
Durante a noite de 20 e a madrugada de 21de fevereiro de 1954, quando em férias na cidade de Palm Springs, no estado da Califórnia, o presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower desapareceu dos olhos do público e da imprensa. Ele teria, supostamente, sido levado à Base Aérea de Edwards para uma reunião secreta. Quando Eisenhower reapareceu na manhã seguinte em uma igreja em Los Angeles, os repórteres foram informados de que na noite anterior o presidente tivera um problema dentário e precisara submeter-se a um tratamento de emergência.
Esse período de ausência de Eisenhower alimentou rumores de que estariam usando a suposta visita ao dentista como acobertamento para um evento extraordinário. Seria o mais significativo compromisso que o dirigente de qualquer país poderia realizar: uma reunião oficial com extraterrestres. Tal encontro teria dado início a uma série de reuniões com diferentes espécies alienígenas, que levaram a um tratado assinado. Esse surpreendente evento, caso seja real, completou seu 60º aniversário em fevereiro de 2014.
Evidências e fatos
O presente artigo busca explorar as evidências de tais alegações e as motivações das diferentes raças extraterrestres envolvidas nas discussões dos supostos tratados. O texto vai, ainda, analisar por que esses fatos foram mantidos em segredo por tanto tempo, o significado do 60º aniversário do encontro de Eisenhower e se a divulgação oficial da existência de outras formas de vida inteligente é provável em um futuro próximo. Há provas circunstanciais e testemunhais que apoiam a veracidade da reunião de Eisenhower com extraterrestres. A mais intrigante diz respeito às circunstâncias que cercam a viagem do presidente a Palm Springs entre os dias 17 e 24 de fevereiro de 1954. Em primeiro lugar, suas férias foram anunciadas de repente e vieram menos de uma semana após o presidente já ter saído para participar, no estado da Geórgia, de um período de caça a codornas. De acordo com o ufólogo William Moore [Veja box], tal procedimento era bastante incomum e poderia sugerir que haveria alguma coisa a mais na visita à Califórnia do que um simples descanso.
Em segundo lugar, na noite do sábado, 20 de fevereiro, o presidente realmente desapareceu, alimentando especulações de que estaria doente ou até mesmo que havia morrido. Em uma conferência de imprensa convocada às pressas, o porta-voz da Presidência anunciou que Eisenhower havia perdido uma obturação ao comer frango frito e que, portanto, teve que ser levado com urgência a um consultório local. Um homem foi apresentado na cerimônia oficial do domingo, 21 de fevereiro, como sendo o suposto dentista que havia tratado o presidente. A investigação de Moore sobre o incidente concluiu que a visita ao profissional estava sendo usada como acobertamento para o verdadeiro paradeiro de Eisenhower.
As horas de ausência do mandatário poderiam facilmente ter sido usadas para seu deslocamento até a Base Aérea de Muroc, mais tarde batizada de Base Aérea de Edwards, no sul da Califórnia. A natureza não programada das férias presidenciais, em conjunto com sua providencial dor de dente, fornecem evidências circunstanciais de que o verdadeiro propósito de sua estada em Palm Springs era participar de um evento cuja importância era tal que não poderia ser divulgada ao público — um encontro com extraterrestres pode, muito bem, ter sido o verdadeiro propósito da viagem.
A carta de Gerald Light
A primeira fonte conhecida a falar sobre o suposto encontro foi Gerald Light que, em uma carta datada de 16 de abril de 1954, endereçada a Meade Layne, na época diretor da Borderland Research Foundation (BRF), alegou ter feito parte de uma delegação de líderes de governo em uma reunião com extraterrestres na Base Aérea de Edwards. Em um artigo posterior, Layne descreveria Light como um “escritor talentoso e conferencista altamente educado”, hábil tanto na clarividência quanto em ocultismo.
À época, Light era um líder bem conhecido da comunidade metafísica no sul da Califórnia. Supostamente, a razão de sua presença a tal reunião, assim como de outros, seria testar a reação do público diante dos extraterrestres. Light descreveu as circunstâncias do encontro da seguinte forma: “Meus queridos amigos, acabo de voltar de Muroc. O relatório é verdadeiro, devastadoramente verdadeiro. Fiz a viagem em companhia de Franklin Allen, dos jornais Hearst, de Edwin Nourse, do Instituto Brookings, e do Bispo MacIntyre, de Los Angeles. Quando fomos autorizados a entrar na seção restrita, após cerca de seis horas em que fomos verificados em todos os itens possíveis, tive a nítida sensação de que o mundo havia chegado a algo extraordinário com fantástico realismo”.
Há provas circunstanciais e testemunhais que apoiam a veracidade da reunião de Eisenhower com ETs. A mais intrigante diz respeito às condições que cercam a viagem do presidente a Palm Springs entre os dias 17 e 24 de fevereiro de 1954
Sobre a reação dos convidados à chegada dos discos voadores, Light diz que “eu jamais havia visto tantos seres humanos em completo estado de colapso e confusão, conforme eles percebiam que seu próprio mundo tinha realmente mudado. A realidade das aeroformas, o ‘outro avião’, é agora, e para sempre, removida dos reinos da especulação e se constituiu em uma parte bastante dolorosa da consciência de cada grupo científico e político responsável”. Segundo Light, a visita furou dois dias e os extraterrestres levaram cinco tipos diferentes de aeronaves que seriam estudadas em conjunto com os oficiais da Força Aérea Norte-Americana (USAF). Sobre a reação do presidente, a carta diz que “é minha convicção que ele vai ignorar o conflito entre as várias autoridades e ir diretamente ao povo por meio do rádio e da televisão, se o impasse continuar por muito mais tempo. Pelo que pude reunir de informações, uma declaração oficial ao país está sendo preparada para ser entregue em meados de maio”.
Claro que tal anúncio formal jamais foi feito e o suposto encontro de Light ou foi o segredo mais bem guardado do século XX ou apenas a invenção de um místico idoso e excêntrico. A descrição do homem sobre o pânico e a confusão dos presentes, o impacto emocional do suposto pouso do disco voador, a tremenda diferença de opinião sobre o que dizer ao público e como responder aos visitantes extraterrestres é, porém, um conjunto de situações factíveis e que poderiam ter ocorrido. De fato, o impacto psicológico e emocional dos principais líderes da segurança nacional dos Estados Unidos descrito por Light é consistente com o que se poderia esperar “de um evento que mudaria vidas”, como ele o descreveu. Outra maneira de se determinar a veracidade das alegações é investigar as figuras por ele nomeadas como parte
da delegação e verificar se elas seriam candidatas plausíveis para tal reunião.
As testemunhas do contato
O doutor Edwin Nourse, falecido em 1974, citado como testemunha por Gerald Light, foi o primeiro presidente do Conselho de Assessores Econômicos do presidente Dwight Eisenhower e também assessor econômico do presidente Harry Truman. Nourse se aposentou oficialmente em 1953 e certamente teria sido uma boa escolha como alguém que pudesse dar conselhos confidenciais sobre o possível impacto econômico de um primeiro contato com seres extraterrestres, como se alega que ocorreu ali.
O cardeal James Francis MacIntyre, falecido em 1970, era o bispo e chefe da Igreja Católica em Los Angeles e teria sido um indicador importante sobre a possível reação dos líderes religiosos em geral — e em particular da instituição mais influente e poderosa do planeta, o Vaticano. Ele seria uma boa escolha como representante da Santa Sé, uma vez que havia sido nomeado, em 1952, o primeiro cardeal do oeste dos Estados Unidos pelo Papa Pio XII. Toda a correspondência do religioso está inacessível para os pesquisadores, e assim torna-se impossível confirmar o impacto que a suposta visita a Muroc teve sobre ele. O cardeal tinha posição e autoridade suficientes para representar a Igreja Católica e a comunidade religiosa em uma delegação de líderes civis.
O quarto membro da delegação teria sido Franklin Winthrop Allen, repórter que trabalhou para o Grupo Hearst de jornais. Allen tinha 80 anos, era autor de um livro instruindo jornalistas sobre como lidar com audiências do Congresso Norte-Americano e teria sido uma boa escolha como um membro da imprensa que pudesse manter a confidencialidade dos fatos. Os quatro dirigentes, representantes de comunidades religiosa, espiritual, econômica e de imprensa tinham tanto idade quanto status avançados. Certamente teriam sido escolhas plausíveis para fornecer aconselhamento confidencial em tais circunstâncias. Essa seleção teria constituído um grupo de notáveis que estaria inteiramente de acordo com a natureza conservadora da sociedade norte-americana, em 1954.
Embora Light possa muito bem ter fabricado essa lista de forma proposital, como Moore acredita, não há nada na escolha dos nomes que elimine a plausibilidade dessa delegação ter realmente sido montada para a alegada reunião. A seleção de um grupo de notáveis dessa natureza dá alguma credibilidade à afirmação do homem. Essas não foram, porém, as únicas testemunhas.
Informantes polêmicos
Há uma série de outras fontes que alegam que um encontro com extraterrestres de fato ocorreu na Base Aérea de Edwards. Essas fontes se baseiam em depoimentos de informantes que dizem ter tido acesso a documentos ou possuir contatos com pessoas que estariam na reunião. Tais testemunhos descrevem o que parecem ser dois conjuntos separados de encontros envolvendo diferentes grupos de extraterrestres que estiveram com o presidente Eisenhower e com funcionários de sua administração, durante um curto período de tempo.
O primeiro desses encontros, o verdadeiro e inédito contato oficial com outra espécie cósmica, não teria levado a um acordo. O segundo, por sua vez, firmou um entendimento e, aparentemente, tornou-se a base das interações secretas posteriores com algumas raças extraterrestres. Há uma discrepância sobre a sequência de reuniões e os locais onde aconteceram, mas todos concordam que um primeiro contato envolvendo o presidente Eisenhower tenha ocorrido e que uma dessas reuniões se deu em fevereiro 1954,
na referida Base Aérea de Edwards.
A primeira versão do encontro é descrita por um dos mais polêmicos informantes que já se apresentou publicamente para falar sobre a presença extraterrestre no planeta, Milton William Cooper, que atuou na equipe da inteligência naval para o Comando da Frota do Pacífico, entre 1970 e 1973, e teve acesso a documentos classificados como secretos que precisou rever a fim de cumprir os seus deveres militares. A seguir, veremos como Cooper descreve o contexto e a natureza do primeiro contato com os extraterrestres [Ele pode ser reconhecido pelos leitores como o personagem que emitiu um bombástico relatório sobre extraterrestres na Terra, publicado em nossa edição número 10, de julho de 1990].
Projetos Sigma e Platão
Segundo os relatos do informante, em 1953 astrônomos descobriram grandes objetos no espaço movendo-se em direção à Terra. A princípio julgaram serem asteroides, mas evidências posteriores teriam provado que os artefatos só poderiam ser naves espaciais. Uma operação secreta denominada Projeto Sigma interceptou as comunicações de rádio entre os tripulantes alienígenas daqueles objetos — e quando alcançaram nosso planeta, mantiveram-se em órbita elevada, com grandes naves circulando a linha do Equador.
Ainda segundo Cooper, o Projeto Sigma e um novo projeto, de nome Platão, por meio de comunicações em linguagem binária, produziram um destino para pouso das naves, que resultou no contato face a face com seres de outro planeta. A equipe do Projeto Platão foi encarregada de estabelecer relações diplomáticas com os alienígenas que orbitavam o planeta. Nesse meio tempo, outra raça entrou em contato com o governo dos Estados Unidos. Esses seres teriam nos advertido em relação aos primeiros e se oferecido para nos ajudar em nosso desenvolvimento espiritual, desde que destruíssemos nossas armas nucleares. Recusaram-se, porém, a nos fornecer qualquer tipo de tecnologia, pois acreditavam que nós a usaríamos para nos autodestruir.
Uma operação secreta denominada Projeto Sigma interceptou as comunicações de rádio entre os tripulantes alienígenas daqueles objetos. Quando alcançaram nosso planeta, mantiveram-se com grandes naves em órbita elevada ao redor do Equador
Esses termos foram recebidos com extrema desconfiança, especialmente o principal deles, o do desarmamento nuclear — afinal, estávamos no final da Segunda Grande Guerra e em plena Guerra Fria. Acreditava-se que o cumprimento dessa condição deixaria os Estados Unidos impotentes em face de uma óbvia ameaça alienígena. O desarmamento nuclear não foi considerado como sendo do melhor interesse do país e o acordo foi rejeitado. Um ponto importante na versão de Cooper é que os seres extraterrestres daquele encontro, do tipo nórdico, não estariam dispostos a nos fornecer tecnologia que pudesse ajudar o desenvolvimento de armas, mas em nos ajudar a evoluir espiritualmente.
O primeiro contato
A confirmação das alegações de Cooper vem do filho de um ex-comandante da Marinha norte-americano, que afirmou que seu pai esteve presente ao primeiro contato, em fevereiro de 1954. O sargento Charles Suggs Júnior fez seu relato durante uma entrevista concedida a um proeminente ufólogo em 1991. Segundo suas declarações, seu pai, o almirante da Marinha Charles Suggs, o presidente Eisenhower e outras pessoas se encontraram e falaram com dois extraterrestres de tipo nórdico que tinham cabelos brancos, pálidos olhos azuis e lábios incolores. O porta-voz permaneceu a alguns metros do presidente e não deixou que ele se aproximasse. Um segundo nórdico teria ficado na rampa estendida de um disco voador que estava parado na pista de pouso sobre um tripé. De acordo com Suggs, havia aviões B-58 na base, embora o primeiro deles só fosse lançado oficialmente em 1956. Os visitantes teriam dito que vinham de outro sistema estelar e fizeram perguntas detalhadas sobre nossos testes nucleares.
Outro informante que confirmou o primeiro contato e a rejeição do acordo com os nórdicos foi John Lear, o filho de William Lear, famoso criador da Lear Jet, uma empresa aeroespacial. Lear é ex-comandante de aviões Lockheed L-1011, pilotou mais de 150 aeronaves de testes e conseguiu 18 recordes mundiais de velocidade durante o final dos anos 60, a década de 70 e início dos anos 80, quando era contratado pela CIA. Ele ainda desenvolveu uma estreita relação com o então diretor da agência, William Colby, responsável pelas operações secretas no Vietnã. De acordo com o informante, houve uma advertência por parte dos extraterrestres nórdicos, antes de um acordo a ser assinado com outra espécie de seres. O piloto confirma que a reunião ocorreu e que o tratado não foi possível por que os ETs “não estavam nos oferecendo ajuda tecnológica”, disse.
Um terceiro informante, o sargento Robert Dean, que também teve acesso a documentos secretos enquanto trabalhava na Divisão de Inteligência do Comando Maior dos Estados Unidos, confirma as alegações de Cooper e Lear como verdadeiras. Em seu 27º ano de carreira, enquanto servia no Quartel-General das Forças Aliadas na Europa, Dean não apenas confirmou o encontro como disse que havia quatro raças diferentes de extraterrestres, entre as quais os grays [Cinzas]. Uma delas, incrivelmente parecida conosco, alegou que todos os generais presentes já tinham sido abduzidos, o que enlouqueceu os militares. Havia ainda uma espécie de seres muito altos e pálidos, sem pelos no corpo e de aparência humanoide e outra cujos componentes tinham aspecto reptiliano. Embora haja certas discordâncias quanto ao local dos encontros, segundo nossas pesquisas, a reunião realmente aconteceu na Base Aérea
de Edwards, em fevereiro de 1954.
Acordo com extraterrestres
Como dissemos, o evento do primeiro contato não resultou em um acordo com nossos visitantes. Reuniões posteriores, porém, tiveram outro desfecho. Segundo William Cooper, alienígenas do tipo gray, após permanecerem em órbita por algum tempo, acabaram pousando na Base Aérea de Holloman, no estado do Novo México, para um novo encontro com o governo norte-americano — a espécie se identificou como sendo originária de um planeta próximo à estrela Betelgeuse, na Constelação de Órion. Os seres disseram, também, que sua estrela estava morrendo e que no futuro ninguém iria sobreviver.
Ainda de acordo com as informações de Cooper, o tratado firmado com os grays estabelecia que os extraterrestres não interfeririam em nossos assuntos e nem nós nos deles. Nós manteríamos sua presença em segredo e eles nos forneceriam tecnologias avançadas e nos ajudariam em nosso desenvolvimento. “Em troca, eles poderiam abduzir os humanos por um período de tempo determinado, com finalidade médica, monitorando nosso desenvolvimento. O acordo dizia que os humanos não seriam prejudicados e sempre seriam devolvidos aos locais de onde foram levados, sem qualquer recordação do que lhes havia acontecido”. Já outro informante, Phil Schneider, engenheiro e geólogo que trabalhou na construção de instalações subterrâneas e em projetos secretos, acrescenta que também constava no acordo que os extraterrestres poderiam levar algumas vacas para testar técnicas de implante em humanos, desde que nos fornecessem detalhes de tais implantes e das pessoas envolvidas.
Vários informantes alegaram que o tratado foi assinado sob forte pressão por parte dos extraterrestres. Don Phillips, antigo servidor da Força Aérea Norte Americana (USAF) especializado em projetos clandestinos de aviação, declarou ter visto documentos que descreviam os bastidores do acordo. Nas palavras de Phillips, “teríamos sido indagados por eles se lhes permitiríamos que permanecessem por aqui para fins de pesquisa, ao que respondemos: ‘como podemos pará-los? Vocês são muito avançados’”.
Phillip Corso, oficial condecorado que serviu no Conselho de Segurança Nacional de Eisenhower, declarou em suas memórias, publicadas no livro The Day After Roswell [Publicado no Brasil pela Educare como Dossiê Roswell, em 2001], que “negociamos uma espécie de tratado de rendição com os extraterrestres, por não termos força para combatê-los. Eles ditaram suas condições porque sabiam que o que mais temíamos era revelar sua presença entre nós”.
Os grays em ação
Desde o começo, Corso demonstrou sua desconfiança em relação aos extraterrestres e foi claro ao declarar que o acordo se parecia com aqueles feitos em finais de guerras, quando os interesses são sempre unilaterais, privilegiando os vencedores. Para Cooper, os grays ludibriaram Eisenhower, pois não poderiam fornecer a lista dos abduzidos, uma vez que muitos deles sequer foram devolvidos. Já na opinião de Lear, o número de pessoas levadas foi muito maior do que o acordado, chegando à casa dos milhões, e Schneider observou que “os alienígenas alteraram a negociação no momento em que concluíram que não podiam cumprir nada do que haviam combinado”.
Em 1955, o general Douglas MacArthur, em famoso pronunciamento ao país, alertou para uma guerra futura em que todas as nações teriam que se unir para enfrentar forças sinistras vindas de outras galáxias, e também que, um dia, os países da Terra deveriam efetivar uma frente contra o ataque de seres de outros planetas. Vale notar que o primeiro episódio de sequestro por alienígenas registrado pela Ufologia, o Caso Barney e Betty Hill, ocorreu em 1961. A partir de então, os amigáveis e messiânicos alienígenas dos anos 50, pre
gadores da paz, desarmamento e união, saíram de cena — em seu lugar chegaram seres baixinhos, de cabeça grande e pele cinza, com enormes olhos negros e que raptavam as pessoas e as submetiam a dolorosas experiências contra sua vontade.
A reação do governo
De acordo com o doutor Michael Wolf, que alegou ter servido durante 25 anos em diversos comitês políticos que trataram de assuntos extraterrestres, os grays vieram do quarto planeta do sistema Zeta Reticuli, enquanto Cooper afirmava que teriam vindo de Órion. Talvez mais de uma espécie tenha vindo para cá, algumas com agendas sinistras e outras, embora tivessem boas intenções, as deixaram de lado devido ao beligerante comportamento humano.
A incerteza em torno das reais intenções e do comportamento dos grays parece ter motivado o governo a não divulgar o acordo que havia feito com eles. Um trecho de um documento oficial que vazou para os pesquisadores dizia que “qualquer encontro com entidades extraterrestres é questão de segurança nacional e deve ser classificado como altamente secreto. De modo algum o público e a imprensa poderão ter ciência de tais encontros. A posição oficial do governo é que tais criaturas não existem. Qualquer outra alternativa além desse posicionamento político está totalmente proibida”.
Os americanos manteriam a presença dos ETs em segredo e eles lhes forneceriam tecnologias avançadas e os ajudariam em seu desenvolvimento. Em troca, poderiam abduzir os humanos por um período de tempo determinado, com finalidade médica
As estratégias oficiais empregadas para lidar com todos aqueles que vazaram, e ainda vazam, informações, sejam militares ou civis, são intimidação, silêncio, eliminação ou descrédito público. No caso das testemunhas e informantes citados nesse artigo, ou seja, Cooper, Lear, Schneider e Wolf, todos sofreram as consequências dessa política intimidatória, o que dificulta, e muito, chegar-se a alguma conclusão sobre seus depoimentos. Na tentativa de driblar as agências oficiais de Inteligência, muitos informantes recorreram ao estratagema de misturar informações verídicas com falsas, como forma de autoproteção. Foi apontado por alguns deles que fazer tais recapitulações ou mostrar supostas discrepâncias pode, algumas vezes, ser essencial na divulgação de determinadas coisas, visando não ser fisicamente atingido.
O comportamento subsequente dos grays em sua interação com as agências norte-americanas foi, provavelmente, a maior razão para que as notícias não tenham sido liberadas para a imprensa. Conforme havia informado Gerald Light, Eisenhower parecia decidido a levar a público o que estava acontecendo, mas tal anúncio jamais foi feito, o que nos faz especular que o governo dos Estados Unidos não sabia como dizer à população que fizera um acordo daquela espécie, que incluía abduções e mutilação de animais.
Futuro incerto
Há indícios de que nas décadas subsequentes um anúncio oficial foi seriamente aventado. Em 1972, Robert Emenegger e Allan Sandler, dois produtores de filmes de ficção científica, disseram terem sido convidados pelo Pentágono para produzirem um vídeo oficial que seria usado para informar à população sobre a presença extraterrestre em nosso planeta. Mais tarde, a ideia fora abandonada sob a alegação de que o momento não era propício devido ao escândalo do Caso Watergate. A natureza exata das abduções de humanos realizadas pelos grays tem sido exaustivamente discutida por muitos ufólogos. As conclusões variam, mas a grande maioria discorda quanto aos reais objetivos dos alienígenas, assim como acontece com as fontes oficiais do governo. Enquanto tal incerteza permanecer, a revelação continuará a ser ocultada — a menos, claro, que eventos globais a viabilizem.
A maioria das provas levadas ao grande público mostrou que a raça extraterrestre do tipo gray, com quem o tratado foi assinado é na melhor das hipóteses um enigma e, na pior delas, indigna de confiança. A troca dos contatos amistosos pelas abduções sugere que Eisenhower realmente assinou um tratado com uma espécie extraterrestre no mínimo misteriosa. As atividades dos grays continuam provocando incertezas nas agências de segurança nacional dos Estados Unidos em termos de uma resposta estratégica mais bem fundamentada. Por fim, acreditamos que devemos ficar em estado de alerta no que diz respeito aos termos do tratado de 1954, que, se foi firmado com uma espécie alienígena errante, poderá trazer resultados negativos para a humanidade. Por certo, estamos diante de um futuro novo e arrebatador, mas pleno de incertezas em relação às intenções dos extraterrestres que nos visitam.