A cidade do Guarujá foi palco de uma série de matérias sobre casos ufológicos ocorridos no litoral paulista. O especial foi gravado em 1999 por uma equipe do canal Infinito [Que exibe 24 horas por dia programas sobre paranormalidade, esoterismo, Ufologia e outros temas considerados inexplicados], da Argentina, e transmitido para cerca de 8 milhões de telespectadores em pelo menos quatro países – Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. A equipe contou com o apoio do Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS) e do ufólogo e amigo Aldo Novak, na época presidente do Fã-Clube Arquivo X em nosso país.
Foram três dias, de 06 a 08 de novembro, colhendo dados e gravando depoimentos de testemunhas de UFOs na região. Mas o caso que mais chamou à atenção dos argentinos foi uma filmagem feita por Mário dos Santos Filho, morador do bairro Santa Rosa. Em 1996, em um dia que não soube precisar, por volta das 21h00, ele documentou um estranho objeto voador no céu do quintal. Segundo Santos Filho, exatamente três minutos após o desaparecimento do UFO um helicóptero da Base Aérea de Santos chegou ao local e, com um potente holofote, vasculhou toda a região, o que foi registrado pela filmadora da testemunha. Como não encontraram nada de anormal, os militares retornaram à base instantes depois.
Por ocasião da filmagem da equipe do canal Infinito, o ufólogo Aldo Novak telefonou para a Base Aérea e conversou com um tenente, que não se identificou: “Meu nome é Aldo, estou com uma equipe de TV fazendo uma matéria sobre Ufologia e estamos com uma filmagem em que aparece um helicóptero de vocês no local onde foi filmado um UFO. Gostaria que vissem a filmagem e nos dessem um parecer”. Em seguida, o militar respondeu: “Podem até vir à base, mas já vou avisando que dificilmente meu comandante se pronunciará a respeito. Uma vez eu também vi um UFO e, ao retornar à base, relatei o ocorrido ao meu superior. Ele me disse que eu não havia visto nada e, diante da minha insistência, se irritou, mas continuou dizendo que eu havia me enganado. Quando enfim eu concordei com ele, meu superior me disse ‘então muito bem, assim é bem melhor’ ”.
Após essa interessante conversa por telefone, seguimos até a Base Aérea, localizada no distrito de Vicente de Carvalho, mas como já era esperado, fomos barrados na guarita. Esperamos cerca de 30 minutos até recebermos um bilhete nos autorizando somente a fazer imagens externas. Dizia ainda que nem o comandante nem qualquer outro militar poderiam gravar entrevista sobre o assunto. E caso insistíssemos em um posicionamento por parte deles, deveríamos procurar diretamente o comando geral da Força Aérea, em Brasília. Na época, cheguei a mostrar a filmagem para um colega militar. Para ele, a primeira luz filmada também se tratava de um helicóptero. Ou seja, ambos estariam indo para a Base Aérea naquela noite. No entanto, diferentemente do helicóptero, aquela luz não emitia qualquer tipo de som, como foi registrado pela câmera. Além disso, o helicóptero possuía luzes de navegação piscando, ao contrário da estranha luz. Depois que a equipe da TV gravou o nosso depoimento no local, fomos até a residência do Santos Filho. Ele e sua esposa, que também testemunhou a aparição do objeto, foram entrevistados. Satisfeitos com os resultados obtidos, os integrantes da equipe argentina retornaram ao país de origem, com a intenção de voltar posteriormente ao litoral paulista para novos documentários.