Capacete capta ondas cerebrais, como um eletrencefalograma, e transmite os padrões para o robô, que os “interpreta” como ordens para se mover e agir
Pesquisadores da Universidade de Washington desenvolveram uma tecnologia que permite controlar um robô humanóide – que lembra um ser humano – com sinais emitidos pelo cérebro de uma pessoa.
O pesquisador Rajesh Rao seus alunos demonstraram que um ser humano pode “mandar” um robô se deslocar até um local específico, ou pegar objetos, apenas gerando as ondas cerebrais correspondentes a essas instruções.
Os resultados foram apresentados numa conferência sobre interface cérebro-computador realizada no Canadá.
“Trata-se de uma demonstração para provar o conceito”, disse Rao, segundo nota divulgada pela universidade. “Ela sugere que, um dia, poderemos usar robôs quase autônomos para serviços como prestar auxílio a deficientes ou executar as tarefas domésticas”.
A pessoa que controla o robô – no caso, um dos alunos de Rao – usa um capacete com 32 eletrodos. Os eletrodos captam sinais do cérebro a partir do couro cabeludo, como um aparelho de eletrencefalografia. A pessoa vê os movimentos do robô na tela de um computador, graças a duas câmeras, uma montada no próprio robô e outra, acima dele.
Até agora, os “comandos telepáticos” estão limitados a algumas instruções básicas. O operador pode ordenar ao robô que ande para a frente, pegue um de dois objetos e o carregue a um de dois destinos. Resultados preliminares mostram uma precisão de 94% na escolha entre os dois objetos apresentados.Os objetos disponíveis para o robô são gravados pela câmera do robô, e o usuário vê a imagem em seu computador.
Os objetos são preparados para emitir luz a intervalos aleatórios. O usuário fixa os olhos no objeto que deseja e, quando esse item se acende, o cérebro registra surpresa. A atividade cerebral característica é transmitida ao robô, que pega o objeto.