Ad image

Ufologia e ecologia juntas na Amazônia

Um hotel de selva coloca o visitante frente a frente com os mistérios da Amazônia. Bolas de fogo, fornos e colunas de água são apenas parte dos segredos

A. J. Gevaerd
78689c8746e18e39596360fd6c0a840c1528230533
Créditos: ARIAÚ TOWER

Nos anos 80, o ex-militar, economista, advogado e empresário Francisco Ritta Bernardino, dono do Hotel Mônaco, em Manaus, recebeu como hóspede o famoso oceanógrafo Yves-Jacques Cousteau, que fazia uma série de pesquisas na Amazônia. Na ocasião, Cousteau, que passava semanas indo e vindo da floresta para Manaus, sugeriu a Bernardino que fizesse um hotel em plena selva, na certeza de que o empreendimento seria um grande sucesso. Naquela época ainda não tínhamos o turismo ecológico que conhecemos hoje e Bernardino decidiu amadurecer a ideia antes de tomar uma decisão.

Poucos anos depois, navegando pelos rios, ele acabou encontrando o local ideal e assim nasceu o Hotel Ariaú Tower [Foto], hoje conhecido no mundo inteiro e um polo de atração turística em plena Floresta Amazônica. Com serviço e alto nível, aconchegantes cabines instaladas sobre frondosas árvores e uma pirâmide feita para meditação e repouso, o hotel tem uma longa lista de hóspedes famosos que inclui nomes como o do rei Juan Carlos, da Espanha, e dos ex-presidentes norte-americanos Jimmy Carter e Bill Clinton, entre outros. É ali que a Revista UFO, por cortesia de Bernardino, também tem sua base de pesquisas na região.

Avistamentos na selva

VISITA A NOVA LOJA DA UFO
Ad image

Apaixonado por seu estado e pela floresta, Francisco Ritta Bernardino tem uma visão holística sobre a relação entre as pessoas, o planeta, o universo e os extraterrestres — para ele, ao ferirmos a Terra, ferimos o cosmos e por isso os extraterrestres nos visitam, pois nossos atos afetam também a vida deles. Esta visão, aliás, encontra adeptos em várias escolas de pensamento, pois não são poucos os estudiosos da Ufologia em suas variadas vertentes que acreditam que há milênios inteligências alienígenas cuidam do planeta como se fosse um jardim, e dos seres humanos como se fôssemos irmãos mais novos.

Ad image

Em suas andanças pelos rios da região, o ex-militar já observou muitos fenômenos interessantes e tem muitas histórias para contar, como quando viu uma tromba d’água erguer-se bem à sua frente, no meio do Rio Negro. “Era um jato de água muito grande, de uns 10 m de diâmetro. Aquela água subia, subia… Por coincidência, eu estava com binóculos e olhava a água subir e desaparecer no céu. Aquilo durou uma meia hora, mais ou menos, até que de repente parou e não se via nada lá em cima”, revelou à Revista UFO em entrevista.

Um incrível forno voador

Em outra ocasião, Bernardino teve um avistamento que lembra muito os relatos vindos dos habitantes da região, que falam sobre bolas de fogo que mudam de cor saindo das águas e alcançando os céus. Ele contou que, “bem próximo ao Ariaú há um local chamado Praia Grande, que fica em frente a uma ilha que os caboclos conhecem como Ilha do Medo. Uma vez, eu e mais 50 pessoas estávamos em um barco na Praia Grande, às 23h00 de noite, quando de repente surgiu um fogo na ilha. Nós ficamos olhando, apavorados, e vimos aquele fogo se transformar em um prato que mudava de cor. Era avermelhado, azulado, esverdeado”, declarou descrevendo um disco voador perfeito.

“De repente, aquele prato subiu e ficou parado a uns 100 m de altura, mais ou menos. Então, voou na horizontal em direção a Manaus”, completou. Muitos moradores das áreas ribeirinhas da Amazônia relatam o mesmo fato, mas se referem aos objetos discoides observados como “fornos”, que são bacias de cobre enormes e rasas, de cerca de 1,5 m de diâmetro e 20 cm de altura, onde se torra a farinha de mandioca. Vistos de baixo, como descrevem os ribeirinhos, discos voadores se tornam os tais fornos.

TÓPICO(S):
Compartilhe
Ademar José Gevaerd (Maringá, 19 de março de 1962 – Curitiba, 9 de dezembro de 2022) foi um ufólogo brasileiro, editor da Revista UFO, publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), entidade do qual também foi fundador e presidente. Também é director brasileiro da Mutual UFO Network (MUFON). Ele representou o Brasil no Center for UFO Studies e foi diretor para a América Latina do Annual International UFO Congress. Esteve em diversas redes brasileiras de TV, além do Discovery Channel, National Geographic Channel e no History Channel, tendo discursado em muitas cidades do Brasil e em outros 50 países, além de ter realizado mais de 700 investigações de campo dos casos de Ovnis no Brasil. Era considerado um dos maiores ufólogos do mundo, uma das personalidades máximas do Brasil nesse assunto, membro de várias associações internacionais de ufologia. Considerado um dos mais respeitados ufólogos, é conhecido por seu empenho em tentar amparar todo fenômeno ufológico com o maior número possível de provas e testes. Ainda na década de 1980, foi convidado pelo Dr. J. Allen Hynek para representar no Brasil o Center for UFO Studies (CUFOS). Gevaerd sofreu uma queda em casa, no dia 30 de novembro de 2022, vindo a morrer no dia 9 de dezembro de 2022 no Hospital Pilar em Curitiba.