Desde sempre o homem observa maravilhado as estrelas longínquas, a brilhar nas noites escuras, geração após geração, refletindo sobre o que são, que segredos guardam ou simplesmente porque causam tanta fascinação ou saudade. Essa busca de compreensão, apesar de passar pela mente racional, toca fundo o coração e acende as mais profundas paixões que passam pela astronomia, astrologia, Ufologia e mesmo o misticismo. Talvez a primeira manifestação artística de nossos ancestrais tenham sido as pinturas rupestres, que há 100 mil anos decoram cavernas, grutas e pedras com os mais variados motivos. Nelas há desde animais, forças da natureza, deuses e até hominídeos, seres estranhos e objetos discóides.
Diferente da lógica, da razão e do cartesianismo, a arte é a grande expressão do espírito, na sua tentativa de exteriorizar, visualizar ou unir-nos a Deus. Uma das mais polêmicas dessas pinturas rupestres, com mais de 10 mil anos, é a encontrada na região de Fergana, no Uzbequistão. Descoberta pelo arqueólogo russo G. Chatseld, mostra um astronauta debaixo de um UFO em vôo, entre outros desenhos tidos como rituais de homens e deuses. Outros similares estão em Val Camonica, na Itália, Kimberley, na Austrália, Puente Viesgo, na Espanha, e as conhecidas pinturas do “grande deus marciano”, descobertas por Henri Lothe, em Tassili, no Deserto do Saara. E há, ainda, os desenhos de um sistema solar e discos voadores em Varzelândia (MG), pesquisados por Hernani Ebcken de Araújo.
Já na escrita, praticamente todos os clássicos revelam contatos entre humanos e deuses, de forma inusitada. Nos anais de Thutmose, Akhenaton, Plínio e Tito Lívio, por exemplo, constam várias passagens que descrevem visões de rodas e discos de fogo nos céus. Em todos os livros sagrados é evidente a ligação de seres celestes com os humanos, resultando na criação de vários cultos, seitas e religiões. Qualquer pesquisa elementar pode revelar na Bíblia, no Alcorão e no Rig Veda ligações inequívocas, entre as forças extraterrestres, a espiritualidade e o homem.
O mundo precisa de pensadores desinibidos, que não tenham medo de fazer especulações ousadas. Mas também precisa de engenheiros conservadores, que possam transformar as especulações dos pensadores em algo útil à humanidade
— Arthur C. Clarke
Akhenaton, tido pela Antiga e Mística Ordem Rosacruz (Amorc) como um dos seus mais antigos idealizadores, ganhou notoriedade por tentar acabar com o politeísmo egípcio, adotando o culto ao disco solar. Entretanto, poucos sabem o que de fato o motivou a essa brusca mudança. Os escribas contemporâneos de Akhenaton relatam no texto Cântico ao Deus Aton o que ocorreu: “Enquanto o faraó estava em caçada aos leões, durante o dia, avistou um disco fulgente, pousado sobre uma grande rocha. Era brilhante como ouro e púrpura, e pulsava como o coração do monarca. O faraó ajoelhou-se dizendo: ‘Oh, Aton que me ofusca e pulsa como meu coração, minha vontade e sabedoria parecem tuas!’ ” Aton, para os egípcios, era o Sol.
Ufologia Moderna — Em vários estudos da Ufologia moderna nota-se que abduzidos e contatados muitas vezes não têm vontade própria ou sofrem de algum tipo de interação mental profunda com seus abdutores e contactantes. Em geral, quando suas mentes não são invadidas por mensagens telepáticas, são manipuladas em padrões de pensamento, conceitos ou idéias. Eles sentem-se obrigados ou compelidos a tomar decisões, mudar de comportamento ou executar “missões”, que na maioria das vezes desconhecem conscientemente. Teria sido Akhenaton influenciado pelo tal disco pulsante? Essa questão remete-nos à ficção científica, onde encontramos, a toda hora, fragmentos da verdade, de um passado remoto ou de um futuro distante.
Em 1966, Arthur Clarke, iniciou uma série de livros sobre a exploração espacial, que seriam publicados como 2001, 2010 e 3001, entre outros. Em 1968, seu primeiro livro, chamado 2001: Uma Odisséia no Espaço, acaba por fazer uma reflexão sobre como seriam os contatos com extraterrestres. Essa obra gerou muita polêmica. Até a famosa companhia seguradora Lloyd’s Internacional recusou a contratação de um seguro por perdas e danos, solicitado por Clarke, caso fosse encontrada vida fora da Terra antes do lançamento da obra. Parece que seus executivos tinham quase certeza que isso ocorreria.
O clássico de Clarke chega a ser profético em muitas de suas passagens. No excelente trabalho Aspectos Transcendentais da Ufologia, apresentado em muitas conferências de Ufologia pelo Brasil afora, o pesquisador Ademar Eugênio de Mello cita trechos da obra African Genesis, de Robert Ardrey, falecido em 1980. É de Ardrey o questionamento do porque a linhagem humana não se extinguiu nos abismos da era pliocena. “Sabemos que, se não fosse por um presente das estrelas, pela colisão acidental de um raio congênito, a inteligência humana teria perecido num campo africano qualquer”, declarou.
Foi no livro antropológico de Ardrey que Clarke fundamentou suas idéias, pois o autor questiona com propriedade a sobrevivência da espécie humana, que era a mais fraca e inapta entre todos os mamíferos existentes na Terra, no passado. Teríamos sido auxiliados de alguma forma? Por quem? Recentes descobertas geológicas reforçam a teoria de que um ou vários bólidos celestes, colidiram com nosso planeta, na Antiguidade, modificando seu clima e, talvez, sendo responsáveis diretos pela extinção dos sáurios gigantes, possibilitando o florescimento da civilização humana. Em contrapartida, Clarke, em seu filme, apresenta um hipotético monólito de cristal alienígena, cujas estranhas emanações influenciam e promovem o despertar da inteligência, impulsionando nossos ancestrais rumo à evolução.
Teria Clarke informações concretas que o levaram a teorizar sobre o assunto? Sabe-se que o autor já teve seis avistamentos de UFOs, sendo muito interessado pelo tema.
Seus trabalhos nos remetem a muitas reflexões. Os arqueólogos amadores William Meister e Francis Shape, por outro lado, trouxeram à luz uma descoberta fantástica, capaz de fazer rever toda a história humana. Em junho de 1968, encontraram pegadas humanas em extratos geológicos datados de aproximadamente 300 milhões de anos, em Antelope Springs, em Utah, nos Estados Unidos. Mas as pegadas eram marcas perfeitamente nítidas de botas industrializadas, e o salto esquerdo de uma delas esmagou um trilobita, uma espécie semelhante a uma barata, que
somente existiu naquele tempo remoto.
O professor Ivan Antonovich Efremov, após analisar centenas de ajuntamentos fósseis, acredita que muitos dinossauros foram exterminados por engenhos voadores munidos com alguma arma similar ao raio laser. Para tanto, baseia-se nas evidências encontradas no sítio arqueológico de Sikiang, na China, onde operários retiraram dezenas de crânios com furos circulares perfeitos. E ainda no Vale de Tian-Chan, na Mongólia, onde foi descoberto um enorme cemitério de dinossauros, com mais de 10 km de extensão, também havia restos de todas as espécies de sáurios, desde herbívoros até carnívoros, amontoados como se uma ameaça os tivesse encurralado para um sacrifício em massa. Em ambos os casos, estranhas marcas circulares foram encontradas em seus ossos. Parece que forças superiores decidiram pelo fim da experiência dos répteis no planeta azul e prepararam o terreno para tanto. Talvez para permitir que os frágeis humanos aqui pudessem viver.
Anomalia Magnética — Eu não ficaria surpreso, se, como apresentado em 2001: Uma Odisséia no Espaço, algo semelhante a uma fictícia anomalia magnética Tycho Um fosse efetivamente encontrada na Lua, em Marte ou mesmo em órbita da Terra. Um artefato alienígena que emitisse, de tempos em tempos, irradiações específicas para provocar reações subconscientes na espécie humana. Tais irradiações poderiam gerar descobertas científicas, paranormais ou mesmo espirituais, que nos indicassem o caminho a seguir em nossa evolução. Correntes espiritualistas, como a Summit Lighthouse e outras, ligadas à chamada Grande Fraternidade Branca e aos ditos comandos estelares, defendem a tese de que seres ascensionados da Terra, em conjunto com hostes extraterrestres responsáveis por nós, ativam equipamentos que enviam em nossa direção “ondas de espiritualidade”. Elas seriam capazes de despertar certos grupos de pessoas, sensitivos ou contatados, ou ainda gente comum, para uma busca interior.
Inspiração ou informação, a verdade é que Clarke coloca-nos como meros aprendizes de uma realidade superior. Ele visualiza uma evolução espacial em busca de respostas e supõe um encontro fantástico numa dimensão espaço-temporal totalmente diversa da nossa. E ainda deduz a transmutação do homem num deus planetário. Vivemos hoje a fase transitória desse processo, a da exploração espacial. Mas temos tudo para vivenciar também a fase final. Em 1971, num programa da rede inglesa BBC, as ufólogas Cynthia Hind e Maria Smulian participavam de uma mesa redonda sobre extraterrestres, recebendo ligações dos telespectadores, quando algo aconteceu. Num dado momento, pela linha telefônica da produção do programa, uma voz metálica e sem expressão entrou no ar dizendo: “Nem todas as pessoas tem habilidade para entender inteligências superiores”.
Enquanto Akhenaton estava em caçada aos leões, avistou um disco fulgente, pousado sobre uma grande rocha. Era brilhante como ouro e púrpura, e pulsava como o coração do monarca. O faraó ajoelhou-se dizendo: ‘Oh, Aton que me ofusca e pulsa como meu coração, minha vontade e sabedoria parecem tuas!’
— Escribas Egípcios, narrando a vida de seu faraó
Apesar da surpresa inicial, o apresentador fez algumas perguntas à voz robótica e a questionou se conhecia o primeiro ministro inglês, Edward Heath. “Neste momento, posso ver sir Heath dormindo”, respondeu a voz, que acrescentou: “A humanidade está cometendo muitos erros tolos. Muitos homens sensatos falam e avisam, mas a grande maioria das pessoas prefere assuntos sem importância”.
Imaterialidade — O apresentador insistiu, perguntando de onde tal voz emanava naquele momento, e seguiu-se a resposta: “Estou agora à 200 mil milhas acima da praça Oxford Circle, em Londres. Estou falando através de uma espécie de computador”. Tentou o jornalista novamente: “Mas por que não vem falar cara a cara conosco?”. E mais uma estranha resposta veio pela linha telefônica: “Eu não tenho cara. Posso assumir a aparência humana, se quiser, mas não por muito tempo. Nós temos vontade de interferir, mas a primeira regra da vida é que a criatura ajude a si mesma. O ser humano tem muita compaixão, isso é bom. Mas o bem maior é o equilíbrio, que é o principal elemento do universo”. Finalmente, o apresentador inquiriu a voz sobre como poderia ter novos contatos: “Chame o espaço exterior”. Imediatamente a ligação foi finalizada, só sendo restabelecida com a entrada no ar de uma das pessoas que aguardavam para fazer perguntas aos participantes do debate.
Talvez uma das grandes dificuldades da Ufologia seja admitir que a maioria das manifestações ufológicas tenha natureza imaterial, mesmo que às vezes pareça o contrário. Muitos UFOs observados em forma de luz são as próprias inteligências extraterrestres nos visitando, e não veículos encobertos por uma camada de metal ou algo similar. Sabemos que existem vários graus de manifestações extraterrestres, entre elas os globos luminosos, pequenos ou grandes, que são seres vivos da Terra e de fora dela, que atuam como “consciências” singrando o oceano cósmico.
Há também seres que interagem profundamente com seus veículos, tornando-se um a extensão do outro, de tal forma que vêem, sentem e absorvem qualquer coisa que envolva a estrutura da nave, acabando por se tornarem, quando necessário, um só. E há ainda os seres que têm uma “vida relativa”, entidades físicas criadas com objetivos específicos, respondendo à distância ao controle de seu criador, podendo ser descartados a qualquer momento. Assim funcionam algumas comunidades de seres chamadas de “colméia”, em que todos os seus integrantes compartilham uma mente única. Como no caso da BBC, quantas vezes ao longo da história os povos não têm contatado supostas divindades, denominando-as de “senhor”, “altíssimo”, “inominável” ou mesmo Deus? São inteligências que têm se passado por divindades, com objetivos diversos, segundo descritos na Bíblia, no Ramayana e no Mahabarata, por exemplo.
Portanto, Ufologia e espiritualidade sempre andaram juntas e de mãos dadas. Na maioria dos casos, diversos povos da Antigüidade tiveram uma postura espiritual diante dessas forças maiores do Cosmos. Noutros, elas mesmas permitiram essa interpretação de suas ações, com o objetivo de originar religiões. É possível afirmar com certeza que não há nenhuma religião que não tenha em seus fundamentos atividades extraplanetárias. E há muitas que têm, em algum nível, uma perspectiva bastante profunda da presença alienígena. Todos somos extraterrestres, em maior ou menor grau, apesar de não termos consciência disso. Em todos os planetas, nos mais diferentes estágios físicos ou espirituais, seres vivem suas jornadas
, tal como a pluralidade dos mundos habitados profetizada por Allan Kardec.
Poeira Cósmica — A ciência acredita num Big Bang, a grande explosão geradora do universo conhecido. Esse advento remonta há 15 ou 20 bilhões anos, o que significa que milhões de planetas surgiram de lá para cá. Numa visão simplesmente astronômica, as estrelas são apenas fornos termonucleares, queimando seu combustível e transformando hidrogênio em hélio, num efeito casual do Big Bang. Os planetas são aglomerados de poeira cósmica oriunda dessa grande explosão. Somos seres casuais, descendentes de primatas que evoluíram de amebas primordiais da sopa lamacenta perdida nas eras. Sequer o espírito existe. Somos matéria estelar apenas um pouco aprimorada por uma sucessão interminável de “acasos”.
E tudo isso aguardando um imaginado Big Crunch, o inverso da grande explosão ou a chamada “grande retração”. Supõe-se que isso atrairá de volta toda a matéria dispersa pelo Cosmos, num colapso universal. Curiosamente, a filosofia hindu ensina há milênios que o universo é fruto da respiração da entidade mítica Braman, que quando expira forma o universo e, quando inspira, tudo retorna para dentro de si. Para os hindus, esse processo de bilhões de anos não é casual, mas o próprio Braman manifesto, vivenciando experiências desde os mais ínfimos seres até os mais divinos ascensos, reintegrando-os. Segundo outras filosofias, tudo o que existe é a mais divina expressão de Deus e a casualidade inexiste, pois tudo seguiria o plano e a vontade da “consciência plena”. Assim, a visão espiritualista da teosofia, da gnose e do espiritismo prega justamente o contrário da ciência: não existe acaso e o universo existe para abrigar a experiência de almas peregrinas, que vivenciam nos mais diferentes locais do Cosmos a celebração da vida. O mesmo defendem religiões como o budismo, judaísmo e hinduísmo.
Como entender isso? Segundo círculos místicos ou esotéricos propagam, vivemos num universo multidimensional. Mas foi só recentemente que teorias físicas começaram a examinar esse conhecimento ancestral. A Teoria das Super Cordas, por exemplo, advoga que vivemos numa realidade com 10 ou mais dimensões, mas que percebemos apenas algumas delas. Assim, não seríamos nós, os seres extraterrestres e todos os demais seres vivos também multidimensionais? Talvez a grande diferença entre nós e os ETs é que eles, por seu avanço tecnológico ou espiritual, já tenham aprendido como manipular essas dimensionalidades.
As primeiras estrelas que nasceram logo após o Big Bang foram classificadas como população 3, e hoje já não existem mais. Os sistemas estelares atuais, inclusive o nosso, já são da população 1, ou seja, mais recentes. Dentro desse conceito, somos uma estrela amarela com somente quatro ou 5 bilhões de anos, na borda recém formada da galáxia, a Via Láctea. Espalhados pelo Cosmos deve haver civilizações em todos os níveis científicos, tecnológicos e também espirituais.
Sem Forma Material — Os centros galácticos, que abrigam milhões de estrelas mais antigas – da população 2 – e possuem altíssimas concentrações energéticas, devem necessariamente ter milhares de raças extraterrestres altamente desenvolvidas, vivendo dimensões superiores nunca imaginadas por nós. O cientista Carl Sagan, famoso astrônomo da série televisiva Cosmos, que era cético em relação à existência dos UFOs, defendia a idéia de que há pelo menos um milhão de civilizações avançadas, somente na Via Láctea. É razoável supor, então, que as comunidades surgidas ainda nas estrelas extintas da população 2 tenham migrado de seus núcleos galácticos para todo o universo físico e, principalmente, para outras dimensões.
O fato é que muito dos seres de tais comunidades não possuem uma forma material como a nossa, que chamamos de “densa”, mas sim uma concentração de consciência capaz de manifestar-se em diversas realidades, além de três dimensões. Nessas outras realidades, supõe-se, inexiste tempo, espaço e matéria como nossa ciência as concebe. Nelas, tudo é intangível, invisível ou abstrato, porém totalmente real. Esses são conceitos difíceis de serem assimilados, mas concatenados com avançadas idéias já acolhidas pela física contemporânea.
A regra inicial, quando se pensa em UFOs, é que eles podem ser tudo o que podemos imaginar e tudo o que não podemos imaginar. E ainda podem ser todas essas coisas juntas. Não é fácil definir o fenômeno
— Wendelle Stevens
Na verdade, os UFOs comportam-se como descrito em tais realidades dimensionais. Adentram montanhas rochosas, como ocorre nas serras da Beleza e de Itatins, respectivamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, ou ainda na Cordilheira dos Andes, no Peru, para citar apenas alguns casos. Muitas vezes os radares não os detectam no céu, quando visualmente estão lá, e vice-versa, como na revoada de UFOs sobre o Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), em São José dos Campos (SP), em 1986. Nessa ocasião, 21 objetos luminosos foram perseguidos por caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Os pilotos ora captavam os objetos em seus radares, ora somente os avistavam, enquanto em terra ocorria o mesmo.
O ministro da Aeronáutica da época, Octávio Moreira Lima, confirmou a aparição classificando-a como “anomalias de radar” ou “estranhos movimentos aéreos não identificados”. Bolas luminosas surgem do nada e desaparecem da mesma forma, na nossa frente, como dezenas de testemunhas afirmam ter visto dentro do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), em Iporanga, ou na Reserva Ecológica da Juréia, em Peruíbe, ambas as localidades no Estado de São Paulo. O mesmo ocorreu na onda ufológica da Nova Zelândia, em 1978, ou na revoada de UFOs sobre Washington, nos Estados Unidos, em 1952. Outras dezenas de casos semelhantes constam da investigação oficial conhecida como Operação Prato, desenvolvida nos arredores de Belém (PA) pela FAB, em 1977 [Veja Ufo 54 e 55].
Tempo Perdido — E como se não bastasse, os UFOs provocam toda sorte de fenômenos ligados tradicionalmente ao campo da espiritualidade. Analisando-se a casuística dos abduzidos e contatados, observamos desdobramentos, experiências fora do corpo e estados alterados de consciência. Talvez o caso mais bem detalhado em que podemos verificar tudo isso seja o de Betty Andreasson, revelado no livro Os Observadores, de Raymond Fowler [Educare Brasil]. Sobre essa manifestação no campo da espiritualidade, uma disciplina que tem g
rande contribuição a dar à Ufologia é a projeciologia, que no Brasil foi desenvolvida em grande parte pelo pesquisador, escritor e “viajante extrafísico” Waldo Vieira. Ele elencou uma série de coincidências ou semelhanças entre as abduções e a projeção astral, nome como o qual as experiências fora do corpo também são conhecidas.
Uma dessas coincidências está na amnésia causada em pessoas que fazem viagens extrafísicas e vítimas de abduções, que passam pelo chamado missing time, ou sensação de tempo perdido. Nessa circunstância, a pessoa não tem recordação do que lhe ocorreu durante algumas horas ou até mesmo dias inteiros de sua vida. Parte desse tempo consegue ser recuperado somente através da hipnose regressiva. Há também o fenômeno da translocação instantânea a qualquer lugar. Em alguns casos, abduzidos ou contatados, atravessam luzes, fumaças, névoas ou mesmo portais, surgindo em locais distantes ou inimagináveis à nossa razão. Paralisia, catalepsia ou estado de slow motion também são interessantes coincidências entre as abduções e as experiências fora do corpo. Essa situação, semelhante a um filme passado em câmera lenta, caracteriza as chamadas “abduções de dormitório”, que ocorrem durante a noite, quase sempre com a vítima em seus aposentos. Ela não consegue se movimentar, tem vontade de gritar e não pode, quer fugir mas seus músculos não respondem.
O surgimento de luzes coloridas diversas também são interessantes coincidências, assim como a flutuação do corpo físico ou – mais complexo ainda – da consciência. O primeiro caso é a marca registrada do Fenômeno UFO, a multiplicidade de luzes e cores fantásticas envolvidas nas aparições de naves. O segundo já foi verificado em vários casos, quando os abduzidos relatam que flutuaram, sentiram-se muito leves ou atravessaram portas, janelas fechadas ou mesmo paredes. Muitas dessas ocorrências podem ter sido abduções apenas do corpo bioenergético, o chamado corpo astral.
Locais fora de padrão, sem arestas, cantos ou linhas retas também são relatados tanto por abduzidos e contatados quanto por pessoas que exercitam viagens astrais. Isso se explica porque, de modo geral, como já se documentou exaustivamente, os extraterrestres têm preferência pelas formas arredondadas, que parecem estruturar desde seus veículos até seus equipamentos e suas casas – até onde podemos verificar em relatos de supostas visitas de seres humanos às suas origens. Também é fato conhecido que as formas arredondadas, que evitam quinas e cantos, facilitam a livre circulação de energias.
Estações Orbitais — Outra semelhança entre os dois campos, atestando uma ligação da Ufologia com a espiritualidade, são os espaços não-terrestres com superfícies curvilíneas. Vários ambientes visitados pelos abduzidos, desde os discos voadores em si até as estações orbitais, naves-mãe e lugares não identificados, apresentam essa conformação característica de locais extrafísicos. Nelas é comum encontrar-se criaturas diferentes do ser humano, mas mesmo assim humanóides. Em praticamente 99% dos relatos de encontros com seres alienígenas, analisados na casuística mundial, sua tipologia demonstra que eles têm o mesmo padrão da anatomia terrestre: cabeça, tronco e membros. Algumas criaturas têm olhos maiores que os humanos. 70% dos casos de contatos registrados se dão com humanóides do tipo alfa ou gray [Cinzas], que têm olhos grandes, negros e marcantes, e assombram o subconsciente das testemunhas enquanto estão dentro do missing time. Em vários casos de contatos com seres do tipo beta, humanos, estes tinham olhos amendoados um pouco maiores que o normal [Veja Ufo 86 e 87].
Como uma das mais fortes coincidências entre as abduções e as projeções astrais está a ocorrência de diálogos telepáticos ou mentais entre as partes envolvidas. Os grays geralmente apresentam apenas uma fenda pequena e sem dentes no lugar da boca. Portanto, aparentemente, comunicam-se por telepatia, apesar de várias vezes se ter ouvido certos grunhidos ou sons melodiosos trocados entre eles. Já os seres do tipo beta, em geral, falam a língua dos abduzidos ou contatados, mas demonstram também dominar sem problemas a capacidade telepática.
Ambientes Estelares — Abduzidos e viajantes extrafísicos também compartilham, em suas experiências, uma visão da Terra de um ponto externo a ela, quando aparece pequena ou à distância. Várias testemunhas relatam ter visto o planeta através de escotilhas ou de telas panorâmicas, quando estiveram em UFOs. Segundos após a abdução, as naves já se encontravam na alta atmosfera terrestre ou mesmo em ambientes estelares. Junto dessas características está a perda da noção exata do tempo. Isso se dá porque, inúmeras vezes, o tempo sofre distorções que variam de minutos ou horas até dias ou semanas, numa viagem ufonáutica. E as pessoas a bordo dos veículos não sabem precisar quanto tempo passaram neles, pois perdem todos os referenciais, apesar de seu relógio parecer normal.
Outro estranho efeito que se dá entre pessoas que fazem desdobramentos fora do corpo e as que são abduzidas também envolve uma questão temporal. Trata-se da divergência da duração da experiência entre “quem foi” e “quem ficou”, algo que lembra, à primeira vista, o Paradoxo do Relógio, de Einstein, segundo o qual alguém numa viagem espacial a velocidades lumínicas terá o tempo passando cada vez mais lentamente, conforme se aproxima da velocidade de luz, do que outra que ficou na Terra. Mas esse efeito parece ter implicações muito mais profundas, pois a própria ciência já duvida que a velocidade da luz seja realmente impossível de ser ultrapassada. E os UFOs demonstram características multidimensionais, o que deve representar um rompimento brutal de todos os preceitos relativísticos. Na prática, podemos permanecer horas num UFO e isto representar dias ou semanas na superfície terrestre, mesmo sem viajarmos na velocidade da luz.
Os extraterrestres atuam dentro de um sistema próprio, como se nossas leis físicas de nada valessem. Atravessam paredes, tetos e vidraças. E podem levar seres humanos junto deles, que passam pelos mesmos lugares, como se seus corpos não tivessem massa
— Budd Hopkins
A expansão da consciência e a potencialização na elaboração de pensamentos é algo coincidente entre experiências fora do corpo e abduções. Um contato com alguém de outro planeta, por si só, é uma ocorrência de tal magnitude qu
e provoca uma reformulação geral em todos conceitos de quem a vive, sejam científicos, sociológicos ou mesmo espirituais. É natural que isso seja um agente catalisador do mecanismo de busca interior inerente ao ser humano. Seja positiva ou negativa, dentro de parâmetros humanos de avaliação, a experiência sempre ocasionará um ganho consciencial.
E concomitantemente a tudo isso, há a intensificação ou o surgimento de faculdades paranormais, tanto para quem passa por uma abdução quanto para quem lida com a espiritualidade. Para entender isso, é preciso compreender que somos seres essencialmente energéticos. Que emitimos radiação infravermelha, possuímos corrente eletromagnética e um envoltório áurico detectado através de fotos Kirlian etc. E não há como negar que os UFOs também envolvem altíssimas energias, que, via de regra, causam nos abduzidos irritação nos olhos, enjôos, disfunções sexuais, depressões etc, quando retornam. Também podem gerar sensitividade e despertar dons artísticos ou paranormais, conforme o caso. Em face disso, precisamos urgentemente concentrar esforços para desvendar aos aspectos bioenergéticos do ser humano, para aumentarmos nossa compreensão sobre tais interações entre os UFOs e a humanidade.
Cabe aqui uma reavaliação da teoria dos chakras e suas funções. São vários os segmentos que promovem estudos da bioenergética, e mesmo dentro do espiritismo encontramos muitos estudos que nos auxiliam na compreensão da estrutura energética humana e suas interações com o meio ambiente. Talvez, assimilando essa parte básica de nossa natureza, poderemos buscar as mais elevadas. O espiritismo apresenta quadros descritivos da vida em outros orbes. Allan Kardec, codificador da doutrina espírita, já em 1868, defendia a pluralidade dos mundos habitados.
Bioenergética — Em seu livro Céu e Inferno dizia que “…a humanidade não está limitada à Terra. Ela ocupa inumeráveis mundos que circulam no espaço, povoou aqueles que já desapareceram e povoará os que ainda vão se formar”. Isto nos faz relembrar que somos apenas filhos de uma estrela amarela jovem, na borda recém criada da Via Láctea, uma civilização recentíssima no panorama universal. Muitos outros surgiram antes de nós.
Já no Livro dos Médiuns, Kardec descreve algumas manifestações espirituais interessantes. “Os espíritos podem produzir luzes e chamas para marcar sua presença. Podem variar sua aparência, mas em geral apresentam o tipo humano”. E mais adiante, na mesma obra, o autor diz que “…o espírito pode tomar todas as aparências ou a que melhor se faz reconhecer. E quase nunca se vê andando, porém deslizando como as sombras”. Na casuística ufológica temos centenas de casos onde “luzes inteligentes” ou sondas de vários tamanhos passeiam por florestas, cidades e até adentram casas. Muitos contatados avistaram essas luzes ou formas humanóides deslizantes, durante ou após psicografias e canalizações, como provas de contatos extraterrestres.
Testemunhas casuais ou grupos de estudos, durante vigílias específicas, também narraram a observação de seres flutuantes e de massas luminosas que mudavam de formato ou que se transmutavam, assumindo um aspecto humano. Com essa fenomenologia sendo registrada, parece cada vez mais difícil diferenciar anjos de espíritos, demônios de ETs, ou todos entre si. Serão eles tudo isto ou nada disto? O mesmo Livro dos Espíritos traz a reafirmação da pluralidade dos mundos: “Todos os globos no espaço são habitados e o homem está longe de ser, como crê, o primeiro em inteligência e perfeição. Os que imaginam que somente nosso pequeno mundo tem o privilégio de abrigar seres racionais estão apenas cobertos de orgulho e vaidade”.
O espiritismo divide os mundos em cinco categorias: (a) primitivos; (b) de expiações e provas; (c) regeneradores; (d) afortunados ou felizes; e (e) celestes. Nessa classificação, a Terra estaria na passagem de mundo de expiação e provas para um de regeneração. Haveria milhares de orbes à nossa frente e em todas as dimensões inimagináveis da matéria. E o mesmo tanto atrás de nós. Na década de 50, uma série de livros psicografados pelo médium paranaense Hercílio Maes gerou polêmicas que perduram até hoje. Seu conhecido A Vida no Planeta Marte e os Discos Voadores [Editora do Conhecimento], supostamente transmitido pelo espírito indiano Ramatis, descreve em detalhes a vida cotidiana dos marcianos e suas naves.
Mas a ciência jamais logrou identificar qualquer forma de vida no Planeta Vermelho, ainda mais nos moldes descritos por Ramatis. Desde 1976, quando a missão Viking enviou milhares de fotos de Marte, muitas perguntas surgiram e a maioria está sem respostas até hoje. As fotos mostravam supostas ruínas parecidas com uma cidade inca, pirâmides, construções enormes e o famoso rosto com feições humanas da planície de Cydonia [Veja Ufo 66]. Agora, há poucos anos, novas fotos da missão sonda Mars Global Surveyor ao planeta mostram estranhos túneis e um novo rosto, a King Face [Veja Ufo 87]. Dos canais de Schiaparelli até os recentes projetos da NASA, o debate continua. A comissão encabeçada por Richard Hoagland luta há anos para que a agência espacial norte-americana libere as verdadeiras informações sobre o que há na superfície do planeta.
Astro Intruso — No entanto, grupos espíritas ligados ao Movimento Ramatis, iniciado por Maes, vêem em cada nova descoberta da NASA a chance de mostrar que o espírito indiano tinha descrito uma civilização que realmente existiu no passado. Ela poderia ter se extinguido, adentrado o planeta para viver em seu subterrâneo ou, ainda, se fixado numa outra faixa vibratória, ainda que com resquícios no plano físico. De qualquer maneira, independente de Ramatis, nosso inconsciente coletivo sempre nos ligou de certa forma a Marte. Desde que se formulou a hipótese extraterrestre, Marte foi eleito como a origem de estranhos homenzinhos verdes. Os EUA viveram a atribulada transmissão radiofônica da Guerra dos Mundos, em que Orson Welles colocou a Terra à mercê de criaturas do planeta vizinho. Antes disso, Galileu e Lowell, muitos filósofos e escritores também dirigiram
sua mente ao misterioso deus da guerra.
Já os pesquisadores identificaram um aumento no número de avistamentos de UFOs nos períodos em que Marte está mais próximo da Terra, que ocorre a cada 26 meses. Essa intensificação talvez esteja ligada mais ao inconsciente coletivo do que propriamente à questão da proximidade entre os planetas. Talvez o anseio da possibilidade ative um estado de alerta nessa época, gerando um maior número de relatos. A observação sistemática também demonstra que os UFOs não têm obstáculos físicos como nós. Ou seja, para nossa astronáutica alguns milhares de quilômetros são um diferencial importante, mas para eles talvez não representem quase nada. Essas naves submergem nos oceanos, adentram em maciços rochosos, vagam pela estratosfera, aportam na Lua, desmaterializam-se na frente testemunhas e são invisíveis ao radar, isso tudo quando não atingem velocidades que vão de zero a 100 mil km/h em segundos.
Reformulação Espiritual — Ir a Marte ou qualquer outro lugar no Sistema Solar pode ser, para os ETs, algo como atravessar a rua para um felino esperto, um trajeto curto para alguém liso e rápido, em dois ou três saltos acrobáticos. Hercílio Maes e Ramatis acabaram por dividir opiniões da comunidade espírita, o que perdura até hoje. Em 1956, a Federação Espírita de São Paulo, por exemplo, reconheceu a validade da obra psicografada através da revista O Semeador. Entretanto, seus livros foram pouco aceitos pelos mais ortodoxos. Em Mensagens do Astral, outra obra também ditada por Ramatis, o autor forneceu as bases de várias crenças que vigoram até hoje, como a existência de um “astro intruso” no Sistema Solar, muitas vezes chamado de Planeta X, Hercólubus, Planeta Higienizador etc.
A obra também gerou a crença de que haverá, em breve, uma verticalização do eixo terrestre e a reformulação espiritual do planeta. Esse astro intruso teria uma órbita excêntrica em torno do Sol, com um ciclo de 6.666 anos – curiosamente, um número apocalíptico. E teria seu tamanho estimado um pouco maior que a Terra, porém com um campo magnético 3.200 vezes superior ao nosso. Sua primeira função seria atrair e sugar, com tal campo, os espíritos inferiores responsáveis pela violência, pelas injustiças e por toda a imoralidades que tomaram conta da Terra. Isso consumiria dois-terços da humanidade, que seria sugada pelo astro.
Daí os termos Planeta Chupão e Higienizador. Essa migração compulsória de “almas inferiores” reuniria espíritos exilados num novo orbe, com evolução material primitiva, abrigo de uma civilização ainda em seus primórdios. Reencarnações desse tipo promoveriam, segundo preceitos espíritas, a expiação de karmas e o aprendizado necessários aos exilados, além de impulsionar a evolução dos seres primários que ali habitam. Apesar da dificuldade da ciência acadêmica em verificar essas teorias, vários pesquisadores da tanatologia e da projeciologia defendem que a migração de almas entre os mundos – também conhecida como “transmigração” – seria uma constante, em vez de mera fantasia. Através da terapia de regressão a vidas passadas, muitas pessoas comuns acabam por reviver e trazer à consciência supostas encarnações noutros pontos do universo, entre eles as Plêiades, Órion e Lira, além de outros sequer conhecidos.
Igualmente, muitos abduzidos e contatados acreditam ter ligações ancestrais com seus abdutores ou contactantes, fato algumas vezes confirmado por eles. O autor que mais se aprofundou na questão da evolução através de exílios estelares foi o também espírita Edgard Armond, autor de Exilados de Capela. Em seu livro, Armond relata com detalhes o degredo de um grupo de espíritos que transmigraram para o planeta Terra. Através da psicografia, o espírito Emmanuel já havia se referido a essa estrela, distante 45 anos-luz de nós. “Nos mapas zodiacais terrestres, observa-se uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu o nome de Capela. É um magnífico sol que tem também uma família de mundos avançados, que elevam glórias divinas ao ilimitado”, teria ditado Emmanuel aos seus canais terrenos. Capela também é uma estrela amarela similar ao nosso Sol, situada entre as constelações de Touro e Gêmeos. Seria a origem de grupos de almas que vieram para cá há aproximadamente 150 ou 200 mil anos, encarnando e sendo responsáveis pelo aparecimento do Homo sapiens.
Tal fato seria a explicação para a inexistência do chamado elo perdido na escala da evolução genética humana. Nossos ancestrais Pitecantropus erectus, há 500 mil anos, eram verdadeiros homens-macacos, com inteligência bastante limitada e pouco desenvolvidos em todos os sentidos. Sem uma transição coerente – o tal elo perdido – surge logo após dele o Homo sapiens, já muito inteligente e utilizando o fogo, armas de pedra, formando famílias etc. Ou seja, um homem estruturado física e mentalmente, similar ao que somos hoje. Como explicar esse salto em nossa evolução?
Anjos Caídos — Armond acreditava que a ciência não descobriu os elos intermediários porque eles realmente não existem, pois teriam sido plasmados em outros planos dimensionais pelos prepostos de Deus, transformando o animal mais evoluído da espécie no ser humano atual. Uma vez prontas as matrizes capazes de receber as almas vindouras, teriam ocorrido as transmigrações de milhares delas, exiladas de Capela. Essa chegada também teria sido considerada o que em certas religiões se conhece como “queda dos anjos”, pois esses espíritos expurgados teriam declinado de uma condição superior em seu planeta de origem para uma vida expiatória na Terra. Alguns estudiosos acreditam que também teria sido a queda de Lúcifer e suas hostes celestes.
Igualmente, o livro apócrifo bíblico de Enoque relata a chegada de anjos do céu, que tomaram esposas entre as mulheres terrestres. Foram ele, Samyaza, Tamiel, Ramuel, Azael, Saraknial e Turel, para citar apenas alguns. Eles trouxeram conhecimentos astrológicos, astronômicos, agrícolas e mágicos aos moradores do expiante mundo terreno [Veja Ufo 89]. Simultaneamente a essas teorias, a Ufologia também aventa como hipótese de trabalho uma intervenção extraterrestre nessa lacuna antropológica, e teve em Erich von Däniken seu principal promotor, através do bestseller Eram os Deuses Astronautas?
Devemos conce
ber a existência de um imenso organismo de infinitas esferas de substâncias mais ou menos sutis, as quais se interpenetram, sem limites fixáveis, borbulhantes de vida, energia, formas e um ritmo mágico de inter-relacionamentos
— Alfredo Moacyr Uchôa
Segundo a interpretação de Däniken dessa teoria, os deuses, na verdade, seres extraterrestres, teriam modificado o primata original e implantado sua inteligência e as mutações genéticas necessárias para o florescimento da civilização terrestre. Se os ETs atuam nas diversas dimensões dos planetas não é impossível que tenham coordenado, de certa forma, uma chegada de almas exiladas e colaborado na implantação material e espiritual da humanidade. Logo, ciência, Ufologia e espiritismo podem todas estar corretas. Da coordenação de suas idéias poderemos obter respostas a muitas perguntas.
No famosíssimo Caso Alexânia, por exemplo, ocorrido na década de 70, o general Alfredo Moacyr Uchôa dirigiu pesquisas que resultaram em dezenas de contatos com seres não terrestres. Na localidade das pesquisas, em Goiás, ocorreu variada gama de fenômenos luminosos, desde sondas coloridas até naves estruturadas, além de contatos paranormais. Nesse caso específico, os contatos tiveram um cunho bastante espiritual, com dezenas de informações recebidas tratando do crescimento da humanidade.
Tecnologia Superior — Apesar de, em 1960, o renomado professor e pioneiro da conquista do espaço Hermann Oberth, no Congresso de Ufologia Wiesbaden, na Alemanha, ter afirmado categoricamente que os discos voadores eram máquinas com tecnologia superior, o general Uchôa já questionava em seu livro Mergulho no Hiperespaço a natureza extrafísica dessas naves. “Como explicar a invisibilidade desses objetos e os casos de transparência de algumas naves?”, perguntava Uchôa, para fornecer a resposta adiante. “Devemos conceber a existência de um imenso organismo de infinitas esferas de substâncias mais ou menos sutis, as quais se interpenetram, sem limites fixáveis, borbulhantes de vida, energia, formas e um ritmo mágico de inter-relacionamentos. Fluxos de energias, provocariam subidas e descidas dimensionais, passagens e portais. Daí a invisibilidade ou estados intermediários”.
Uchôa foi um cientista, professor de cálculo vetorial e mecânica racional da Escola Militar de Realengo e da Academia das Agulhas Negras, ambas no Rio de Janeiro. Portanto, jamais poderia ser taxado de místico, da forma pejorativa como muitos pesquisadores sérios são chamados até hoje. Seu trabalho, calcado na ciência, baseava-se também firmemente no que ele definia como “crença no amor ao Cristo Cósmico e na grandeza do ser humano”, conforme suas próprias palavras.
Ao tentarmos compreender integralmente a Ufologia, temos que recorrer a uma das máximas do filósofo matemático René Descartes: “Para atingirmos a verdade, é preciso uma vez na vida nos desfazer de todas as opiniões aceitas e reconstruir novos sistemas do próprio conhecimento, desde seu fundamento”.
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Pinturas rupestres registram ETs
por Equipe UFO
Centenas de registros ancestrais da passagem de UFOs em nosso planeta estão espalhados pelos mais diversos países, inclusive no Brasil. São as chamadas pinturas rupestres, que eram feitas por nossos antepassados e datam de seis a 110 mil anos. Elas decoram paredes de cavernas onde o homem primitivo habitou e muitas vezes estão mesmo a céu aberto. Algumas mostram objetos discóides exatamente iguais os discos voadores observados e relatados hoje em dia, com o se os observadores daquela época fossem contemporâneos das testemunhas ufológicas de hoje.
No Brasil, em tempos mais recentes, entre um e 3 séculos, o Fenômeno UFO também geral uma significativa quantidade de lendas e mitos, espalhados por nosso rico folclore. Palco de inúmeras ocorrências ufológicas, o país tem até hoje tais tradições históricas cultuadas em muitos municípios, onde UFOs são associados a fantasmas e assombrações. Nosso povo em geral, principalmente aquele do campo, com pouca cultura e afastado dos últimos avanços tecnológicos, sempre foi testemunha de fatos de natureza extraterrestre, alguns dos quais denominados de acordo com a cultura da época em que chamaram mais atenção. São a Mãe do Ouro, o M’boi Tatá, Saci Pererê, Mula sem Cabeça, Virgem de Sete Metros, Noiva de Branco, Comadre e Compadre etc. Todas essas lendas populares têm origem na observação de naves ou seres alienígenas, encarados com total espanto por nossos antepassados.
Tais mitos ganham força quando surgem e são cultuados em municípios onde há, também, as pinturas rupestres. Esse é o caso de Varzelândia, por exemplo, uma cidade do norte de Minas Gerais. Lá, ufólogos pioneiros descobriram a existência de várias cavernas com estranhas escrituras e desenhos em suas paredes, sendo que em algumas delas existem figuras com formatos discóides. Apesar da arte rupestre estar em todo aquele Estado, é em Varzelândia que ela chama mais atenção.
A partir de 1970, com o início do Programa de Pesquisas no Vale do São Francisco, o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) vem localizando ao longo do curso do rio uma série de sítios arqueológicos. As pesquisas terminaram por concentrar-se em três diferentes regiões do território mineiro: a Serra do Cabral, no centro do Estado, Varzelândia, ao norte, e Unaí, a noroeste. A arte rupestre de cada uma destas regiões apresenta diferenças quanto à técnica de execução, estilo, tratamento, temática e concentração das figuras. Mas todas têm as mesmas enigmáticas figuras. Quem as produziu, tal como nos dias atuais, estava tendo observações de estranhos objetos voadores.
Abduções e projeções astrais
Veja a seguir algumas das principais semelhanças entre as abduções alienígenas e as chamadas experiências de projeção astral ou viagens extrafísicas, segundo o renomado pesquisador e projeciologista brasileiro Waldo Vieira. Tais similaridades têm grande significado para um entendimento abrangente da Ufologia.
Amnésia — Surge geralmente em pessoas que fazem viagens astrais e nas vítimas de abduções, que passam pelo chamado missing time, sensação de tempo perdido.
Translocação — Sensação de transporte instantâneo a qualquer lugar. Em alguns casos, abduzidos ou contatados atravessam luzes, fumaças etc, surgindo em locais distantes ou inimagináveis.
Paralisia — Um cu
rioso estado de slow motion também está entre as coincidências entre as abduções alienígenas e as experiências fora do corpo.
Desorientação — Sensação de estar em locais fora de padrão, sem arestas, cantos ou linhas retas também é relatada tanto por abduzidos e contatados, quanto por pessoas que exercitam viagens astrais.
Curvaturas — Vários ambientes visitados pelos abduzidos, desde discos voadores e naves-mãe até outros planetas, apresentam uma conformação física ou arquitetura com superfícies curvilíneas. Parece que os alienígenas têm predileção por tais formas.
Humanóides — Os seres observados em viagens astrais e em abduções são ligeiramente ou muito diferentes do ser humano, mas mesmo assim humanóides. Praticamente 99% dos relatos mostram que a anatomia alienígena é composta de cabeça, tronco e membros.
Telepatia — A maioria dos contatos entre humanos e ETs acontece via telepática, assim como ocorre com pessoas, conhecidas ou não, que se encontram em suas experiências fora do corpo. Raramente, mas há registros, viajantes astrais encontram ETs em suas experiências e se comunicam com eles telepaticamente.
Distância — Abduzidos e viajantes extrafísicos compartilham uma visão da Terra de um ponto externo a ela, à grande distância.