Com a confirmação, poderá ser possível prever a evolução de sistemas de buracos negros gigantescos a partir das mudanças mais rápidas dos menores
Pesquisa realizada por astrônomos britânicos mostra que buracos negros de todos os tamanhos funcionam do mesmo jeito, e que os buracos negros supermassivos não passam de versões, em escala ampliada, de seus primos menores. O trabalho está publicado na edição desta semana da revista Nature.
Há anos que astrônomos tentam entender as semelhanças entre os chamados buracos negros galácticos, que têm massa comparável à de estrelas, e os buracos negros supermassivos, que tomam parte em núcleos galácticos ativos (NGA).
Se a única diferença for a escala de massa, pode ser possível prever o comportamento de NGAs, ao longo extensos períodos, estudando-se os sistemas menores, que evoluem mais rapidamente.
A pesquisa atual, liderada por Ian McHardy, usou dados colhidos por observatórios de raios-X, como o Rossi X-ray Timing Explorer e o XMM Newton. “Estudando como a emissão de raios-X varia entre os sistemas de buracos negros, descobrimos que a acresção, ou processo de ´alimentação´, quando o buraco negro atrai material da vizinhança, é o mesmo em buracos negros de todos os tamanhos”, disse Hardy. “Os NGAs não passam de buracos negros galácticos em escala maior”.