UFO provoca efeitos físicos em SP

Estranhas marcas encontradas em um canavial paulista atraem ufólogos para uma das áreas de maior incidência ufológica do país

A. J. Gevaerd
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Canavil paulista com estranhas marcas
Créditos: Arquivo UFO

O ano de 2008 começou quente para a Ufologia, com inúmeros casos ufológicos ocorrendo em várias partes do país e do mundo. Mas nenhum recebeu tanta atenção dos pesquisadores e da imprensa, no Brasil, quanto o episódio ocorrido na madrugada de 19 para 20 de janeiro, na pequena Riolândia, cidade da região noroeste do estado de São Paulo, a 562 km da capital. O fato se deu na Pousada Piapara e arredores, uma modesta e bela propriedade às margens do Rio Grande, que divide o estado de Minas Gerais, a 13 km do centro do município. O acontecimento ganhou grande repercussão após se constatar que uma área do canavial ao lado da pousada fora misteriosamente amassada, numa extensão estimada entre 3.600 e 5.200 m2.

Somente o dano observado na cultura de cana-de-açúcar não seria fato suficiente para despertar os ufólogos – embora, talvez, fosse de interesse de estudiosos de outras áreas. Mas suas características inusitadas, associadas ao fato de que duas testemunhas independentes observaram objetos voadores não identificados sobre a plantação, dão sustentação a uma teoria de natureza ufológica. Soma-se a isso o fato de que Riolândia está encravada numa região de altíssima incidência de observações e aterrissagens de UFOs, contatos com tripulantes e até de abduções alienígenas. A menos de 100 km de Riolândia, no lado paulista do rio, estão os municípios de Mirassol e Jales, onde ocorreram seqüestros por ETs e pousos de naves atraíram a Aeronáutica nas décadas de 60 e 70. Do lado mineiro, a uma distância semelhante, estão São Francisco de Sales, em que ocorreu o Caso Villas Boas, e Iturama, onde uma família inteira foi abduzida em dezembro de 2000 [Veja UFO 137 e 78, respectivamente].

Naturalmente, qualquer fato de natureza ufológica ocorrendo em uma área tão rica em fenômenos do gênero atrairia a atenção dos ufólogos. Foi o que aconteceu. Alertados inicialmente pelos jornais do oeste paulista, entre eles o Folha da Região, de Araçatuba, e Bom Dia Rio Preto, de São José do Rio Preto, os ufólogos começaram a visitar a área. O primeiro a iniciar as pesquisas e a ter contato com as testemunhas foi o técnico em telecomunicações Jorge Nery, do Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais (Inape), entidade ligada à Revista UFO através de seus integrantes. “Estamos diante de um fato ufológico autêntico e que precisa ser estudado”, declarou Nery. Uma equipe de ufólogos desta publicação e do Inape, composta por este editor, o consultor Gener Silva e os estudiosos Nery e Gustavo Moretti, esteve na propriedade no dia 26.

Grande incidência ufológica — O fenômeno ocorrido na Pousada Piapara também atraiu uma multidão de curiosos e estudiosos, entre eles geógrafos, geólogos, meteorologistas, biólogos e especialistas no cultivo de cana de açúcar, todos atraídos pelo interesse científico no inusitado fenômeno. Moradores de municípios vizinhos, como Adolfo, Cardoso, Paulo de Faria, Valentim Gentil e Votuporanga também compareceram em massa ao local, e, invariavelmente, ao verem o trabalho de investigação dos ufólogos ser realizado, se aproximavam para relatar outros fatos de que tinham conhecimento, o que corrobora a idéia de que todo o noroeste de São Paulo e sudoeste de Minas Gerais são áreas de grande incidência ufológica. Os fatos que essas pessoas descreveram serão abordados em outros artigos. Até um investigador da Polícia Civil de São Paulo foi ao local por curiosidade, mas nenhum boletim de ocorrência foi registrado.

Tudo começou quando o arrendatário da pousada, o comerciante Maurício Pereira da Silva, 39 anos, acordou no meio da noite para beber água na cozinha da sede da propriedade. Era entre 03h00 e 03h30 do dia 20, domingo, e Silva estava com o copo d’água na mão quando ouviu um barulho vindo do canavial, a apenas cerca de 30 m de onde estava. Através da janela aberta, em meio à chuva que caía copiosa durante todo aquele fim de semana, Silva pôde observar uma luz difusa e não muito intensa sendo emanada da parte de baixo de um grande objeto escuro, de formato cilíndrico e ligeiramente ovalado nas pontas, de um tamanho que estimou entre 30 e 40 m de comprimento. “Aquilo vinha vindo como se estivesse rolando a certa altura das canas, fazendo um barulho bem alto dos pés serem quebrados”, declarou à Revista UFO.

crédito: Cortesia UDOP

Vista aérea da Pousada Piapara (apenas a área cercada) e do canavial amassado na propriedade vizinha

Vista aérea da Pousada Piapara (apenas a área cercada) e do canavial amassado na propriedade vizinha

Testemunha admitiu ter sentido medo — Ele detalhou que parecia que um trator estivesse passando sobre o canavial, mas sem que se pudesse ouvir seu motor, apenas o barulho dos pés de cana serem amassados ou quebrados. Com medo, admitiu, Silva largou o copo e voltou para o quarto, para junto de sua esposa, Márcia Cristina Ribeiro Santos, 30 anos, que dormia tranqüilamente sem nada observar ou ouvir. “Aquele barulho da cana quebrando parecia ter um efeito dominó, vindo do fundo da plantação para a beirada, já perto da pousada, parando na estradinha que separa ambos”, disse. Ele chegou a imaginar que pudesse ser uma rajada forte de vento, mas como o barulho parou subitamente, descartou a hipótese. “Ora, vento não pára, e aquilo parou. E no que parou, eu firmei a vista para cima da cana e vi aquela coisa emitindo uma luz fraca”.

Quanto ao formato do UFO visto por Silva, ficou claro que ele teve dificuldades em determiná-lo com precisão, tanto devido à chuva que caía, quanto pela escuridão na parte de cima do mesmo. “O medo que senti foi muito grande e entrei na casa. Eu pensei no pior e fui ficar com a família. Nem acordei minha esposa e meus filhos, porque não sabia o que era aquilo”. Simultaneamente, o hóspede Durval Ambrizzi Júnior, representante comercial, 58 anos, que estava em um trailer instalado na propriedade, também acordou ouvindo o mesmo barulho e, tal como Silva, tentou observar o que poderia ser aquilo. Ele informou à Revista UFO que despertou com aquele estranho som, e ao tentar ver de onde vinha, apenas notou luzes no céu sobre o canavial, a uns 50 m de onde estava. Elas estavam separadas entre si, mas, segundo estimou Ambrizzi, presas a algum corpo escuro, que não pôde ver. “Eram diversos pontos de luz fraca e esbranquiçada que estavam por toda parte, mas não chegavam a iluminar muito forte o local”, disse a testemunha.

Ambrizzi ainda esclareceu que o barulho que ouviu parecia o de quebrar gravetos. “Eu abri a porta do trailer, que dá de frente para onde aconteceu a coisa, e vi umas luzes”. Solicitado a precisar sobre a capacidade das luzes de iluminar o terreno, disse que pelo menos a parte da frente da área ficou mais clara. “Eu até pensei que fosse um poste ou alguém que tivesse chegado de madruga
da com uma lanterna, mas não era”. Ambrizzi também voltou para cama logo após aquilo, ao lado da esposa, a funcionária pública do Poder Judiciário paulista Solange Buosi, de 50 anos. Tal como Márcia, Solange também nada viu ou ouviu. Foi apenas ao acordarem e conversarem, durante o café da manhã, por volta das 06h00 daquele domingo ainda chuvoso, que proprietário e hóspede falaram um ao outro sobre o que tinha ocorrido, sendo acompanhados pelas respectivas esposas. Silva disse ainda que venceu o medo e, lá pelas 04h00, voltou a janela da cozinha, mas nada mais viu.

crédito: Arquivo UFO

O arrendatário, Maurício Pereira da Silva, mostra a cana entortada

O arrendatário, Maurício Pereira da Silva, mostra a cana entortada

“Fiquei arrepiada dos pés à cabeça” — Tudo não passaria de uma experiência inusitada para os casais se, ao olharem no canavial ao lado, não tivessem visto uma grande porção da colheita estranhamente amassada, deitada, formando uma clareira de grandes dimensões. A plantação não está na área da pousada, mas pertence à propriedade vizinha. Imediatamente, todos caminharam até o local e puderam ver direito algo que lhes causou grande espanto. Ninguém tinha qualquer explicação para o fato. Solange portava uma câmera digital Cybershot e fez várias fotografias da plantação. “Fiquei arrepiada dos pés à cabeça”, disse a funcionária pública ao descrever a sensação de estar diante daquela marca. Mudos, nenhum dos quatro poderia imaginar o que pudesse ter causado aquilo. Foi também Solange que, ao retornar na segunda-feira, 21, para São José do Rio Preto, onde reside, decidiu informar a imprensa sobre o fato. “Achei que aquilo era algo significativo e que a imprensa deveria saber. Liguei, então, para a emissora da Rede Globo na cidade e depois para outras”.

Deu resultado, pois várias redes de TV passaram a visitar o local e a informar os fatos em seus telejornais, principalmente a TV Tem, afiliada da Rede Globo no oeste de São Paulo. Alertados pela mídia, ufólogos e estudiosos começaram a ir ao local, que transformou a rotina da cidade. O que se constatou passou a intrigar ainda mais. As plantas de cana, já com altura entre 1,5 e 2,5 m, quase prontas para a colheita, foram dobradas de maneira inusitada próximas do chão. O interessante é que isso foi feito sem que os caules se quebrassem, coisa incomum neste tipo de vegetal. Ainda por cima, as plantas continuaram vivas e crescendo deitadas, paralelamente ao solo. Não se encontrou nenhuma planta morta ou quebrada, e quando a Equipe UFO esteve no local, os pés já demonstravam franca recuperação, após uma semana recebendo uma alternância de raios de Sol e chuva. Os caules já se curvavam para cima, característica biológica natural. No entanto, constatou-se um envelhecimento prematuro das plantas, como o escurecimento de parte de sua polpa. Mesmo assim, tudo indica que o vegetal ainda estava próprio para consumo e já deveria ser colhido a qualquer instante.

Fato adicional curioso foi o relatado pelo arrendatário Silva ao ufólogo Nery, de que, na manhã após o fato, a pousada ficou em silêncio total. “Os pássaros não cantaram e o cachorro que ronda a área não latiu”, disse o comerciante. A área é infestada de passarinhos de todos os tipos, inclusive tucanos e araras, que não compareceram ao local naquela manhã, como de costume. Outros fatos inusitados começaram a ser descritos por pessoas que estavam nas redondezas, ao tomar conhecimento do que houve. Um deles é a história de um pescador que tinha deixado sua vara de pescar nas margens do Rio Grande e, quando voltou, a encontrou toda queimada, carbonizada. O instrumento era de material plástico, não de bambu, e parecia amolecido, quase derretendo.

crédito: Fotos Arquivo UFO

Os casais Márcia e Maurício Pereira da Silva, na estrada que dá acesso à propriedade [Esquerda], e Solange e Durval Ambrizzi Júnior, em frente ao trailer de onde observou as luzes naquela madrugada

Os casais Márcia e Maurício Pereira da Silva, na estrada que dá acesso à propriedade [Esquerda], e Solange e Durval Ambrizzi Júnior, em frente ao trailer de onde observou as luzes naquela madrugada

Especialistas visitam a área — Outros dois estranhos relatos, de fatos que podem estar associados ao Caso Riolândia, estão sendo averiguados. Um deles envolveu a sobrinha de Pereira, Fernanda Luciano da Silva, 16 anos, que contou ter visto um objeto fazer um movimento de sobe e desce no céu quando viajava com seu pai pela rodovia que liga Votuporanga a Riolândia, na tarde de sexta-feira, 18. “Tinha a forma de uma melancia cortada ao meio e trocava de cor, indo do amarelo para o azul e depois para o vermelho”, disse. Outro fato foi testemunhado por volta das 05h00 ou 05h30 de sábado pelos passageiros da balsa que atravessa o Rio Grande no Porto Brasil, alguns quilômetros a oeste da pousada. Um deles, policial militar, teria visto uma bola luminosa fazer movimentos sinuosos sobre o rio, próximo da embarcação. Ele foi até a Pousada Piapara ver o canavial e relatou o fato às demais testemunhas. A Revista UFO irá entrevistá-lo brevemente.

No final da tarde da terça-feira, 22, o prefeito de Riolândia, Maurílio Viana da Silva (PSB), foi até a Pousada Piapara para ver de perto o canavial amassado que virou notícia na cidade. Ele declarou à imprensa que os sinais deixados na plantação eram “estranhos e inexplicáveis” e que nunca tinha visto algo daquele tipo. Apesar do fato incomum, ele informou que a prefeitura não iria tomar qualquer atitude quanto ao assunto. “Vamos deixar que quem entende disso investigue o caso”, disse o prefeito. Foi exatamente o que começou a acontecer. Tanto que, no dia 24, uma equipe de especialistas em cana-de-açúcar da União dos Produtores de Bionergia (UDOP), com sede em Araçatuba, foi ao local e fez uma filmagem aérea do toda a região. Assim se descobriu que, além da marca maior, ao lado da pousada, outras marcas irregularmente circulares – de 3 a 4 – também estavam presentes nos canaviais vizinhos. Eles tinham entre 6 e 8 m de diâmetro.

Entre os estudiosos que investigaram os fatos está o geólogo Fernando Antunes. Ele afirmou que a ação do vento, combinado ou não com descargas elétricas, não poderia ter resultado naquelas marcas. “Para causar um estrago como aquele, o vento teria arrancado os pés do solo e a chuva não poderia se concentrar em pontos separados, onde estão os amassamentos”. Antunes também lembrou que o sentido em que os pés de cana se dobraram, dentro das áreas amassadas, está perpendicular a direção do rio, a não mais que 100 m de distância, e que descargas el&
eacute;tricas teriam deixado sinais de queimadas na plantação ou algum tipo de resíduo, e nada foi encontrado.

crédito: Fotos cortesia TV Tem

O geógrafo Antunes [Esquerda] explica que o amassamento do canavial não pode ter sido produzido por ventos, e o engenheiro Luca informa que um trator agrícola também não poderia ter causado tal efeito

O geógrafo Antunes [Esquerda] explica que o amassamento do canavial não pode ter sido produzido por ventos, e o engenheiro Luca informa que um trator agrícola também não poderia ter causado tal efeito

Sem indícios da ação humana — O engenheiro agrônomo Carlos de Luca também excluiu a hipótese de ação humana na produção das marcas. Ele afirmou que máquinas agrícolas comumente usadas nas plantações não causariam aquele efeito no canavial, além do que, não há marcas de pneus ou outras. “O mais intrigante é que os pés de cana estão dobrados. Eles não foram quebrados nem esmagados contra o solo”, disse de Luca. Isso também foi constatado pela Equipe UFO e outros estudiosos, aumentando o grau de estranheza do fenômeno e dando uma coloração cada vez mais ufológica a ele.

O engenheiro agrônomo ainda foi mais taxativo ao excluir a ação de máquinas agrícolas na produção do amassamento, especulação aventada por alguns céticos: “Dificilmente uma máquina faria aquele tipo de estrago, porque sua rodagem, especialmente se tivesse arrastando um pau ou alguma coisa para amassar a cana, deixaria uma marca mais profunda. E ali vemos as plantas deitadas naturalmente”. Os ufólogos Gener Silva e Jorge Nery concordam. “Quem circundar o canavial vai observar que não existe nada de incomum e que a cana ao redor da área amassada está em pé, intacta”, disse Nery. “Hipóteses da ação de rajadas súbitas de vento jamais produziriam aquele resultado”, declarou Gener.

O único estudioso a atribuir uma causa natural ao amassamento do canavial foi o meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), de São José dos Campos, José Carlos Figueiredo. Ele acredita que um tornado tenha atingido a plantação de cana-de-açúcar ao lado da Pousada Piapara e danificado as plantas. “Esse fato é comum em São Paulo e já foram registradas situações semelhantes nas cidades de Agudos e Palmital”, afirmou Figueiredo. No entanto, o meteorologista foi questionado por alguns de seus colegas, que alegam que tornados, por se caracterizarem por movimentos circulares e intensos de vento, teriam deixado os pés de cana deitados numa formação espiralada, o que não se verificou em Riolândia, onde estão todos derrubados num único sentido – justamente aquele que Silva percebeu que o UFO observado vazia, de dentro para fora da colheita.

crédito: Fotos Arquivo UFO

Parte da plantação de cana amassada, mas já em recuperação uma semana após o ocorrido. No detalhe, alguns pés da planta apresentam escurecimento na polpa, identificado como envelhecimento precoce

Parte da plantação de cana amassada, mas já em recuperação uma semana após o ocorrido.

Como se sabe, tornados se originam de nuvens com grande carga de energia e alta velocidade, que giram em círculo e formam um funil ao tocar o solo. Diferente dos furacões, os tornados atingem pequenas regiões e são de baixa altitude, por isso podem não ser notados. No momento em que as testemunhas Silva e Ambrizzi ouviram o barulho e foram ver do que se tratava, não havia vento, apenas uma garoa ininterrupta, que caiu sobre o local durante aquele fim de semana. Figueiredo voltou atrás e retificou parte de suas afirmações. “Apenas uma análise mais detalhada do local pode nos dar a certeza da ação de um tornado”.

Sinceridade das testemunhas — Estamos diante de um caso inusitado e certamente de origem extraordinária. Foram os altos sons de plantas sendo amassadas e quebradas que chamaram a atenção das testemunhas, que acabaram por ver algo estranho no céu. Não fossem a observação de um objeto voador não identificado feita por Maurício Pereira da Silva, o proprietário, e a de luzes não identificadas feita por Durval Ambrizzi Júnior, o hóspede em seu trailer, o caso jamais teria tomado a forma que tomou. Mas, como era de se esperar, o ceticismo em torno da ocorrência surgiu logo após à divulgação do trabalho dos ufólogos pela imprensa. E a reação mais precipitada que os defensores de uma explicação natural – custe o que custar – deram para o Caso Riolândia foi a insinuação de que o proprietário da Pousada Piapara teria feito o amassamento propositalmente para atrair turistas para seu negócio. Um site chegou a sugerir que Silva foi inspirado no filme Sinais, exibido pela Rede Globo dias antes do acontecimento. A alegação não se sustenta minimamente, porque são várias as áreas amassadas, numa vasta extensão de terra. Se fosse fraude, Silva, mesmo com a ajuda de Ambrizzi – na suposição de que estejam mancomunados –, teria que produzir o amassamento daquela vasta área fechada de plantação de cana em menos de três horas de uma noite chuvosa, e sem deixar qualquer sinal de sua ação.

crédito: Arquivo UFO

Os ufólogos Gener Silva, consultor da Revista UFO [Esquerda] e Jorge Nery, especialista em telecomunicações, estiveram no local e descartaram a possibilidade de se tratar de fraude ou causas naturais

Os ufólogos Gener Silva, consultor da Revista UFO [Esquerda] e Jorge Nery, especialista em telecomunicações, estiveram no local e descartaram a possibilidade de se tratar de fraude ou causas naturais

Ora, certamente este teria sido um grande feito, porque o trabalho seria hercúleo e nenhuma planta foi quebrada ou esmagada no processo, apenas dobrada. Isso sem contar que não ficou demonstrada, por parte das testemunhas, qualquer tentativa de se tirar vantagem da repercussão que o fato atingiu.As inúmeras reportagens veiculadas sobre o caso não mencionaram o nome da pousada, ou, se o fizeram, não indicaram dados concretos sobre sua localização. Silva absolutamente nada lucrou nem espera lucrar com o fato. Inclusive, informou à Revista UFO que já perdeu hóspedes com a divulgação do episódio, que cancelaram reservas por medo de pernoitarem na área.

Sem entrar em contradição — Este editor, os ufólogos Gener Silva e Jorge Nery, além de muitos dos visitantes ao
local, reuniram elementos que atestam a idoneidade e sinceridade das testemunhas, que, entrevistadas à exaustão, não caíram em contradição. Interrogadas separadamente, tiveram seus depoimentos mutuamente corroborados em detalhes, à exceção de um ponto: Ambrizzi viu luzes esbranquiçadas no céu, enquanto Silva viu luzes emanando do UFO, porém amareladas. E há ainda um fator corroborador para a legitimidade do caso, um conjunto de outros depoimentos prestados por moradores da região, que dão conta de que objetos não identificados – principalmente sondas ufológicas – foram observados em algumas ocasiões logo antes e após o Caso Riolândia.

crédito: Arquivo UFO

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Diversas testemunhas foram entrevistadas pela Revista UFO, que colheu grande quantidade de material no local para publicação em suas próximas edições. Uma delas é Sivaldo Daniel Pereira, 38 anos, técnico de segurança do trabalho na vizinha Valentim Gentil e proprietário de um sítio na área rural da cidade Nhandeara. Pereira descreveu aos ufólogos da Equipe UFO inúmeros episódios em que testemunhou a ação de UFOs de vários formatos e tamanhos. Respeitado na região, de profissão estabelecida e negócios sólidos, ele descreveu como já esteve frente a frente de sondas coloridas, que parecem ser uma constante na área. Além dele, o técnico em eletricidade Cristian Dionísio de Oliveira, 27 anos, e vários outros moradores de toda aquela vasta área do noroeste de São Paulo e sudoeste de Minas Gerais dão conta de que aquele é um ponto ufologicamente privilegiado do Brasil, uma das regiões que o fizeram ser mundialmente conhecido como “celeiro de UFOs”.

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Ademar José Gevaerd (Maringá, 19 de março de 1962 – Curitiba, 9 de dezembro de 2022) foi um ufólogo brasileiro, editor da Revista UFO, publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), entidade do qual também foi fundador e presidente. Também é director brasileiro da Mutual UFO Network (MUFON). Ele representou o Brasil no Center for UFO Studies e foi diretor para a América Latina do Annual International UFO Congress. Esteve em diversas redes brasileiras de TV, além do Discovery Channel, National Geographic Channel e no History Channel, tendo discursado em muitas cidades do Brasil e em outros 50 países, além de ter realizado mais de 700 investigações de campo dos casos de Ovnis no Brasil. Era considerado um dos maiores ufólogos do mundo, uma das personalidades máximas do Brasil nesse assunto, membro de várias associações internacionais de ufologia. Considerado um dos mais respeitados ufólogos, é conhecido por seu empenho em tentar amparar todo fenômeno ufológico com o maior número possível de provas e testes. Ainda na década de 1980, foi convidado pelo Dr. J. Allen Hynek para representar no Brasil o Center for UFO Studies (CUFOS). Gevaerd sofreu uma queda em casa, no dia 30 de novembro de 2022, vindo a morrer no dia 9 de dezembro de 2022 no Hospital Pilar em Curitiba.