Muito se tem falado a respeito do tão esperado dia do contato oficial, quando nossos visitantes extraterrestres finalmente se mostrariam, em caráter aberto e definitivo, ao mundo. Sem dúvidas seria o episódio mais marcante, extraordinário e sem precedentes que a nossa humanidade viveria. Sem levar em consideração o fato de que isso já ocorreu, no passado remoto, quando os ETs foram tidos como anjos, divindades e outras classificações é uma perspectiva, de certa forma, positiva.
No entanto, algumas verdades precisam ser consideradas e é preciso que estejamos atentos a elas. É fato que se houvesse algum interesse da parte deles em uma investida de tamanha envergadura já o teriam feito a muito, afinal nos observam desde tempos imemoriais, fazendo contatos isolados e restritos. Algumas vezes se mostram mais ousados, sobrevoando com suas naves em grande número sobre grandes cidades. Basta lembrar, por exemplo, o ocorrido em Phoenix – Arizona em janeiro de 1998 quando 17 UFOs de consideráveis dimensões foram flagrados a baixa altitude por diversos cinegrafistas amadores em vários pontos da cidade.
Ou, ainda, conforme documentação liberada pelo governo, o caso de uma nave triangular que pousou e permaneceu por vários minutos no meio de uma rua de Moscou em 1995. Foram feitas fotos de qualidade e houve aqueles que tentaram sem sucesso aproximar-se do veículo, que levantou vôo sumindo no horizonte a alta velocidade. É fato que, inegavelmente o número de ocorrências ufológicas têm aumentado gradativamente nos últimos anos, mas isso não quer dizer, necessariamente, que caminhamos para um contato definitivo e aberto com as inteligências por trás do fenômeno.
Temos que fincar os pés no chão! Tal contato, nos moldes em que esperamos, talvez nunca se dê pois nossa civilização não suportaria tamanho impacto, de repercussões imprevisíveis. Isso é fato. Os ETs parecem ter plena consciência disso. É necessário portanto que não nos iludamos com essa falsa perspectiva de que dentro de pouco tempo haverá um contato desse nível. Não devemos esperar que eles, os ETs venham aqui resolver nossos problemas! Como seres humanos, somos imperfeitos, temos carências, aflições e anseios que jamais devemos projetar num utópico contato aberto com eles. As religiões, e não a Ufologia, se encarregam de fazê-lo projetando esses aspectos num imaginário retorno de Jesus Cristo com sua justiça divina. Em vez disso, deveríamos seguir nossas vidas tentando solucionar os graves problemas que nós mesmos criamos. Poluição, violência, corrupção, narcotráfico e discrepâncias sociais causadas fundamentalmente pelo capitalismo voraz, enfim, tudo o que lastimosamente deteriora nossa sociedade.
Deveríamos tentar nos entender, expressar mais nossa inteligência para com os nossos semelhantes e enxergar neles verdadeiros companheiros de jornada, com os quais dividimos esse diminuto planeta. Só dessa forma nossa civilização se tornaria verdadeiramente planetária e aí, quem sabe, seríamos não merecedores mas receptivos ao contato com os que estão lá fora.
Os textos expressam a opinião e são de responsabilidade exclusiva dos autores.