No ano passado, os astrônomos descobriram um misterioso e repetitivo sinal de rádio no espaço, o quinto desse tipo que já foi detectado. Agora, eles finalmente rastrearam o sinal – chamado de fast radio burst [Rajadas rápidas de rádio] ou FRB – de volta à sua fonte, nas profundezas da galáxia. Sua origem é diferente de qualquer outra rajada rápida de rádio e está forçando os cientistas a repensar suas suposições anteriores sobre como esses sinais são gerados.
De acordo com um novo estudo publicado na revista Nature, a origem deste sinal repetido é uma galáxia espiral localizada a 500 milhões de anos-luz de nós, tornando-a a fonte de FRBs conhecida mais próxima da Terra. No caso em estudo, os FRBs emanam especificamente de uma região com apenas sete anos-luz de diâmetro, uma região que está pulsando com o nascimento de estrelas.
As rajadas rápidas de rádio estão entre os mistérios mais estranhos do universo. São picos extremamente breves de radiação eletromagnética durando não mais do que alguns milissegundos. Mas, nesse período, eles podem descarregar mais energia do que 500 milhões de sóis. A maioria das rajadas detectadas até o momento apareceu apenas uma vez. Os FRBs são impossíveis de prever, e até o momento, apenas três tiveram sua origem localizada.
Telescópio CHIME
Nos últimos anos, começamos FRBs emitindo sinais iterativos sem padrão discernível. Em 2017, os cientistas conseguiram rastrear um deles, chamado FRB 121102, de volta à sua origem em uma galáxia anã a mais de três bilhões de anos-luz da Terra. Então, no ano passado, os cientistas anunciaram que o experimento canadense Mapeamento de Intensidade de Hidrogênio ou CHIME, usou um radiotelescópio para detectar oito novos FRBs repetidos, elevando o número de repetidores conhecidos para um total de 10.
A causa as rajadas ainda é um mistério entre a comunidade científica. Não é possível determinar se elas são resultado de um fenômeno natural do campo astrofísico ou se são produto de inteligências extraterrestres.
Fontes: IGN e Business Insider