Pesquisadores do MIT, Estados Unidos, apresentaram o primeiro protótipo de uma nova roupa espacial que poderá, no futuro, substituir os enormes trajes espaciais que os astronautas utilizam hoje.
Roupas espaciais
Do ponto de vista de um observador externo, as roupas espaciais não mudaram muito desde o início da exploração espacial. Uma criança que observe uma caminhada espacial e que depois veja as fotos de Armstrong andando sobre o solo lunar facilmente o identificará como um astronauta.
O maior problema é que as roupas espaciais também não mudaram muito do ponto de vista interno, dos astronautas – embora estejam hoje melhor protegidos, eles continuam com uma mobilidade extremamente limitada. E gastam de 70 a 80% de sua força muscular unicamente para movimentar a própria roupa.
Roupa do Homem-Aranha
Mas, se aquela mesma criança da experiência anterior olhar para um astronauta trajando a nova roupa espacial que a equipe da cientista Dava Newman está projetando, ela provavelmente o identificará mais facilmente com o Homem Aranha do que com uma astronauta. Ou com a Mulher Aranha, já que é a própria Dra. Newman quem aparece na foto experimentando o “modelito”.
Os enormes trajes espaciais “não oferecem a mobilidade e a capacidade de locomoção que os astronautas necessitam para as missões de exploração em baixa gravidade. Nós realmente devemos projetar [estas roupas] tendo em vista uma maior mobilidade e melhores capacidades humanas e robóticas”, diz ela.
Proteção mecânica
Ao invés de utilizar a pressurização, que hoje cria uma espécie de bolha de proteção em torno dos astronautas, a BioSuit funciona com um mecanismo mecânico de contra-pressão, que utiliza camadas extremamente fortes de material ao redor do corpo do astronauta, protegendo-o do vácuo do espaço. O segredo consiste em manter a roupa colada ao corpo, mas com liberdade quase total.
A nova roupa espacial, batizada de BioSuit, tem tudo para ser a predileta do Homem Aranha, mas ainda não está pronta para ser testada no espaço. Os pesquisadores esperam que o traje esteja completamente desenvolvido dentro de 10 anos, quando deverão começar os vôos de volta à Lua.
Para poder ser utilizada no espaço, a BioSuit deverá ser capaz de gerar pelo menos um terço da pressão atmosférica terrestre, o equivale a cerca de 30 kPa (kilopascals). O protótipo atual já atinge 20 KPa.