Técnica desenvolvida pelos pesquisadores dribla “poluição” eletromagnética
Os cientistas há muito procuram vida em outros planetas por meio de sinais de rádio, mas a interferência de rádios terrestres, telefones celulares, micro-ondas e outras tecnologias geralmente levam a falsos alarmes.
A nova técnica, desenvolvida por cientistas do projeto Breakthrough Listen da UC Berkeley, verifica se o sinal de rádio que eles estão rastreando realmente passou pelo espaço, facilitando a filtragem de falsos positivos.
O novo método de detecção foi descrito em um artigo que apareceu no The Astrophysical Journal escrito pelo estudante de pós-graduação Bryan Brzycki, pelo professor emérito de astronomia da UC Berkeley, Imke de Pater e Andrew Siemion, diretor do programa da UC Berkeley para busca por vida extraterrestre.
De acordo com um comunicado de imprensa da universidade, os sinais de rádio pela tecnologia de transmissão criam um sinal de banda estreita, que se distingue da ampla gama de sinais de rádio criados por fontes cósmicas, como estrelas ou supernovas.
Por causa da interferência de rádio terrestre, determinar quais sinais vieram do espaço pode ser como procurar uma agulha no palheiro. Os pesquisadores conseguiram criar um algoritmo que analisa os sinais em busca de assinaturas únicas criadas ao viajar pelo espaço.
Essa técnica será útil para sinais originados a mais de 10.000 anos-luz da Terra, dizem os pesquisadores. A nova técnica será empregada em futuras buscas por vida alienígena no Green Bank Telescope em West Virginia – o maior radiotelescópio orientável do mundo – e no radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul.
Na conturbada jornada em se buscar por sinais de vida lá fora, até mesmo o SETI passou por momentos difíceis. Saiba mais na edição #179, disponível na nova loja da Revista UFO!