
A Ufologia, nascida oficialmente em junho de 1947 com o avistamento de uma frota de UFOs pelo piloto norte-americano Kenneth Arnold, está perto de completar 70 anos de história e de pesquisas. Por ser um fenômeno cuja ocorrência os pesquisadores não controlam — pois depende exclusivamente da vontade dos seres que nos visitam —, muitas vezes há a impressão de que ela não caminha. Diante disso, o leitor poderá perguntar: mas, se nunca mais houver avistamentos, a Ufologia morrerá? A reposta é não!
Nessas quase sete décadas de história, acumulou-se dados testemunhais e fotográficos suficientes para que se estude o fenômeno por muito tempo e, conforme nossa tecnologia e conhecimentos científicos avançarem, avançarão também as pesquisas ufológicas, abrindo-se novas maneiras de compreender o fenômeno e suas possíveis causas. Por sermos uma sociedade do espetáculo, por acharmos que temos que ter novidades todos os dias, nos esquecemos de que ainda que houvesse apenas um registro de avistamento, isso já seria o suficiente para nos debruçarmos sobre o assunto por muitos anos.
Dentro das diversas formas que temos para encarar o Fenômeno UFO, não podemos negar que o fato de sermos visitados, ainda que não regularmente, uma vez que os eventos parecem vir em ondas, é suficiente para que abramos nossos olhos ao cosmos e nossas mentes à nossa ignorância sobre a vida. Por mais que pesquisemos, ainda não sabemos praticamente nada sobre nossas origens e sobre a vida em si. O que dá vida a algo? O que é a vida? Essas questões profundas, que quase nunca nos fazemos porque tememos as respostas, nos são expostas de maneira franca a cada caso ufológico que pesquisamos.
E se o leitor faz parte daquele grupo de pessoas que sempre se pergunta para onde vai a Ufologia e o que aconteceria se os UFOs desaparecessem de vez, responderíamos que ela aponta para o futuro, o nosso futuro, lá fora, no cosmos. E, quanto ao fato de os UFOs nunca mais aparecerem, diríamos que eles já cumpriram seu papel — nos mostraram que não somos os únicos, nem os melhores ou os mais adiantados, e que se queremos conseguir as mesmas façanhas que consegue quem nos visita, precisaremos aprender, primeiro, a conviver entre nós.