Relatos de pessoas que avistaram discos voadores, as coloridas luzes das sondas ufológicas e até mesmo criaturas desconhecidas pelas cidades e campos do interior da Paraíba não são novidade. Há décadas o conhecimento dessas atividades tem feito com que a região seja reconhecida como uma das mais ativas do país em avistamentos ufológicos — e não é à toa que está situada no triângulo de eventos formado por redes ortotênicas. Os fenômenos são comumente observados em diversos municípios, como Campina Grande, Souza, Jacaraú, Itaúba, Pilõezinhos, entre outros. A intensa casuística local, que chega a registrar casos inquietantes, como tentativas de sequestros e “dispositivos sugadores”, é investigada há décadas por várias entidades, entre elas o Centro Paraibano de Ufologia (CPB).
Pelos constantes avistamentos e contatos, o estado se tornou referência em pesquisas ufológicas no Brasil. Tanto que, em 1996, a Assembleia Legislativa da Paraíba, em episódio inédito, convocou a população para discutir o Fenômeno UFO nas cidades de Guarabira, Souza, Mamanguape, Ingá, Campina Grande e João Pessoa. Centenas de testemunhas compareceram e deram seus relatos espontaneamente, alguns deles impressionantes — muitas pessoas afirmaram às autoridades ter visto desde naves discoides até seres de estatura baixa e cabeça grande, além das corriqueiras luzes móveis e coloridas de objetos que vasculham o Sertão.
Os casos mais recentes pesquisados pelos investigadores do CPB aconteceram nas proximidades de Assunção, pequeno município da região do Cariri, no árido interior do estado, com pouco mais de três mil habitantes e área de 126 km².
A descoberta de minérios
A convite dos moradores, os estudiosos foram até o local para investigar as narrativas de avistamentos de estranhas luzes que demonstram um curioso comportamento, que foge um pouco do que convencionalmente se encontra na casuística ufológica brasileira — tarde da noite, costumam circular pelas serras da cidade em busca de algo, repetindo as operações incessantes. Concomitantemente à constatação da atividade ufológica na região, estudos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais (CDRM), órgão ligado ao governo da Paraíba, comprovaram aquilo que ao longo de 30 anos se manteve como uma lenda no estado: havia urânio em grande quantidade em terras paraibanas.
A mais importante descoberta se deu no município de Assunção, uma jazida com cerca de 10 toneladas de óxido do minério — a particularidade dessa reserva é sua alta concentração, de 900 partes por milhão. Com essa densidade, o material tem grande radioatividade, o que pode explicar a alta incidência de câncer nos moradores.
De acordo com técnicos da companhia, também há jazidas em São José de Espinharas, Pocinhos, Barra de Santa Rosa e Caldas Brandão. Essas minas já foram estudadas por engenheiros e geólogos da Austrália, Índia, Alemanha e Brasil, que constataram que por enquanto não há necessidade de explorá-las. Mas, se os humanos ainda não desfrutam dos recursos da região, seus minérios parecem já ter despertado o interesse de seres extraterrestres — a existência do mineral também pode estar por trás da intensa casuística paraibana. Por isso, o CPB esteve presente na Serra da Samambaia, onde os moradores informaram que é comum avistar luzes estranhas sobre as minas, que eles chamam curiosamente de “galaxianos”, conforme relata Adão da Silva, habitante do local. As ocorrências têm animado os investigadores, que se preparam para uma possível onda ufológica, já que avistamentos de UFOs na região do Cariri e do Alto Sertão, principalmente, têm sido frequentes nos últimos meses.
O que se supõe é que outras inteligências cósmicas estariam buscando ali — e talvez levando dali — principalmente xelita, amianto, ouro e urânio, segundo aponta o professor João Rocha, também ufólogo e morador do município Crato, no vizinho Ceará. Há anos Rocha estuda as rotas dos discos voadores na região e acredita que os alienígenas buscam fontes alternativas de energia para usar em diversos planetas, inclusive na Terra. Sobre os minérios de interesse de nossos visitantes, o professor lembra que o ouro é um excelente condutor de eletricidade, o amianto suporta grandes temperaturas, o urânio serve como combustível e que a xelita paraibana já foi utilizada até pela NASA na construção de naves espaciais. O doutor Zecharia Sitchin, em sua obra O 12º Planeta [Editora Difel, 1999], revela que o interesse em ouro por seres de fora da Terra acontece principalmente por sua importância para que as naves se desloquem em altíssimas velocidades, submetendo-se às intempéries das dobras do espaço-tempo.
Grunhido de gato
Entre os inúmeros casos já catalogados pelos investigadores do Centro Paraibano de Ufologia (CPB), pelo menos dois objetos voadores não identificados teriam sido avistados em Piancó, cidade do Sertão do estado, conhecida pelas reservas de ouro às margens dos rios. Os artefatos tinham forma esférica e se deslocavam em alta velocidade. O primeiro caso aconteceu em abril de 2011 e foi fotografado por Monzette Loureiro, que relatou que, por volta das 09h00, observou os aparelhos distantes no céu — na situação, Loureiro realizou pouco mais de quatro fotografias. Dois dias após o episódio, resolveu observar as imagens e ficou impressionado com o que viu na tela de seu computador: os objetos pareciam esferas prateadas, que, quando ampliadas, chamavam a atenção por seus detalhes. Após analisar a distância e a altura em que se encontrava, Loureiro concluiu que o objeto deveria ter aproximadamente 100 m de diâmetro.
O segundo caso ocorreu naquele mesmo dia. Na ocasião, uma família da mesma região, moradora do Sítio Tatu, disse ter observado uma bola luminosa não identificada cruzando o céu — o acontecimento ainda está sob investigação. Outro relato interessante é o de Antônio Gadelha, 42 anos, que trabalha na Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa), no município de Souza. Gadelha garante que viu entre 10 e 12 extraterrestres em uma segunda-feira, entre 01h00 e 02h00. Em seu relato ao repórter George Wagner, da Rádio Líder FM, o trabalhador conta que estava deitado no banco de seu automóvel, no estacionamento da Cagepa, quando de repente surgiu uma grande iluminação. “Fui cercado por vários objetos, como se fossem seres humanos medindo mais ou menos um metro de altura, muito brilhosos e de cor prata. Eles ficaram rondando meu carro o tempo todo”, conta.
habitante da área onde se concentram os avistamentos, chama os objetos de “galaxianos”
Ao dar seu depoimento, Gadelha estava assustado e não se deixou fotografar, mas continuou dizendo que, “ao mesmo tempo em que os seres ficavam rondando o automóvel, eles se comunicavam comigo e a voz deles parecia muito com um grunhido de gato”. Depois de 10 minutos, as criaturas subiram pela luz que iluminava o chão, sem que ele tivesse tido coragem de olhar para cima. Casos de luzes como essa são constantes por toda a Paraíba, como vem sendo constatado pelos pesquisadores do CPB — a maioria delas, naturalmente, ocorre no interior e acomete de maneira perigosa e até hostil, infelizmente, pessoas que já vivem na mais absoluta pobreza.
Terríveis para os moradores
Esse é o caso de João Euclides, que vive no povoado de Ribeira, a 40 km da capital, João Pessoa, lugar aonde o progresso ainda não chegou. Ultimamente, o local tem servido de cenário para manifestações ufológicas terríveis para os moradores, como estranhas luzes multicoloridas assustando-os sem trégua. A incidência de naves na região é tão grande que as pessoas, para escaparem de sua ação — e muitas vezes de seus ataques —, se protegem debaixo de árvores frondosas que encontram pelo caminho. Esse é justamente o caso de Euclides, um agricultor que teve enorme susto ao voltar para casa em certa noite, após um duro dia de trabalho no campo. Quando resolveu parar em um pequeno rio para tomar banho, notou que a água foi sendo estranhamente iluminada.
Ao olhar para cima, o homem ficou pasmo ao ver um objeto discoide ladeado por inúmeras luzes e oco no centro. O artefato tinha um cone voltado para baixo, semelhante a um alto-falante invertido, e emitia uma luz intensa que puxava Euclides para cima — como um gigantesco ímã. O homem correu ainda nu na direção de uma árvore, que lhe serviu de abrigo por alguns instantes, enquanto o UFO o procurava na mata ao redor. Depois de várias manobras do artefato atrás do agricultor, e de ele ter fugido de todas elas com sucesso, Euclides conseguiu finalmente sair dali e pediu socorro a seus familiares.
Outro fato espantoso também ocorreu à Maria do Patrocínio, que em certa noite, juntamente com seus filhos, foi seguida por um aparelho luminoso semelhante a um grande ovo — ele se aproximou e tentou sugar as crianças. A mulher, que já conhecia a história do agricultor João Euclides, por ser seu vizinho, correu para baixo de uma grande mangueira, rodeada de outras árvores, e ali se escondeu. Após tentar inutilmente acesso às vítimas, a nave foi embora, sumindo no céu. O quase sequestro foi assistido pelo mateiro Severino Araújo, que nada fez para ajudá-la por estar com muito medo. O mesmo aparelho foi visto em noites seguintes também amedrontando os moradores, gente humilde que vive em condições absolutamente precárias, geralmente abaixo da linha da pobreza.