No último 20 de setembro, na Câmara Municipal de Rosário, na Argentina, aconteceu uma audiência pública onde foi discutida a abertura de arquivos oficiais secretos daquele país. Os ufólogos argentinos, tendo à frente a Comissão de Estudos do Fenômeno OVNI da República Argentina (CEFORA), debateram com especialistas, tais como jornalistas, especialistas em meteorologia e direito espacial, além do público em geral, meios de pedir ao governo argentino que abra seus arquivos.
“Estamos pedindo a desclassificação de registros de UFOs na Argentina, como vários países de nossa região já fizeram, como Brasil, Uruguai, Chile, Equador e Peru. Nós merecemos que a mesma coisa aconteça na Argentina”, disse Silvia Simondini. Além dela tomaram parte na audiência os pesquisadores Roberto Banchs, Elías Kolev e Luis Reinoso, que é natural de Rosário. Todos foram unânimes em afirmar que ninguém mais coloca em dúvida a existência dos UFOs.
Charles Ferguson, outro pesquisador presente, afirmou que a realidade do fenômeno é inquestionável, mencionando estudos de alto nível, como o Dossiê Cometa, publicado na França em 1999, e também o estudo intitulado Relatório Sturrock, realizado por cientistas e astrofísicos nos Estados Unidos. Em todos estes ficou claro que os UFOs provocam estranhos fenômenos eletromagnéticos, além de causar outros efeitos físicos. Robert Banchs, autor de A Evidência do Fenômeno UFO, afirmou que os primeiros estudos ocorreram nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, no complexo ambiente da Guerra Fria e onde muito se falava a respeito da conquista do espaço.
Silvia Simondini comentou: Temos consciência de que as agências militares estiveram envolvidas com o Fenômeno UFO, produzindo registros classificados por muitos anos. Os pesquisadores têm conhecimento de todas as coisas que aconteceram em nosso país e queremos saber até onde foram os organismos militares, quais as conclusões a que chegaram e que toda a sociedade possa conhecer que isso é realidade”. Elias Kolev acrescentou que a audiência realizada em Rosário foi um dos mais importantes eventos do país sobre a questão da divulgação e que representa o reconhecimento do trabalho dos ufólogos argentinos sobre o tema. Kolev também disse que uma petição foi encaminhada em 2012 para a Presidência da República, acompanhada de um dossiê onde constavam vários casos com a atuação da Força Aérea Argentina.
Já Banchs mencionou um caso em La Plata, acontecido em 14 de julho de 1947, destacando a antiguidade do fenômeno e que antes dessa data seguramente outros eventos estranhos foram registrados. Também falou do Projeto Blue Book nos Estados Unidos, iniciado em 1951, e que mesmo após seu final oficial, aquele país jamais deixou de investigar os UFOs, e a Argentina também não, mesmo que em escala diferente. Andrea Simondini, presidente do CEFORA, disse no início da audiência que não falaria de extraterrestres, concentrando-se mais na natureza desconhecida do fenômeno: “Avistamentos de UFOs possuem características anômalas e merecem ser estudados, e os arquivos secretos precisam ser desclassificados”.
Assista abaixo a uma reportagem sobre o histórico evento da Ufologia Argentina:
Grupo CEFORA inicia na Argentina procedimentos para desclassificação de arquivos secretos
Saiba mais:
Livro: UFOs: Arquivo Confidencial
UFOs: Arquivo Confidencial – Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira expõe casos ufológicos de gravidade ocorridos no Brasil, que permanecem até hoje sob sigilo. O livro apresenta detalhes até então desconhecidos de como nossos militares conduziram investigações secretas de incidentes com naves alienígenas no país. Entre eles estão as impressionantes conclusões da Aeronáutica após conduzir a Operação Prato na Selva Amazônica, para apurar o Fenômeno Chupa-Chupa. O autor, Marco Antonio Petit, é um dos mais conhecidos e respeitados ufólogos brasileiros, co-editor da Revista UFO há 20 anos e autor de várias obras sobre a presença alienígena na Terra.