Luis Elizondo, ex-agente do Pentágono e atual diretor de segurança da To The Star Academy, revela que muitas informações que circulam sobre a gigante Bigelow estão incorretas. Em entrevista a George Knapp, Elizondo conta que sabe como funcionou todo o processo de contratação da empresa Bigelow Aerospace pela Agência de Inteligência de Defesa norte-americana.
Knapp perguntou sobre o trabalho de Elizondo e seus contratos com o Departamento de Defesa norte-americano. Impreterivelmente, a parceria com a Bigelow Aerospace precisava ser esclarecida. A empresa foi contratada pelo Pentágono para analisar metamateriais recolhidos em locais de incidentes envolvendo UFOs nos Estados Unidos. O trecho da entrevista é a parte 8 de uma série de 10. Veja a sua transcrição traduzida abaixo:
George Knapp: Você pode descrever o trabalho com a Bigelow Aerospace Advanced Space Studies (BAASS), o pessoal da Bigelow? Não sei se você já foi às instalações lá fora?
Luis Elizondo: Eu conheço a Bigelow.
Knapp: Como funciona?
Elizondo: Certo. Acho que essa é outra parte muito importante, porque há muita desinformação por aí mas eu naõ acredito que isso aconteça de forma deliberada. Só acho que onde quer que exista um vácuo de informações, as pessoas o preenchem com o que for conveniente. Nesse caso em particular, havia um processo para um contrato que passava pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA), por meio do próprio veículo de contratação, dentro da organização. A DIA escolheu Bigelow. Bigelow não foi selecionado manualmente pelo senador Reid, e não houve influência dele. Isso é um absurdo absoluto, porque eu sei como o processo funcionou, porque eu vi como o processo funcionava. Então, o DIA escolheu o senhor Bigelow e a BAASS. Bigelow subcontratou ainda mais que isso. A DIA procurou os melhores e mais brilhantes no campo aeroespacial e de investigações em todos os outros lugares, para tentar responder à missão que o governo dos Estados Unidos lhe deu legalmente. Então, ela fez exatamente o que deveria fazer. De fato, se eu fosse Bob Bigelow naquela situação, teria feito exatamente da mesma maneira. E acho que o povo americano realmente precisa apreciar isso. Isso não é uma coisa ruim. Ele fez exatamente o que deveria ter feito. Na verdade, é exatamente isso que eu teria feito. Se eu tivesse a chance de fazê-lo, eu provavelmente faria exatamente da mesma maneira que ele fez.
Knapp: Não foi uma grande jogada financeira para Bob Bigelow?
Elizondo: Não, de fato, eu suspeito que ele provavelmente tenha perdido dinheiro. Porque ele é um cara legal, alguém que vai querer fazer a missão, não importa o quê. Pelo menos, essa é a visão que tenho sobre o senhor Bigelow. Não o conheço intimamente, mas os produtos que saíram de sua organização eram extremamente profissionais. E eu acho que, com o mesmo rigor que eu usava em meu tempo como agente de contra-inteligência, e você sabe que eu concentrava muitos dos meus esforços em contraterrorismo e contra-espionagem, o mesmo nível de rigor aplicado a uma investigação envolvendo um espião, um caso de espionagem ou um terrorista, foi aplicado a essas coisas. Não era só sair e conversar com alguém mascando chiclete e dizendo: “Ei, vamos ver juntos esse monte de luzes no céu”. Houve um processo científico e de investigação definitivo que se seguiria em qualquer tribunal. Como eu disse antes, se estivessemos em um julgamento em um tribunal, estaríamos muito além de qualquer dúvida razoável. O júri teria que condená-lo. Esses dados são convincentes nesse nivel. E eu acho injusto que, sem essas informações, as pessoas cheguem à conclusão de que isso foi algum tipo de greve da Bigelow Aerospace e de algum relacionamento louco entre ele e Reid. Eu acho que é injusto e, francamente, é desonesto.
Knapp: A BAASS produziu muitas coisas.
Elizondo: Absolutamente.
Knapp: Muito material.
Elizondo: E muito rapidamente também, a propósito. Essa organização forneceu um instantâneo muito claro não apenas do que sabíamos, mas, mais importante, do que não sabíamos. E isso mais tarde nos ajudou no programa AATIP a avançar e tentar preencher essas lacunas de informação. Na verdade, eu posso afirmar a você que, quase tão importante quanto o que a BAASS foi capaz de nos dizer sobre informações que sabíamos, eram as coisas que não sabíamos e nas quais precisávamos focar. E acho que isso foi muito útil para nós.
Veja o trecho da entrevista que legendamos:
Fonte: Mysterywire.com, Canal João Marcelo, Tunguska Legendas