O pesquisador João Marcelo Marques Rios publicou hoje um longo texto em seu blog que faz uma espécie de resumo dos pontos mais importantes da pesquisa que ele, Marco Aurélio Leal e Giordano Mazutti têm feito desde 1996.
Em janeiro de 2021 o Caso Varginha, um dos mais importantes casos ufológicos do Brasil, e que talvez seja o mais conhecido do público em geral, faz 25 anos.
Para quem não se lembra, o caso começou quando três meninas, duas delas irmãs, disseram ter visto uma criatura estranha, de pele marrom oleosa, olhos vermelhos e protuberâncias na cabeça acuada em um terreno baldio, em Varginha, em Minas Gerais.
A criatura ou criaturas, pois seriam pelo menos duas, teriam sido perseguidas e capturadas pelo Corpo de Bombeiros e entregues ao Exército Brasileiro, que tem uma escola de sargentos na cidade vizinha de Três Corações. De lá, teriam sido enviadas para laboratórios secretos no subsolo da Unicamp, em Campinas.
De Campinas, os corpos dos seres teriam sido enviados, algum tempo depois, para os Estados Unidos, onde permanecem até hoje.
A partir disso, o ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues, que até hoje reside em Varginha começou a pesquisar o caso juntamente com o ufólogo Victorio Pacaccini, mas logo vários outros pesquisadores do país todo se juntaram a eles.
A movimentação chamou a atenção da imprensa e o “Caso do ET de Varginha” virou uma febre em todo o Brasil, com notícias constantes na TV e nos jornais. Hoje, olhando para tudo o que aconteceu, vemos que Varginha foi mais do que um caso, foi um evento.
Mas, afinal, havia mesmo extraterrestres e eles foram capturados e depois despachados para os Estados Unidos?
Muitas perguntas, poucas respostas
João Marcelo Marques Rios (esquerda) e Marco Aurélio Leal no local do
avistamento das criaturas. Crédito: GEPUS
Como acontece com a maioria dos casos ufológicos, o Caso Varginha acumula mais perguntas do que respostas, mas algumas coisas já foram elucidadas.
De acordo com o conselheiro especial da Revista UFO João Marcelo Marques Rios, que publicou hoje em seu blog um longo texto sobre o assunto, “muitas informações que circularam à época e algumas que ainda circulam não procedem”.
Ele também destaca que em sua opinião e na opinião de Mazutti “o Caso Varginha será sempre inconclusivo como muito bem definiu seu descobridor em 2001″. Bem, isso não é uma novidade, a maioria dos casos ufológicos se enquadra nessa definição, infelizmente.
Rios completa dizendo que “jamais conseguiremos provar que houve presença ou captura de criaturas estranhas em Varginha somente com testemunhos”. Novamente, isso também é uma constante na Ufologia, uma vez que as provas, se existem, nunca estão disponíveis para os pesquisadores.
Já para o ufólogo e consultor da UFO Marco Aurélio Leal, companheiro de pesquisa de Rios e Mazutti, “o caso é verdadeiro, embora de difícil acesso às provas”.
Pontos de destaque
Professor doutor Konradin Metze Crédito: João Marcelo Marques Rios
Essa nova pesquisa do caso já envolveu até agora milhares de quilômetros percorridos em todos o país, centenas de horas de gravações e entrevistas e milhares de reais em custo, que são bancados pelos próprios pesquisadores. Mas o que eles descobriram?
“Nós temos dois depoimentos principais, que eu considero como sendo os pontos altos de nossa pesquisa até agora”, diz Rios. “Um aponta para a veracidade da captura de algo em Varginha, o outro diz que nada aconteceu”.
Ele está falando sobre o depoimento de duas testemunhas importantíssimas: uma é o médico Konradin Metze que supostamente teria autopsiado uma das criaturas. Outra um militar cujo nome não é divulgado que, “alega que estava podando árvores juntamente com o soldado Santos, já falecido, e o soldado Nivaldo”
Segundo seu testemunho, ele recebeu uma mensagem via rádio para verificar a ocorrência e nos disse: “Procuramos… encontramos” e, depois, ele se corrige e diz: “Procuramos, não achamos nada e continuamos a podar das árvores”.
Na opinião de Rios, é incrível que “ninguém tenha comentado sobre a entrevista que fizemos com o médico, o professor doutor Konradin Metze, que teria autopsiado a criatura junto com Badan Palhares”.
O mistério do Caso Varginha continua, assim como continuam as pesquisas. Ufologia não é crença, é estudo e não se deve “acreditar nas testemunhas”, mas entrevistá-las e depois buscar fatos e outras testemunhas que corroborem ou não aquilo que foi dito. Dá trabalho e leva tempo, mas vale a pena.
Para ler o artigo publicado por Rios em seu blog, por favor clique aqui.
Assista, abaixo, o video da entrevista com o doutor Konradin Metze: