Em julho de 1980, o senhor Severino Soares da Silva, morador do Sítio Cachoeira, município de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, estava trabalhando na construção da barragem do senhor Manoel Venâncio, localizado a aproximadamente 15 km da cidade, no Sítio Quinquê, na “aba” da serra. Por volta das 22h00, Silva acabou o serviço e resolveu voltar para casa. Os amigos o chamaram e pediram para que não fosse, que esperasse o amanhecer, pois o carro do sítio iria pegá-los. Como havia se casado recentemente, preferiu dormir em casa ao lado de sua esposa. Pegou a mochila, a rede e saiu estrada afora. Quando chegou ao asfalto que dá acesso a Currais Novos já eram 22h40. Pensou que iria chegar em casa por volta de uma hora da manhã, pois estava a pé. “Eu ia subindo a ladeira devagar pensando, ‘há se eu pegasse uma carona até a rua\’. Quando tava na subida da serra, já pra descer a ladeira, avistei aquele clarão e pensei… aquilo é um carro que tá parado naquele local, agora pego uma carona! Quando cheguei lá em cima rapaz, ví aquela luminosidade! Era tudo claro e quando olhei para o lado e avistei aquele aparelho grande, do tamanho de um balão grande, era aquele mundão. Fiquei observando e pensei: oxênte, não é um helicóptero porque não tem hélice em cima, também não é avião porque não tem asa”.
Nesse momento, Silva observou um detalhe que poucas pessoas relatam em suas experiências. Havia duas pessoas próximas ao “aparelho”. Os dois usavam “umas vestes”, capacetes redondos como uns tapas ouvidos e mediam cerca de 1,20 m. Um deles estava de cócoras e parecia estar consertando a nave, pois aparentava está com algum defeito, enquanto o outro indivíduo estava em pé, de frente para o objeto, observando o companheiro trabalhar e olhando pra dentro do aparelho. A nave, segundo Silva, tinha aproximadamente cinco metros de largura, emitia uma luz branca muito forte, possuía uma porta que estava aberta e mais duas janelas. De acordo com a testemunha, ele ficou observando o objeto e seus tripulantes por cerca de 20 minutos.
“Eu imaginei que fosse algum fazendeiro fazendo alguma pesquisa com minério, porque aquela serra é ‘rica\’, aí eu vi que não era negócio daqui e sai de fininho. Descí ladeira abaixo, quando cheguei na estrada da mina, que olhei pra trás, o aparelho ia subindo, já com a cor amarela, subiu, subiu… ai lá vem de lá pra cá, lá vem, lá vem!, daí eu pensei: ‘esse negócio vem pra cá!\’. Eu arrochei o pé, corria de um lado para outro olhando para trás, o aparelho voava a cerca de cinco metros do solo, foi quando eu passei por baixo de uns fios de alta tensão, ai a nave voou mais alto para não bater nos fios. Minha sorte foi a casa de Antônio Mulatin, lá, havia três cachorros que eram umas \’feras\’. Quando cheguei, entrei e fiquei em baixo do alpendre, os cachorros não fizeram nada comigo, ficaram todos abismados com a claridade do aparelho e passava de branco para o amarelo. Do alpendre, eu ví que o aparelho quando chegou a uma certa altura, voltou para o local de onde estava pousado, mas não pousou, passou direto na direção de Santana do Matos, daí eu só enxergava o foguinho clareando, o objeto não fazia nenhum barulho, apenas um vento forte. Isso já era mais ou menos 23h00”. Silva finalizou afirmando que passou a semana do ocorrido com o pescoço “aleijado” de tanto correr e olhar para trás.