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O que ocorreu com as abduções?

Por mais que nos ajude, a vida digital não pode substituir a vida real

A. J. Gevaerd
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Créditos: RAFAEL AMORIM

Um dos mais importantes tipos de interação com nossos visitantes extraterrestres está escasso. Há vários anos que não se ouve mais falar nas abduções alienígenas, aquelas situações em que pessoas são levadas para bordo de UFOs por nada gentis ETs, o que ocorre geralmente contra sua vontade e a despeito de suas reações, ou ainda estando elas “mentalmente dopadas”, e assim sem chance mesmo de reagir. Um dos últimos casos do gênero conhecido dos ufólogos brasileiros ocorreu em 2001, em Iturama, sudoeste de Minas Gerais, com uma família que teve seu carro arrebatado para o interior de uma nave com ela dentro. O caso foi publicado na edição UFO 78 e revisado em UFO Especial 65 [Ambas agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br].

No exterior, nos contam nossos correspondentes em inúmeros países, a situação não é diferente e parece que a ausência das abduções nos últimos anos é global. Mas será que elas diminuíram, cessaram ou apenas não estão mais sendo relatadas? Este editor defende que a terceira hipótese seja a mais provável, mas com um adendo: as abduções alienígenas não estão mais sendo relatadas simplesmente por falta de ufólogos que possam receber os depoimentos de quem as viveu. O mesmo se dá, aliás, em todas as áreas da casuística ufológica, que foi esvaziada nos últimos anos pela escassez de pesquisadores dispostos a irem a campo coletar e investigar novos casos.

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Isso ocorre porque a Ufologia mudou muito de formato principalmente na última década, quando vimos a internet ocupar um lugar cada vez maior em nossas vidas. Os ufólogos, que tradicionalmente se dedicavam a ouvir testemunhas e a realizar investigações, hoje se limitam, em sua maioria, ao que já se habituou chamar de “Ufologia Online”, que é uma prática estéril e que empobrece a disciplina. Não se faz Ufologia sem exercitar seu lado prático, que é ir a campo, conversar com quem viveu os acontecimentos, olhar em seus olhos e “sentir” o Fenômeno UFO onde e com quem ele mais se manifesta. A internet, que por um lado poderia agilizar a troca de informações entre os pesquisadores, acabou apenas por causar um atraso ao processo de conhecimento da presença alienígena na Terra. Mas não por si só, e sim por acomodação dos ufólogos.

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TÓPICO(S):
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Ademar José Gevaerd (Maringá, 19 de março de 1962 – Curitiba, 9 de dezembro de 2022) foi um ufólogo brasileiro, editor da Revista UFO, publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), entidade do qual também foi fundador e presidente. Também é director brasileiro da Mutual UFO Network (MUFON). Ele representou o Brasil no Center for UFO Studies e foi diretor para a América Latina do Annual International UFO Congress. Esteve em diversas redes brasileiras de TV, além do Discovery Channel, National Geographic Channel e no History Channel, tendo discursado em muitas cidades do Brasil e em outros 50 países, além de ter realizado mais de 700 investigações de campo dos casos de Ovnis no Brasil. Era considerado um dos maiores ufólogos do mundo, uma das personalidades máximas do Brasil nesse assunto, membro de várias associações internacionais de ufologia. Considerado um dos mais respeitados ufólogos, é conhecido por seu empenho em tentar amparar todo fenômeno ufológico com o maior número possível de provas e testes. Ainda na década de 1980, foi convidado pelo Dr. J. Allen Hynek para representar no Brasil o Center for UFO Studies (CUFOS). Gevaerd sofreu uma queda em casa, no dia 30 de novembro de 2022, vindo a morrer no dia 9 de dezembro de 2022 no Hospital Pilar em Curitiba.