Na semana passada, a Revista UFO recebeu por e-mail uma interessante filmagem enviada por um leitor de Curitiba. A imagem tem precisamente um minuto e foi realizada por sua nora, a artista plástica e pesquisadora paranaense Adriane Pasa, 32, em 09 de setembro, às 12h16. Usando uma câmera Canon Powershot A80, de 4.0 megapixels, tendo o zoom máximo ajustado para 7.8 mm, Adriane pode ter registrado um evento ufológico raríssimo. A filmagem mostra dois objetos cilíndricos próximos um do outro e em plena luz do dia, movimentando-se livremente no céu sobre um local pouco populoso da capital paranaense. “Os objetos tinham aspecto metálico semelhante a chumbo. Havia momentos em que pareciam refletir o Sol em sua superfície. Noutros, pareciam emitir luz própria de suas pontas”, declarou Adriane. A filmagem está em formato AVI.
Adriane Pasa trabalha em uma rede de livrarias de Curitiba e tem especialização em história da arte do século XX. Ela esclareceu à Revista UFO que durante a filmagem usou a regulagem da câmera na posição automático, e ainda conserva o cartão de memória com a gravação para uma analise mais completa, a pedido do editor da UFO, A. J. Gevaerd. “O local que os objetos sobrevoaram é o fundo de vale, onde há uma pequena floresta e nada que justifique aqueles cilindros”, esclarece. O prédio de onde foi feita a filmagem fica na Rua Nossa Senhora de Nazaré, no bairro Alto da Boa Vista, próximo do Aeroporto do Bacacheri, que funciona como aeródromo secundário de Curitiba, para vôos regionais. O aeroporto é anexo à Base Aérea do Bacacheri e ao 2º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), responsável pelo controle de vôos em boa parte da Região Sul do Brasil.
Observação em céu de brigadeiro – A testemunha estava conversando ao telefone com sua irmã, que mora na França. Como a ligação já durava algum tempo, ela resolveu abrir a persiana para ver o céu enquanto conversavam. “Estava um dia lindo de Sol, calor ameno e céu de brigadeiro. Sentei em frente à janela e avistei os dois objetos vindos da direita para a esquerda. Fiquei surpresa e ao mesmo tempo paralisada”. Ela disse então para sua irmã que achava que estava vendo um fenômeno ufológico e pediu um tempo para ir buscar sua câmera. Uns 10 segundos depois, já com o equipamento na mão, viu que os cilindros estavam se aproximando por trás de uma frondosa árvore isolada na paisagem, a não mais que uns 70 m de sua janela, no segundo andar do condomínio em que reside. Não há qualquer outra construção ou mesmo obstáculo à frente. A pedido do editor da UFO, Adriane enviou fotografias de vários ângulos do prédio e até um filme mostrando o isolamento da árvore, que fica numa chácara localizada no fundo de um vale quase despovoado. “O meu prédio é o único que tem por lá. O resto é natureza e casas”.
Respondendo a um questionário preliminar que lhe foi enviado, Adriane Pasa confirmou que os objetos estavam bem próximos, e ainda foram filmados com zoom para maior clareza. Ela disse que, na medida em que se aproximavam da árvore, sentia que estavam realmente perto de sua janela. “Não sei se isso conta, mas sempre disse que ia conseguir ver algo ali, pois é um local silencioso e de céu limpo. Sempre tive vontade de ver algo deste tipo”. Parece ter conseguido.
“Os objetos pareciam seguir uma coreografia no céu” – Ao longo de sua conversa com a irmã ao telefone, Adriane fala de seu espanto de ver o que julga ser um OVNI. “A cor deles era prateada, como cinza chumbo, e seu aspecto era de metal. Mas o que mais me chamou a atenção foi que brilhavam e faziam um movimento harmônico. Pareciam seguir uma coreografia no céu”, detalhou Adriane. Ela informou ainda que não acredita que possam ser balões de gás, pois não fariam aqueles movimentos e nem estariam em posição majoritariamente horizontal. Durante a filmagem pode-se ver que um dos objetos cilíndricos parecia querer entrar no outro, e várias vezes a ponta de um se encostava na ponta do outro. A testemunha, que estava em casa sozinha, não ouviu qualquer barulho anormal durante a filmagem. Após registrar o fenômeno, Adriane conversou com alguns vizinhos, mas ninguém viu nada, nem as crianças do bairro, que afirmaram não ter soltado nenhum balão naquele dia.
Infelizmente, por ter a memória de sua câmera carregada de fotos, pouco restou para registrar em vídeo. Ao encerrar a primeira gravação, de um minuto, ela ainda pôde acompanhar o movimento dos objetos, que já estavam “escondidos” atrás da árvore. Logo depois eles começaram a se distanciar da mesma e foram se afastando, quando Adriane Pasa fez uma segunda gravação, mas com apenas 20 segundos. Nesta segunda filmagem, sem o uso de zoom, os cilindros aparecem quase imperceptíveis. A olho nu, ela ainda pôde observá-los movendo-se para trás do prédio ao lado, quando então sumiram. Durante esta nova gravação, pode se ouvir nitidamente a passagem de um avião a jato, explicado pelo fato de que o local é rota freqüente de aeronaves chegando e partindo do Aeroporto do Bacacheri.
A Revista UFO enviou a gravação para alguns ufólogos, para observações preliminares, recebendo de todos a opinião de que se trata de um registro realmente impressionante. O engenheiro doutor Ricardo Varela Correa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), disse ter achado esta a melhor evidência ufológica em vídeo dos últimos anos. “Não se trata de fraude nem de má interpretação de algum fenômeno conhecido. Resta avaliar se poderiam ser balões, mas também acho a hipótese remota”, declarou Varela.
Baixe aqui a primeira filmagem: ufo.com.br/arquivos/curitiba/ovni1.avi
Baixe aqui a segunda filmagem: ufo.com.br/arquivos/curitiba/ovni2.avi
Repercussão imediata na internet – Logo após a publicação desta nota, diversos leitores e ufólogos escreveram à Revista UFO argumentando que poderiam se tratar de balões solares, uma espécie feita de plástico escuro que, inflado de ar que se aquece sob o Sol, sobe e permanece flutuando por várias horas. Esta hipótese, assim como muitas outras, está sobre estudos por parte dos investigadores a quem a Revista UFO encaminhou a filmagem.