A história começa três anos antes de a humanidade lançar seu primeiro satélite artificial, o soviético Sputnik 1. Em 14 de maio de 1954, vários jornais publicaram artigos centrados em uma declaração do major aposentado D.E. Keyhoe. Na época, Keyhoe acreditava que a Terra era circundada por até dois satélites artificiais.
Cientistas da famosa instalação governamental de White Sands, no Novo México, estavam pesquisando ativamente essa possibilidade e tentando determinar o propósito e a origem desses objetos. Mais tarde, naquele verão de 1954, a revista Aviation Week tentou explicar o mistério dizendo que as órbitas de dois satélites naturais tinham sido mapeadas a uma altitude de 640Km e 960Km acima da Terra, respectivamente. O medo do Pentágono com a observância de dois satélites não identificados orbitando nosso planeta se dissipou com a constatação de que eram de origem natural. O doutor Lincoln LaPaz, especialista em corpos extraterrestres da Universidade do Novo México, chefiou o projeto de identificação.
Mas muitos astrônomos ainda suspeitavam que pelo menos um grande satélite de origem desconhecida estava realmente orbitando a Terra. Em 10 de fevereiro de 1960, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos reconheceu essa presença alienígena. “Um satélite silencioso e não identificado foi descoberto circulando a Terra, em uma órbita quase polar, por estações de rastreamento dos Estados Unidos. A identidade do satélite misterioso, que foi apelidado de ‘O Cavaleiro Negro’, não é conhecida, apesar de quase duas semanas de rastreamento”, disse o Departamento de Defesa. Não demorou muito para que as pessoas fizessem a conexão entre o objeto desconhecido e Nikola Tesla. Em 1899 ele detectou um sinal de rádio repetido e acreditou que vinha do espaço sideral. O enigma em torno do Cavaleiro Negro foi aprofundado por seu estranho comportamento.
Praticamente todos os satélites artificiais foram lançados nas órbitas de oeste a leste (seguindo a rotação natural do nosso planeta), enquanto este circulou a Terra em uma órbita polar de norte a sul. Curiosamente, as órbitas polares são empregadas por satélites de observação modernos que realizam missões de mapeamento. Então o satélite Cavaleiro Negro seria uma unidade observacional? Alguns astrônomos que afirmam tê-lo observado disseram que o objeto desapareceria apenas para reaparecer em um lugar diferente, viajando ao longo de uma órbita diferente. Eles também relataram que ele estava se movendo duas vezes mais rápido do que qualquer outro satélite conhecido.
O Cavaleiro Negro é frequentemente mencionado em conjunto com o voo histórico do astronauta Gordon Cooper. Em 1963, no último dos 22 dias que passou em órbita, Cooper comunicou-se por rádio com a Muchea Tracking Station, na Austrália, dizendo que estava vendo um objeto verde brilhante se aproximando rapidamente de sua cápsula. Embora seu avistamento tenha recebido cobertura ao vivo da National Broadcasting Company, os repórteres foram proibidos de questioná-lo quando ele retornou à Terra.
Mapa da constelação de Boötes, indicando Epsilon Boötes (Izar).
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Um aspecto interessante, mas não verificado, é a alegada decodificação da mensagem de rádio que o satélite supostamente transmite. Conforme a história continua, operadores de radioamador que captaram a transmissão alienígena conseguiram interpretá-la como um mapa estelar que apontava para Epsilon Boötes, na constelação de Boötes, localizada a uma distância de 52 anos-luz da Terra. Curiosamente, na mitologia babilônica, a constelação de Boötes era representada como o Deus Enlil, a divindade principal entre os Anunnaki na Terra. Quase todos os artigos sobre o Cavaleiro Negro mencionam sua idade de 13.000 anos sem fazer referência à origem dessa afirmação. Em 1973, o astrônomo e escritor de ficção científica escocês Duncan Lunan disse que tinha conseguido decodificar uma mensagem capturada por dois físicos noruegueses.
A mensagem teria vindo de uma sonda orbitando a Terra no mesmo ponto Lagrangiano da Lua e que a sonda havia sido enviada há muito tempo pelos habitantes de um planeta orbitando Epsilon Boötes, também conhecida como Izar. A mensagem dizia: “Nossa casa é Epsilon Boötes, que é uma estrela dupla. Vivemos no sexto planeta de sete vindo do maior dos dois sois. Nosso sexto planeta tem uma lua. Nosso quarto planeta tem três. Nosso primeiro e terceiro planetas têm um. Nossa sonda está na posição de Arcturus.” A estrela Arcturus foi retratada no mapa estelar decifrado na posição que ocupava 13.000 anos atrás, daí a suposta idade do Cavaleiro Negro. A teoria de Lunan foi retomada pela revista Time e incluída em vários documentários.
Existem várias fotos famosas que supostamente mostram o satélite alienígena. As explicações oficiais para o objeto que mostram é que nada mais é do que uma manta térmica que havia saído de um dos muitos satélites que colocamos lá. Embora esse possa ser o caso, ele apenas explica as fotos e não o Cavaleiro Negro em si, já que o objeto desconhecido havia sido relatado antes dessas fotos. Outro aspecto é que essas famosas imagens mostram um objeto muito menor do que o indicado em relatórios anteriores, que se dizia ser tão grande quanto um quarteirão.
E uma vez que ninguém pode negar o tamanho e o escopo do Fenômeno UFO, é lógico que, entre todos os relatos de discos-voadores em nossos céus e oceanos, podemos incluir mais um: um enorme satélite alienígena orbitando nosso planeta. Como a maioria das coisas relacionadas ao inexplicável, existe uma aura de desinformação envolvendo o satélite Cavaleiro Negro.