo ponto de observação, as diversas luzes que apareceram antes. O mistério aumentava quando se tentava alcançar o local exato onde os objetos se manifestavam. O farol flutuava a poucos metros do chão, sem tocar nele, em um movimento ondulante. Acendia de repente no meio da escuridão para apagar depois de um ou dois minutos e se deslocar imediatamente para outra posição. As luzes não ultrapassavam a altura das árvores existentes no lugar, em um comportamento realmente estranho e diferente de luzes observadas em outros pontos — como por exemplo em Guarabira, a 100 km de João Pessoa, onde cruzam o céu, piscam, se aproximam e se afastam, variando muito de tamanho.

Comunicação através de luzes

A saga dos investigadores continuou e uma terceira vigília foi realizada em Jaca
raú, no dia 08 do mesmo mês, à qual compareceram mais de 100 pessoas, contando com médicos e até professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ao conversar com os moradores da região, eles disseram que durante as semanas anteriores o farol fantasma sempre aparecia e percorria a baixada. Dessa vez, uma equipe de estudiosos pôde observar não somente uma, mas cinco luzes ao mesmo tempo — e várias outras menores vermelhas, ascendendo e apagando, deslocando-se instantaneamente de uma posição para outra. Os faróis grandes eram brancos e ficaram acesos durante um ou dois minutos, enquanto os menores, vermelhos, permaneceram visíveis por mais de cinco minutos.

Quando vistas a olho nu, as misteriosas luzes pareciam ser duplas. Mas, através de binóculos, se percebia perfeitamente que a fonte mais forte flutuava a pouca altura do solo e que a segunda era, na realidade, o reflexo da primeira no chão. Depois de algumas horas de observação, o norueguês Olaf Bakke Júnior fez uma experiência ligando os faróis do carro e piscando três vezes em direção às luzes na baixada — como resultado, todas se apagaram imediatamente e recomeçaram a acender aos poucos, somente uma hora depois. Ainda nessa data de 08 de fevereiro, já passada a meia-noite, todos começaram a se preparar para a viagem de volta quando um fato inesperado aconteceu. Em um grupo de árvores a 300 m de distância, dois flashes azuis muito fortes iluminaram tudo durante uma fração de segundos, sem qualquer ruído, centelhas ou fumaça.

crédito: Don Farrall

O maior medo de moradores de comunidades do interior do Nordeste é encontrar sondas ufológicas pelo caminho

O maior medo de moradores de comunidades do interior do Nordeste é encontrar sondas ufológicas pelo caminho

Poucos minutos depois apareceram mais três flashes a poucos metros do chão, seguidos por mais dois — dessa vez vermelhos e bem mais próximos. Então, todos os faróis se apagaram completamente, tanto os brancos como os azuis e vermelhos. Alguns dias depois foi organizada mais uma vigília no local, mas dessa vez não apareceu absolutamente nada. Os moradores dos arredores confirmaram que aquela explosão de luzes tinha sido o último fato registrado. Hoje, quase nenhum dos habitantes da área se lembra daqueles incidentes e o mistério continua sem solução.

Luzes por todos os lados

Outra localidade paraibana rica em ocorrências ufológicas é a cidade de Souza, a 450 km de João Pessoa e onde a equipe do Centro Paraibano de Ufologia (CPB) tem colhido muitos relatos interessantes há quase duas décadas. É lá que se situa o Vale dos Dinossauros, um sítio arqueológico de grandes proporções, cujas bonitas paisagens nos transportam para os tempos pré-históricos. É nesse cenário em que se tem registrado várias ocorrências que necessitam ser divulgadas. Uma delas envolveu Marlene Souza, moradora da Serra da Miúda, que relatou ter visto com alguns vizinhos, no ano de 1997 — um dos mais ativos da história —, bolas luminosas do tamanho de pneus de carro aparecerem na região por diversas noites. “Elas vinham do lado do Rio Grande do Norte, ora cruzando para o sul, ora em direção a Souza. Às vezes mudavam de cor, passando de um amarelo queimado para o tom esverdeado, e pulsavam constantemente. Uma delas, maior que as outras, apresentava na parte de baixo um foco para o chão com uma janelinha ao redor”, declarou a testemunha.

Marlene não está sozinha. O caminhoneiro Silva, morador do bairro Angelim, de Souza, também teve experiências semelhantes. Ele relatou que, ao sair à noite com seu amigo Benedito para caçar tatu na Serra de Velha Ana, ambos ouviram um barulho de motor trabalhando. Como já eram duas horas da manhã, e por ser a serra muito íngreme e cheia de abismos, estranharam o ruído — pensaram ser um avião que às vezes passava por ali. Silva contou que viu um objeto cheio de luz por todos os lados. “Aquilo pousou atrás de uma pequena mata e se apagou logo em seguida. Aproximamo-nos do local, mas não vimos mais nada, a não ser marcas no solo, como se fossem pressionadas por objeto pesado”, relatou. Fatos como esse podem ser ouvidos de muitos moradores da região, tamanha é a incidência de UFOs.

“Parecia uma antena parabólica”

Já Derzi Honório, proprietário de uma fazenda na citada Serra de Velha Ana, disse que desde que seu pai era vivo via bolas de fogo por cima dos morros, fazendo círculos e em seguida desaparecendo dali sem explicação — como sondas ufológicas. Um velho funcionário que cuida da propriedade também falou de casos semelhantes. Assim como Honório, dona Francisca da Silva, residente no Sítio Curralinho, também viu as misteriosas luzes na localidade. Ela conta que, em dezembro de 1996, estava na cozinha lavando as louças do jantar quando uma luz muito forte veio de um objeto de formato discoide com janelas ao redor. “Vi que a luz passou por trás do meu quintal, batendo em uns galhos da pereira”, declarou.

crédito: Eloir Fuchs

A senhora Maria do Carmo

A senhora Maria do Carmo

Corajosa, Francisca saiu para o terreiro para ver do que se tratava, quando o artefato levantou um voo cambaleante com destino à Serra Branca. “Logo em seguida ouvi uma forte explosão e tudo escureceu para aqueles lados, clareando em seguida”, finalizou a testemunha e confirmando ainda que a claridade observada era suficiente para iluminar o chão como se fosse dia. O curioso a respeito desse relato é que a região em que Francisca mora é bastante rica em minério de urânio — que pode ser um atrativo para os seres extraterrestres que visitam e vasculham nosso meio ambiente.

Um fato muito significativo na região também ocorreu ao padre José Queiroga, na época pároco da igreja matriz da cidade de São João do Rio do Peixe, já no vizinho estado de Pernambuco — a apenas alguns quilômetros de Souza. Queiroga, muito conceituado em toda a região, relatou o seguinte: “Assim que terminei de celebrar a missa e a procissão das festividades do dia de São Francisco, segui para casa, quando apareceu um objeto luminoso no formato de uma antena parabólica e com um feixe de luz cintilante atrás. Aquilo ficou alguns segundos ao lado da igreja, sobrevoou a zona urbana e partiu em altíssima velocidade”. O padre é um elemento acima de qualquer suspeita e, no mínimo, uma exceção na Igreja Católica, pois apenas pequena parte do clero aceita esses tipos de ocorrências publicamente.

Maria do Carmo, então residente na cidade de Bananeiras e com 52 anos de idade, também foi vítima da ação dos UFOs que assolam a Paraíba. Ela contou que às 22h00 de 24 de junho de 199
7 — dia em que se comemora o aniversário da Ufologia e também dia de São João — estava indo para sua casa quando, ao passar por um local escuro, viu à beira da estrada algo estranho com o formato de casco de tartaruga. O objeto tinha cor escura e emitia uma luz muito forte, semelhante a galhos pegando fogo. Ao ver aquilo, a senhora sentiu tontura e forte calor. Logo em seguida, o artefato tentou puxá-la, como se fosse um imã, mas ela conseguiu correr do lugar. Ao chegar em casa, contou o ocorrido aos familiares, que não acreditaram.

crédito: Arquivo UFO

A equipe de investigadores também encontrou e pesquisou casos do temido chupacabras no interior do estado da Paraíba

A equipe de investigadores também encontrou e pesquisou casos do temido chupacabras no interior do estado da Paraíba

Durante o banho, Maria percebeu que suas coxas e genitália estavam assadas — como se ela tivesse sido queimada por algum tipo de raio. Com o passar dos dias, a assadura piorou e ela teve que ir ao médico, que lhe receitou uma pomada que a curou cerca de 20 dias depois. A testemunha relatou à equipe do CPB que era a segunda vez que tinha um avistamento desse tipo. No primeiro, o UFO tinha formato de geladeira, de dentro do qual saía uma fumaça branca. Maria declarou ainda ter visto um animal parecido com um cachorro surgir do interior do objeto e correr em direção ao mato. Seria o temido chupacabras, um fenômeno difundido mundialmente pela imprensa a partir do ano de 1995? Casos com a estranha e mítica criatura também foram registrados na Paraíba.

O chupacabras atacou no Nordeste

O primeiro avistamento de chupacabras de que se tem notícia no estado se deu na capital, João Pessoa, em 20 de junho de 1979. Naquela data, os estudantes Ramilson Siqueira e Arthur Vasconcelos, moradores do bairro Jaguaribe, foram encurralados à 00h30 por um animal parecido com tal ser — o mesmo que, anos mais tarde, viria a ser descrito no México, Caribe e até no Brasil, principalmente no interior de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul. De acordo com as testemunhas, a criatura tinha um aspecto verdadeiramente assustador, com a cabeça ovalada, grandes e esbugalhados olhos vermelhos, aparentando ter 1,4 m de altura. “Sua pele lembrava pedaços de panos e trapos de limpeza, do tipo usado para polir carros”, disse um dos rapazes.

O ser observado tinha uma estrutura humanoide, com braços curtos e mãos semelhantes a pés de galinha, mas com garras. Seus pés pareciam de cabras. “Por cima da cabeça e até o final das costas havia uma espécie de barbatana que subia e descia à medida que ele andava”. Até hoje o caso ainda não encontrou explicação plausível e foi ressuscitado com o ressurgimento mundial do fenômeno, há alguns anos — novos casos registrados na América do Sul, especialmente na Argentina.

Depois da experiência, Maria percebeu que suas coxas e genitália estavam assadas, como se ela tivesse sido queimada por algum tipo de raio. Com o passar dos dias, a assadura piorou e ela teve que ir ao médico

Outra ocorrência do enigmático ser na Paraíba, ainda em décadas passadas, se deu em 06 de maio de 1995. Dessa vez as vítimas foram Marcelo e Valdeline Barbosa, que, juntamente com seus vizinhos, presenciaram a descida de um UFO a poucos metros da Reserva Florestal da Mata do Buraquinho, por volta das 21h00. Segundo apurou a equipe do CPB, a mata é um lugar propício para se avistar UFOs, pois muitas pessoas que residem nas proximidades têm visto estranhas bolas de fogo ou luzes no interior da reserva. Esse caso é um dos poucos, em todo o mundo em que um UFO esteve presente na cena de observação do Chupacabras.

Dinossauros na Paraíba?

Por Emerson Magno F. de Andrade

Está na cidade de Souza, a cerca de 450 km da capital paraibana, um dos mais significativos sítios arqueológicos do país, o Vale dos Dinossauros. Encravado em uma área de 700 km², o vale é um imenso patrimônio paleontológico, além de fonte de estudo reconhecida por pesquisadores do mundo inteiro. Sua área foi povoada por dinossauros como o Iguanodonte mantelli, um herbívoro de 12 m de altura, o Tiranossauro rex, considerado o maior predador de todos os tempos a habitar a Terra, e a ave Pterossauro, com 8 m de envergadura.

Dentro do vale, no local conhecido como Lagoa do Forno, pesquisadores verificaram a existência de fendas paralelas medindo 10 cm cada, encravadas em uma rocha de lâmito ou sílito marrom, do mesmo tipo e da mesma época em que foram gravadas as já identificadas pegadas de dinossauros e de outros animais pré-históricos em outros pontos do parque arqueológico, como o Sítio Ilha, distante 4 km de Souza. As marcas causam admiração por sua profundidade, perfeição e extensão, assemelhando-se a rastros de pneus de equipamento mecanizado. Para os agricultores da região, os rastros são provenientes de carros de boi. “As pegadas de dinossauros estão impressas no mesmo pavimento rochoso e, por isso, atestam sua idade, sem necessidade de análise científica”, disse um dos pesquisadores que estuda o vale.

Em certo trecho do local é possível ver que as marcas são bastante nítidas e chegam a medir cerca de 20 cm de largura por 6 cm de profundidade, demonstrando que estão paralelas. O aprofundamento delas na rocha se revela semelhante a sinais de um trator de esteira. Em toda sua extensão há dois pares de bitolas com rastros de diferentes tipos e formatos. O estudioso Luis Carlos da Silva Gomes, que investiga UFOs em Souza, especula que o equipamento que deixou tais sinais seria montado sobre duas rodas, similar a uma bicicleta. “O que podemos afirmar é que possivelmente pertencem a equipamentos modernos, pois o atrito com a pedra a quebraria facilmente”, afirma. O local tem incrível semelhança com as famosas marcas encontradas na planície de Nazca, no Peru. Quem sobrevoa o Vale do Talpa — área que se estende por uma faixa de terra plana de cerca de 60 km de comprimento por 2 km de largura — pode observar imensas linhas traçadas geometricamente no solo daquele país. Algumas correm paralelas entre si, outras se cruzam ou são rodeadas por grandes áreas trapezoidais. Enormes desenhos claramente dispostos, como sinais a serem vistos do alto, a grande altitude, foram encontrados nas encostas alcantiladas das montanhas de Nazca. Um dos mais interessantes está localizado no paredão vermelho de um penhasco à margem da Baía de Tisco.

Naquela localidade, quem chega pelo mar pode avistar, a 20 km de distância, uma figura de 250 m que se assemelha a um tridente ou um candelabro de três braços. Marcas semelhantes também foram encontradas perto da cidade de Santa Cruz, na Bolívia, e na região de Ariquilda, no Chile — os petroglifos dessa região só podem ser vistos do alto e apresentam formas bastante interessantes. São linhas paralelas que se estendem por uma grande área e têm
círculos ao seu lado, com um formato semelhante ao de um aeroporto. Mas quem usaria um aeroporto há milhares de anos, época em que as imagens foram feitas?

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