Organizar um Fórum Mundial de Ufologia não é tarefa fácil, e durante o processo a CBU encontrou uma série de obstáculos que tiveram que ser contornados. Um dos maiores problemas foi a seleção dos conferencistas a serem convidados, tanto nacionais quanto internacionais. Não pela falta deles, mas pelo excesso! Quando começamos a analisar os currículos dos possíveis convidados, vimos que, para ter boa parte deles presente, seria necessário um evento com muito mais dias, e isso não era viável…
Assim, por sofrermos uma limitação de tempo e recursos, tivemos que escolher aqueles que participariam desta primeira versão do Fórum. A Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) teve que se reunir várias vezes e analisar detidamente listas com mais de 150 nomes – sendo cerca de 80 deles de brasileiros. Entre os internacionais, optou-se por convocar aqueles que, representando o maior número de países, estivessem mais afinados com o momento atual da Ufologia. Outro critério foi escolher palestrantes estrangeiros que tivessem representatividade dentro de suas comunidades locais.
O propósito do Fórum foi reunir expressiva parcela da Comunidade Ufológica Brasileira, mas apenas cerca de 30 ufólogos puderam ser convidados – embora o desejo fosse de incluir todos. Então, escolheram-se os que representam áreas distintas de discussão dentro da Ufologia. Com isso, grandes nomes da Ufologia não puderam ser incluídos no evento, mas terão participação garantida na segunda versão do Fórum, em 1998.
Essa atitude gerou alguma insatisfação e até polêmica nos círculos ufológicos brasileiros, originadas de colegas que se sentiram excluídos. Felizmente, no entanto, a maioria deles compreendeu a situação da CBU e apoiou o evento da mesma forma, por julgá-lo, embora sem a participação de todos, importantíssimo para a Ufologia. Estes amigos perceberam que o Fórum é um evento sem dono, cujos resultados serão colhidos por todos os brasileiros, inclusive os que não puderam ser convidados dessa vez.
Num evento desse porte, é evidente que alguns convidados teriam, de última hora; algum impedimento para comparecer. E isso aconteceu com onze pessoas, algumas delas só tiveram tempo de comunicar suas ausências após o início dos trabalhos. Do Brasil, Ubirajara Rodrigues, um dos componentes da CBU, e os convidados especiais Almiro Baraúna e Gerson Maciel de Britto, além das testemunhas do Caso Varginha Liliane, Valquíria e Kátia, não puderam comparecer.
AUSÊNCIAS – Do exterior, o português Joaquim Fernandes e o paraguaio Jorge Alfonso Ramirez não estiveram presentes por impedimentos profissionais. O mesmo se passou com os americanos Bill Hamilton, Leo Sprinkle e Bob Brown. Um contratempo impediu a viagem do cosmonauta da estação Mir Guennady Strekalov ao Brasil. Strekalov concorria a uma vaga no congresso russo e foi surpreendido quando a data das eleições foi marcada para o período do Fórum. Mas, em seu lugar, enviou Alexander Balandin, que também tem larga experiência em vôos espaciais na Mir.
A seguir, a Equipe UFO apresenta um resumo de cada uma das conferencias do Fórum. Tal resumo foi feito a partir da interpretação das palestras e de entrevistas com os conferencistas. Nas próximas edições de UFO Especial, estaremos publicando cada uma das conferências proferidas no Fórum Mundial, na íntegra. Estes trabalhos estão agora nas mãos de mais de 30 tradutores voluntários da Equipe UFO e deverão trazer fantásticas revelações sobre o que ocorre hoje na Ufologia Brasileira e Mundial.
UFOLOGIA COMO INSTRUMENTO DE TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
Ademar Eugênio de Mello – São Paulo
Astrônomo, pioneiro da Ufologia no Brasil, Ademar Eugênio de Mello não precisa de apresentações. Após vários meses longe da Ufologia, Ademar retornou com a corda toda. Sua conferência abriu o I Fórum Mundial. Ademar explicou cada passo da pesquisa cientifica, as manobras que existem para impedir as investigações e a vergonhosa censura nas informações à população, de forma extremamente diplomática e correta, ressaltou que não podemos separar a Ufologia Mística da Científica. Somente quando entendermos que a Ufologia é um veículo de transição planetária, aí então cessará o confronto que existe entre os científicos e os místicos. Para isso, Ademar adota a Ufologia Holística, ou seja, os componentes espirituais intimamente relacionados com os estudos científicos – este é o grande desafio que os pesquisadores devem vencer.
O ufólogo acredita que o exagero seja o grande mal que nos cerca, a barreira que não nos deixa seguir em frente e aprimorar nossos métodos de pesquisa. A Ufologia Holística e também a Paraholística existem em muitos níveis diferentes. E estão aí para que os exageros, as fantasias, as interpretações equivocadas sejam eliminadas, ou pelo menos reduzidas, através dessa proposta. Quem conhece este ufólogo sabe que ele convive com as duas linhas sem fazer guerra, pois sua mensagem é de paz.
Um exemplo de que pode haver uma integração entre os dois ramos da Ufologia é o nosso saudoso general Alfredo Moacyr Uchôa e suas pesquisas na Fazenda Alexânia, em Goiás. O pesquisador citou ainda o grande problema do acobertamento ufológico mundial, o qual ele considera “uma ofensa ao consciente intelectual” (como toda a malha envolvendo militares e civis no Caso Roswell).
Ademar definiu perfeitamente o que aconteceu nesses sete dias de palestras: “Este congresso não é brasileiro, muito menos internacional. Este evento é planetário”. Com esse entusiasmo, Ademar faz-nos uma ressalva: “Não percam o que vai acontecer aqui”. E todos aqueles que acompanharam as palestras e testemunhos sabem bem o que ele quis dizer com isso.
COSMOLOGIA NAS ESCOLAS: CAMINHO AO RECONHECIMENTO
Ana Santos – Bahia
Ana Santos, presidente do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS) e consultora de UFO, é participante ativa das pesquisas ufológicas desde 1974. A pesquisadora afirmou que através da educação cosmo- lógica nas escolas, com o auxílio dos jovens e das crianças, poderemos encontrar um caminho para o reconhecimento oficial dos discos voadores. Assim como Ademar Eugênio, Ana faz parte do movimento holístico, ou seja, pega o que há de melhor na Ufologia Mística e funde à Ufologia Científica, proporcionando resultados muito satisfatórios para os dois segmentos.
Atualmente, a pesquisadora baiana é quem mel
hor mescla as duas vertentes da Ufologia. Sabendo que através da educação e da consciência cósmica poderemos ser capazes de escrever uma nova história, com um futuro mais digno e mais humano, a ufóloga propôs a introdução da cosmologia no currículo escolar. Ana citou diversos artigos de nossa legislação que estabelecem e asseguram o direito à educação, ao desenvolvimento de nossas potencialidades e à auto-realização.
Com uma visão cósmica, poderemos alcançar esses objetivos. Para a pedagoga, nós não estamos tão distantes do restante do mundo, pois crê que o homem seja “um ser cósmico que está em constante interação com os outros cosmos”. Outra vantagem que teremos se essa proposta for aceita é a difusão das pesquisas ufológicas em nosso país, pois os jovens estão em busca de novos paradigmas. Infelizmente, este não é um movimento de massa, mas apesar disso, já está se consolidando.
Em sua palestra, Ana ressaltou que por causa dessa mudança no modo das pessoas enxergarem o Fenômeno UFO, a ciência está começando a aceitar sua existência. Porém, ela dá um alerta: “Devemos evitar os fanatismos e os exageros, pois estes prejudicam a aceitação e reflexão da existência de vida fora da Terra”. Além disso, e essencial que eliminemos os grupos fechados para que possamos fazer a integração entre as diversas áreas de estudo. Só assim poderemos conciliar ciência com consciência e mudar os rumos de nosso planeta.
UFOs E ESPAÇO: PREENCHENDO A LACUNA
Michael Lindemann – Estados Unidos
O ufólogo norte-americano Michael Lindemann centralizou sua conferência em assuntos como corrida espacial e os estudos ufológicos realizados em seu país, relacionando-os com uma de suas especialidades: os temas futuristas, principalmente os que dizem respeito ao espaço. Como disse, “a Humanidade logo se tornará uma civilização interplanetária, afinal, já visitamos a Lua e agora estamos fazendo planos para visitar Marte. E não só por isso: também teremos brevemente visitantes de outros planeias publicamente entre nós”.
Para o ufólogo, a hipótese extraterrestre não é a única explicação para o Fenômeno UFO, mas deve ser considerada com preferência. “A principal razão para tratarmos com seriedade os assuntos ufológicos é o estágio avançado em que se encontra hoje a ciência espacial”. Os seres humanos estão aprendendo a imitar, ou no mínimo compreender, a maioria dos comportamentos atribuídos aos UFOs, o que, segundo Lindemann, é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento espacial na Terra.
Ao longo de sua conferência, Lindemann mostrou imagens que exemplificam os avanços das ciências do espaço em relação à busca de respostas para o enigma extraterrestre. Declarou que são necessárias fases de transição, que não se pode alcançar tecnologias avançadas de uma hora para outra: “Há cem anos, os humanos ainda não tinham aprendido a voar, exceto em balões e dirigíveis. Hoje, já chegou ao espaço”.
A partir do primeiro passo, que foi a conquista do céu, o homem pôde lançar-se em busca de outros vôos. Um exemplo é a estação espacial Mir, de origem russa. Como explicou Lindemann, “foi graças a ela que os humanos aprenderam grandes lições a respeito de viagens espaciais”. Seguindo uma linha de evolução histórica, o ufólogo também falou das possibilidades de um futuro promissor e apocalíptico ao mesmo tempo: “Um dia teremos turismo espacial ou poderemos colonizar outros planetas e astros. A Terra ficará pequena ou ambientalmente imprópria para a sobrevivência humana”.
Ufos: TRANSFORMAÇÃO ESPIRITUAL, FÍSICA E POLÍTICA
Donald M. Ware – Estados Unidos
Coronel da reserva da Força Aérea Norte-americana, Donald M. Ware sempre esteve envolvido com assuntos ufológicos tanto no setor profissional como no pessoal. Com formação em Engenharia Mecânica e pós-graduação em Engenharia Nuclear, sua presença no Fórum Mundial de Ufologia foi muito importante devido, sobretudo, às informações militares a respeito de UFOs que apresentou. Também falou dos vários contatos que teve com seres alienígenas e das valiosas lições com eles aprendidas.
Ao longo de sua vida, coronel Ware aprimorou os conhecimentos adquiridos em seus contatos e investigações. Conforme declarou em sua palestra, a maneira que utiliza para compreender os UFOs está entre a ciência e o misticismo. Sua conferência abordou os aspectos de transformação que o fenômeno pode causar à Humanidade, como os de nível espiritual. Ele crê que a vida seja abundante em todos os lugares do Universo – e Deus também.
Em seguida, o ufólogo comentou sobre as características de transformação: “O mundo está mudando. Vemos isso sobretudo nas fotos e vídeos mostrando aparelhos voadores não identificados, além dos círculos ingleses e obras inexplicáveis de nossa civilização”. De acordo com Ware, esses seres não se manifestam publicamente porque os lideres nacionais de nosso planeta ainda não despertaram para a busca da paz. Por último, o coronel informou que há um grupo de seres interplanetários ajudando diretamente na política dos países.
Trata-se do governo mundial, que possui aliens acompanhando o trabalho de entidades como Maçonaria, conselhos de relações exteriores, Clube do Projeto Roma para o Prognóstico da Humanidade, Grupo Bilderberg, World Wide Fund (WWF), Instituto Esalen, além dos próprios governantes. Foi enfático em dizer que há muitas evidências de que existem aliens e anjos entre nós. A ligação entre humanos e ETs é real, disse, e muitos h
umanos já estão prontos para conhecer a verdade sobre esses visitantes. Sua conferência foi, de fato, um tanto polêmica devido à tendência mística. Para os adeptos do assunto que estavam na platéia, entretanto, foi um dos grandes momentos do Fórum.
MITOS UFOLÓGICOS E LENDAS NA UFOLOGIA
Per Andersen – Dinamarca
Diretor do mais antigo centro ufológico europeu, o Skandinavisk UFO Information (SUFOI), o investigador dinamarquês Per Andersen, ao contrário do que deveríamos supor por seus anos de pesquisa seria e científica sobre a casuística em seu continente, mostrou-se um cético inveterado. Se sua intenção era criar polêmica, ele conseguiu, pois Andersen abriu seu discurso dizendo em claro e bom tom: “Eu não acredito nos UFOs”.
Isso por si já é uma afirmação estranha, mas se juntarmos ao fato de que ele também não acredita em fotografias como sendo evidências da existência do Fenômeno UFO, “…e sim como meros indícios”, como ele próprio define, então por que tanto tempo dispensado à pesquisa ufológica? Andersen se justifica dizendo que enquanto a Ufologia não for considerada uma ciência, não poderemos fazer qualquer afirmação a respeito da real existência do Fenômeno UFO.
Para ele, não existe separação entre ciência e religião quando se trata de Ufologia. Andersen acredita que esta tem cunho religioso bem maior do que científico, “…e religião não muda. Não evolui com o tempo. Acreditamos em Deus ou qualquer outra força criadora, nada mais”, explicou. Cientificamente, não há como uma pessoa estimar a distância ou o tamanho do objeto, muitas vezes, nem mesmo a data e horário correto da manifestação. Em quase todos os casos, a testemunha tem certeza de que não teve uma alucinação, entretanto, adverte Andersen, “uma alucinação é uma experiência que não pode ser distinguida da realidade”.
Além disso, as pessoas estão propensas a fantasiar suas experiências traumáticas, como abusos na infância. Extremamente contestador e contestado, Per afirmou que precisamos estudar as vítimas, e não somente o fenômeno, pois isso é um problema mais psicológico do que social. Não podemos atestar suas declarações apenas pelo fato de serem pessoas idôneas. E preciso também questionar sua confiabilidade e não aceitar o “eu sei o que eu vi”. Ao final, o pesquisador advertiu aos ufólogos e ufófilos do mundo: “Parem de achar que os UFOs são um fenômeno”.
FENÔMENO UFO NA AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA
Glennys Mackay – Austrália
A australiana Glennys Mackay dividiu sua conferência em duas partes. Na primeira, falou sobre suas experiências pessoais com UFOs e, na segunda, sobre casos pesquisados em seu país. Agradável e extremamente cativante, ela prendeu a atenção de todos na platéia até o último minuto. Ao falar de suas experiências, emocionou o público. Seu primeiro contato aconteceu quando ainda era criança. Conta Glennys que quando morava em uma fazenda com sua família, avistou uma imensa luz.
Ao longo dos anos, sua relação com alienígenas foi se tornando mais freqüente. Além de ver naves, também mantinha (e mantém) encontros com seres extraterrestres. Glennys, então, começou a se envolver fortemente com a Ufologia. Desenvolveu métodos de tratamento para as vítimas, como grupos de terapia. Aprimorou sua já existente paranormal idade com o fim de auxiliar as pessoas por quem era procurada. “Ajudando outros, consegui compreender melhor o meu contato e minha relação com os seres interplanetários. E uma relação de troca e aprendizado mútuo”, afirmou.
Hoje, ela é muito mais do que uma contatada. Glennys é uma respeitada hipnoterapeuta e ufóloga, diretora do Queensland UFO Network (QUFON), atuante centro de estudos ufológicos de seu continente. E considerada a mais importante pesquisadora de toda a Oceania, continente que reúne Austrália, Nova Zelândia e várias outras ilhas como o Taiti. É freqüentemente requisitada a participar de congressos internacionais em diversas partes do mundo.
A segunda parte de sua palestra foi bem mais breve. Falou sobre os casos ufológicos pesquisados pelo QUFON na Austrália e Nova Zelândia. Mostrou um mapa com as áreas de maior incidência nos dois países. “Estudamos casos bem diversos. Um exemplo foi um pastor protestante, que não acreditava em UFOs, e foi contatado por um disco voador. Há pessoas de todos os tipos envolvidas em situações ufológicos, desde agricultores até industriais. Esse tipo de característica não faz diferença para os seres que nos visitam”, concluiu Glennys.
O QUE REVELAM E ESCONDEM OS DOCUMENTOS AMERICANOS
Gildas Bourdais – França
Gildas Bourdais foi o único conferencista a representar a França no Fórum. É atualmente o mais competente ufólogo de seu país e diretor do grupo de pesquisas Lumières de la Nuit (luzes da noite). Sua especialidade e o acobertamento ufológico pelos governos, sobretudo o dos Estados Unidos, assunto que vem pesquisando há anos. É um militante contra o sigilo ufológico e aceitou com simpatia o tema do Fórum: Reconhecimento oficial já.
Para o francês, o governo americano é o maior detentor de segredos ufológicos do mundo. Gildas informou que apesar de ter-se conseguido tornar públicas, desde 1977, mais de 30 mil páginas de documentos oficiais, graças à Lei de Liberdade de Informação, a atitude governamental ainda danifica a imagem da Ufologia. Sua conferência colocou em xeque a imagem democrática e pluralista dos Estados Unidos, pois o governo americano só libera o que é conveniente para sua boa imagem. Porém, o ufólogo não restringiu suas críticas a um único pais. Falou também de sua própria pátria: “Embora oficialmente a França seja um país (pie aceita os UFOs, ainda existe muito ceticismo”.
Há entidades e personalidades francesa
s que insistem em difundir ao mundo a tese do “rumor de Roswell”, fazendo com que o mais relevante caso ufológico deste século pareça pura mentira. Um exemplo desses opositores são os sociólogos Pierre Lagrange e Bertrand Meheust, que atribuem ao fenômeno uma natureza psico-sociológica. Lagrange, especificamente, escreveu em um de seus livros que a invenção dos discos voadores e os acidentes com UFOs são lendas modernas e que estão muito longe de desaparecer do imaginário coletivo.
Os documentos liberados sobre Roswell, de acordo com Gildas Bourdais, causam muita confusão- propositadamente. A própria criação de documentos existentes para negar a realidade depõe contra os Estados Unidos: “Por que alguém publicaria um documento negando o acidente quando ninguém nem desconfiava do fato?” Esta é uma dúvida que ainda vai perdurar por muitos anos em nossas mentes.
EVIDÊNCIAS FÍSICAS DE UFOs NA CHINA
Sun-Shi Li – China
Professor Sun-Shi Li, da Universidade Chinesa de Economia e Comércio Internacional, é um dos grandes divulgadores da Ufologia na China e apresentou a rica casuística da porção oriental do planeta, integrando assim os estudos ufológicos realizados naquele país com o resto do mundo. Segundo o professor, a Ufologia Chinesa e muito bem organizada, contando com pesquisadores ativos: “Não só estudamos o Fenômeno UFO, mas damos atenção às pesquisas científicas sobre propulsão, forma e composição do Cosmo”. Em decorrência disso, os estudiosos já são detentores de mais de uma dezena de invenções patenteadas, como um objeto voador semelhante aos UFOs em sua forma: e esférico, metálico e se locomove através de uma espécie de fluído que sofre diferenças de pressão atmosférica.
Segundo Li, mais de 10% da população de seu país acreditam no Fenômeno UFO e na existência de vida fora da Terra. Se considerarmos que a China possui cerca de 1,2 bilhões de habitantes, são mais de 120 milhões de pessoas crendo em vida extraterrestre, Sun-Shi declarou ainda que seu governo mantém uma atitude objetiva com relação aos UFOs. Apesar de ser um país fechado a discussões sobre temas políticos, a Ufologia é estudada e divulgada em fóruns, simpósios, feiras de ciência e através de todos os meios de comunicação. Na China há uma inter-relação entre as investigações ufológicas e as parapsicológicas.
Para ilustrar sua conferência, o professor apresentou casos ocorridos na China. Como ode um morador rural que viu uma nave esbranquiçada e, quando se aproximou dela, sentiu náuseas e desmaiou. No outro dia, o mesmo UFO surgiu e o rapaz pôde ver um ser dentro da nave que esticou o braço e disparou um raio que queimou sua face, deixando uma marca semelhante à lua minguante em sua testa.
Esse caso ainda está sendo pesquisado por sua organização, mas ele declarou que há fortes indícios de que tenha se tratado de “uma intervenção extraterrestre”. A platéia demonstrou um forte interesse pela Ufologia Chinesa e, após encerrar sua palestra, professor Sun-Shi ainda permaneceu no plenário para sanar as dúvidas e curiosidades dos presentes.
MANIFESTAÇÕES UFOLÓGICAS NA FINLÂNDIA
Timo Koskeniemmi – Finlândia
Com um jeito tímido e forte sotaque escandinavo, Timo Koskeniemmi fez uma das conferências mais interessantes do Fórum Mundial. O ufólogo, com formação em medicina, demonstrou um conhecimento global, não só em Ufologia, mas em vários outros assuntos correlatos, para a platéia compreender a manifestação do Fenômeno UFO na Finlândia. Citou pesquisas populares a respeito dos discos voadores: 35% da população finlandesa acreditam que eles existem e 10% têm certeza de que os ETs estão por trás do fenômeno.
Koskeniemmi trouxe resultados de seu grupo, o Finnish UFO Research, entidade muito ativa desde 1973. Para ele, um dos mais importantes ocorreu em janeiro de 1970. Dois lenhadores, Aarno Heinonen e Esko Viljo esquiavam na cidade de Imjarvi, ao sul, quando um objeto luminoso pousou perto deles. Da base da nave, um tubo de luz desceu e um pequeno ser verde aproximou-se deles. Um raio amarelo foi disparado de uma caixa preta que estava em suas mãos em direção às vítimas.
Mais tarde, já em casa, ambos começaram a passar mal. Vomitavam e não conseguiam se manter em pé. Esko tinha queimaduras nas mãos. Procuraram um médico e encontraram o doutor Tapio Kajanoja, que receitou algumas pílulas para dormir. No dia seguinte, os sintomas persistiam. Contudo, o médico não pôde ajudá-los. Procuraram outro doutor, que também não soube resolver o problema. E assim continuaram durante mais ou menos seis meses. Em agosto, já saudável, Aarno fez contato com uma bonita mulher extraterrestre de aproximadamente 1,40 m de altura, proveniente de um outro sistema solar. Hoje, Aarno Heinonen tem 64 anos e ainda trabalha nas florestas, Esko Viljo continua apresentando problemas nas mãos.
Koskeniemmi também dedicou um trecho de sua palestra para dar uma visão geral das atividades ufológicas na Finlândia. Disse que, atualmente, estimativas revelam que existem mais de 100 casos de abdução em que o contatado desenvolve capacidades paranormais, de cura, artísticas ou de clarividência. Todos são pesquisados, sendo que a melhor explicação que os ufólogos têm encontrado para os fenômenos é a hipótese extraterrestre.
INEXPLICADAS MORTES DE UFOLÓGOS NORTE-AMERICANOS
G. C. Schellhorn – Estados Unidos
Se existe ecletismo na Ufologia, G. C. Schellhorn é um bom exemplo a ser citado. Ufólogo experiente, dedica-se aos mais variados assuntos, já pesquisou casos de mutilação de animais nos Estados Unidos, esteve estreitamente envolvido em pesquisas sobre o Chupacabras em países da América Latina e estudou a relação entre os UFOs e a Bíblia, tendo inclusive livros publicados sobre o assunto. Atualmente, o pesquisador norte-americano dedica-se a uma área inédita e polêmica: a investigação de estranhas mortes de ufólogos em seu país.
“Ufólogos são pessoas freqüentemente ameaçadas
e facilmente correm risco de vida”, disse Schellhorn em sua conferência. “Pesquisei as mortes de 30 pesquisadores dos Estados Unidos e todas aconteceram de maneira aparentemente natural, em geral por aneurismas ou algum tipo de câncer que se desenvolve rapidamente”. Há também casos de “suicídios”, como o de um agente da CIA que se matou com um tiro na boca. A perícia mostrou que a arma foi disparada com a mão direita, porém, a vítima era canhota, o que a impossibilitaria de ter cometido suicídio.
Schellhorn sugere que tais mortes sejam “fabricadas” por algum tipo de conspiração contra ufólogos. “E muito fácil criar formas de implantar um câncer que se desenvolva rapidamente no corpo humano, ou então criar um vírus letal, um envenenamento que não deixe vestígios. Há muitos meios de simular mortes naturais”. Além dos casos americanos, o ufólogo teve conhecimento de situações parecidas em outros países. “Fui informado de cientistas que morreram na Inglaterra em condições análogas às que pesquisei. Ufólogos brasileiros foram ameaçados. Isso não é difícil de constatar, pois também já recebi ameaças de morte”.
Parte da conferência de Schellhorn foi dedicada às recentes pesquisas que tem realizado em países da América Latina sobre o Chupacabras. O ufólogo mostrou imagens de testemunhas de Porto Rico e de locais onde o ser atacou. “Em uma pequena comunidade que visitei, a maioria das pessoas já viu o Chupacabras. Estão acostumadas a avistamentos e dizem que há ninhos do ser espalhados pelo mato. Todos confirmam que ele é dotado de inteligência”.
CONHECENDO OS UFOs ATRAVÉS DE SUAS FOTOS
Wendelle Stevens – Estados Unidos
Um ícone da Ufologia mundial, Wendelle Stevens foi uma das personalidades mais esperadas do congresso. E coronel da reserva da Força Aérea Norte-americana e pôde, através de sua profissão, testemunhar inúmeros aparecimentos de UFOs. Aos 82 anos de idade, tem muitas histórias para contar, centenas de casos pesquisados e dezenas de livros editados. Sem sombra de dúvidas, atualmente é um dos ufólogos mais importantes da história da Ufologia.
Todos queriam logo conhecê-lo, afinal, não é sempre que se pode encontrar alguém de tal relevância. Sua conferência foi assistida não somente como mais uma fonte de informação sobre UFOs, mas como uma forma de estar perto de alguém que viveu os grandes momentos do estudo dos discos voadores. As pessoas da platéia não piscavam os olhos, ficavam sempre atentas a cada um dos slides e explicações de Stevens.
Dono do maior arquivo fotográfico de UFOs existente em nosso planeta, fundou a instituição UFO Photo Archives. São quase 10 mil fotos – um verdadeiro registro dos principais acontecimentos e avistamentos ufológicos deste século. Parte do arquivo é publicado anualmente em seu conhecido calendário. Stevens é presença obrigatória nos principais eventos ufológicos da Terra.
É um dos diretores do International Las Vegas UFO Congress, que acontece anualmente no Estado de Nevada (EUA), reunindo os principais ufólogos do mundo, e representa a Revista UFO nos EUA. Sua conferência foi curta diante da quantidade de fotos que havia para mostrar. Trouxe cerca de 80 slides com fotos de UFOs tiradas em todas as partes do mundo. Explicou uma a uma, descrevendo o processo fotográfico, o momento histórico do avista- mento e ensinou a diferenciar fotos falsas de verdadeiras.
Não falou sobre suas experiências ufológicas, tampouco sobre sua mais famosa pesquisa, a do caso do contatado suíço Eduard “Billy” Meier, o qual estuda há muitos anos. Essas informações Wendelle deu aos fãs que procuraram por ele nos bastidores do evento. Quanto à sua visita ao Brasil, o ufólogo disse: “E muito importante vir ao país e conhecer casos novos, pessoas novas. Gosto de sentir que a Ufologia está se renovando”.
NOS BASTIDORES DA POLÍTICA UFOLÓGICA NOS EUA
James Courant – Estados Unidos
O piloto de aviação James Courant falou sobre o lado público da Ufologia. Sua palestra foi enfática no que diz respeito à abordagem da mídia em relação à política ufológica. O piloto tem em seu currículo vários avistamentos de UFOs. Também está estreitamente ligado aos meios de comunicação, participando e colaborando com programas em estações de rádio e televisão. Muito informal e simpático, contou à platéia como é difícil ser um ufólogo: “Tenho que me dividir entre meus vôos e minhas pesquisas. Na empresa aérea em que trabalho, não aceitam que eu seja ufólogo. Já fui ameaçado duas vezes de perder o emprego”.
Porém, fora do ambiente de trabalho, Jimmy, como é conhecido, é livre para pesquisar e divulgar tudo o que sabe sobre os discos voadores. Foi convidado, há poucos anos, para fazer um programa de televisão sobre UFOs. Ele e uma colega fizeram 537 programas – um verdadeiro recorde. Mostraram em rede nacional informações relevantes: “Entrevistamos agentes da CIA, que fizeram revelações importantes sobre o ocultamento do governo em relação ao fenômeno”.
Há um acordo implícito entre a Imprensa e o governo americano: “Por um lado, ridicularizam as pesquisas e os ufólogos sérios. Por outro, fazem muita publicidade, mitificando os UFOs, algo irreal como Papai Noel. O excesso de publicidade faz a Ufologia ser cada vez mais desacreditada nos EUA “. Jimmy mostrou produtos desenvolvidos com a idéia da vida extraterrestre. Foi um dos momentos mais divertidos da conferencia: bonés, talheres, cereais e até cuecas com motivos ufológicos são fabricados para suprir a demanda comercial do “mito” ufológico.
O país finge uma abertura democrática para esconder suas reais intenções de desinformação. Courant disse que na comemoração dos 50 anos do acidente de Roswell, alguns órgãos da mídia ridicularizam o caso, como se fosse a maior fraude do século. Ele explicou que até mesmo em Hollywood, a maioria dos filmes sobre UFOs feitos ultima
mente tem muita fantasia e pouca informação. Sua maior crítica, portanto, é feita aos meios publicitários que utilizam imagens de ETs e discos voadores para venderem qualquer produto.
A GRANDE INCIDÊNCIA UFOLÓGICA NA REGIÃO AMAZÔNICA
Manoel Gilson Mitoso – Amazonas
O amor que o presidente da Associação de Pesquisas Ufológicas de Campo (APUCAM), de Manaus, Gilson Mitoso sente pela Ufologia é muito grande. Pudemos constatar pela dedicação e preocupação com que estuda esses fenômenos. Apesar de enfermo nos dias que antecederam o evento, Mitoso não pensou duas vezes e decidiu permanecer em Brasília até o dia de sua apresentação – excelente, diga-se de passagem. Esta foi a primeira vez que o pesquisador se apresentou em público, e demonstrou segurança, como se já tivesse anos de experiência em congressos.
Mitoso apresentou relatos de pessoas que viram UFOs na região amazônica, colocando-nos a par do que está acontecendo e de como estão sendo tratadas as manifestações naquela região. Um dos casos mais interessantes foi o da jovem Estônia Rodrigues de Carvalho, que foi atingida por um raio proveniente de um UFO, na localidade de Boa Vista do Ramos (MA). A jovem ficou com hematomas por todo o corpo e paralisia total do lado direito. Ao fazer o boletim de ocorrência, o delegado da cidade informou que na noite em que Estônia foi atingida peio raio, ele e seus soldados testemunharam as manobras de um UFO nos céus.
Mitoso falou de animais mutilados, seres loiros com mensagens de paz e amor, e outros fenômenos inusitados, demonstrando que o Estado possui uma casuística diversificada. Entretanto, o caso mais curioso foi o de Raimundo Picanço, um engenheiro que já foi abduzido diversas vezes ao lado de sua filha (hoje com dois anos e meio de idade). O fato aconteceu em sua fazenda, na BR 175, rodovia que liga Manaus ao Caribe. Certa vez em “sonho” Picanço viu seres aplicarem uma seringa em sua filha, explicando ao fazendeiro que estavam “injetando” informações nela.
O caso foi pesquisado por John Mack, da Universidade de Harvard, e pela psicóloga Gilda Moura, que atestaram sua idoneidade. Sua palestra foi enriquecida com a exposição de vídeos com depoimentos de testemunhas na Amazônia. As manifestações na região são tão freqüentes que a população nem se espanta mais. O que comprova que o fenômeno está cada vez mais se generalizando e se aproximando.
NOVIDADES SOBRE A ABDUÇÃO DE ALFREDO MENDES
José Luiz Lanhoso – Pará
Diretor estadual da Mutual UFO Network (MUFON) no Pará, o engenheiro José Luiz Lanhoso Martins Filho contou o caso do sacristão Alfredo de Oliveira Mendes, na época com 27 anos. Na noite de 17 de abril de 1996, Alfredo teria sido abduzido de dentro da Paróquia dos Devotos de São Pedro e São Paulo, em Belém, igreja da qual é administrador. O fato teve grande repercussão na Imprensa, pois diversas pessoas testemunharam um objeto desconhecido sobrevoando os céus da cidade naquela mesma noite. No dia seguinte, no pátio da igreja havia uma marca circular desconhecida.
Além disso, os detalhes do desenho formado na grama seca, para o pesquisador, caracterizaram um objeto espacial. Após fechar o portão principal da igreja, Alfredo notou uma grande luz sobrevoando o pátio e pousando na grama. O objeto fez movimentos alternados e circulares no ar. Quando o sacristão viu a nave, ele se encontrava em frente ao portão que havia acabado de fechar. No instante seguinte, já estava na porta de seu quarto gritando.
Através de uma regressão hipnótica, o presidente do Núcleo de Expansão da Consciência (NEC) revelou que o rapaz sofrera um lapso de tempo de 30 minutos. Fora abduzido de seu quarto por um UFO oval de 2 m de comprimento e 1,5 de altura. Sobre este caso, divulgado em UFO47, Lanhoso trouxe novidades. Em outubro de 1997, um objeto surgiu nos céus da cidade e, para o sacristão, era a mesma nave que o seqüestrou da vez anterior. O pesquisador abordou os aspectos espirituais do Fenômeno UFO, ou como prefere, de “auto-conhecimento das mensagens cósmicas”.
Em sua explanação sobre vida cósmica, citou planos paralelos, seu trabalho de regressão em abduzidos e a diferença entre a razão e a fantasia criada pelo contatado. “Nós tiramos a Terra do centro do Universo, mas o homem continua lá”, considerou Lanhoso. O pesquisador declarou que a questão do contatismo é um antropocentrismo ocultado que possuímos, completando: “Somos a projeção cósmica de nossa essência”. Ele foi o primeiro palestrante a responder perguntas ao público, demonstrando firmeza e segurança em suas afirmações.
UFOLOGIA: INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO HUMANA
Eustáquio Patounas – Santa Catarina
Logo após transmitir uma belíssima mensagem altruísta (aplaudida de pé por uma platéia extasiada), o diretor da Sociedade de Estudos Extraterrestres (SOCEX), de Florianópolis (SC), Eustáquio Patounas falou sobre a “interiorização” da Ufologia vista não como uma ciência no sentido mais restrito da palavra, mas como uma comparação entre elementos da Física (partículas, elétrons etc) com os sentimentos humanos. As leis universais de confraternização e a capacidade de encontrá-las foram o tema de destaque da palestra. Defensor da Ufologia Holística, o editor do Correio Extraterrestre tratou dessa Ufologia como instrumento de transformação humana, um caminho até nosso interior.
Eustáquio falou de seres vindos de mundos distantes com o propósito de “encontrar um local que ofereça novos aprendizados para a alma e evolução do ser”, explicou. Falou também das diversas energias de todas as dimensões que compõem o Universo, além de expansão da consciência, freqüências positivas e negativas de cada ser vivo, e outros assuntos transcendentes. Mostrando que a Ufologia deve ser a união do que há de melhor na ciência e no misticismo, o ufólogo, apesar de pender mais para o lado místico, está longe de ser um guru, ou de propalar a “verdade absoluta” através de mensagens extraterrestres.
e;o corpos dimensionais dos terrestres”
Eustáquio prega, sim, a verdade e o aprimoramento da alma, através das ações e pensamentos de cada indivíduo, não apenas terrestre, como também de outros orbes. Alertou para o grande mal das seitas ufológicas e sua idolatria cega: “As pessoas, sentindo- se aprisionadas em sua dor, buscam nas estrelas os deuses divinos para libertá-las, pois acreditam que eles sejam mestres salvadores”.
Patounas falou de canais de luz, energia e mensagens apaziguadoras em seu discurso. “Os seres das estrelas são corpos dimensionais dos homens da Terra”. Ou seja, ele acredita que os extraterrestres sejam o reflexo de nós mesmos, daqui a algumas dezenas de anos, ou de um passado remoto. Não se sabe… E deixou uma mensagem final: “Se todos os humanos reconhecerem que estamos dentro deles, então realizarão a missão do Cristo na Terra: a paz em todo o Universo”.
SERRA DA BELEZA: 15 ANOS DE INVESTIGAÇÃO
Marco Antonio Petit – Rio de Janeiro
Marco Antonio Petit é um ufólogo que dispensa apresentações. Participou das mais relevantes pesquisas ufológicas do Brasil, como Varginha. Recentemente, contribuiu para a revelação de informações sobre a Operação Prato, entrevistando o coronel Uyrangê Hollanda, militar da reservada FAB que comandou a operação. Petit é respeitado por sua pesquisa sobre UFOs na Serra da Beleza – tema de sua conferência -, localizada em Santa Isabel do Rio Preto (RJ) e com uma grande incidência ufológica: “Os moradores estão habituados a ver naves sobrevoando suas casas e 60% deles já tiveram experiências com UFOs”
Há mais de 15 anos pesquisando a região, atualmente, Petit reúne um grande acervo de fotografias, vídeos e depoimentos sobre a atividade ufológica no local. “Pessoas já foram perseguidas por UFOs a menos de 50 metros de distância. Há também casos de seres luminosos com forma humana que se desmaterializaram diante de testemunhas”. Declarou que as ondas ufológicas na serra obedecem a uma periodicidade, sendo mais intensas entre maio e agosto.
Petit cedeu parte de sua conferência para homenagear, ao lado de A. J. Gevaerd, o responsável pela revelação de surpreendentes informações sobre a Operação Prato, executada pela FAB: o coronel Uyrangê de Hollanda Lima, falecido em 02 de outubro passado. Gevaerd e Petit enalteceram a coragem de Uyrangê que, após anos de silêncio, resolveu contar tudo o que sabia. Sua contribuição para a Ufologia Brasileira foi de valor inimaginável, e representa o início de uma fase de liberação de informações ufológicas por militares e civis.
Ao final, Petit mostrou um vídeo exclusivo feito na residência de Uyrangê. Lá, ele falava mais detalhadamente de tudo o que aconteceu enquanto comandava a operação. Disse ter feito vídeos e várias fotos – material que desapareceu dos arquivos da FAB. Emocionados, os ufólogos terminaram a conferência dedicando a esse homem a admiração e respeito que toda a sociedade brasileira deve a ele. Uyrangê deu a todos uma grande lição de cidadania, mostrando que as informações devem ser compartilhadas por todos.
CASO CLÁSSICO DE ABDUÇÃO NO INTERIOR DO BRASIL
Elias Seixas – Rio de Janeiro
Um dos mais intrigantes contatos com extraterrestres no mundo, o caso do ex-caminhoneiro Elias Seixas ate hoje é objeto de pesquisas e análises. Seu caso se deu no ano de 1980 e gerou grandes discussões sobre a ética empregada pelos alienígenas. Em sua palestra, Seixas contou todos os detalhes de que pôde se lembrar após as regressões efetuadas pelo doutor Silvio Lago, em parceria com a ufóloga Irene Granchi. Naquele dia, Elias, seu primo Alberto Seixas e o amigo Guaracy viajavam da Serra Pelada (PA) em direção ao Rio de Janeiro (RJ).
Logo após passarem pela cidade de Conceição do Araguaia (PA), Elias notou um foco de luz muito forte à sua direita. O motor do caminhão começou a falhar, os faróis piscaram e o motorista desceu de seu veículo. Lembra o contatado que naquele instante o UFO pairou acima do carro, emitindo fortes raios luminosos. De repente, um facho de luz o puxou para dentro do objeto voador. De acordo com Seixas, no interior da nave ele pôde ver um ser, medindo aproximadamente 2,10 m, com olhos oblíquos, braços longos e dedos compridos, operando uma espécie de mesa de controle.
Elias afirmou que manteve uma conversa telepática com essa criatura. Acrescentou ainda que alguns seres puseram um pequeno aparelho em seu peito – acredita ele que seja uma espécie de tradutor. Estes mesmos seres lhe informaram que ele seria submetido a uma bateria de exames físicos. Naquele momento, colocaram-no sobre uma mesa e inseriram diversas agulhas em seus dedos, além de um objeto muito pequeno em seu cérebro.
O contatado teve o sêmen extraído através de uma cirurgia. Como conseqüência desta intervenção, Elias apresentou uma acentuada impotência durante alguns meses. De acordo com Seixas, os exames foram monitorados através de um aparelho preso à mão de um dos seres. Ainda hoje, Elias tem plena convicção de que as criaturas que o raptaram são vindas de “um mundo na Constelação de Ursa Maior”, mas não sabe por que motivo ele foi o “escolhido”.
ANÁLISE DE IMAGENS DE UFOs NO VALE DO PARAÍBA
Ricardo Varela – São Paulo
Com uma abordagem científica e acessível, Ricardo Varela Corrêa proferiu sua conferência na terça-feira, dia 09 de dezembro. Há 10 anos, ele pesquisa a atividade ufológica no Vale do Paraíba e em outras localidades do eixo Rio-São Paulo. Sua temática é bastante específica, pois se atém a conceitos físicos, utilizando seus conhecimentos de engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ricardo trabalha no setor de lançamento de balões deste órgão.
Sua profissão o ajudou a aprender a distinguir UFOs de outros artefatos. “Muitas pessoas confundem balões atmosféricos com discos voadores”, disse. Durante sua conferência, mostrou uma série de imagens de UFOs fotografados na região. Citou casos de aparecimento de objetos em São Paulo, cidade que tem pouca visibilidade, e mesmo assim não deixa de ter uma farta casuística ufol&o
acute;gica. Também mostrou testemunhas e suas reações contra o fenômeno: “Houve um senhor que deu um tiro no UFO. As pessoas não sabem como enfrentar o fenômeno”.
Um dos casos mais recentes analisados por Varela ocorreu na cidade de São José dos Campos, São Paulo, no dia 27 de julho de 1997 e foi publicado em UFO 56. Tratava-se de uma exibição de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Centenas de pessoas observavam as evoluções das aeronaves quando um ponto prateado luminoso surgiu no céu oscilando sua velocidade. Ao analisar o material, Ricardo constatou características muito intrigantes, como a alteração brusca de velocidade e mudanças no formato do objeto.
Foram estudadas todas as possíveis hipóteses, como balão e aeronave convencional, mas Varela não pôde chegar a nenhuma dessas alternativas para explicar a manifestação que ocorreu nos céus de São José. Em menos de um ano, esta foi a segunda vez que aparelhos voadores não identificados sobrevoaram próximos a aviões da Esquadrilha da Fumaça. O primeiro caso ocorreu em novembro de 1996, também no Estado de São Paulo, e foi pesquisado por Reginaldo de Athayde, presidente do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), do Ceará.
Extraterrestres observados no Brasil e exterior
Antonio P. S. Faleiro – Minas Gerais
Mineiro de Passa Tempo, Antonio Pedro de Souza Faleiro pesquisa a Ufologia desde 1952, mas somente em 1978 é que passou a participar de vigílias. A partir de então, o pesquisador vem catalogando os mais variados relatos de tipologia extraterrestre. Seu acervo e tão diversificado que o diretor do Observatório Antonio de Souza Faleiro publicou o livro Geografia dos Mitos Brasileiros. Dentro de um clima bem descontraído, fez um resumo dos casos clássicos de nossa Ufologia, como do Bairro da Sagrada Família, em Belo Horizonte (MG), pesquisado por Húlvio Brandt Aleixo, no qual as testemunhas relataram ter visto um ser com apenas um olho no meio da testa.
Enquanto Faleiro explicava cada caso, o público ficou atento às imagens de slides no telão. Na segunda parte de sua apresentação, ele deu uma explanação sobre o folclore no Brasil – tema do qual é o maior estudioso do país. Segundo o pesquisador, padre José de Anchieta já narrava em uma carta datada de 1860 para Portugal que os índios viam o Mbai-tatá (coisa de fogo).
Faleiro mostrou detalhes da cobra grande (uma personagem folclórica que emerge dos rios, possui uma enorme cabeça e olhos de fogo). Essa lenda, segundo o pesquisador, nada mais é do que um possível UFO que sobrevoa os rios à baixa altitude dando a impressão de estar com o corpo submerso. Vários foram os exemplos citados por esse mineiro. Há também relatos da lenda da boiúna ou navio fantasma, anhangapitã ou diabo vermelho, a mula-sem-cabeça, mãe d’ouro, curacanga, mulher de branco e outros – fenômenos registrados em todo o território nacional.
O que mais difere é a denominação que é dada em cada região, mas as características são muito semelhantes. Segundo estatísticas feitas pelo pesquisador, estima-se que cerca de 80% da população rural do Nordeste já teve contato com os discos voadores, mas não conhecem os UFOs por esse nome, e sim por luz, fantasma, coisa etc. Ao final de sua ilustradíssima palestra, Faleiro declarou: “Com relação ao Fenômeno UFO, não podemos afirmar nada, mas tenho certeza de que eles estão aqui”.
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS FOI PALCO DE ABDUÇÃO
Geraldo Bichara – Minas Gerais
Parece que a terça-feira estava reservada para as palestras mais realistas e casuais. E este foi o caso do abduzido Geraldo Simão Bichara. Bichara contou sobre sua experiência singular em 1962 na Escola de Sargentos das Armas (ESA) de Três Corações (MG). Esse mineiro simples contou que naquela noite, dois seres desceram de um objeto para patrulhar o local. O ser tocou o ombro esquerdo de Bichara e, de repente, este começou a flutuar. Pensou: “Acho que isso é coisa de russo”, pois o caso aconteceu numa época em que o militarismo dominava e o mito de que soviéticos comiam criancinhas era muito presente. Então Bichara subiu por uma escada, guiado por um dos ETs.
Seu rosto ficou tão próximo ao do ser que “saíram algumas faíscas de seus olhos e desmaiei”. Ao acordar, estava dentro de um compartimento como gaveta de necrotério. Não constatou qualquer tipo de móvel no local, apenas um símbolo na parede, mas recorda-se de ter visto uma janela através da qua