É comum acreditar-se que a chamada Era da Ufologia Moderna, momento este iniciado após o avistamento de Kenneth Arnold, em 1947, de uma esquadrilha de UFOs próxima ao Monte Ranier, nos Estados Unidos, foi o início da pesquisa ufológica mundial. Talvez esta data tenha sido a oficialização do movimento ufológico, que parece ter sido unificado em prol das pesquisas e registros de casos que ocorreram aos milhares em todos os países do mundo. Mas desde quando existem as evidências da presença extraterrestre na Terra? Quando foram observadas pela primeira vez?
Os estudos ufoarqueológicos levam a crer que a milhões de anos atrás, muito antes de o Homo sapiens habitar este planeta, ele já poderia estar sendo visitado por seres de outros planetas. Não raro, nos deparamos com estranhos desenhos em cavernas existentes em todos os continentes, nas pinturas antigas da Idade Média, tapeçarias medievais e nos milhares de monumentos sagrados de todas as civilizações conhecidas, além dos petroglifos [Desenhos em pedras], também espalhados pelo mundo. Podemos encontrar ainda figuras inexplicáveis em afrescos e pinturas, moedas antigas, artefatos de civilizações extintas, construções fabulosas dos grandes impérios do passado como, por exemplo, os egípcios, as civilizações pré-colombianas, hindus, indianos, tribos indígenas, esquimós e muitos outros povos. Em todos os casos, existem indícios da visita de divindades, seres alados, figuras majestosas, objetos voadores, carruagens e bolas de fogo, assim como os vimanas [Veículos dos deuses da Índia e China antigas], máquinas e objetos sagrados, entre tantos e tantos artefatos estranhos descritos em escrituras e livros sagrados. Praticamente toda a história da Terra é rodeada por lendas e mitos citando entidades. Sabe-se claramente que a ciência tradicional é bastante avessa à idéia dos chamados “Deuses Astronautas”, tanto que se baseia em dados obtidos através de provas científicas de uma determinada era, como a que vivemos hoje.
Porém, eles são restritos à nossa tecnologia e ao nosso conhecimento científico atual. Sabe-se, por exemplo, que quando se cogitou a invenção da ferrovia, questionava-se a possibilidade do homem conseguir sobreviver a uma velocidade superior a 30 km/h. Quando o cientista norte-americano Tomas Alva Edson (1847-1931) inventou e, através de um colega, apresentou à comunidade científica o primeiro fonógrafo, os dois foram acusados de ventriloquismo, pois a ciência afirmava que um vil metal jamais poderia imitar a voz humana.
Outro caso famoso foi do pesquisador Antoine Lavoisier (1743-1794), considerado o precursor da química moderna, que ousou afirmar que a água era uma substância composta, indo contra a afirmação da ciência que a considerava um elemento químico. Lavoisier queria provar ainda que não existiam meteoritos, declarando que “não podem cair pedras do céu porque não há pedras lá”. Simon Newcomb, por sua vez, afirmava que os aviões não poderiam voar, visto que é impossível o vôo de um objeto mais pesado que o ar. Casos assim estão espalhados pelo mundo e em todas as eras em que a área científica repele a ficção, sem, no entanto, se lembrar que a ficção de um século pode se tornar a ciência do seguinte. Indo à contramão da realidade proposta pelos cientistas caminha o estudo da Ufoarqueologia, que procura indícios em toda a história e pré-história da humanidade da passagem de seres inteligentes vindos de outros sistemas, galáxias ou astros distantes, sendo apenas alguns entre os milhões de possíveis planetas habitados em nosso universo sem fim. É um caminho difícil, pois lida diretamente com dogmas e afirmações consideradas exatas, pelo menos até que se prove o contrário. Vejamos alguns exemplos arqueológicos.
Val Camonica — São encontradas imagens de um possível “astronauta” talhado em uma rocha pré-histórica, localizada perto de Capo di Ponte, norte da Itália, na região de Val Camonica. Os detalhes que chamam a atenção são os capacetes das criaturas e as antenas, além dos estranhos objetos em suas mãos.
Gigante do Atacama — Imagem que representa a divindade conhecida como Viracocha [Que significa o criador de todas as coisas], deus dos Tiwanakotas e os Incas. Possui 120 m de comprimento, sendo também observado com perfeição do alto do Deserto do Atacama, norte do Chile. A idade aproximada é de mil anos.
Gigante australiano — Um desenho escavado no solo desértico da Austrália, que tem cerca de 4 km de comprimento. Também é conhecido como Marree Man, por estar localizado a 60 km da cidade de Marree, no centro-sul do país. Observado de grande altura, a figura lembra um homem segurando uma lança. Foi vista pela primeira vez pelo piloto Trec Smith durante um vôo de rotina.
Planície de Nazca — Estranhas imagens são vistas do alto desta planície. Pesquisadores já encontraram várias marcas quilométricas no solo e trilhas com paralelismo absoluto. Um enigma indecifrável do passado.
O Templo de Abydos — Antigos hieróglifos mostram que definitivamente uma civilização com alta tecnologia existiu anteriormente à egípcia. Tais figuras foram encontradas no templo Seti I, na cidade de Abydos, às margens do Rio Nilo, no Egito. Representam diversas máquinas, incluindo principalmente um helicóptero.
O ser do Templo de Saquara — Próximo à pirâmide de Saquara existe em outro templo uma pintura egípcia datada de 2.000 a.C., em que se observa um ser com grandes olhos amendoados. É interessante ressaltar que tal imagem tem muita semelhança com os alienígenas retratados pela casuística ufológica mundial, principalmente os extraterrestres do tipo grays [Cinzas].
A pirâmide de Gisa — Talvez esta seja a mais suntuosa obra de todo o planeta. A grande pirâmide é, sem dúvida, o maior mistério da Terra. Tem características insólitas como a soma de seus lados, multiplicada por 1 milhão obtém-se a distância da Terra ao Sol, ou seja, 149.500 milhões de km. Apresenta 53 mil m², pesa 6.500 milhões de toneladas, possui 2.300 blocos de pedra, sendo que cada um tem 2.500 Kg. Cientistas descobriram que se a circunferência de pirâmide for dividida pelo dobro de sua altura é possível encontrar o famoso número matemático Pi, que equivale a 3,1416. Isso foi descoberto somente no século XVI. Então, soube-se que 2 mil operários carregando 10 blocos por dia, por exemplo, levariam em média 664 anos para concluir sua construção.
Aviões no antigo Egito — No museu do Cairo estão em exposição alguns artefatos do antigo Egito, descobertos durante escavações arqueológicas realizadas em 1891, perto da pirâmide de Saquara. Os objetos expostos, interpretados como sendo brinquedos, são perfeitas maquetes de aviões.
A Porta do Sol — No planalto boliviano, a 3.800 m acima do nível do mar, encontra-se a famosa Porta do Sol, esculpida em uma única pedra que pesa cerca de 10 toneladas e que tem resistido ao tempo. As 48 figuras talhadas rodeiam um deus Viracocha em vôo. Pesquisadores estimam que as ruínas tenham mais de 3 mil anos.
Ídolo Tihuanacota — Este grande ser das ruínas do sítio arqueológico Tiahuanaco, na Bolívia, tem registrado em seu corpo dados astronômicos que cobrem um imenso período de tempo, sendo um dos grandes mistérios da cultura boliviana.
A cultura Tolteca — Era muito avançada e além de incorporar elementos da civilização de Teotihuacán, como o calendário e os sinais gráficos, dispunha de notáveis conhecimentos astronômicos e medicinais. A metalurgia e a ourivesaria [Trabalho com objetos de ouro ou prata] também se desenvolveram. Chac Mool, divindade Tolteca conhecida como o Mensageiro dos Deuses, é representada sob a forma de uma figura reclinada com as pernas dobradas, tendo nas mãos um recipiente para as oferendas. Esta escultura pertence ao Templo dos Guerreiros em Chichén-Itzá.
A cultura Olmeca — Enquanto outros povos do México ainda permaneciam em uma fase primitiva, os Olmecas construíram templos e pirâmides, esculpiram estátuas em alto-relevo em pedras e deram forma a uma religião e organização social que marcariam as grandes culturas clássicas. Alguns pesquisadores acreditam que é provável que o famoso Calendário Maia seja originário da cultura Olmeca.
A Civilização Asteca — Este povo era considerado o mais civilizado e poderoso da América pré-colombiana, controlando um enorme império que se estendia pela região meso-americana – área cultural que compreendia parte do México e da América Central. Tinham como seu rei Montezuma, que possuía conhecimentos adquiridos dos deuses. Além disso, Quetzalcoatl era um deus adorado pelos Astecas, que após conviver com os mesmos e lhes passar vários ensinamentos voltou para as estrelas.
A Civilização Inca — São notáveis os trabalhos de arquitetura e engenharia desse povo. As monumentais construções de pedra eram de grande simplicidade e beleza, embora não utilizassem o arco, a coluna e a abóbada. Cultuavam o deus Viracocha, sendo o ser supremo de civilizações pré-incaicas e visto como herói civilizador, criador da Terra, dos homens e animais. Apu Illapu, era uma divindade agrícola, senhor dos raios e da chuva, sendo protetor dos guerreiros e camponeses.
A Civilização Maia — Os Maias ocuparam a América Central por mais de 20 séculos e atingiram um alto grau de evolução no que se refere ao conhecimento da matemática e astronomia. Também desenvolveram o sistema de escrita hieroglífica, o Calendário Maia e uma astronomia altamente sofisticada. Os sacerdotes, detentores do saber, eram responsáveis pela organização do calendário e a interpretação da vontade dos deuses, por meio de seus conhecimentos dos astros e da matemática. Os Maias conheciam o movimento do Sol, da Lua e de Vênus – e provavelmente de outros planetas. Suas construções lembravam observatórios astronômicos.
A cidade perdida de Machu Picchu — Apresentava uma arquitetura muito evoluída para a época. As ruínas ficam em uma montanha a 2.560 m de altura acima do nível do mar e guardam a cultura de uma sociedade que foi exterminada pela colonização, com fantásticas construções em pedra entre montanhas e vales. É conhecida não só pela beleza e importância histórica, mas por suas supostas energias cósmicas. O local mais importante de Machu Picchu era o Templo do Sol. Originalmente muito bem protegido pelos Incas, só podia ser visitado pelos sacerdotes e escolhidos.
Antelope Springs — Marcas de um par de pés calçados, encontradas no Estado de Utah, nos EUA. O ser que deixou estas pegadas esmagou um trilobite – classe extinta de artrópodes da Era Paleozóica que possuem um leve parentesco com escorpiões e aranhas. Tal espécie está extinta a pelo menos 440 milhões de anos.
O bisonte de Moscou — No Museu de Paleontologia de Moscou, Rússia, encontra-se em exposição o crânio de um bisonte, que apresenta algo curioso. Segundo os especialistas russos, a perfuração encontrada no mesmo foi feita por um tipo de bala em alta velocidade há 8 mil anos. Os investigadores ainda não conseguiram obter qualquer explicação para o sucedido, pois a pólvora foi inventada pelos chineses somente no século VII, no ano 618 de nossa era.
Tapeçaria do século XV — Tal arte mostra cenas da vida de Nossa Senhora e um objeto em forma de disco voador sobre a cidade.
Tapeçaria francesa (1538) — Uma representação do dia-a-dia na vida de Maria e no céu dois objetos voadores de formato discóide.
Mosteiro de Decani — Nas pinturas da basílica, datadas de 1350, podemos constatar a existência de alguns pormenores intrigantes. Situado junto ao vale do Rio Decanska Bristica, em Kosovo, a 20 km ao sul da cidade de Pec, encontramos o Mosteiro de Decani, de monges ortodoxos. Lá podem ser encontrados afrescos representando a crucificação de Cristo, que eventualmente nos fornecem a indicação da existência de algo que foi visível na época em que foram pintados, isto é, naves e seus respectivos tripulantes.
Escultura milenar — Um objeto em exposição no Museu de Arqueologia de Stambul, Turquia, com idade estimada de 3 mil anos, foi encontrado em uma escavação em Toprakkale. Segundo alguns cientistas o formato deste artefato lembra o desenho da nave Space Shuttle, o primeiro veículo aeroespacial da Agência Espacial Norte-Americana (NASA).
Estatuetas Tokomai — Em meados do século XX, alguns estudiosos procederam a escavações arqueológicas no Japão, na Ilha de Hondo. Como resultado, foram descobertas várias estatuetas estranhas, de 60 cm de altura por 15 cm de diâmetro, com milhares de anos. Todas representam um deus, com uma espécie de capacete, tipo escafandro para mergulho. Os detalhes das roupas podem ser comparados aos modernos trajes espaciais.
A cripta de Palenque — O túmulo do deus alado maia Pakal Votan, descoberto em 1952, apresenta em baixo relevo na laje a figura de uma pessoa com ve
stes tradicionais da região. Ela está dentro de um compartimento, rodeada de vários símbolos semelhantes a botões. A grosso modo parece que estamos perante a representação de um astronauta comandando uma cápsula espacial.
A pintura rupestre de Fergana — Próximo ao Vale de Fergana, no Uzbequistão, existe uma estranha pintura rupestre com cerca de 10 mil anos. A Academia das Ciências de Moscou tem uma cópia desta imagem que apresenta um ser estilizado com um estranho capacete de vários arcos.
O grande “deus marciano” — No Deserto do Saara, na região de Tassili, foi encontrada uma pintura em rocha com 6 m de altura. O que mais chama a atenção é o detalhe da cabeça do ser, que tem o formato de capacete, mostrando incrível semelhança aos trajes espaciais modernos. Por esse motivo recebeu o sugestivo nome de Gigante Marciano.
A pilha de Bagdá — No museu iraquiano da cidade de Bagdá, encontra-se exposto um estranho objeto encontrado em 1936, em ruínas que datam de 250 a.C. O artefato em questão é constituído por um recipiente, de argila, tendo em seu interior um cilindro de folha de cobre, com uma vareta de ferro no meio.
O mapa de Piri Reis — Em 1513, o almirante turco Piri Reis publicou um tratado com uma série de cartas marítimas que, por sua vez, tinha copiado de outras muito mais antigas. Os documentos tinham uma exatidão impressionante no que tange aos contornos da Antártida, que só foram possíveis de determinar com alguma exatidão a partir da década de 40, do século XX, com o auxílio de preciosos recursos aéreos e satélites.?Este mapa foi baseado em outro que teria sido desenhado há 6 mil anos, antes do gelo cobrir o continente.
A Madonna e San Giovannino — Pintura do século XV em que se pode ver claramente um objeto voador de formato discóide no céu. Além disso, ao fundo, encontra-se um pastor que observa o artefato.
Deus australiano — Uma pintura rupestre de milhares de anos encontrada em Kimberley Ranges, Austrália, mostra uma divindade com algo parecido com um capacete. No entanto, não é possível ver os olhos e a boca do mesmo. Além disso, ele aparece numa túnica cobrindo todo seu corpo.
A descrição do mundo — Em um dos volumes da coleção Descrição do Mundo, do almirante Joan Blaeu, publicada em 1660, um desenho de dois círculos brilhantes no céu ilustra a descrição de um objeto que se movia lentamente e foi visto por dois navios holandeses em alto-mar. O artefato parecia ser feito de discos distintos, de tamanhos diferentes e que brilhavam ou refletiam a luz do Sol. A coleção de Blaeu é composta de uma coletânea de artigos feitos por diferentes autores. Prima pelos detalhes de suas informações cartográficas e a descrição de fenômenos marítimos.
Petroglifo australiano — Investigado pelos irmãos Leyland, na Austrália, o petroglifo que tem entre 10 e 15 mil anos de idade, mostra claramente um indivíduo vestindo um capacete e uma roupa com zíper frontal. Ele parece sair do interior de um objeto esférico com tripé, pois ao fundo existe a representação de uma pequena nave.
Geodo de Olancha — Encontrado no dia 13 de fevereiro de 1961, próximo ao Lago Owens, na região de Olancha, na Califórnia, contendo em seu interior uma peça metálica manufaturada, cujas características assemelham-se a uma vela de ignição para um motor a explosão. Estima-se que este artefato tenha milhares de anos. O geodo é um tipo de rocha globular no interior da qual se formam cristais, geralmente são o quartzo ou a ametista.
A máquina de Antiquitera — Submersa no mar por muitos anos, foi encontrada no ano de 1900 por mergulhadores gregos dentro de um navio mercante que afundou no litoral da Grécia. A princípio, este objeto parecia não ter maior importância, mas posteriormente descobriu-se que era na verdade um planetário fabricado em 78 a.C. – data que estava identificada no artefato. O mais impressionante é que as engrenagens diferenciais só foram inventadas em 1575, no entanto, parecia já ser conhecida por quem fabricou tal peça.
Divindade mexicana — Uma deusa encontrada em Tlapacoya, México, há cerca de três milênios, nos traz em sua vestimenta apetrechos que lembram roupas de astronautas. É possível identificar um capacete e uma espécie de cinto em seu corpo.
Divindade colombiana — Escultura de pedra de um deus desconhecido, datada de mais ou menos 3 mil anos. Os apetrechos de um astronauta são bastante evidentes, mostrados claramente no capacete e no visor do ser.
Stonehenge — É o mais antigo observatório astronômico da Terra, com milhares de anos. Encontra-se na Inglaterra e seus construtores não são conhecidos. Entretanto, o lugar é coroado de lendas. Grandes monolitos de pedras foram trazidos de longas distâncias para construir tal maravilha, o que até nos dias de hoje seria muito difícil, mesmo utilizando nossos mais avançados recursos tecnológicos.
Crucificação de Cristo — Pintura do século XVII, exposta na Catedral Svetishovelli, em Mtskheta, na Geórgia, retrata o momento da crucificação de Jesus. Ao fundo é possível notar dois objetos discóides que alçam vôo das laterais do Cristo na cruz.
A prova do carbono 14 para datação de matéria orgânica
por José Estevão de Morais Lima
A datação pelo processo do carbono 14 (C-14) é uma das formas de se indicar a idade de um determinado fóssil, desde que seja realizada em tecidos orgânicos. Como é possível conhecer a idade dos restos encontrados por paleontólogos? De que forma é realizada esta prova? O químico Willard Libby, descobridor desta técnica na década de 40, percebeu que a quantidade de C-14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a um ritmo constante com o passar do tempo. Assim, a medição dos valores do mesmo em um objeto nos dá pistas quase exatas dos anos decorridos desde sua morte. Tal procedimento pode ser aplicado em madeira, sedimentos orgânicos, ossos e conchas marinhas, ou seja, todo e qualquer material que conteve carbono em alguma de suas formas, até mesmo o próprio elemento químico.
Como o exame se baseia na determinação de idade de um fóssil através da quantidade de carbono 14, só pode ser usado para datar amostras que tenham até 70 mil anos de idade, por ser um isótopo radioativo instável [Também conhecido como radioisótopo, é um elemento que se desintegra emitindo radiação]. Libby então utilizou em 1947 o Contador Geiger [Aparelho usado para calcular certas radiações ionizantes como partículas alfa, beta ou radiação gama e raios-X] para medir a radioatividade do C-14 existente em v
ários objetos. O cientista reuniu artefatos de idades conhecidas, com base em documentos históricos, e comparou com os resultados de sua radiodatação. Os diferentes testes realizados demonstraram a viabilidade do método até cerca de 70 mil anos, pois após este período a quantidade do elemento começa a ser pequena demais para uma datação precisa. O C-14 é produzido a partir da ação dos raios cósmicos sobre o nitrogênio 14 e é absorvido pelas plantas.
Quando estas são ingeridas pelos animais, o elemento passa a integrar os tecidos, onde se acumula. Ao morrer, este processo se detém e o isótopo começa a desintegrar-se para converter-se de novo em N-14. A partir desse momento, a quantidade de carbono 14 existente em um tecido orgânico se dividirá pela metade a cada 5.730 anos. Depois de uma extração, o objeto deve ser protegido de qualquer contaminação que possa mascarar os resultados. Feito isso, leva-se ao laboratório, onde se contará o número de radiações beta produzidas por minuto e por grama de material. O máximo são 15 radiações, cifra que se dividirá por dois em cada período de 5.730 anos de idade da amostra. A partir disso é possível saber a idade de todo e qualquer fóssil.