
Nota do editor — O assunto Ashtar Sheran é, de longe, um dos mais polêmicos da Ufologia Brasileira e Mundial. Cada um de nossos experts tem suas próprias conclusões, explicações e idéias sobre a manifestação de entidades extraterrestres em nosso meio. A Revista UFO, para apresentar esta edição ao leitor, resolveu ouvir alguns de seus mais assíduos colaboradores: dona Irene Granchi, grande matriarca da Ufologia Brasileira, Reginaldo de Athayde, pioneiro da Ufologia Nordestina, e Rafael Cury, presidente da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB). Irene Granchi, ainda, introduz ao leitor um depoimento do ufólogo carioca Geraldo Coelho. Ao todo, são 4 valiosos depoimentos sobre a questão.
Não há mais razões para se manter o ceticismo sobre Ashtar Sheran
Irene Granchi
Ouvi falar pela primeira vez o nome de Ashtar Sheran quando a escultora italiana condessa Tilde Bonicelli, que mora em Petrópolis, mostrou-me uns caderninhos impressos na Itália com as mensagens de Ashtar, comandante das frotas extraterrestres que protegem o nosso planeta. Isso aconteceu no fim da década de 70, naquela época eu ainda era ligada a um tipo de Ufologia tida como “científica”. Lembro de não ter gostado do tom quase ditatorial do conteúdo das publicações. Pouco tempo depois, a condessa Tilde me informou que sua amiga Angélica, de Curitiba, estava traduzindo todo o material para ser editado em livro, o que de fato ocorreu.
Minha amizade com Paulo Fernandes me ajudou a compreender melhor o que se passava, o que aumentou ainda mais meu respeito e admiração por este ufólogo e místico. Ele me falou muito sobre Ashtar e, quando foi ao 1º Encontro de Teses Ufológicas, realizado no Rio de Janeiro, apresentou pela primeira vez no Brasil a mensagem básica de Ashtar Sheran, o que o fez conseguir segundo lugar. Na ocasião, eu fazia parte do júri, juntamente com o general Moacyr Uchôa.
A primeira divulgação da mensagem de Ashtar no mundo aconteceu na Alemanha. Um sensitivo alemão as psicografava e o clássico jornal UFO Nachrichten, dirigido pelo casal Karl e Anny Veit, as publicava. A Deutsche UFO/IFO Studiengerselischaft (DUIST), uma instituição ufológica fundada por eles, teve como primeiro membro Herman Oberth, o pai da astronáutica. De fato, a palavra destas pessoas tinha peso.
Alguns anos depois, em 1987, fui convidada por eles para participar do 14º Congresso de Ufologia de Wiesbaden, na Alemanha. Entre os conferencistas estava a sensitiva April White que, na ocasião, recebeu e divulgou uma mensagem de Ashtar Sheran. O público, de aproximadamente 300 selecionados estudiosos, aplaudiu entusiasticamente. A imprensa não teve acesso ao congresso, pois naquela época a Alemanha ainda estava na fase de ridicularizar o assunto Ufologia. Ao fim da minha palestra, chamei para o palco o jovem químico nuclear André Dorea, do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), que linha acabado de obter doutorado na Alemanha. E claro, ele falou sobre Ashtar Sheran.
Aos poucos, meu interesse sobre esse controverso extraterrestre foi crescendo. Em 1986, antes do congresso alemão, houve em Salvador (BA) o lançamento do livro póstumo de Paulo Fernandes, intitulado O Jovem que se Encontrava com Extraterrestres. Tive oportunidade de conhecer de perto os membros do CEEAS e fiquei bastante impressionada com a força que os unia mesmo seis anos após a morte de seu fundador. É importante também lembrar que o nome de Ashtar Sheran não foi difundido somente no Brasil, mas em todo o mundo. Várias mensagens foram recebidas e divulgadas pela conhecida sensitiva (ou canal) Tuella.
Na The UFO Encyclopedia, de Margareth Sachs, há um interessante comentário sobre Ashtar Sheran. Ela fala nas mensagens supostamente gravadas por Ashtar Sheran em fitas cassete, nas quais as pessoas pensavam estar simplesmente gravando música. A voz do ser se sobrepunha com timbre metálico e lume, transmitindo a mesma mensagem recebida por Paulo Fernandes.
Foi por este motivo que, ao receber tal mensagem pela primeira vez, numa gravação enviada pelo ufólogo Ney Matiel Pires em 1986, fiquei perplexa, escrevendo seguinte resposta: “Este texto foi copiado do livro de Paulo Fernandes, portanto é uma falsificação”. Porém, tive que mudar completamente de opinião quando recebi outras fitas, que continham a mesma mensagem, com a mesma voz e para pessoas que sequer sabiam o que significava a palavra Ufologia.
As mensagens continuam sendo gravadas (embora não saibamos como). Elas são um alerta para a Humanidade… vamos ficar atentos. Não podem ser ignoradas. I lá alguns anos, o advogado do CISNE, Geraldo Coelho, investigou uma gravação obtida na torre do comando do aeroporto de Brasília, seu relatório está a seguir.
Abril de 1984: blackout na torre de controle do aeroporto de Brasília
Geraldo Coelho
No dia 18 de abril de 1984, às 16h30, as luzes de São Paulo começaram a tremer. A interrupção no fornecimento de energia elétrica ocorreu nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e parte de Minas Gerais, além do Distrito Federal. De acordo com a informação prestada pelo então presidente da Usina de furnas, Licínio Marcelo Seabra, a interrupção deveu-se a um problema não identificado na região da divisa de Minas Gerais e São Paulo, onde há três usinas e diversas linhas de transmissão operadas por Furnas, Cemig e Cesp.
A interrupção durou até às 19h30, tendo causado inúmeros transtornos à população como, por exemplo, distúrbios na cidade de São Paulo, como saques e desordem social, que mereceram destaques na imprensa. Apesar da grandiosidade do problema e de muitas explicações técnicas justificando o chamado “efeito cascata” que praticamente percorreu o sistema de abastecimento energético dos estados afetados, sempre pairou uma dúvida sobre o que efetivamente teria causado a sobrecarga que, à semelhança do que acontece em uma residência o fusível se desarma ou queima, também paralisa a distribuição pela interrupção das linhas de transmissão.
Um amigo informou-me que um funcionário da Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo) comentou ter presenciado, no dia 18 de abril de 1984, na usina de Jaraguá, localizada na divisa de São Paulo com Minas Gerais, um estranho fenômeno. Os equipamentos entraram em pane, consistindo em centelhas, uma espécie de fogo azulado que envolvia as torres, transformadores e, inclusive, pequenos instrumentos de operação como quadros de controle e até o telefone.
Segundo o relato deste funcionário, a pane começou por volta das 17h00. Dois dias depois, foi apurado junto a moradores das proximidades que discos voadores estiveram no local, tendo se aproximado muito das torres de transmissão, gerando uma espécie de curto circuito. Não é novidade que essas naves causem esse tipo de problema. No ano de 1992, em Cachoeira Paulista, cidade do Vale do Paraíba, houve queda de
torres de transmissão de Furnas, tendo a empresa atribuído o fenômeno a um forte vendaval.
Contudo o vendaval não teria atingido as torres de energia e ferragens que, por sinal, ficaram completamente retorcidos. Em conversas com moradores da região, soube-se que também foram avistados UFOs próximos as torres de sustentação das linhas de transmissão. Isso aconteceu simultaneamente com o blackout que atingiu os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.
A pane começou por volta das 17h00. Dois dias depois, foi apurado junto a moradores das proximidades que discos voadores estiveram no local, tendo se aproximado muito das torres de transmissão, gerando uma espécie de curto circuito. Não é novidade que essas naves causem esse tipo de problema. No ano de 1992, em Cachoeira Paulista, cidade do Vale do Paraíba, houve queda de torres de transmissão de Furnas
Coincidentemente, na mesma data, foi captada na torre de comando do Aeroporto de Brasília uma mensagem de Ashtar Sheran. Segundo fontes do aeroporto, a mensagem foi gravada por autoridades militares que submeteram a fita a exames, onde ficou claro tratar-se de uma voz firme, que não respira, ou seja, um som sem modulação.
Certa vez, o radialista Washington Rodrigues, quando trabalhava na Rádio Tupi, tentou transmitir uma mensagem de Ashtar Sheran, mas a energia elétrica faltou no estúdio exatamente na hora da mensagem entrar no ar. Esse e muitos outros casos contemplam os estudiosos dos problemas ligados à esperança de que seres de outras partes do universo estejam envolvidos com as alterações eletromagnéticas, morais e sociais que temos vivido.
Quando a Ufologia se divide em duas: ciência e espiritualismo juntos
Rafael Cury, co-editor
Antes de falarmos de Ashtar Sheran, vamos lembrar uma famosa observação ufológica. Na madrugada de 8 de fevereiro de 1982, enquanto milhões de brasileiros dormiam em seus lares, pouco mais de 100 pessoas a bordo do avião da VASP, vôo 169 (Fortaleza-Rio de Janeiro) ouviram a voz do comandante Gerson Maciel de Britto comunicando que um estranho foco de luz estava acompanhando o avião. Um profundo êxtase tomou conta de quase todos, tamanha era a beleza de tal observação.
Sim, quase todos em razão de uma exceção: era dom Aloísio Lorchaider, uma das lideranças religiosas do nosso país. Para ele, não havia nada a se observar, ou seja, o objeto que mais de 100 pessoas estavam observando a bordo do avião da VASP (que também estava sendo visto por outros dois pilotos de linhas aéreas, além de ter sido detectado pelos radares do Cindacta em Brasília), não existia. Para dom Aloísio, “os discos voadores não existem e nós, terráqueos, somos os únicos habitantes do universo”.
Alguns dias após a observação histórica do comandante Britto, o Cindacta de Brasília pronunciou-se oficialmente sobre o incidente, comunicando a imprensa que o objeto detectado nos radares na madrugada de 08 de fevereiro era um defeito no radar. Fatos como este que narramos demonstram as dificuldades que os ufólogos enfrentam para conduzir suas pesquisas, por um lado dogmas religiosos que representam o atraso na evolução humana (basta lembrar-se da Santa Inquisição, que de santa não tinha nada) e, por outro lado, a política de ocultamento e sigilo absoluto imposto pelas autoridades em torno do assunto UFO.
Neste sentido, gostaria de fazer algumas reflexões referentes ao comportamento e conduta da pesquisa civil em torno do assunto UFO. Hoje a pesquisa ufológica é conduzida por dois segmentos: (a) Ufologia Científica e (b) Ufologia Espiritualista, todos nós sabemos de uma certa rivalidade entre ambas. Por um lado, temos os ufólogos científicos (pseudo-científicos, na minha opinião) que nada entendem de ciência ou conduta científica — isso vale para a maioria, de forma que temos raríssimas exceções – e, por outro lado, temos os espiritualistas que, muitas vezes, pregam mensagens extraterrestres inúteis tais como “Cuidado com o perigo nuclear, isso pode destruir vossa humanidade”. Será que já não sabemos disso?
Passando uma peneira em tudo isso, vejo que a Ufologia, que está por comemorar 50 anos, ainda não atingiu sua maioridade. Temos muitos exemplos disso, como no campo científico, onde muitos ufólogos considerados verdadeiras lideranças no cenário ufológico mundial ainda defendem a autenticidade da autópsia do ET de Santilli, ao passo que outros já deram o caso por encerrado. Isso demonstrou e demonstra o despreparo que ambos apresentam diante de um evento que abalou a Ufologia mundial, de forma que quem está fora ainda se pergunta se o filme é ou não verdadeiro.
Citando um exemplo recente no campo espiritualista da Ufologia, fui testemunha de uma discussão de grupos que recebem mensagens de Ashtar Sheran, isso em razão da utilização da palavra Pax, com x, ser usada freqüentemente por Ashtar e, nos textos de outro grupo a palavra era grafada com a letra z, portanto Paz. Acho que, neste caso, ambos os lados deixaram de lado o mais importante: a mensagem em si. Penso que em um processo rumo à maturidade da Ufologia, deveríamos desenvolver profundas discussões e não divisões em torno deste processo que compromete a Ufologia.
Poderíamos iniciar entendendo que ambos se completam — costumo filosofar dizendo que a Ufologia Científica tem sua importância no processo de informação do indivíduo, enquanto a espiritualista é importante na formação do indivíduo. Portanto, informação e formação se completam e não devem caminhar separadas. Por outro lado, gostaria de finalizar dizendo que mantive muitos contatos com o Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS) em Salvador (BA) e conheci de perto seus trabalhos e reporto com um grau de seriedade invejado em muitos centros de Ufologia que conheci.
Todos sabemos que os primeiros contatos com Ashtar Sheran foram desencadeados com Eugênio Siracusa, na Europa. Já aqui no Brasil, os contatos tiveram início com Paulo Antônio Landulfo Fernandes, que em um de seus livros (O Jovem que se Encontrava com Extraterrestres) leve o reconhecimento de seu trabalho destacado por Irene Granchi e pelo inigualável general Uchôa, quem ousa criticar o trabalho destes decanos da Ufologia Brasileira, que atire a primeira pedra. Sabemos que existem centenas de mensagens transmitidas por Ashtar Sheran à humanidade terrestre, muitas delas com alto teor evolutivo. Sendo assim, gostaria de terminar essa reflexão perguntando aos ufólogos de linha científica, qual deles já teve o trabalho de realizar um profundo estudo em torno da figura de Ashtar Sheran e suas mensagens? Acho que esse pode ser um bom início.
< span class="Intertitulo1">Deuses ou ufonautas?
Reginaldo de Athayde, co-editor
A Ufologia com suas verdades e centenas de histórias, faz com que o incrível mundo dos discos voadores misture a realidade com o fantástico, ao ponto de não sabermos onde termina um e começa outro. Diariamente, novos fatos acontecem em todo o mundo, os quais jogam por água abaixo tudo aquilo que considerávamos certo e impossível de ser modificado pelo homem. E um dos ramos da ciência que mais tem sofrido com as incríveis descobertas cósmicas é a Astronomia que, cercada de pessoas céticas que permanece imutáveis nos seus pontos de vista baseados numa ciência arcaica, tenta se convencer a divulgar a pluralidade dos mundos habitados.
Os potentes telescópios espaciais ai estão e mostram todas as evidências de que não estamos sós e que uma visita à Terra não pode mais ser considerada ficção. Os fatos se sucedem e um dos acontecimentos mais importantes do século que vem abalando os alicerces do conhecimento humano é a presença de objetos voadores alienígenas que zombam de nossa tecnologia, mostrando que além, muito além do que havíamos imaginado, alguém mexe com os cordões no teatro de marionetes do planeta ferra.
Tais objetos, os UFOs, aparecem constantemente nos céus e algumas testemunhas juram haver mantido contato com seus tripulantes, os ufonautas, e até mesmo recebido mensagens terríveis ou benéficas tio que diz respeito ao futuro da Humanidade. Como destaque, o extraterrestre Karran que, segundo testemunhas, na sua espaçonave vinda do planeta Klermer, desceu em Minas Gerais e no Ceará. Este ser teria vindo ensinar a Hermínio e Bianca técnicas viagens de fora do corpo, regressões e outras.
Também um outro enviado dos “deuses”\’, com nome esquisito, Walfing, proveniente do planeta Sidork, contatou Maria Norma Cavalcante, uma paulista de Santos, entregando-lhe mensagens espirituais e transformando-a numa curadora de mentes. Ela, depois de alguns meses conheceu Carlos Alberto Vadalá, que diz também ter sido contatado por Walfing e Kauzingz, ambos de Sidork, um planeta que explodiu há milhares de anos. Estes seres lhes concederam poder de curar, fazer viagens astrais e várias características paranormais.
Porém, o mais importante desses personagens, que aqui vêm trazer mensagens de paz e amor, não temos dúvida, é Ashtar Sheran, que se diz o comandante de uma frota extraplanetária e habitante de Methária. Suas mensagens, talvez as mais bonitas lidas por nós, são entregues a pessoas íntegras do mundo inteiro: Itália, Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Peru e, como não poderia deixar de ser, Brasil, Aqui, estes viajantes interestelares têm encontrado apoio para os seus contatos junto a pessoas dignas de credibilidade, como Ana Santos, de Salvador (BA), líder do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS).
As informações recebidas por Ana Santos, apesar de não constarem provas, nos impressionam e não nos permite duvidar de sua veracidade, pois sabemos que ela, com sua reputação ilibada, não necessita criar tais situações, uma vez que nada ganharia em ter sua reputação abalada caso fosse comprovado embuste ou resultado de mentes criativas.
Há 34 anos pesquisamos discos voadores, suas interferências físicas, psicológicas ou mesmo sociais em nosso meio, particularmente nas regiões norte e nordeste do país. Há provas concretas da existência desses objetos conturbadores, o que nos categoriza a afirmar que realmente algo que foge ao nosso conhecimento existe e está permanentemente interferindo em nossas vidas, nossa economia e, finalmente, no nosso futuro, beneficiando-nos ou não.
Quanto aos mensageiros, infelizmente não conseguimos ainda provas de suas existências. Nunca vimos, fotografamos ou contatamos. Entretanto, não podemos fazer como outros pesquisadores, simplesmente desacreditar aqueles que dizem receber visitas de tais mestres. O que não aceitamos, porém, é que certos escolhidos terrestres queiram destronar o Ser Maior que já nos visitou. Jesus, e tampouco criem outras religiões, transformando ufonautas em santos e deuses.
Assim, diante da impossibilidade de não poder afirmar que tudo são alucinações, embustes e outras coisas mais e, diante de testemunhas que reputamos sérias e nas quais confiamos plenamente, até que se prove o contrário, acatamos a verdade de Ashtar Sheran.