Novamente, somos levados por uma onda de notícias de novos ataques, absolutamente gratuitos e cheios de rancor, dos assim chamados “céticos”. O ceticismo, primeiro que tudo, não é uma coisa ruim. Uma pessoa que usa de ceticismo com sabedoria é alguém que sabe pensar, que analisa as informações que recebe para formar seu juízo a respeito destas. Bagagem científica e cultural para tanto com absoluta certeza é fundamental. E, surpreendentemente, é espantoso constatar que nas assim chamadas “comunidades céticas”, distribuídas nos diversos fóruns da internet, verdadeiros absurdos são publicados. Este consultor da Revista UFO, por exemplo, testemunhou o caso de uma senhora que escreveu numa dessas tais “comunidades céticas” que: “os elementos necessários para a existência de vida só existem na Terra, e não em qualquer outro local do universo”. E, por incrível que pareça, absolutamente ninguém corrigiu tamanho erro! Essa senhora demonstrou que não tem absolutamente nenhum preparo ou cultura científica e, portanto, jamais poderia ser classificada como “cética”. Pois se ela recebesse informes não de uma fonte qualquer, mas da própria NASA, saberia que suas sondas estão atualmente explorando o planeta Marte, e não apenas encontraram provas de que esse mundo vizinho já foi coberto por lagos, rios e oceanos como foi “experimentada” dessa água e comprovada sua existência.
Água. Substância absolutamente essencial para a vida na Terra como a conhecemos. E lembrando que metano, que os cientistas descrevem como tendo papel essencial no surgimento de vida na Terra, foi igualmente detectado em Marte por uma sonda da Agência Espacial Européia (ESA). E essa senhora que nada tem de cética, pois como dissemos, uma pessoa necessita de bagagem para proclamar-se assim, também demonstrou desconhecer absolutamente a realidade de que nossos radiotelescópios já detectaram até mesmo aminoácidos nas nuvens interestelares de nossa galáxia, a Via Láctea! Os mesmos aminoácidos que foram igualmente detectados em alguns meteoritos descobertos nos quatro cantos da Terra. Ou seja, os elementos da vida, conforme conhecemos na Terra, água, carbono, oxigênio, nitrogênio e as moléculas que suas infinitas combinações formam, existem sim, fora da Terra. De fato, a constatação mais espantosa das últimas descobertas científicas parece ser que a vida lá fora, quando a encontrarmos, talvez não seja assim tão distinta da nossa própria. Assusta verificar que por trás de alguns que se apresentam como “céticos”, chega uma bagagem de absoluto despreparo para lidar com essas questões como mostra o caso exposto. Isto posto, passemos a atitude de certos “céticos” que atacam implacavelmente a Revista UFO e sua Equipe, incansável em todo e qualquer fórum online que, no entender desses indivíduos que seguramente possuem muito tempo livre, a fim de freqüentar fóruns, listas de discussão, Orkut e outros veículos digitais.
A este consultor, alguns aspectos desse ataque gratuito chamam particular a atenção. Primeiro, refutam absolutamente todo e qualquer artigo de maior impacto publicado na UFO. Antes de mais nada, gostaria de apresentar minha posição pessoal. Nunca afirmo que “acredito em discos voadores”. Essa é uma afirmação que se aproxima mais de crença religiosa do que método científico, que eu e outros colegas consideramos absolutamente essencial e necessário para se lidar com a questão ufológica. O que acredito é na possibilidade das evidências coletadas ao longo de mais de 60 anos de pesquisa parecerem indicar que estamos sendo visitados por representantes de diversas culturas ou civilizações extraterrestres. Entre essas evidências, seguramente as mais contundentes são depoimentos, documentos e informações advindas de observações de pilotos de aeronaves civis e militares. Até onde vai a falácia desses “céticos” nada “abertos”. Eles jamais questionaram, por um instante que fosse a veracidade dos documentos que corajosos membros de nossa elite militar “vazaram” para a Revista UFO, documentos estes que estão disponíveis para download por qualquer pessoa no Portal UFO. Seria medo de confrontar o meio militar brasileiro, cujo profissionalismo, tradição e honra jamais podem ser questionados e representados por indivíduos da envergadura de um coronel, como Antônio Celente ou o brigadeiro José Carlos Pereira? Ah, com certeza “brigar” com “simples ufólogos” é uma coisa! Mas brigar com o meio militar brasileiro… Esses “céticos” podem na maioria absoluta das vezes carecer de preparo e bagagem científica, mas também são espertos.
A mais recente polêmica veio com a publicação da matéria sobre o suposto planeta Nibiru. Acredito que seria surpreendente para essa gente constatar que nem tudo que é publicado na UFO é unanimidade entre sua equipe. Este próprio consultor tem algumas reservas quanto ao que foi ali publicado, como teve, e manifestou publicamente, diante da famosa entrevista de Jan Val Ellan. Mas essas diferenças são tratadas de forma absolutamente democrática dentro da Equipe UFO como normais e salutares. Possuir entre seus membros diferentes pontos de vista apenas enriquece não apenas a equipe, como a própria Revista UFO. Pensamento monolítico, fixo e nada “aberto” ao contraditório pelo contrário, é o que se vê nas hostes do chamado “ceticismo”, advogado por esses indivíduos com pleno tempo de mover sua “guerrinha” pelas “trincheiras” dos inúmeros fóruns online. Há pouco tempo, participando de um debate, este consultor testemunhou um representante desse movimento afirmar que o conhecido e absolutamente recomendável livro O Mundo Assombrado Pelos Demônios, de autoria do saudoso astrônomo e divulgador científico Carl Sagan, é a “Bíblia” desse movimento. Eis, então, a verdade a respeito do assim chamado “movimento cético”.
Ao contrário da Equipe UFO, movida e abrilhantada por suas diferenças, o “ceticismo”, na forma distorcida praticada por tais indivíduos está pura e simplesmente se tornando uma nova forma de religião!Ao contrário da própria Equipe UFO que eles tanto combatem, o “ceticismo” que advogam não admite em nenhuma hipótese o debate de diferentes idéias, o contraditório, nem a menor sombra de discordância. É movido de forma muito próxima a dogmática no intuito de “converter” novos adeptos e praticantes. Há bem pouco tempo, novamente querendo levar sua “guerrinha” a uma nova “trincheira”, um conhecido defensor dessa forma distorcida de “ceticismo” infiltrou-se em uma comunidade dedicada a ficção científica freqüentada por este autor em um dos fóruns já mencionados. Seu alvo era o então Instituto Carl Sagan, rebatizado como Instituto Galileo Galilei de Pesquisas Avançadas sobre Vida Extraterrestre (IGG). De
antemão já digo que pessoalmente fui contra a mudança de nome, mas a acatei, pois nosso meio, o da Ufologia séria brasileira, é livre e democrático, ao contrário do auto-intitulado “ceticismo”. Felizmente, os membros da mencionada comunidade não entraram na estéril polêmica e o processo todo teve o mérito de cunhar uma expressão absolutamente perfeita para caracterizar com absoluta clareza os adeptos de tal movimento: os fanáticos da não crença! Tristemente, esses fanáticos da não crença contribuem para o prosseguimento da velha tradição autoritária brasileira. Como demonstrou recente pesquisa, é fato incontestável que quanto menor o grau de instrução de uma pessoa mais esta se mostrará propensa a defender a censura, aceitar a corrupção nos representantes eleitos do povo e a fazer pouco caso das conhecidas mazelas nacionais que continuam a se perpetuar. Essas pessoas pouco esclarecidas concordam que uma crítica publicada em qualquer veículo de imprensa contra o governante de plantão deve ser combatida e até censurada. E igualmente, manifestando seu desejo de calar o debate e estabelecer uma forma monolítica de pensamento, talvez até advogando a censura, os fanáticos da não crença não admitem qualquer contraditório a suas posições.
Um desses representantes, no seu afã de negar e continuar negando a possibilidade de visitas alienígenas declarou alguns anos atrás, a conhecida revista de divulgação científica, que as testemunhas do Caso Varginha poderiam “ter tido uma visão demoníaca”. Ou seja, ele admite a existência de criaturas demoníacas, mas não de alienígenas! Com certeza, não é esse o verdadeiro e salutar ceticismo tão necessário a pesquisa. Quando este consultor lembrou-lhe desse fato, no debate que ocorreu na mencionada comunidade de ficção científica, o advogado do “ceticismo” afirmou que “o jornalista havia deturpado sua declaração”. Ou seja, novamente uma comprovação da mentalidade absolutamente autoritária desse movimento bem coerente com o momento político vivido pelo país, em que ninguém nunca “sabe de nada” e que “foi interpretado de forma equivocada” em uma “campanha movida pela imprensa”. Culpe a imprensa! Talvez por isso, aliás, esse senhor nem sequer assina seu próprio nome nos artigos e declarações que com tanto afinco publica nos diversos fóruns da internet. Outro dos espantosos aspectos é que esses fanáticos da não crença nunca se cansam de criticar a Revista UFO e seus colaboradores, mas nunca ergueram o tom de voz para denunciar conhecidos “espertalhões”, auto-intitulados “gurus” e outros exploradores da ingenuidade popular. Muitos destes, aliás, denunciados pela própria UFO! Mas pelo contrário, os fanáticos da não crença ainda contam entre suas fileiras, a auxiliá-los com elementos que já chegaram a fazer parte da Equipe UFO. Freqüentam seus fóruns e listas de discussão onde suas manifestações são prontamente publicadas, mas onde o direito de resposta de membros da Equipe UFO é vetado. Pergunto isso é um comportamento democrático e “aberto”? É o comportamento de alguém que possua alguma credibilidade para até denunciar a revista UFO?
Finalizando, é a modesta pretensão deste artigo expor as diferenças entre a atuação da Equipe UFO e o do assim chamado “movimento cético”. Este consultor, como ufólogo em formação, sem querer se comparar com os grandes que fizeram a história da pesquisa ufológica brasileira, não pretende “converter” ninguém à Ufologia. O mesmo acontece, tenho absoluta certeza, com o restante da Equipe UFO e os ufólogos sérios e simpatizantes deste país. O que queremos é expor as evidências, os fatos, e todo o conhecimento científico necessário para lidar com a questão ufológica, que vem a ser uma atividade transdisciplinar. Expostos essa soma de informações que cada pessoa faça seu próprio juízo. Os adeptos do chamado “movimento cético”, pelo contrário, revelados como fanáticos da não crença, não admitem o contraditório e têm clara e indiscutivelmente um comportamento autoritário, desejam “converter” tantos quantos forem possíveis a seu sistema de “não-crença”, objetivando que todos pensem, ou não pensem, exatamente da forma como esses indivíduos fazem. Deturpam o verdadeiro ceticismo, tão absolutamente necessário para, entre outras coisas, denunciarmos os “espertalhões” já mencionados em nome de sua sanha de combater a Revista UFO. A pergunta que farei agora deixarei para cada um que estiver lendo estas linhas responder por si, conhecendo os fatos expostos: Qual o interesse desses indivíduos, de literalmente impedir que as pessoas pensem e decidam por si próprias? Apossando-me de recente manifestação do já mencionado coronel Antônio Celente, a quem muito me honra chamar de colega dentro da Equipe UFO, deixo-os com uma frase para pensar: “Não existe maior acobertamento do que deixar um povo sem pensar”.
Conheça a obra deste autor, Renato A. Azevedo: De Roswell a Varginha