
A pequena e simpática cidade de Luminárias está localizada nas serras do sul de Minas Gerais. O município faz parte da Estrada Real, integrando o Circuito Turístico Vale Verde Quedas D’Água. Tem pouco mais de 5.000 habitantes e está a uma altitude de 957 m acima do nível do mar. Escondida em meio às montanhas, Luminárias está a 32 km de Lavras, cidade na qual este autor reside desde 2010 e que, de maneira muito acolhedora, logo ganhou seu carinho, tornando- se seu local preferido para passear, relaxar e levar seus alunos a realizarem aulas práticas e, como consequência, divulgar a cidade e promover seu turismo.
Luminárias se situa em uma região bastante privilegiada, com lugares tranquilos e um grande potencial para o ecoturismo e turismo de aventura. Juntamente com uma fabulosa culinária, suas belezas naturais incluem o Complexo da Serra Grande, que tem, além de várias cachoeiras e piscinas naturais, a bela Gruta de Quartzito da Serra Grande. Outros exemplos de locais turísticos são a Cachoeira do Funil, o complexo de Cachoeiras do Mandembe, a Água Santa — que desde meados do século XVIII recebe visitas de pessoas de diversas partes do país para se banharem em suas águas, que são conhecidas pelo seu poder de curas milagrosas —, pinturas rupestres, o Ribeirão do Lavarejo e, por fim, a Serra de Luminárias, que deu origem ao nome da cidade e que será objeto central de discussão deste texto.
Somam-se aos destinos de ecoturismo citados anteriormente em Luminárias as diversas possibilidades de prática de esportes de aventura, como os muitos locais para rapel, escalada, caminhada ecológica, trekking, motocross, offroad, enduro, orientação, biking e montanhismo, atraindo, ainda que de maneira rústica, turistas com gostos e objetivos bastante variados.
Sua história remonta ao final do século XVIII, por volta de 1750, quando foi instituído seu primeiro núcleo de povoação — o local era considerado rota de abastecimento para viajantes, pelo fato de localizar-se em um ponto de confluência entre a região de São João Del Rei e o sul de Minas Gerais. Seu primeiro marco se deu em 1798, quando foi construída uma capela para Nossa Senhora do Carmo, por iniciativa de dona Maria José do Espírito, podendo até hoje ser visitada por quem for até lá. Por estar no contexto da Estrada Real, em 1817 dois naturalistas austríacos, o zoólogo Johann Baptist von Spix e o botânico Carl Friedrich Martius, em razão das núpcias da arquiduquesa da Áustria com o príncipe Don Pedro, entraram para a história luminarense, pois detalharam em seus registros a passagem que fizeram pelo local, sendo este um importante documento histórico para a região. Mesmo com esse passado relativamente rico e distante, foi somente no final de 1948 que Luminárias teve sua emancipação política e administrativa consolidada. Atualmente, a principal fonte de renda do município está baseada na agropecuária, com o turismo começando a se destacar.
Sabemos que Minas Gerais é um estado, digamos, privilegiado no que concerne a avistamentos ufológicos, pois muitos dos mais famosos eventos brasileiros ocorreram lá, como, por exemplo, o Caso Villas Boas e o fantástico Caso Varginha. A casuística é tanta que há alguns anos foi idealizada a “Operação Minas” pelo Grupo Mineiro de Pesquisas Ufológicas (GUMPU), na tentativa de unir e padronizar as tantas pesquisas que ocorriam à época. Mas porque especificamente esta pequena cidade do sul de Minas Gerais está merecendo nossa atenção? Como veremos, Luminárias tem uma rica e relativamente bem consolidada incidência ufológica que remonta ao século XVII — e que ainda hoje é um misto de orgulho e desconfiança para seus habitantes. Vamos então conhecer mais um pouco de sua história e possível relação direta que a cidade tem com os UFOs.
TODO O CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO ESTARÁ DISPONÍVEL NO SITE 60 DIAS APÓS A MESMA SER RECOLHIDA DAS BANCAS