Quando comecei a pesquisar Ufologia, nos idos de 1973, jamais imaginei até onde esses caminhos poderiam me levar. Com muita surpresa, fui compreendendo que aquilo que em princípio pareciam apenas contatos com seres de outros mundos, eram na verdade uma incursão no mundo da espiritualidade e do sobrenatural. Nesta edição especial, espero poder suscitar as reflexões daqueles que possuem o verdadeiro espírito de busca, livre dos preconceitos, tão comuns em todas as áreas, até mesmo nas paraciências.
Irei abordar um tema muito delicado dentro do Fenômeno UFO. Tentarei sair da mesmice da hipótese extraterrestre, que foi supervalorizada e que estagnou nossos horizontes e a procura de respostas. Pretendo abrir de uma vez por todas outra porta, a da hipótese dimensional, com seus aspectos mais negativos, que ficou esquecida na prateleira das teses ridículas e improváveis. Falarei um pouco de sexualidade, contatados, anjos e demônios. E convidei para participar desta empreitada o amigo e também consultor da Revista UFO Atílio Coelho, experiente ufólogo do Centro de estudos e Pesquisas Núcleo Tron, que trará sua experiência sobre como as entidades espirituais se passam por extraterrestres sem nenhum problema, enganando milhares de pessoas.
Longe de mim querer fechar questão ou negar a existência de vida extraterrestre e suas possíveis visitas aqui hoje ou no passado, porém, ao longo de todos esses anos, descobri que algo de muito maligno vem atormentando a humanidade, e isso tem se intensificado e se disfarçado de várias coisas, inclusive de contatos alienígenas. Talvez, de toda a casuística ufológica, 99% dos casos tenham essa origem, ou seja, seres de uma realidade paralela do próprio planeta Terra, salvo raras exceções de interferência divina e, portanto, de natureza totalmente espiritual, pertencentes a diversos planos do espaço-tempo universal. Creio que devemos aprofundar muito mais as outras hipóteses a respeito dos UFOs, principalmente as relacionadas às dimensões da matéria e da espiritualidade. Estou certo de que muitos trabalhos nessa linha ainda surgirão, com bons resultados no esclarecimento do fenômeno.
Múltiplas facetas — Se de minha parte nunca houvesse iniciado nesse tipo de estudo e continuasse levando uma vida “normal”, sem dúvida poderia ser muito mais feliz, dormindo mais tranqüilo, placidamente entregue ao sonambulismo das pessoas comuns. Não teria descoberto um enorme iceberg de podridão que congrega grupos internacionais, seus dirigentes e os agentes das trevas, uma verdadeira grande conspiração universal. A realidade é muito dura, mas é preciso enfrentá-la de peito aberto para expandirmos nossa consciência e sermos dignos da criação divina. Existem pessoas acima de qualquer suspeita e sociedades terríveis aqui na Terra em conluio com hierarquias demoníacas, quer acreditem ou não. Ninguém pode negar que a espiritualidade está em tudo e governa o universo, porém há também uma constante batalha.
Peço que me desculpem por abordar principalmente o lado negativo da questão, que apresenta múltiplas facetas, porém, receio que urge compreendê-lo melhor para lutar de todas as maneiras contra suas perniciosas atividades em nosso meio. Muitos poderão pensar que, nesta edição, nos imbuímos de preceitos evangélicos, o que não é verdade, apesar de nada termos contra esse movimento. Não estou ligado à nenhuma religião oficial ou tradicional. Defino-me como um espiritualista porque acredito na sobrevivência do espírito após a morte, sei da existência de anjos e demônios, e acima de tudo que há um poder indescritível governando o universo, o qual denominamos Deus. E posso afirmar que existe uma hierarquia de luz, com querubins, arcanjos etc, bem como uma hierarquia das trevas, com entidades negativas. Se eles evoluem ou mudam de objetivos, isso eu já não posso garantir. Quanto aos mortos, terrestres ou não, acredito que não tenham nenhuma facilidade em comunicar-se com os vivos ou interferir na matéria, muito pelo contrário. Creio que as regiões espirituais são totalmente distintas e sem pontos de contato com o nosso mundo físico. Se alguém pode atravessar essa barreira não são as pessoas comuns, mas alguém dessas duas hierarquias citadas ou a serviço direto delas.
Precisamos entender que ninguém está totalmente certo, nem totalmente errado. Portanto, devemos avaliar muito bem cada filosofia, crença ou religião sem descartar de pronto aquilo que nos é ensinado, baseados apenas na ciência ou em nossa própria crença pessoal. Devemos montar, juntos, o quebra-cabeça e não encaixarmos as peças de nosso próprio jeito. Nesse intrincado caminho tenho tentado seguir as palavras de Martin Luther King Júnior [Líder negro norte-americano, defensor dos direitos civis, assassinado em 04 de abril de 1968], quando ele diz: “A covardia se pergunta: Isso é seguro? O oportunismo se pergunta: Isso é o politicamente correto? A vaidade se pergunta: Isso é o mais popular? Mas a consciência questionará sempre: Isso é o certo? E afinal, devemos tomar uma posição que não seja nem segura, nem politicamente correta ou popular, mas que deve ser tomada porque é a certa”. Homens que pensam assim geralmente acabam mortos, como temos visto ao longo da História, porém são agentes transformadores da consciência.
Enfim, que as energias do verdadeiro Cristo e a benevolência do Criador nos dêem forças, luz e esperança para vencermos essa grande batalha; que nos dêem sabedoria para saber pesar e discernir entre o positivo e o negativo, entre a luz e as trevas, entre o terrestre e o verdadeiramente extraterrestre.
