
Nosso entrevistado desta edição é notadamente conhecido no cenário ufológico como uma pessoa polêmica.Enfático em suas afirmações e dotado de uma sinceridade muitas vezes desconcertante, o ex-ufólogo Carlos Reis já provocava discussões sobre os rumos da Ufologia em março de 2000 (e até antes disso), quando publicou em UFO 70 o artigo Para Onde Caminha e Qual é o Futuro da Ufologia Brasileira, com o qual ganhou o Prêmio Cindacta na categoria de Melhor Matéria desta publicação, naquele ano. “Se a Ufologia pudesse ser comparada a um paciente de hospital, o quadro seria crítico: internada na UTI, míope, arrítmica, capenga, desorientada, com grave insuficiência respiratória, dificuldade de comunicação e quase surda”, já disparava na época, demonstrando seu claro ceticismo para com o futuro desta disciplina.
Essa desmotivação com os rumos da Ufologia, aliada a fatores pessoais, o afastou do circuito ufológico. Reis passou a buscar, então, outros conhecimentos que pudessem responder às suas inquietantes perguntas. E foi “olhando para dentro”, segundo ele, que começou a encontrar as respostas. Em seu livro Os Portais do Santuário, lançado recentemente pela Biblioteca Esotera, ele trata do exercício e aprendizado que motivou sua transformação, e convida o leitor a uma sincera reflexão de suas convicções e — por que não? — a uma mudança de paradigmas. Na entrevista a seguir, Reis nos conta como aconteceu essa transformação, trata do insistente acobertamento ufológico por parte das autoridades, do uso da hipnose na Ufologia e dos cuidados que os pesquisadores devem ter em seu relacionamento com a imprensa.
Quando você começou a se interessar por Ufologia, o que lhe parecia mais intrigante? Inicialmente, meugosto pela Ufologia era apenas curiosidade, achava um tema interessante e por isso sempre o olhei com muito respeito e seriedade. Mas somentepassei a pesquisar e a estudar com mais profundidade quando comecei a adquirir livros e revistas sobre o assunto. Daí em diante entrei definitivamente no circuito, permanecendo nele até o início dos anos 90, portanto,durante 20 anos. Não dá para destacar o que era mais intrigante em um conjunto de dados e informações que me eram totalmente desconhecidosà época, mas um fato me chamava à atenção: o elevado número de tipos de naves e seres que eram relatados e mostrados na literatura! Isso para mim era espantoso e deveria haver uma explicação.
Depois de 20 anos debruçado nos livros, nas pesquisas, na reflexão que o tema exigia, deduzi que ele não me apresentava nenhum progresso real, eu estava literalmente andando em círculos, sem chegar a lugar algum
Por que você saiu da Ufologia? Essaé uma longa história, mas vou tentar resumi-la. Na verdade, esse “abandono” não foi de uma hora para outra, como podem pensar alguns colegas, mesmo porque desde 1986 eujá demonstrava insatisfação com os rumos que a minha própria pesquisa vinha tomando. Aos poucos fui deixando de pesquisar os UFOs para me ocupar mais com a análise comportamental, psicológica e filosófica das testemunhas envolvidas. Depois de 20 anos debruçado nos livros, nas pesquisas, na reflexão que o tema exigia, deduzi que ele não me apresentava nenhum progresso real, eu estava literalmente andando em círculos. Como uma das minhas ocupações na Ufologia era fazer palestras e escrever matérias para as revistas, eu tinha a sensação que não havia mais nada a apresentar. Foi então que, num dado momento, diante de algumas circunstâncias muito especiais, que não cabe aqui discutir, tomei a decisão de me desligar da Ufologia. Em outras palavras, parei de pesquisar o exterior e passei a estudar o interior.
O que falta para um efetivo reconhecimento da veracidade dos fenômenos ufológicos por parte das autoridades brasileiras e mundiais? Mas quem disse que as autoridades não reconhecem a veracidade dos fenômenos ufológicos? Tanto é verdade que é sabido que, em todo o mundo, organismos especialmente criados pelos governos dedicam-se integralmente a pesquisar todos os acontecimentos relacionados ao tema. Mas entre pesquisar e vir a público abrir os arquivos vai uma distância enorme. Esqueça. Jamais farão isso, e se porventura o fizerem, quem garante que as informações dadas não terão sido manipuladas, forjadas, ocultadas? É do próprio interesse dessas autoridades manter o suspense. Vide o Caso Varginha.
A população não estaria preparada para saber a verdade? Preparada para o quê? O que é que há para revelar que possa causar pânico, histeria, comoção, medo?Eu sempre defendi a hipótese de que as autoridades sabem tanto quantoos pesquisadorescivis. Talvez um pouco mais, porém nada de tão extraordinário. Não creio em revelações bombásticas.
Então por que não abrem definitivamente o jogo e, principalmente, os arquivos secretos? Por que é tão importante manter o suspense? Jamais farão isso porque não é interessante. Já poderiam ter feito há muito tempo se quisessem, não faltou oportunidade. Desde 1954 as autoridades encaram a Ufologia como um assunto espinhoso. E a esta altura, como não creio que haja informações explosivas a serem reveladas, abrir os arquivos secretos pode se transformar numa retumbante decepção, daí a necessidade de se manter o suspense.
Em seus estudos e pesquisas, qual foi a ocorrência ufológica mais impressionante? Bem, houve um fato marcante para a Ufologia Brasileiraque repercutiu favoravelmente em todo o mundo: a aparição de 21 objetos não identificados na noite de 21 de maio de 1986 na região de São José dos Campos (SP). Eles foram monitorados pelos radares e perseguidos por caças da Força Aérea. Esse acontecimento provocou um pronunciamento do próprio ministro da Aeronáutica e uma tomada de posição sobre o assunto. Mas ficou por isso mesmo. O tal relatório oficial que ficou de ser dado em 30 dias nunca apareceu… Mas que foi um momento histórico, foi.
E a maior fraude? Em se tratando de uma pesquisa pessoal, eu diria que foi o caso da Barra da Tijuca, que, aliás, parece ter sido definitivamente desmascarado através do livro Cobras Criadas, de Luiz Maklouf Carvalho. Quando publiquei uma matéria discutindo o caso, em 1984, depois de ter analisado as fotos, obtido uma pesquisa feita por computador e corrigido os desenhos originais elaborados pela Aeronáutica, muita gente se voltou contra mim, dizendo que eu estava prestando um desserviço à Ufologia. Parece que o tempo agora vai me dar razão. Uma outra fraude monumental, sem dúvida, é a do suíço Eduard Meier.
Você acredita que seres alienígenas já estejam entre nós? Fisicamente não, em absoluto, mas há a possibilidade de outras entidadesestarem convivendo conosco, porém em outras dimensões ou mundos paralelos, se você preferir. Essa sim é uma possibilidade plausível, e até poderia explicar determinadas e muito esporádicas aparições. Mas dizer que “eles” estão por aí se fazendo passar por humanos, na minha opinião, de forma alguma.
Em muitas ocorrências ufológicas a análise é prejudicada pelo fato de que as vítimas não se lembram do que aconteceu. Você acredita na hipnose como uma técnica de pesquisa realmente confiável, principalmente nesses casos? Eu tive oportunidade de acompanhar algumas sessões de hipnose e sei da importância e da seriedade dessa prática, quando bem conduzida pelo ministrante. Acho que é extremamente útil se puder ajudar uma pessoa supostamente envolvida a superar seus medos e possíveis traumas. Mas a própria hipnose também tem suas limitações e deficiências, e aí há que se ter muito cuidado no momento da pesquisa, por vários motivos: evitar indução das respostas, não ultrapassar nem os limites éticos nem a própria individualidade do pesquisado, não tirar conclusões precipitadas, não forçar a pesquisa com o intuito de obter as respostas que se deseja.
Quando eu publiquei uma matéria discutindo o Caso Barra da Tijuca, em 1984, muita gente se voltou contra mim, dizendo que eu estava prestando um desserviço à Ufologia
Essa isenção na pesquisa é realmente possível? Não só é perfeitamente possível como absolutamente necessária, imprescindível e obrigatória! É uma questão de princípios, de ética e moral. É óbvio que essa postura se aplica à pesquisa ufológica como um todo e não apenas à hipnose. Qualquer interferência, por menor que seja, cria uma situação tendenciosa, distorcida e que poderá se desenrolar por caminhos tortuosos. Por isso, todo cuidado é pouco.
No artigo Para Onde Caminha e Qual é o Futuro da Ufologia Brasileira, publicado em UFO 70 (março de 2000), você afirmou que durante uma conferência constatou que absolutamente nada de novo havia sido acrescentado à Ufologia. “Em outras palavras, mudaram só os nomes, porque os temas continuaram exatamente os mesmos, reformados para dar uma conotação atualizada ao debate, porém estagnados na essência”, foi o que afirmou. E hoje, após quase dois anos, como você analisa a conjuntura ufológica? A Ufologia continua internada na UTI? Até onde tenho acompanhado os acontecimentos, o cenário não mudou em absolutamente nada, e confesso que não vejo nenhuma perspectiva de que vá mudar para melhor. Analisando criticamente, pergunto: após 10, 20 ou 30 anos dentro de uma dada linha investigativa, que pesquisador teria coragem de jogar tudo para o alto e recomeçardo zero, iniciando seu trabalho por um prisma totalmente novo? E se tivesse essa coragem, começar por onde? Para quê? Ele (o ufólogo) já está tão convenientemente acomodado em seus princípios, já fez seu nome na mídia, é reconhecido pelos seus pares, que a esta altura dar uma guinada em tudo isso… Certamente ele dirá que não vale a pena. A Ufologia está e vai ficar por muito tempo ainda na UTI. Quando, como e se vai sair de lá, não sei… E é bom frisar que essa matéria a que você se refere é uma releitura de outra mais antiga, portanto, há anos eu defendo essa posição. Quer um exemplo? Em outubro passado participei de um simpósio ufológico quando do lançamento do meu livro Os Portais do Santuário, e as palestras apresentadas trataram de quais assuntos? Tunguska, acobertamento militar e Chupacabras. Ou seja, a mesma coisa que já se falava na década de 70! Que tipo de renovação é essa?
A comunidade ufológica ainda estaria investigando o Fenômeno UFOpor uma perspectiva equivocada? Como o assuntoUFO surgiu de uma forma inesperada, abrupta, sem nenhum aviso, as primeiras investigações começaram naturalmente pendendo para um lado só: se o objeto aparece no céu, voa, e não é conhecido, entãosó pode ser extraterrestre, e todos os olhos se voltaram, durante muitos anos, exclusivamente para essa hipótese. Somente com o passar do tempo é que outros trabalhos começaram a levantarnovas teorias, propor outras linhas de pesquisa, mas a base principal já estava assentada — e a grande maioria dos ufólogos ainda segue por essa trilha. Não sei se a palavra equivocada é adequada para definir a perspectiva, eu diria que é preciso estar aberto também a outras possibilidades, aprofundar a reflexão sobre o tema. Não é uma tarefa fácil, realmente, mas se não for feita, então, como disse naquela matéria, continuaremos os próximos 40 anos a ver luzinhas no céu.
Uma revisão das metodologias de pesquisa, e até mesmo de convicções no campo da análise ufológica, um “olhar para dentro”, como o que nos propõe em seu livro Os Portais do Santuário, poderia apontar novos caminhos? Em princípio, eu não apontaria vínculos diretos entre Os Portais e a pesquisa ufológica, mas se considerarmos que “olhar para dentro” inevitavelmente resulta em mudança de paradigmas, então, neste sentido sim, o livro pode apontar novos caminhos. Nesse caso, o capítulo Admirável Mundo Novo é o melhor referencial, pois expressa a importância e a necessidade de preparar o indivíduo desde a mais tenra idade para os mistérios da vida, entre os quais se inclui naturalmente a Ufologia.
Ainda no mesmo artigo, você reafirma a importância de trazer a Ufologia à ordem do dia, estampar manchetes, convocar a mídia, para não deixar que caia no esquecimento. Mas diante dos últimos acontecimentos (o Caso Tiazinha, por exemplo) e dos falsos contatados amplamente divulgados pela imprensa como privilegiados conhecedores dos assuntos ufológicos, ainda vale a pena buscar respaldo na mídia? É importante para a imprensa trazer o assunto à tona, criar a polêmica, porque ela vive disso — de notícias —, e se nada de interessante estiver acontecendo, há que se fabricar os fatos. Por isso o papel da imprensa é fundamental como formadora de opinião. Mas a imprensa séria, responsável e ética sabe que a informação precisa ser repassada com honestidade, integridade, isenta de tendências de qualquer natureza. Mas infelizmente não é o que ocorre. Por mais que os ufólogos se empenhem em divulgar com consciênciaos fatos dessa natureza, parte da imprensasempre vai abordar o assunto através de manchetes sensacionalistas, buscando alcançar elevados índices de audiência e vendagem. No caso da Tiazinha, por exemplo, o ufólogo Claudeir Covo foi convidado por um conhecido programa de auditório dominical a falar sobre o assunto, na presença da testemunha. Como nos bastidores eleantecipou as conclusões de sua pesquisa, e elaseram contrárias aos interesses da emissora, sua presença no palco foi abortada sob a alegação de que a protagonista não chegaria a tempo. Ela não só se apresentou como deu a sua versão dos fatos, e tudo ficou por isso mesmo. Isso não é mídia, é circo. Com todo respeito ao Circo.
Um corajoso convite à reflexão
Ao contrário do que clamam os profetas do “Ó que saudades que eu tenho da aurora da minha vida”, poucas vezes se viveu uma época tão rica espiritualmente quanto os dias de hoje. Em amplitude e profundidade, talvez somente a explosão religiosa dos primeiros séculos do cristianismo possa lhe ser comparada. Na época, místicos e pensadores combinavam a filosofia grega, o cristianismo nascente, às religiões mistéricas da Grécia e Egito, magia e hermetismo, conceitos hindus e até budistas para produzir sínteses do conhecimento espiritual. Embora vazadas numa linguagem altamente especulativa, conceitual, sua finalidade era fornecer subsídios para a compreensão de uma experiência interior, de contato imediato com Deus, o espírito, o ser, a realidade absoluta.
Esse momento único na história passou. De escada destinada a nos conduzir em direção ao seu próprio centro, o aparato religioso transformou-se numa estrutura rígida que, na maioria das vezes, não tinha outra finalidade senão a autopreservação — como uma ameba, cujo objetivo mais elevado é produzir novas amebas. Assim, quando chegamos à Idade Média, um vidro obscurecido interpõe-se entre nós e a iluminação original de um Moisés, um Jesus, um Maomé.
Com a dissolução das instituições, a religião não desaparece, como apregoam os alarmistas, mas refugia-se naquele que desde o princípio deveria ter sido o seu lugar de eleição: o coração humano
É o advento da modernidade que vai mudar isso. Não porque as luzes da razão nos permitiam ultrapassar as superstições religiosas, como alegavam os iluministas, mas porque, como dizia Karl Marx, a Era Moderna se caracteriza por uma ininterrupta perturbação das relações sociais: “Todas as relações fixas, imobilizadas, com sua aura de idéias e opiniões veneráveis são descartadas; todas as novas relações, recém-formadas, se tornam obsoletas antes que se ossifiquem. Tudo que é sólido desmancha no ar, tudo o que é sagrado é profanado, e os homens são finalmente forçados a enfrentar com sentidos mais sóbrios suas reais condições de vida e sua relação com outros homens”. Embora essa revolução constante obedeça a motivos pragmáticos, ela inevitavelmente corrói o dogmatismo e as estruturas de dominação religiosa, libertando a centelha de luz que eles aprisionavam. Com a dissolução das grandes instituições, a religião não desaparece, como apregoam os alarmistas, mas refugia-se naquele que desde o princípio deveria ter sido o seu lugar de eleição: o coração humano.
Paralelamente a isso, explodem as paredes dos guetos espirituais nos quais a humanidade se achava confinada. Um cristão não precisa mais acreditar que as religiões ditas pagãs são artes do demônio. Reconhece-se que todos os deuses são personificações, pseudônimos, máscaras de um mesmo espírito divino e universal. Deus torna-se aquilo que os místicos sempre disseram que era: o fundamento da alma. Para encontrá-lo não é preciso vagar pelo mundo, de templo em templo, ouvindo cada sacerdote no caminho, mas mergulhar no interior de si mesmo. É lá, no núcleo de cada ser, que Ele se revela. Assim, os conceitos e conhecimentos coligidos pelas religiões de todo o mundo tornam-se, não fontes de autoridade a serem respeitadas com submissão, mas subsídios, alimentos para o espírito, mapas do caminho que não mais se substituem ao território. E o critério final que permite organizar essas informações, torná-las novamente uma força viva e atuante, é a revelação interior, pessoal e intransferível, que cada um de nós experimenta na própria caverna do coração, onde reside o guru interior. [Trecho extraído do livro Os Portais do Santuário, de Carlos Reis. Os interessados em adquiri-lo podem fazê-lo através do Shopping UFO no site ufo.com.br].
Em memória dos que se foram
Marcos Silva, nosso querido Marcão, do Grupo de Estudos de Objetos Não Identificados (Geoni), sempre foi um exemplo de caráter, amizade, desprendimento e um amante da vida, da Ufologia, do Xamanismo e do desconhecido. Esposo e pai exemplar, Marcão nos surpreendeu, há algum tempo, quando sofreu um terrível acidente automobilístico, do qual salvou-se milagrosamente. Na ocasião, pude sentir o quanto ele era querido por todos, pois houve grande mobilização no sentido de ajudar sua recuperação, que parecia difícil. Felizmente, Marcão sempre foi forte (em todos os sentidos) e graças a isso, aliado às nossas preces, ele voltou ao nosso convívio.
Estivemos juntos pela última vez no final do ano passado, em Curitiba (PR), por ocasião do 24º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica promovido pelo Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), onde conversamos bastante a respeito de um de seus maiores sonhos: a união da Comunidade Ufológica Brasileira, sem intrigas, briguinhas inúteis, egos e disputas sem sentido. Ele estava animadíssimo com a possibilidade de formarmos uma verdadeira e harmônica família.
Como ufólogo, Marcão foi um exemplo a ser seguido: pesquisador nato, de mente aberta, equilibrado, curioso, sério, ele estava sempre atrás da elucidação de ocorrências e fenômenos ligados aos nossos amigos do espaço, e até mesmo casos de Chupacabras. Botava o pé na lama, dormia no mato, enfim, não media esforços para fazer a nossa Ufologia um pouco mais séria. Eis então que, surpreendentemente, Marcão nos dá adeus em pleno carnaval, após um retiro xamânico no interior de São Paulo. Aquele coração lindo, enorme e forte resolveu pregar-nos uma peça e levar nosso companheiro para o lugar de onde veio certamente: as estrelas.
Escrevo com lágrimas nos olhos, triste com sua partida precoce, porém feliz por ele ter terminado sua jornada terrena. Esteja onde estiver, uma parte dele ficou em cada coração dos que o conheceram. — Eustáquio Patounas
Seis anos de saudades do General
Algumas pessoas deixam em nossos corações assinaturas luminosas que nunca se diluem. O tempo corre célere, mas aquela luz permanece, como a nos confortar ao longo do caminho, com lembranças de tantos momentos felizes que elas nos proporcionaram. Exemplos de vivências, sabedoria avançada e, sobretudo, a virtude da humildade. A assinatura luminosa toma conta de todo nosso ser, principalmente nos momentos mais críticos de nossa vida.
Conforta-nos, a certeza de estarmos na senda correta em busca de uma maior iluminação, a fim de não mais retornar a este plano. Conforta-nos, fechar os olhos e poder “ver” aquela pessoa a nos sorrir. “Nossa maior missão neste plano é unir a nossa mente ao nosso coração, para que a mente pense com amor e o coração ame com inteligência”. São seis anos de saudades do nosso querido irmão e mestre Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa.
— Roberto A. Beck