Durante décadas, abduzidos por alienígenas relataram o que parece ser uma evidência concreta de vigilância clandestina por militares. Helicópteros pretos e sem identificação são frequentemente vistos sobrevoando suas casas. A correspondência é interceptada, aberta e então lacrada – de uma forma que é claramente feita para ser percebido, para fins de intimidação e, em uma situação nada sutil, permitindo que os abduzidos saibam que estão sendo vigiados. As interferências telefônicas, incluindo ruídos estranhos e voz na linha, são generalizadas. Carros pretos, com vidros escuros, seguem as pessoas pela cidade.
Por Nick Redfern
Até onde pode ser determinado, a atividade baseada nessa vigilância, e até sequestro, data de pelo menos 1980. Foi nesse ano que um dos casos mais significativos ocorreu, envolvendo uma mulher chamada Myrna Hansen, que teve um encontro polêmico com um UFO tarde da noite enquanto dirigia para o Novo México, após férias em Oklahoma. Depois de perceber que uma quantidade substancial de tempo parecia estar “faltando” na viagem, e tendo memórias vagas relacionadas a UFOs naquela noite, ela submeteu-se à hipnose para tentar determinar o que havia acontecido: ela tinha sido abduzida por um grupo de pequenos alienígenas de olhos negros que a levaram a bordo de uma nave, os quais a trataram de uma forma muito semelhante à como Betty e Barney Hill foram tratados.
As memórias hipnoticamente recuperadas de Myrna revelaram que, quando os alienígenas terminaram os exames, ela foi levada para alguma forma de instalação subterrânea. Esta não era uma “base alienígena”, no entanto. Quando a notícia da experiência e lembranças de Myrna começou a circular entre os ufólogos, fontes da Base Aérea de Kirtland, no Novo México, que estavam secretamente acompanhando a história, perceberam imediatamente que o que ela tinha descrito era – bastante incrivelmente – um bunker classificado e proibido que fazia parte da área de armazenamento de armas. A implicação era que os militares estavam monitorando o sequestro alienígena e, então, quando ele acabou, Myrna voou, em um helicóptero escuro, para Kirtland, onde foi submetida a um interrogatório por militares, que exigiam saber o que tinha acontecido enquanto ela estava no UFO.
Outro caso é o de Betty Andreasson. Ela não só teve uma vida inteira de encontros com UFOs; ela teve vários confrontos com o notório fenômeno do helicóptero preto. O marido de Betty, Bob, conseguiu tirar literalmente centenas de fotos desses veículos nas proximidades de sua casa. O assédio claro e repetido levou Bob a enviar uma carta contundente ao exército, exigindo saber o que estava acontecendo. A resposta foi surpreendente: os militares foram curtos e diretos, afirmando que era “difícil” para eles falarem, já que nem mesmo eles sabiam quem estava pilotando os helicópteros.
Não basta o trauma com que os abduzidos precisam conviver, ainda há a vigilância e a paranoia criada por agentes ocultos militares ou do governo.
Fonte: Steve Neill
A falecida doutora Karla Turner foi autora de vários livros sobre suas experiências de abdução alienígena, incluindo Into the Fringe e Taken: Inside the Alien-Human Abduction Agenda. Do início a meados da década de 90, quando a internet como a conhecemos hoje estava em sua infância absoluta, o respeitado pesquisador e autoridade ufológica, Greg Bishop, mantinha um extenso contato por correio com a doutora Karla sobre suas abduções. Digno de nota, cada pedaço de correspondência entre o par foi rasgado ou aberto e então lacrado. Alguém estava de olho. É quase certo que não é coincidência que o marido de Karla, Casey, tenha relatado um sequestro pelo que acredita terem sido militares. Embora a data e o local precisos permaneçam desconhecidos, Casey descreveu ter sido levado para uma instalação subterrânea – onde viu várias outras pessoas, também, como ele, drogadas e sujeitas a interrogatório.
Continuando, temos a curiosa saga do jornalista Ed Conroy. Ele é o autor do livro Report on Communion. Publicado em 1989, é um estudo da própria investigação pessoal de Conroy sobre os eventos detalhados no best-seller de Whitley Strieber, de 1987, Comunhão, que aborda a conexão celta/gaélica com o Fenômeno UFO. Conroy adotou uma abordagem leve, imparcial e desapagada do assunto. Pelo menos até descobrir que, involuntariamente, tinha se tornado parte desta história. Como Betty Andreasson e tantos outros, Conroy foi o alvo das pessoas por trás do enigma do helicóptero preto.
Como apenas um exemplo de muitos, ele disse que, em 1988, notou “(…) uma conexão aparente e estranha entre minhas conversas telefônicas e o aparecimento dos helicópteros. Em mais de uma ocasião, quando comecei uma conversa sobre UFOs e/ou os visitantes, um helicóptero apareceu.” Mais surpreendentemente, e ainda sobre o livro Report on Communion, Conroy relembrou: “Um pequeno helicóptero do tipo Bell 47 também apareceu pela minha janela imediatamente após a conversa telefônica com meu agente, na qual aceitei os termos do contrato do livro.” Quem, exatamente, está por trás de toda essa vigilância é uma questão para debate. Talvez, com mais pesquisas, eventualmente saibamos.