Quando nos é perguntado se existem evidências materiais que possam comprovar que estamos sendo visitados por civilizações alienígenas, a reposta é não. Nós, os pesquisadores, não as temos — mas alguns, sim. E embora essa afirmação possa parecer absurda e fantasiosa para muitas pessoas, ela é a mais pura verdade. As provas da presença extraterrestre, na grande maioria das vezes, vêm do resgate de UFOs acidentados ou derrubados em nosso planeta. Assim como dos corpos de seus tripulantes, vivos ou mortos. Os registros sobre naves alienígenas acidentadas, segundo alguns pesquisadores, datam de 12.000 anos, tendo o primeiro caso ocorrido na China. Segundo outra corrente de estudiosos, o primeiro acidente teria acontecido há 4.000 anos na região do Grand Canyon, no Arizona. Outros pesquisadores dizem que o acidente número um teria se dado na Idade Média. No que chamamos mundo moderno, no entanto, o primeiro relato de uma queda de UFO ocorreu em 07 de julho de 1947 na cidade de Bozeman, no estado de Montana.
Embora tenha sido o pesquisador norte-americano Leonard Stringfield quem abriu as portas para o estudo das quedas de discos voadores, ele não foi o pioneiro no assunto. Essa honra pertence ao jornalista Frank Scully, que em 1949 era colunista da revista Weekly Variety, uma publicação de Hollywood, e em outubro daquele ano escreveu que um UFO havia caído nos Estados Unidos e que seus destroços e os corpos da tripulação alienígena haviam sido resgatados pelo Exército do país. Em seguida, Scully publicou o livro Behind the Flying Saucers [Henry Holt and Company, 1950], no qual relatava casos de acidentes com naves alienígenas, assim como descrevia projetos ultrassecretos desenvolvidos pelo Governo Norte-Americano para encobrir o assunto, incluindo um no qual foram utilizados mais de 1.700 cientistas sob a liderança de uma pessoa conhecida apenas como “Doutor G”. Scully forneceu, ainda, os nomes de quem estivera envolvido nos desastres. Em seu livro, que se tornou imediatamente um bestseller, e perdurou assim por anos, ele escreveu sobre três quedas, uma delas próxima à cidade de Aztec, no Novo México.
O assunto chamou a atenção da revista True, na época muito popular nos Estados Unidos, que pediu a J. P. Cahn, repórter da cidade de São Francisco, que investigasse tudo o que conseguisse sobre quedas de UFOs. Cahn revelou que a verdadeira identidade do “Doutor G” era Leo Gebauer e se encontrou com outras fontes de Scully, como Silas Newton, também envolvido nas investigações de quedas — o repórter ainda obteve amostras de um metal que Newton dizia ser de um UFO. Dois anos depois, quando a história foi publicada, Cahn levantava a suspeita de que todo o caso tinha sido uma fraude criada por dois homens, como parte de um negócio que abririam no estado do Colorado. O artigo era tão destrutivo que por décadas não se ouviu mais nada sobre quedas de UFOs.
No rastro dos acidentes
Mesmo assim, em 22 de maio de 1955, Dorothy Kilgallen, colunista da publicação International News Service, disse ter recebido informações de um oficial inglês de alta patente de que o seu governo estava investigando “uma daquelas máquinas voadoras de outro planeta”. Embora se especule que essa fonte tenha sido o Lord Mountbatten, isso jamais se confirmou. Somente isso se ouvia sobre o assunto na incipiente Comunidade Ufológica Mundial da época, até que o jornalista Frank Edwards publicou seu livro Flying Saucers: Serious Business [World Press, 1966], em que escreveu sobre um acidente com um possível disco voador em Roswell, mencionando a localização, bem distante do verdadeiro local e cheio de informações incorretas. Mas foi só em 1975 que o assunto quedas de UFOs voltou a ter destaque na mídia, quando o professor Robert Spencer Carr, afirmou que tinha entrevistado cinco pessoas que lhe disseram sobre um acidente com um destes artefatos. Carr acreditou que eles estavam falando sobre o depois conhecido Caso Aztec, exposto 20 anos antes por Cahn. Mas se recusou a dar os nomes de suas testemunhas, o que levantou suspeitas sobre a sua história.
Três anos depois, tudo mudou. Primeiramente com Stringfield, então respeitado ufólogo que vivia em Ohio, que começou a coletar silenciosamente relatos de quedas de UFOs. A primeira divulgação de sua pesquisa ocorreu no simpósio da Mutual UFO Network (MUFON), em 1978. A maioria dos episódios que ele descreveu envolvia apenas uma testemunha. Naquela mesma época apareceu o major Jesse Marcel, a primeira testemunha militar do hoje famoso Caso Roswell. A descoberta do personagem mais importante do acontecimento foi o ufólogo e físico canadense Stanton Friedman, consultor da Revista UFO, que estava em New Orleans para uma palestra, quando o diretor de uma estação de TV lhe disse que conhecia uma pessoa com quem Friedman deveria conversar — era Marcel, que lhe contou a verdadeira história sobre Roswell. Friedman conversou com ele e depois com Stringfield. Entretanto, o caso só foi publicado em seu primeiro trabalho, denominado Crash Retrieval Status Report [Relatos de Recuperação de Destroços de Quedas, 1980], que não recebeu muita atenção. De qualquer forma, a porta fora aberta por meio da história do major Jesse Marcel e com os casos pesquisados por Stringfield. A relutância com relação a esses eventos terminara.
Então ressurgiu o Caso Roswell, acontecido no Novo México, em julho de 1947. Após anos de investigações, vários ufólogos — dentre eles Kevin Randle, Friedman e Donald Schmitt —, entrevistaram centenas de testemunhas e revisaram diversos documentos governamentais vazados e relacionados ao caso, à procura de uma explicação para o episódio. Com a crença novamente restabelecida, outros eventos de quedas de discos voadores surgiram, mas em sua maioria não foram encontradas provas, evidências ou testemunhas com credibilidade para confirmá-los. Por outro lado, alguns deles forneciam muito mais informações do que parecia. Um exemplo disso ocorreu na cidade de Las Vegas, em 1962, considerado hoje como mais um caso autêntico de queda, e o evento ocorrido em Kingman, Arizona, em 1953, quando centenas de testemunhas afirmaram terem visto um UFO cruzar o Canadá e os Estados Unidos, e posteriormente cair. A Força Aérea Norte-Americana (USAF), como sempre, negou tudo, afirmando tratar-se de um meteoro. A polícia local, por sua vez, afirmou que nada havia sido encontrado. Mas os agentes do Projeto Moon Dust [Poeira Lunar] foram, então, acionados — e quando isso ocorria, era que havia “material de origem extraterrestre” envolvido.
Acidentes ao longo da história
De lá para cá, a lista de casos de acidentes com discos voadores e resgates de tripulantes, vivos ou mortos, é enorme. Ho
je podemos contar quase 200 eventos. Os exemplos vêm de quase todo o mundo. Por exemplo, em 1995, em Salta, na Argentina, vários moradores observaram um objeto voador não identificado em queda livre seguido por duas explosões e um pequeno tremor de terra. Em 1996, o mundo voltou seus olhos e ouvidos para o Brasil, quando o Exército capturou estranhos seres, vítimas do acidente de uma nave extraterrestre, que apresentou problemas e caiu na cidade de Varginha. Em 2006 um artefato caiu em Krasnoyarsk, Sibéria. Em 2007, outro se espatifou em Lephalale, na África do Sul. Mais recentemente, em 2008, tivemos um novo caso registrado em Needles, na Califórnia, e em 2009 em Gin-Gin, na Austrália. Enfim, as evidências se acumulam e basta procurarmos por elas.
Mas os leitores podem estar se perguntando onde encontrar essas evidências? Este texto não apenas irá responder isso, como também mostrará um universo de provas — muitas cabais, outras nem tanto — que os ajudarão a ter elementos para chegarem às suas próprias conclusões. Para isso, vamos voltar um pouco no tempo, buscando por relatos que se perderam ou que são considerados, em sua maioria, como fraudes ou interpretações incorretas. Este autor acredita que a falta de testemunhos com credibilidade muitas vezes pode fazer com o que um episódio real não tenha, jamais, a possibilidade de ser investigado in loco. São muitas as razões que impedem o acesso dos pesquisadores a locais de quedas de objetos voadores não identificados, desde o fato de serem remotos e inacessíveis, até a ação de militares, que chegam antes e cercam a área.
Vamos começar apresentando casos antigos, para que se tenha uma noção de quão longe na história estes episódios vêm ocorrendo. Em 840 d.C., em Lyon, França, por exemplo, o arcebispo da cidade, Agobard, contou em sua obra De Grandine et Tonitrua [O Granizo e a Trovoada] como encontrou em um três homens e uma mulher que estavam prestes a ser executados por terem pousado de uma “nuvem espacial”. O arcebispo parou a execução e libertou as vítimas. Brad Steiger, em seu livro The Fellowship [Doubleday, 1988], também relatou um contato entre seres humanos e alienígenas, baseando-se na mesma história de Agobard. Steiger sugeriu que o arcebispo se referiu aos alienígenas como “pessoas do céu” porque pousaram a bordo de uma espaçonave. Os habitantes locais chamavam esses objetos de “naves das nuvens”.
Funeral extraterrestre
Steiger também descreveu os seres como criaturas com cabeças grandes, orelhas pontudas e olhos negros, o que não é muito diferente dos relatos que temos hoje em dia. Assim como outros pesquisadores, ele também registrou que os seres diziam vir de um local chamado Magonia — eles interagiram com os humanos de forma agradável e mercantil, dando a impressão de que seriam “marinheiros espaciais” ou “mercadores interplanetários”. Por alguma razão, segundo Steiger, uma disputa entre os alienígenas e os moradores de Lyon quebrou a harmonia existente. Após permanecerem presos por vários dias, foram condenados à morte na forca. Foi quando o arcebispo Agobard apareceu e os libertou. Após o episódio, os seres consertaram a nave e foram embora.
Em setembro de 1862, no Oceano Índico, um marinheiro dinamarquês concedeu a um repórter do jornal norte-americano Houston Post um relato sobre um incidente que presenciou. Segundo o homem, ele estava consertando um barco que estava com problemas quando viu um estranho e enorme objeto com quatro asas cair em um penhasco de uma pequena ilha, logo à sua frente. Ele e seus colegas foram até a ilha e se depararam com os corpos de mais de 12 estranhos seres, que mediam mais de 3 m de altura. A visão deixou um dos homens tão apavorado que ele, ensandecido, se jogou do penhasco. Os outros marinheiros foram resgatados mais tarde por um navio russo e os corpos dos seres e o artefato foram deixados no local. Pouco depois, durante o ano de 1897, os Estados Unidos foram invadidos por relatos de quedas de UFOs, casos que fizeram parte da grande onda ufológica daquele ano. Para que o leitor tenha ideia, nada menos do que 11 ocorrências foram publicadas pela imprensa somente naquele ano. Aqui examinaremos o ocorrido na cidade de Aurora, no Texas, onde, segundo se conta, uma grande aeronave foi vista às 06h00.
Embora tenha sido Leonard Stringfield quem abriu as portas para o estudo das quedas de discos voadores, o pioneiro no assunto foi o jornalista Frank Scully, que em 1949 escreveu que um UFO havia caído nos Estados Unidos e seus tripulantes, resgatados
Segundo os relatos, a nave se aproximou lentamente, sobrevoou o centro da cidade e continuou em direção norte, até colidir com um moinho de vento quando passava sobre o rancho do juiz A. J. Proctor — a enorme aeronave teria se desintegrado em uma nuvem, formando destroços metálicos. As pessoas que viram a colisão correram até o local do acidente e encontraram o corpo do possível piloto. T. J. Weems, identificado como oficial da Defesa Civil, acreditava que o ser teria vindo de Marte. Algumas buscas foram feitas na nave e descobriram-se vários documentos com uma estranha escrita. Embora o jornal local tivesse mencionado que o disco voador pesava várias toneladas, o que despenderia vários dias para o recolhimento dos destroços, estes foram coletados no mesmo dia da queda. Segundo depoimentos, o UFO era feito de alumínio e prata. No final do dia, os moradores deram ao marciano um funeral no estilo
cristão e esse foi o fim da história.
Pesquisas ufológicas mais recentes encontraram vários problemas no Caso Aurora. A história original foi contada por H. E. Hayden, então empregado do jornal Dallas Morning News. Mais tarde, Hayden disse ter forjado a história para que sua cidade ficasse conhecida. Mas mesmo antes da confissão, outros enigmas surgiram para complicar. Descobriu-se que Weems não era membro da Defesa Civil, mas o ferreiro da cidade. Ademais, em entrevistas realizadas no fim dos anos 60, vários moradores de Aurora afirmaram que não sabiam de nenhum acidente. E o mencionado juiz Proctor alegou que não havia moinho de vento em sua propriedade na data do provável incidente.
Os incríveis anos 40
Como se sabe, a década de 40 marcou o início da Era Moderna dos Discos Voadores, quando, em 24 de junho de 1947, o piloto civil Kenneth Arnold viu nove objetos metálicos sobre o Monte Rainier, no estado de Washington, e foi usada pela primeira vez a expressão flying saucers, que significa pires voadores, mas o termo foi adaptado para discos voadores. Logo discos voadores acabaram se tornando um sinônimo para naves extraterrestres. O primeiro caso de queda de UFO daqueles anos que atraiu a atenção da mídia ocorreu na primavera de 1941, na cidade de Cape Girardeau, no Missouri. O fato começou a ser conhecido quando a testemunha Charlette Mann procurou o ufólogo norte-americano Ray Fowler, que, por sua vez, falou com Leonard Stringfield — segundo Charlette, seu avô, o reverendo William Huffman, fora um dos protagonistas do caso. Ela contou que o episódio havia ocorrido por volta das 21h30 de uma noite de primavera. Seu av&ocir
c; atendeu a um telefonema da delegacia de polícia dizendo que os oficiais haviam recebido relatos sobre um acidente com um avião e que ele poderia ser útil
naquele momento. Um carro sem identificação foi buscá-lo em casa.
Quando o reverendo retornou, Charlette disse que era visível que algo não estava bem. Ele então contou para a esposa e aos filhos o que tinha visto, alertando-os que jamais poderiam contar aquilo a alguém. Huffman relatou à família que, após viajar por uns 40 km, o carro em que estava parou ao lado de outros e ele caminhou por 500 m até chegar a um campo, onde pôde ver chamas. Segundo o reverendo, o que queimava não era um avião ou qualquer outra coisa que ele já tivesse visto, mas um objeto despedaçado cujos destroços cobriam uma grande área, embora uma parte de seu formato redondo parecia estar inteira. Ela tinha uma cor metálica brilhante. Era possível ver o interior do artefato e lá havia uma cadeira metálica e um painel com botões e manivelas — nada familiar a ele. O pastor disse ainda que, quando chegou ao local, policiais, militares e civis remexiam nos destroços já escaldados. Havia três corpos não humanos deitados no chão, que tinham sido retirados das ferragens. Ele disse que se aproximou deles para fazer uma oração, mas não chegou a tocá-los.
William Huffman não soube dizer o que os matou, pois não apresentavam nenhum ferimento aparente. Os seres estavam vestidos dos pés à cabeça com uma roupa justa metálica e não tinham cabelos e nem orelhas. Os corpos tinham 1,4 m de altura, mas sua cabeça era grande e seus braços, compridos. Os olhos eram grandes e ovais. Havia muitas pessoas tirando fotos de toda a cena. Um dos civis pegou um dos seres pelos braços e tirou uma fotografia. Logo depois, um militar veio até o reverendo Huffman e disse que ele não poderia falar com ninguém sobre o que tinha presenciado por razões de segurança nacional. Duas semanas depois, ele chegou com a foto do homem segurando o homenzinho. Segundo Charlette, depois da morte do avô, seu pai guardou a fotografia. Ele era muito interessado em discos voadores. Quando ela tinha 10 anos, um amigo de seu pai pediu a foto emprestada para mostrar aos colegas e nunca mais a devolveu. Charlette chegou a ser confrontada com uma foto famosa no meio ufológico, onde dois homens vestindo casacos aparecem segurando uma criatura — hoje se sabe que a foto é forjada e que a criatura é apenas um macaco. Ela foi enfática ao dizer que não era aquilo que tinha visto na foto verdadeira.
O Caso da Ilha Maury
Em 21 de junho de 1947, no porto de Puget Sound, localidade entre as cidades de Tacoma e Seattle, no estado de Washington, Harold A. Dahl, seu filho Charles, dois outros membros da tripulação e o cachorro da família estavam conduzindo toras na água quando viram seis enormes objetos em forma de rosquinhas no céu — cada um parecia ter cerca de 30 m de diâmetro e aparência metálica. Cinco deles estava circulando o sexto, que parecia estar em dificuldades. De repente, houve uma explosão e o sexto veículo começou a despejar muitos resíduos metálicos, e flocos de um material similar a alumínio e de outro parecido com lava resfriada caíram ao redor deles. Alguns fragmentos atingiram o barco, causando danos. O filho de Dahl foi ferido no braço e outro pedaço matou seu cachorro. Um dos discos aproximou-se do aparelho que estava com problemas e lhe deu um empurrão e, de repente, todos dispararam na direção do espaço e desapareceram.
Dahl levou seu filho ao hospital e contou ao seu chefe, Fred Lee Crisman, o que tinha acontecido. Crisman, entretanto, não acreditou em sua história e ainda ficou muito irritado com os danos sofridos pelo barco. Na manhã seguinte, Dahl recebeu a visita de um homem trajando terno preto, que lhe disse que ele tinha visto algo que não deveria e o alertou a não contar nada a ninguém sobre o episódio. A ameaça, porém, teve efeito contrário e encorajou Dahl, que novamente relatou o incidente a Crisman. Este, então, contatou Ray Palmer, editor da revista Eigth Ziff, que por sua vez pagou 200 dólares a Kenneth Arnold para que investigasse o ocorrido.
O detalhe mais intrigante do caso é a morte dos dois militares que teriam interrogado Dahl, que levavam consigo em uma aeronave os destroços do suposto UFO. Pesquisadores afirmam que o avião em que estavam foi abatido para impedir que os fragmentos chegassem à Base Aérea de Hamilton, na Califórnia, onde seriam analisados. Para corroborar essa teoria há o fato de que, 12 horas antes, o Exército revelou de forma oficial a identificação dos mortos no desastre — um informante deu os nomes do capitão William L. Davidson e do tenente Frank Brown.
Sobre este incomum episódio, em 2014 foi lançado o filme The Maury Island Incident [O Incidente da Ilha Maury], do diretor Scott Schaefer, que é baseado em documentos sigilosos do Escritório Federal de Investigação (FBI). A película conta a incrível, trágica e esquecida história de Harold Dahl, a primeira aparição dos chamados homens de preto e a batalha de jurisdição que chegou até o diretor do FBI, o famoso e temido J. Edgar Hoover. Durante a pesquisa para a elaboração do filme, a equipe da produção chegou à conclusão de que as confissões oficiais assinadas por Dahl e pelas demais testemunhas é que são a verdadeira fraude. O FBI sabia que elas foram inventadas e que Harold Dahl “escolheu” dizer que tudo era uma fraude, mesmo recebendo o rótulo de o maior mentiroso do mundo, por medo das ameaças que ele e seus familiares vinham sofrendo pelas pessoas vestidas de preto. A equipe do filme também conseguiu um memorando de 14 páginas do agente especial Jack B. Wilcox, revelando que a agência acreditava em toda a história e que uma disputa dentro do Governo dos Estados Unidos estava pronta para eclodir.
Caso Roswell
Menos de um mês depois ocorreria o mais conhecido caso de queda de UFO em toda a história da Ufologia, o Caso Roswell. Em 07 de julho de 1947, perto da referida cidade do estado do Novo México, um capataz chamado William “Mac” Brazel viu no pasto seco do Rancho Foster, onde trabalhava, destroços de algo que ele não conseguiu identificar. Recordou-se que, em data anterior, feriado da Independência dos Estados Unidos, ouvira um estrondo diferente de fogos de artifício e trovoadas. Aconselhado por vizinhos e pelo xerife George Wilcox, Brazel relatou o episódio ao 509º Grupo de Bombardeiros, sediado na Base Militar de Roswell, que naquela época era uma unidade do Exér
cito com aeronaves em missões regulares, pois ainda não existia a Força Aérea Norte-Americana (USAF) — foi da base que saíram os bombardeiros que despejaram as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Naquela ocasião, o major Jesse Marcel, oficial da inteligência do 509º Grupo de Bombardeiros, foi ao Rancho Foster para recolher os destroços e preparar seu transporte para a Base de Carswell, em Fort Worth, no Texas — a ordem era não deixar vestígios do acidente e barrar os civis que se aproximassem.
Mas o jornal Roswell Daily Record de 08 de julho dava a manchete: “Força Aérea Captura Disco Voador em um Rancho na Região de Roswell”. A notícia surgira de uma nota divulgada pelos próprios militares e redigida pelo tenente Walter Haut. Seus superiores, no entanto, interviram e se apressaram em dizer que Haut havia cometido um “erro” porque não sabia o que estava acontecendo. No mesmo dia, a base em Fort Worth recebia o material do acidente para análise. A explicação oficial veio rapidamente: o UFO seria apenas um balão meteorológico de alumínio e madeira, equipado com radar. A USAF simplesmente mandou dar um fim no primeiro texto, chamou a imprensa para fotos e distribuiu um novo texto, mandando as especulações para o espaço. Em poucos dias o caso sumiu do noticiário.
O destino de Roswell começou a mudar três décadas depois, em 1978, quando Stanton Friedman resolveu remexer no passado, como já dissemos. Ele foi encorajado a procurar Jesse Marcel e o localizou, mas como o major não se lembrava da data do episódio, o pesquisador deixou a história de lado. Em 1979, o interesse de Friedman voltou depois que a testemunha lhe afirmou que os militares estavam acobertando a queda de um disco voador. Marcel contou-lhe que, antes de levar os destroços do desastre para seus superiores, passara em casa para dar à família a chance de ver de perto um artefato extraterrestre. Afirmou também que o material levado por ele ao Texas não era o mesmo fotografado na sala do general Roger Ramey. Barras de metal resistente e folhas de algo parecido com alumínio, que foi o que ele viu, teriam sido trocadas por pedaços de um balão meteorológico. Marcel alegou ainda que fora obrigado a posar segurando os restos do balão. O major disse que os pedaços recolhidos eram parte de um quebra-cabeça que o governo queria esconder, ele defendia a tese de que se tratava de um disco voador.
Desenrolar da história
No livro UFO Crash at Roswell [Avon Books, 1991], os pesquisadores norte-americanos Kevin Randle e Donald Schmitt, entrevistaram o agente funerário Glenn Dennis, que declarou que, em 07 de julho de 1947, alguém da base de Roswell ligou em busca de informações sobre caixões, lacres e conservação de corpos. Dennis teria ido ao hospital e uma enfermeira, sua amiga, pediu-lhe para ir embora. Mais tarde, ela teria lhe contado detalhes de uma autópsia feita em extraterrestres, o que teria resultado em sua transferência para a Inglaterra. Nos anos 80, o tenente Walter Haut, o redator do primeiro comunicado da USAF, virou figurinha carimbada em suspeitos encontros ufológicos com suas “novas provas”. Segundo ele, o coronel William Blanchard ditara cada linha da nota que seria distribuída à imprensa — inclusive o termo disco voador. “Ele me parecia seguro do que estava falando”, disse Haut na ocasião. Em 1990, recordou-se de uma reunião uma semana após o incidente. “Bem, nós demos um tiro no pé com aquela bobagem de balão. Era algum projeto da Base de Alamogordo e homens de lá estiveram na nossa base mais tarde. De qualquer maneira, está feito”, teria dito Blanchard, nas palavras de Haut. No ano seguinte, ele inauguraria o Museu Internacional Ufológico de Roswell, junto com Dennis.
Todos se depararam com os corpos de mais de 12 estranhos seres, que mediam mais de 3 m de altura. A visão deixou um dos homens tão apavorado que ele, ensandecido, se jogou do penhasco. Os corpos dos seres e o artefato foram deixados no local
Em 1994, a Força Aérea Norte-Americana (USAF) divulgou um relatório em que admitia ter escondido algo em 1947. Agora, dizia que o que teria caído no Rancho Foster foi um balão do ultrassecreto Projeto Mogul, criado em Alamogordo para monitorar o programa soviético de armas nucleares. Era tão secreto que estava classificado como “A-1”, a exemplo do Projeto Manhattan, que montou a primeira bomba atômica. Segundo os militares, os destroços recolhidos pela base de Roswell eram do voo número 04 do Projeto Mogul, lançado em 04 de junho de 1947. Mas a nova história de acobertamento ufológico também não funcionou. Outro relatório da USAF, divulgado às vésperas de o Caso Roswell completar 50 anos, “explicou” quem eram os tais alienígenas: os desastrados tripulantes resgatados no deserto do Novo México seriam bonecos de testes levados por balões de pesquisa que caíram fora dos limites das bases — vestiam roupa de alumínio que protegia sensores das baixas temperaturas em grandes altitudes. Essa história também não é aceita pela Comunidade Ufológica Mundial, pois o que ocorreu em Roswell foi mesmo a queda de um UFO.
Atravessando o país
A partir de Roswell os relatos de quedas de UFOs tomaram uma proporção gigantesca e surgiram ufólogos especializados em pesquisar esse assunto. A década de 50 trouxe alguns casos importantes nos Estados Unidos e na Dinamarca, mas foi nos anos 60 que ocorreu o conhecido Caso Las Vegas, um dos mais famosos da Ufologia. O evento, de 18 de abril de 1962, na cidade homônima, é um dos únicos episódios onde um UFO caiu próximo a uma unidade da Força Aérea Norte-Americana (USAF), a Base Aérea Nellis, ao norte de Las Vegas. Segundo testemunhas, um objeto fora avistado sobre Oneida, no estado de Nova York, seguindo em direção a oeste. Houve relatos também no Kansas e no Colorado e indicações de algo próximo ao solo na cidade de Eureka, em Utah. Igualmente, algo brilhante iluminou as ruas da cidade de Reno, já no Nevada e a oeste de Vegas, para onde se dirigiu em seguida. O artefato brilhou intensamente e desapareceu dos radares da Base Aérea de Nellis, a 3.000 m de altitude — mas foi visto por milhares de pessoas enquanto cruzava o céu do país naquela noite. A Força Aérea e os céticos logo disseram que se tratava de um bólido, um meteoro tão brilhante que podia iluminar a noite escura como se fosse dia.
O objeto também foi visto por pilotos. De acordo com o relato do capitão Herman Gordon Shields, que foi interrogado na Base Aérea de Hill por Douglas Crouch, chefe da Seção de Investigações Criminais, ele pilotava um avião C-119 e estava a 3 km da cidade de Levan, em Utah, a 2.600 m de altitude, quando viu algo no céu. “Ao completarmos uma curva, a cabine do avião iluminou-se toda. O brilho vinha de cima. A primeira impressão que tive era de que se tratavam das luzes de aterrissagem de outro avião. É claro que quando a intensidade aumentou descartei essa hipótese. Continuamos a fazer a curv
a lentamente. A intensidade da luz aumentou tanto que vimos objetos no solo, tão brilhantes como se fosse dia. Deviam ter mais de 6 m de diâmetro”, disse ele.
Em seu relato, o capitão explicou que os artefatos apareceram também nas montanhas ao seu redor. “Suas cores eram claramente distinguíveis. Após algum tempo, a intensidade da luz diminuiu na mesma velocidade que tinha aumentado, mas ainda continuamos a ver sua fonte. Foi então que percebi um objeto à minha esquerda. Naquele momento, a luz já não era tão forte e não iluminava mais a montanha — aquilo tinha a aparência de um cilindro, sendo que a parte da frente ou inferior era muito brilhante, com uma intensa luz branca, parecida com fogo de magnésio. A parte de trás, no entanto, tinha uma cor amarelada. Posso dizer que se dividia em duas metades, uma intensamente branca e outra amarelada”, declarou. Enfim, alguma coisa extraordinária aconteceu na noite de 18 de abril de 1962. A USAF ofereceu uma série de explicações, ignorando os fatos. Mas as testemunhas que estavam lá, na data do episódio, sabem a verdade. Elas viram alguma coisa do espaço, que não era um meteoro, espatifar-se perto da Base Aérea de Nellis, por cujos militares foi resgatada. Não se sabe detalhes a mais do que estes e nem mesmo se havia tripulantes, mas, pelos fatos pesquisados, se tem a certeza de que se tratava de uma nave extraterrestre.
O incrível Caso Coyame
Em 25 de agosto de 1974, por volta das 22h07, os radares de Defesa Aérea dos Estados Unidos detectaram um objeto desconhecido aproximando-se do espaço aéreo norte-americano, vindo pelo Golfo do México. Originalmente, o artefato viajava a 400 km/h, em um ângulo de 325º e 22.500 m de altitude, em um curso que o levaria a 65 km a sudeste da cidade de Corpus Christi, no Texas. Depois de 60 segundos de observação, a 244 km da cidade, o aparelho desacelerou para 310 km/h, mudou seu curso em 290º e começou a descer lentamente. Ele entrou no espaço aéreo mexicano a aproximadamente 65 km de Brownsville, também no Texas. Os radares dos Estados Unidos seguiram o alvo nas telas até a 800 km de Coyame, cidade do estado de Chihuahua, no México — lá o objeto repentinamente desapareceu do alcance. Os controladores de tráfego aéreo norte-americanos detectaram também, além do UFO, um pequeno avião. Eles monitoraram as duas aeronaves até que ambos os sinais desaparecessem das telas sobre a localidade mexicana. Cerca de 52 minutos após isso, radioamadores informaram que um avião civil havia caído, mas já se sabia que a aeronave em questão havia partido do Aeroporto Internacional de El Paso com destino à Cidade do México, o que descartaria que o misterioso objeto detectado fosse aquele avião.
Imediatamente, militares mexicanos de Chihuahua e Ojinaga começaram a traçar os planos de resgate, mas, como já era noite, qualquer busca seria infrutífera. O que chamou a atenção dos operadores de radar norte-americanos foi o fato de que o pequeno avião tivesse sumido no mesmo momento em que o estranho aparelho desapareceu de suas telas, logo após cruzar o Golfo do México e entrar no país vizinho. Era apenas uma questão de tempo até que se concluísse que as duas aeronaves haviam colidido sobre as montanhas de Presídio — o acidente ocorrera entre 9.000 m e 21.000 m de altitude, envolvendo um avião voando a 240 km/h e um UFO a mais de 2.400 km/h. Os militares dos Estados Unidos começaram a juntar as peças do quebra-cabeça e se convenceram de que o artefato que colocara em alerta todo o sistema de defesa aérea do país estava no chão, em meio a rochas, cactos e à vegetação do deserto mexicano. Na manhã seguinte, enquanto as autoridades norte-americanas ainda analisavam os registros dos radares e começavam a suspeitar que o UFO tivesse atingido um avião, seus pares mexicanos montaram sua equipe de resgate próximo a Coyame.
Às 08h00, nove horas após o desaparecimento do pequeno avião, as equipes de busca e de resgate mexicanas entraram em ação — mas, embora não soubessem, os militares mexicanos estavam sendo monitorados por sistemas eletrônicos dos Estados Unidos e suas comunicações via rádio estavam sendo interceptadas. Os eventos da noite anterior e a possibilidade de uma espaçonave extraterrestre ter caído acionou todos os alertas das agências de Inteligência e das Forças Armadas Norte-Americanas. O governo mexicano enviou uma equipe para recuperar o pequeno avião e seus passageiros, enquanto os Estados Unidos continuaram a acompanhar a situação por meio da interceptação clandestina das comunicações no país vizinho. Tudo seguia normalmente até que uma nova conversa eclodiu no rádio. Nela, o piloto mexicano que fazia as buscas na região dizia ter encontrado um segundo “avião” a poucos quilômetros do primeiro. Enquanto do avião de fato só restavam destroços, a segunda aeronave era circular, tinha uma cor prateada polida e estava quase intacta. O piloto destacou, ainda, que tinha sinais de danos superficiais, mas estava inteira. Pouco tempo depois foi decretado silêncio de rádio por parte dos mexicanos, o que interrompeu as informações.
Operação clandestina
Preocupado com a possibilidade de perder o UFO, autoridades dos Estados Unidos começaram as negociações com os do México para que fosse autorizada a entrada de um grupo de resgate norte-americano em território mexicano para auxiliar na busca dos destroços do avião — uma testemunha anônima teria dito que as conversas foram feitas entre os altos escalões e que os norte-americanos afirmaram que deveriam participar do resgate, uma vez que a aeronave civil partira do Texas. Enquanto os Estados Unidos tentavam convencer os mexicanos a deixá-los entrar legalmente no país, a Agência Central de Inteligência (CIA) tomava suas próprias providências. Em Fort Bliss, no Texas, onde o sinal do suposto UFO fora capturado pelo radar, quatro helicópteros Huey foram preparados, assim como uma equipe de resgate composta por 15 homens. O grupo, então, seguiu em direção ao país vizinho e entrou clandestinamente em seu território.
Quando chegaram ao local do acidente, os norte-americanos se depararam com uma cena apavorante: o comboio mexicano estava parado e seus militares estavam caídos para os lados ou para frente — todos estavam mortos. A equipe dos Estados Unidos, que usava trajes especiais, encontrou, coberto no caminhão mexicano, um objeto metálico estranho, na forma de um disco e exibindo avarias que pareciam o ser resultado de um impacto frontal. Também encontrou os r
estos queimados do pequeno avião, umCessna 180. Um dos helicópteros foi encarregado de içar o UFO e levá-lo a um ponto a 15 km dali, onde um comboio norte-americano aguardava para conduzi-lo até a Base Aérea de Wright-Patterson. Temendo que reforços militares mexicanos chegassem, o grupo apressou-se em prender o UFO ao cabo ligado ao helicóptero. Como teriam que voar com o artefato pendurado à aeronave, eles tinham dois problemas críticos. O primeiro era selar o buraco no UFO, a fim de evitar que qualquer agente tóxico pudesse sair e contaminar o ar ou as pessoas envolvidas na operação. O que foi utilizado para isso não se sabe, mas eles tinham à sua disposição o mesmo material desenvolvido pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) e utilizado nos ônibus espaciais para entrar na atmosfera terrestre. O segundo era o que fazer com os militares mexicanos mortos?
Como seu ato final, o grupo dispôs todos os veículos em círculo, com os corpos dos militares mortos dentro, além dos destroços do avião civil, e embora possa parecer insensível, é compreensível o que foi feito depois: tudo seria explodido para que não sobrasse nenhum registro ou possível forma de contaminação pelos cadáveres. O Caso Coyame veio à tona em 1992, quando um relatório do acontecimento foi enviado anonimamente a vários ufólogos nosEstados Unidos e Europa. O documento foi intitulado Research Results of the Flying Disc in Chihuahua (Resultados de Pesquisa do Disco Voador em Chihuahua] e acabou sendo publicado porLeonard Stringfieldem 1994, no já citado relatório UFO Crash Retrievals. O paradeiro do UFO até hoje é desconhecido. Quanto aos soldados mexicanos mortos, o Exército daquele país nega que o incidente tenha acontecido, apesar de haver vários relatos de habitantes da região que afirmam que os eventos foram reais.Existem, também, arquivos das comunicações de rádio do Exército Mexicano, além dos registros do Cessna 180 que se acidentou.
Ocorrências no Brasil
Nosso país também foi palco de vários episódios de quedas de UFOs. Famoso na literatura ufológica, e também cheio de controvérsias, o Caso Ubatuba, ocorrido em 10 de setembro de 1957, foi publicado por vários jornais do Brasil e do exterior. Consta que vários banhistas observaram um UFO se aproximar da Praia das Toninhas, naquela cidade do litoral de paulista — o objeto vinha em uma incrível velocidade e, quando estava prestes a se chocar contra a água, deu uma guinada, subindo em seguida. Foi quando explodiu em chamas e os fragmentos caíram no mar, próximo aos veranistas. Algumas pessoas recolheram pedaços do artefato, constatando serem de um material leve e de aparência metálica. Uma das testemunhas que recolheu destroços enviou uma carta para o colunista do jornal O Globo, Ibrahim Sued, relatando o que havia visto. Logo, amostras foram analisadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério da Agricultura, que indicou tratar-se de uma liga de magnésio com pureza da ordem de 99%. Mas não há, na natureza, nada parecido e muito menos existia, à época, tecnologia disponível para se usinar algo com esse nível de pureza. Outras duas amostras foram enviadas para os Estados Unidos, mas os laboratórios de lá alegaram que elas foram destruídas durante as análises.
Outro caso envolvendo a queda de um UFO aconteceu em 31 de outubro de 1963, em São Paulo. Várias testemunhas, entre elas a senhora Ruth de Souza, ouviram um barulho que lhes chamou a atenção para um brilhante disco voador no firmamento. Ele se movia lentamente na altura da copa das árvores, quando bateu em uma palmeira, balançou vertiginosamente e caiu dentro de um rio. O disco tinha 90 cm de espessura e 4 m de diâmetro. Era muito brilhante e parecia ser iluminado internamente. Quando mergulhou, a água pareceu ferver, mas depois desapareceu no fundo do rio. Mergulhadores chegaram logo em seguida, mas não conseguiram localizá-lo. Tentou-se novamente com a utilização de detectores de metal e sondas, porém em vão. O que quer que tenha caído naquele rio, nunca foi encontrado.
Também ligado à água, outro evento importante aconteceu em 02 de julho de 1974, na Praia de Navegantes, em Santa Catarina. Às 15h30, alguns pescadores avistaram um objeto discoide com pequenos propulsores nas suas laterais aproximar-se da praia e cair no mar, a cerca de 100 m de onde estavam. Alguns pescadores, que foram até o local da queda à procura de sobreviventes do que pensaram ser um avião, encontraram uma estranha espuma na superfície, o que nos faz lembrar o Caso Shag Harbour, ocorrido no Canadá, em 1967, quando também foi detectada a presença de algum tipo de espuma sobre as águas. À medida que os pescadores de Navegantes chegavam mais perto do objeto, aquele afundava lentamente. Os jornais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul foram em busca de informações e investigaram o caso com seriedade. A praia foi invadida por curiosos, fotógrafos e jornalistas, obrigando o delegado da cidade a intervir no episódio. Para ele, as testemunhas estavam dizendo a verdade sobre o fato, pois os relatos coincidiam. A Capitania dos Portos, inclusive, chegou a investigar o incidente mais profundamente, embora não tivesse publicado um parecer oficial.
Queda em Minas Gerais
Segundo as investigações de alguns ufólogos, oficiais da Capitania foram guiados até o local exato da queda pelo pescador Ubelino Severino. Um mergulhador da Marinha fez algumas buscas na tentativa de localizar o objeto, mas, ao retornar, contou que não tinha encontrado nada. Entretanto, ao subir no tombadilho teve uma conversa particular com alguns oficiais. Em seguida, mergulhou novamente, carregando uma corda com um gancho em uma ponta e uma boia sinalizadora em outra. O comandante pediu a Severino que o avisasse imediatamente caso alguém tentasse retirar ou mexer na boia. Na manhã seguinte, para surpresa da testemunha, a boia não estava mais lá. Severino comunicou o comandante sobre o ocorrido, que daquela vez não deu importância ao fato. Testemunhas posteriores teriam relatado que outro UFO apareceu sobre a praia e mergulhou no mar, como se estivesse em busca de algo. Uma semana antes desse avistamento, dois pescadores haviam estado na região, a fim de visualizar o primeiro objeto acidentado. Eles teriam dito que viram “um artefato enfiado na areia, soltando borbulhas na água. Era muito quente e não permitia que chegássemos perto do local”. Alguns dias depois, dois pescadores foram encontrados mortos na praia, próximo de algumas rochas.
Do caso catarinense pulamos para outra ocorrência de queda, esta que se tornou uma das mais — se não a mais — importantes do mundo. Quando, em janeiro de 1996, surgiu o Caso Varginha, toda a atenção da mídia e dos pesquisadores se voltou para a operação de captura de supostos seres extraterrestres que foram vistos naquela cidade mineira. Pouco se falou, porém, sobre o aparelho que os transportava. Mas, à medida que as investigações evoluíram, começaram a surgir testemunhos de pessoas que afirmaram terem
visto um objeto do tamanho de um micro-ônibus e no formato de um submarino voando lentamente no céu e caindo nos arredores de Varginha. A senhora Oralina e seu marido Eurico Rodrigues de Freitas foram surpreendidos com a passagem daquele artefato sobre sua fazenda.
Quanto mais os ufólogos se aproximam da verdade na investigação de casos que envolvem a queda de UFOs e o resgate de seus tripulantes, mais os governos, os militares e os serviços de inteligência se esforçam para impedir seu trabalho
Por 40 minutos e a menos de 5 m do solo, o aparelho sobrevoou o local, indo em direção a Varginha. A nave estava “apagada” e havia um buraco na sua estrutura, por onde saía uma fumaça branca. Alguns pedaços da fuselagem balançavam contra o vento, como se fossem um pedaço de pano, mas o objeto não emitiu som algum. Outro relato impressionante ligado ao Caso Varginha foi feito por Carlos de Souza. Empresário e piloto de ultraleve, Souza afirmou que saiu na noite de 12 de janeiro de São Paulo e pernoitou em um hotel de estrada, à beira da Rodovia Fernão Dias. Já em 13 de janeiro, por volta das 04h00, recomeçou sua viagem com destino à cidade de Três Corações. Quando trafegava pela rodovia, a 5 km da entrada para Varginha, ouviu um ronco abafado de motor. Ele, então, parou o carro e saiu do veículo para observar uma nave a 120 m de altura, voando no sentido de Varginha para Três Corações, cidades separadas por apenas 30 km. Ela era metálica, polida e refletia a luz do Sol matinal. Tinha a forma de um cilindro e media entre 10 m a 12 m de comprimento e entre 4 m a 5 m de diâmetro. Souza percebeu um buraco de 1,5 m de diâmetro na lateral direita do objeto, por onde saía muita fumaça de cor esbranquiçada. Mas isso foi uma semana antes do relato do casal acima citado.
A nave cruzou a rodovia e Souza entrou em seu carro, iniciando uma perseguição. De repente, percebeu que o UFO estava caindo, arrastando-se pela mata — quando desapareceu por detrás da vegetação, ele procurou alguma estrada ou caminho que o levasse até o provável local da queda. Finalmente, conseguiu encontrar uma estrada de terra batida que dava acesso a uma fazenda da região. Quando chegou ao local do acidente, depois de cerca de 30 minutos, encontrou uma área coberta de destroços por todos os lados. Segundo Souza, os pedaços pareciam com papel alumínio. Um pouco mais distante, ele pôde ver um pedaço maior, e, ao pegar uma porção daquele material, a testemunha percebeu que era muito fino e leve. Ao amassá-lo, assustou-se ao ver que ele voltava ao seu estado original. Mais ao longe, Souza notou um helicóptero do Exército, dois caminhões de lona, uma ambulância e mais três carros. Ele sentiu um cheiro de amônia muito forte e não percebeu quando um policial militar se aproximou e gritou: “Vá embora. Você não viu nada”. Com medo, preferiu sair do local. O caso, simplesmente espantoso, já é conhecido de todos os leitores da Revista UFO e não precisa ser mais uma vez descrito [Veja tudo sobre ele na obra Varginha: Toda a Verdade Revelada, de Marco A. Petit, código LIV-029 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br].