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Primeiros sinais SETI do Kepler não são aliens

Interferências oriundas da Terra

Equipe UFO

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Amostra de outro sinal, captado em meados de 2011
Créditos: SETI League

Aqui está a boa notícia: você pode desligar a música de Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977) que vem tocando ultimamente. A má notícia veio junto, mas pode ser passageira: ainda não encontramos alienígenas.

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O projeto Search for Extraterrestrial Intelligence [Busca por Inteligência Extraterrestre, SETI] iniciou suas primeiras análises de seus scans dos 86 candidatos a exoplanetas descobertos pelo telescópio espacial Kepler. Os cientistas da Universidade da Califórnia, Berkeley, anunciaram nesta semana que o SETI encontrou seu primeiro lote de “hits” nos dados [Veja Possível transmissão alienígena de radiofrequência detectada pelo SETI]. No entanto, análises adicionais mostraram que os sinais dos primeiros candidatos são simplesmente “interferências de frequências de rádios terrestres”.

Mas isso não é necessariamente uma coisa ruim. “Mesmo que esses sinais sejam interferências terráqueas, detectando eventos com características semelhantes ao que esperamos [de tecnologia extraterrestre] é uma boa indicação de que os primeiros passos de nossos algoritmos de detecção estão funcionando corretamente”, diz uma postagem no blog do site do SETI.

Neste caso, a frequência estreita de deslocamento do sinal observado corresponde as características que os pesquisadores estavam à espera de ver em um sinal de rádio artificial gerado a partir do espaço. Todavia, essas peculiaridades também são compartilhadas pelos sinais de rádio criados a partir de satélites humanos em órbita própria da Terra.

Para testar se os sinais de rádio foram realmente extraterrestres, ou apenas nós, os pesquisadores moveram o telescópio, que estavam usando para fazer a varredura dos céus. Afinal, se a \’mensagem\’ está sendo gerada por uma fonte no espaço, em seguida, apontando o telescópio para outros lugares eliminaria sua capacidade para detectá-las. No caso de sinais descoberto pelo SETI, porém, eles persistiram: significa que um satélite humano lançado foi gerando um sinal forte o suficiente para ser captado pelo telescópio, independentemente para onde ele estava apontando.

Em suma, ainda não há extraterrestres do outro lado da linha.

O projeto SETI planeja continuar a analisar os cerca de 50 terabytes de dados gerados a partir de suas observações com o Kepler, e o grupo irá atualizar seu blog com todos os resultados adicionais que surgirem durante os próximos meses.

crédito: NASA/Kepler

Ilustração do telescópio Kepler

Ilustração do telescópio Kepler


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