A missão Juno da NASA prossegue obtendo imagens impressionantes do maior planeta do Sistema Solar. A nave que orbita Júpiter tem como objetivos principais descobrir novas informações a respeito da estrutura interna desse mundo, e também obter pistas sobre sua origem e evolução. Essas informações permitirão conhecer melhor não somente como Júpiter, o mais antigo planeta do Sistema Solar, se formou, mas também entender melhor como é o processo de formação planetária com relação aos exoplanetas já descobertos, que hoje já somam 3.711 mundos alienígenas confirmados. Como resultado, também poderão ser obtidas mais informações a respeito do próprio surgimento da vida, na Terra e em outros pontos do Universo.
A Juno percorre uma órbita extremamente elíptica ao redor de Júpiter, aproximando-se do planeta a cada 53 dias. A passagem mais recente foi a nona, sendo a oitava em que os instrumentos da nave captaram dados, que aconteceu em 24 de outubro último, quando a nave passou a somente 3.400 km de distância da atmosfera superior do planeta. Como se sabe Júpiter é um gigante gasoso, sem uma superfície em que se possa pousar, daí que somente podemos aprender sobre sua estrutura interna pesquisando-o indiretamente com os instrumentos a bordo de naves espaciais. A transmissão de dados dessa passagem precisou ser atrasada, já que Terra e Júpiter estavam em conjunção solar, situados em lados opostos de nossa estrela.
Com a chegada de informações e das imagens os cientistas se puseram ao trabalho a fim de analisar os dados, incluindo cidadãos cientistas que utilizam as imagens publicadas sem filtros no site da JunoCam, um dos principais instrumentos da nave, realizando belas composições graças a programas de imagens e filtros de cor. Entre os grandes destaques está a imagem principal deste artigo, obtida pela Juno em 24 de outubro a uma distância de 33.115 km. Ela foi processada pelos cidadãos cientistas Gerald Eichstädt e Seán Doran e mostra o hemisfério sul de Júpiter, com os intrincados padrões de nuvens, tempestades e regiões coloridas. A Juno percorre uma órbita polar, perpendicular ao equador do planeta, e tem somente poucas horas para colher informações a cada passagem, atravessando os cinturões de radiação intensa, os maiores do Sistema Solar. A NASA afirma que o desempenho da nave segue conforme o previsto, e a próxima passagem próxima deve acontecer em 16 de dezembro.
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