Aos treze anos de idade, Raimundo Picanço Filho já percorria os muitos quilômetros da BR 174 – rodovia que liga o Brasil ao Caribe – para chegar até o km 19, onde localizava-se a fazenda que fornecia fertilizante de solo para adubar as terras do sítio de seu pai, também à beira da rodovia. Raimundo se identificava tanto com aquele lugar que inúmeras vezes chegou a sonhar e traçar planos para a aquisição da referida propriedade. Não sabia ele, contudo, que a área era propícia à intensa atividade de UFOs. Conta-nos o próprio contatado, hoje dono da Fazenda Picanço, que o fenômeno não é novo, “…já ocorre há mais de
vinte anos”.
“Inclusive, os moradores vizinhos relatam que, durante uma festa de final de ano, quando todos já se retiravam, alguém olhou para trás e viu algo com o formato de um ‘grande morcego’, que permaneceu voando baixo sobre a casa”, relatou. Ao ser interrogado, o antigo proprietário da fazenda disse que logo após a queda de energia tinha ido deitar-se, conseqüentemente, não testemunhando o acontecimento. Em outra ocasião, um objeto de grandes proporções com a forma de duas bacias sobrepostas emergiu do lago, ganhou altitude e velocidade vertiginosas sem fazer qualquer barulho. Sete meses após a aquisição da propriedade, o fenômeno se manifestou novamente, mas Raimundo não o presenciou porque estava viajando.
Ao chegar à fazenda, um dos seus funcionários, que por coincidência também se chamava Raimundo, contou-lhe que Pedro, o outro capataz, havia sido encontrado, às 22:30 h, na porteira da sede, passando mal, trêmulo, com asfixia e proferindo palavras desconexas. Passados alguns dias, Pedro explicou que naquela noite avistara um forte clarão, baixando sobre um dos barracões, a aproximadamente 50 metros da varanda.
Do ponto onde ele estava, Pedro pôde notar um UFO ovalado, com mais de 45 m de comprimento e luzes que variavam entre as cores amarela e vermelha. Em conseqüência de seu tamanho, o objeto produzia uma enorme luminosidade sobre o teto da casa, impedindo a visibilidade ao redor. Até os animais gritavam, desesperados. “A área toda parecia iluminada por uma lâmpada fluorescente gigante”, descreveu Pedro, ainda impressionado.
No momento do avistamento, a vítima quis atirar contra a gigantesca bola, porém seus membros não obedeciam às ordens, permanecendo inertes. Até mesmo seus olhos o traíam, como que hipnotizados. “Senti muito medo. Queria gritar e correr, mas não conseguia”, argumentou, completando que só estava ali ainda porque esperava a chegada do patrão para pedir demissão. Picanço, que ouviu a história com redobrada atenção, tentou ainda convencer o empregado de que o mesmo enfrentaria dificuldades em encontrar outro trabalho. Pedro estava decidido. Então, diante da resolução tomada, o pedido foi aceito e o capataz foi embora.
Luz do velho pedro – Passados alguns meses, a luz reapareceu. Ela se manifestou por volta das 19:00 h, quando a família do fazendeiro e a do empregado se reuniam para preparar o jantar. Este último, chamando o patrão até à porta, mostrou “a luz do velho Pedro”, como ficou conhecida por todos os moradores da região. Seu Raimundo pôde, então, observar uma luz multicolorida, do tamanho de um automóvel, a 80 m de distância e a cerca de 30 m de altura. “Era uma luz que não possuía forma definida, podendo, algumas vezes, mostrar-se ovalada e, noutras, arredondada, com movimentos aleatórios”, declarou o contatado. Apesar de forte, o facho de luz, desta vez, não fez arder os olhos (talvez porque outras luzes menores circulavam à sua volta).
De repente, o objeto se apagou e sumiu como se nunca tivesse existido. No entanto, o mais intrigante é que nenhuma das oito testemunhas percebeu o tempo passar. Assombração, gases atmosféricos, experimento militar, enfim, ninguém encontrou uma explicação plausível para o fenômeno presenciado. No dia seguinte, o fazendeiro entrou em contato com parentes, amigos, redes de televisão e jornais para divulgar o ocorrido. A Polícia Civil, Aeronáutica e Exército também foram imediatamente notificados. Um membro do 7° COMAR, sem dar aparente importância ao fato, apenas recomendou que, caso Raimundo se sentisse ameaçado pela luz, deveria abandonar a área.
Aeronáutica é indiferente – Duas horas mais tarde, às 10:00 h, Picanço recebeu um telefonema do Ministério da Aeronáutica, em Brasília (DF), informando que mais tarde um técnico deveria ir até sua casa para esclarecer o assunto. “Era para aguardar 72 horas para divulgar a notícia aos veículos de comunicação. Suspeitando ter sido vítima de alguma brincadeira de mal gosto, resolvi certificar-me ligando de novo para a Aeronáutica, mas fui recebido de modo grosseiro, pois eu não sabia explicar o nome da pessoa com quem tinha acabado de falar”, completou. Pois se foi a própria Aeronáutica que deu o primeiro telefonema, por que Raimundo deveria saber? Ou eles colocavam em dúvida a palavra da testemunha ou tentavam esconder algo. O fazendeiro acreditava na última hipótese e, assim, iria propagar a notícia em todos os meios de comunicação disponíveis, inclusive sobre a reação da Aeronáutica. Mesmo porque não houve nenhuma manifestação oficial por parte desse Ministério.
Picanço, objetivando reunir o maior número de pessoas, convocou a Imprensa para comparecer à sua fazenda naquela mesma noite a fim de realizar uma vigília, na expectativa de avistar novamente a “luz do velho Pedro”. Dessa forma, todos passariam a acreditar em sua história e, conseqüentemente, não seria mais tachado de caluniador ou contador de lorotas. Por sorte, o fenômeno se repetiu por volta das 23:00 h, sendo imediatamente notado por uma das integrantes do grupo. A testemunha apontou no céu as pequenas luzes vermelhas, um pouco maiores que bolas de golfe.
Eram três esferas que integravam um círculo maior, produzindo um som baixo e discreto, semelhante a um barbeador elétrico, mas que logo desapareceram na imensidão do espaço sem que fosse possível fotografá-las. Quando indagado sobre outras manifestações anteriores, Picanço disse que dentro da formação espírita que recebeu de seus pais, da qual é fiel seguidor, jamais tinha visto algo tão original. “Parece que a nave, longe de ser um fenômeno paranormal, era dirigida por algum comandante e, descrevendo um ângulo de 360 graus, realizava manobras radicais em vôoorizontal pelo céu. A impressão é que ele queria se comunicar a qualquer custo”, afirmou, convicto.
Contudo, antes de ter esse contato, a testemunha disse que inúmeras vezes havia sonhado com uma esfera luminosa, posicionada acima das copas das árvores, à direita da sede, de onde emanava um clarão capaz de iluminar toda a área vizinha. “Cada vez que eu sonhava com aquilo, acordava muito impressionado, com o coraç
;ão aos pulos. Achava que fenômenos desta natureza estavam intimamente ligados ao plano espiritual. A partir do que aconteceu, agora, começo a pensar diferente”, exclamou. Desde que se tornou o dono das terras, Raimundo vem tendo a sensação de que algo quer se comunicar com ele, pois ouve sons e sente odores aparentemente inexplicáveis. Cada vez que isso acontece, suas reações diante do holograma formado em sua mente são as mais diversas: algumas lhe causam arrepio e entorpecimento, outras dão a impressão de que ele está flutuando.
Mesmo sem encontrar uma justificativa para as sensações adversas, a hipótese de se tratar de seres alienígenas não é descartada. Na opinião da testemunha, pode ser que tais criaturas tenham perdido algo na fazenda ou desejassem instalar algum tipo de experimento técnico, útil em suas pesquisas científicas, uma vez que eles próprios – os ETs que o visitam – são resultado de experiências genéticas de seres mais superiores ainda, com tipologia muito parecida com a terrestre. “Não sei por que sempre digo isso. Não tenho certeza de nada, mas parece que algo mais forte faz com que eu acredite, com plena convicção, que existe um fundo de verdade em tudo o que falo”, confidenciou o contatado.
Desde criança, Picanço foi muito interessado e curioso por assuntos que a ciência não pode esclarecer. Por isso, na época em que morou em Nevada (EUA), foi a Las Vegas para visitar um local de possíveis quedas de UFOs. Porém nada encontrou por lá, a não ser uma tempestade seca de areia. Tudo isso reforça o fato de que, apesar de crer em Deus, ele também põe fé na existência de vida extraplanetária.
Em abril de 1996, Raimundo Picanço foi vítima de um outro episódio que, segundo ele próprio, pode estar intrinsecamente relacionado com o primeiro. A testemunha reportou que ao viajar a Manaus pela rodovia Torquato Tapajós, num determinado ponto da estrada, estava em frente ao Clube da Prefeitura, mas num “piscar de olhos” já se encontrava a 10 km de distância do local anterior, sem que conseguisse se lembrar dos lugares por onde passou ao percorrer o trecho. “Para mim, foi como se apenas alguns segundos tivessem se passado. Um lapso de tempo muito estranho para quem não é acostumado a dirigir em alta velocidade, porém não consigo me lembrar do que aconteceu”, confessou. Quando Picanço se deu conta que já estava próximo a um edifício localizado na Avenida Djalma Batista, dentro de Manaus, estacionou o carro, bastante assustado.
Após tentar entender a situação, deu partida no veículo, percorrendo lentamente as ruas da cidade. A princípio, tudo parecia ter sido causado pelo cansaço e o excesso de trabalho a que vinha se submetendo. Alguns dias depois, manifestaram-se em seu corpo certos sintomas como dores de cabeça e nos ossos, desânimo, fraqueza, febre e frio. Através dos resultados dos exames clínicos, constatou-se que Raimundo não sofria de nenhum mal aparente.
Desfecho do enigma – Sem dúvidas, a Fazenda Picanço, situada no Estado do Amazonas, foi e é palco do maior filme de suspense e terror. Fantasmas que costumam aparecer somente a uma determinada pessoa, pêlos do corpo que ficam eriçados, zumbidos desconhecidos, relógios que param, filmes fotográficos que velam, ficando completamente escuros, são manifestações macabras e escabrosas que lá acontecem e para as quais não se encontram respostas. Objetivando descobrir se não todo, pelo menos parte deste intrínseco mistério, pedimos a um fotógrafo profissional do jornal A Crítica que fizesse algumas fotografias notur-nas da área, utilizando um filme ASA 1.600, e para nossa surpresa o filme queimou de novo. Solicitamos a um órgão especializado que interviesse, procedendo um exame da área e composição do solo, fornecendo técnicos para realizar pesquisas in loco.
Como resultado da análise, temos que a terra é composta por caulim – uma argila mineral usada como refratário que suporta altíssimas temperaturas. Serve também como isolante térmico e para técnica de branqueamento de papel. Mas nenhuma das propriedades da matéria indicava o que procurávamos, ou seja, compostos eletromagnéticos ou qualquer tipo de material atômico. Outros pesquisadores e especialistas em Ufologia se interessaram pelas anormalidades que vinham ocorrendo na Fazenda Picanço. O presidente do Grupo Ufológico do Guarujá (GUG), Edison Boaventura Júnior, contatou a psicóloga Gilda Moura e John Mack, professor da Universidade de Harvard e médico do Hospital de Cambridge, para prestarem auxílio às pesquisas, dentro de suas respectivas áreas. Surgia, então, uma luz no fim do túnel que beneficiaria, sem dúvida, a investigação, mas principalmente o contatado. Além desses profissionais, colaboraram com o trabalho o diretor da Universidade Holística de Brasília, Pierry Wall, uma autoridade em temas holísticos, e o antropólogo Philipe Bandeira de Mello, que desenvolve no Rio de Janeiro um trabalho de cunho social dentro de sua área específica: a terapia.
Embora o doutor John Mack realize exames clínicos para entender a sintomatologia dos muitos contatados, ele próprio, até então, não acreditava em discos voadores. Qual não foi sua surpresa quando numa noite, durante uma conversa informal entre nós, da Associação de Pesquisas Ufológicas de Campo do Amazonas (APUCAM), Picanço, Gilda, Pierry, Philipe e mais dois militares, cujos nomes não podemos dizer, John presenciou uma cena pouco comum, que revelaria um fato excepcional. De repente, um dos soldados saltou de sua cadeira com os pêlos do braço completamente arrepiados, alegando estar sentindo dores terríveis no corpo. Em seguida, a doutora Gilda pediu para que nos retirássemos do local. Segundo experiência de longos anos, aquilo tratava-se do prenúncio de que haveria um contato alienígena. Imediatamente, fomos todos para fora, a fim de clamar para que eles aparecessem.
A Fazenda Picanço, no Amazonas, é palco de suspense e terror. Fantasmas costumam aparecer a uma determinada pessoa, pêlos do corpo ficam eriçados, zumbidos desconhecidos são ouvidos, relógios param, filmes fotográficos velam, ficando completamente escuros
Como não houve indícios de que manteriam diálogo, após algum tempo, um dos soldados teve a idéia de instalar na antena do celular rural um dispositivo, denominado strobe light – um tipo de luz estroboscópica que funciona por tempo indeterminado. Passados alguns segundos, milhões de vagalumes invadiram o campo, produzindo um espetáculo jamais visto.
Reações hipnóticas – Conforme o procedimento da doutora Gilda, deveríamos ficar atentos, pois esse era um sinal de que a qualquer momento poderíamos divisar um UFO. Dito e feito! Não demorou muito para que a área fosse toda iluminada por um clarão de mais ou menos cem metros de diâmetro. O UFO, de acordo com Pi
canço, “… era uma espécie de cone de luz. Infelizmente, não consegui filmá-lo”. Boquiaberto, John Mack acompanhou tudo com muita curiosidade e atenção, achando a experiência fantástica.
Durante aqueles dias, o fazendeiro sentiu freqüentes dores de cabeça, febre e náuseas, fatores que acabaram dificultando o tratamento de hipnose regressiva ao qual seria submetido, a princípio, pela psicóloga Gilda. Mas John Mack tomou a frente do trabalho e, quando menos esperávamos, realizou a seção hipnótica com Picanço, sem levar em conta seu estado clínico. As cenas da hipnose foram todas filmadas, mas, de acordo com Gilda, “… é aconselhável não mostrá-las ao paciente enquanto este se encontrar ainda muito abalado emocionalmente”. Caso contrário, poderia de novo entrar em transe inconsciente devido aos lances dramáticos que acabam sempre traumatizando a vítima. De imediato, a sugestão foi acatada, porém mais tarde a psicóloga daria continuidade às seções terapêuticas, valendo-se do método ideomotor muscular não verbal, com a finalidade de desbloquear a hipnose anterior.
Através de outra seção regressiva, orientada pela psicóloga, o contatado em transe absoluto disse estar vendo a imagem de uma senhora loira, de olhos azuis e roupas antigas. Eis o principal trecho da hipnose:
GILDA – O que ela está falando para você neste momento?
RAIMUNDO – Ela diz que sou do futuro e que depois da purificação do mundo eu retornarei, dotado de inteligência suprema, para orientar a Humanidade.
GILDA – Conte-me onde você está?
RAIMUNDO – Estou no Rio Amazonas, numa espécie de submarino. É um lugar muito quente, onde existem diversas pessoas no mesmo estágio que o meu, recebendo ensinamentos e sendo preparadas para o inédito. Neste dia, que já está bem próximo, iremos receber comunicações das mais variadas partes do universo.
Na última noite em que permanecemos na fazenda, foi a vez de Pierry Wall começar a sentir uma espécie de vibração energética. “Era uma sensação boa que me causava sonolência”, afirmou o diretor. Realmente, não demorou muito para que Pierry dormisse um sono profundo, completamente alheio a qualquer tipo de barulho. Exatamente nesse instante, fomos chamados a presenciar outro fenômeno: uma sonda luminosa que se movimentava da direita para a esquerda, girando em torno de si mesma. Desta vez, conseguimos fazer imagens fantásticas em que a luz some e reaparece em seguida, num ponto oposto ao anterior [Editor: essas imagens compõem o vídeo intitulado Filmes de Discos Voadores, de Marco Antônio Petit, à venda através do encarte de UFO].
A manifestação devidamente registrada em vídeo e a presença de investigadores do Fenômeno UFO na região despertaram o interesse dos meios de comunicação local, fazendo com que se dirigissem em massa para a sede daquela propriedade rural. A equipe de reportagem da TV Rio Negro, de Manaus (AM), fez entrevistas e filmagens, que denotam uma seqüência da evolução de um suposto UFO. Alguns meses depois, conversando com o hipnólogo José Luiz Lanhoso, diretor do Núcleo de Expansão da Consciência (NEC), de Belém do Pará, que também fez parte das análises hipnóticas, tivemos a confirmação de que naquele instante, Pierry estava sendo abduzido.
Militar quer ver fenômeno – Com o passar do tempo, as pesquisas se tornaram desgastantes e cansativas e, apesar dos investigadores continuarem atentos para qualquer manifestação naquela região, cada um deles voltou às suas atividades normais, enquanto que os representantes da TV Amazonas, Ione e Júnior, permaneceram junto à sede da Fazenda Picanço participando de vigílias. Já enfadados de esperar sem que nada de fenomenal acontecesse, Picanço e Júnior resolveram acampar. Enquanto isso, Ione permaneceu na sede. Haviam combinado utilizar lanternas como forma de sinalização caso algo anormal aparecesse.
Chegando a madrugada, uma luz foi projetada sobre a área do acampamento. Por pensarem que se tratava de algum sinal de Ione, os homens responderam prontamente. Porém o facho de luz era muito forte para advir de uma simples lanterna. Prudentes, Júnior e Picanço resolveram investigar e voltaram para a sede. Ione, no entanto, assegurou não ter feito sinalização alguma. Não demorou muito, os três viram surgir no céu um UFO de cor vermelha que seguiu em direção ao acampamento. As cenas que presenciaram davam-lhes a nítida impressão de que o objeto havia pousado exatamente no local onde estavam minutos antes. As testemunhas voltaram até lá, mas não encontraram nenhum vestígio da possível queda ou pouso do tal disco voador.
Os relatos não param por aí. Em 02 de novembro passado, a sucessão de avistamentos e experiências tomou seu curso. Por volta das 22:00 h, quatro luzes – cada uma originária de um dos quatro pontos cardeais –, realizaram uma revoada sobre o céu, tendo como testemunhas somente a família dos dois caseiros, Ciborg e Raimundo. “A luz que veio do sul, a maior de todas, era semelhante a uma bacia bem grande e as outras do tamanho de uma bola de pingue-pongue. Juntaram-se todas sobre nossas cabeças”, explicou a esposa de Raimundo, que a tudo presenciou pasma.
Já não era mais segredo para a comunidade local o fato da região estar sendo invadida por UFOs, por isso um militar rodoviário, ao saber desse último acontecimento, decidiu ir até o local para conferir se realmente era verdade o que as pessoas andavam falando. Não pôde entrar na fazenda pois não havia solicitado permissão ao proprietário. A testemunha permaneceu durante algum tempo perto da entrada principal, na porteira, de onde participou de “uma partida de futebol em um campo iluminado”, conforme sua própria descrição. Tratava-se de mais uma aparição do Fenômeno UFO. Temeroso, foi embora. O militar retornou somente no dia seguinte e na companhia de um amigo.
Desta vez, ambos ficaram impressionados com o mugido alto e desesperado dos animais que se encontravam próximos ao portão. Não tardou para que as testemunhas pudessem entender qual era o motivo de tanto alvoroço: uma luz enorme pairava sobre o estábulo. Os dois homens permaneceram no local até o amanhecer, quando decidiram conversar com o capataz. Por incrível que pareça, Raimundo, apesar de sempre presenciar cenas semelhantes, afirmou não ter ouvido ruído algum durante a madrugada. A partir dessas informações e, principalmente, com o objetivo de ter os fenômenos documentados, resolveu-se que deveria ser instalado um circuito fechado de televisão no interior do estábulo. Entretanto, durante os vinte dias em que o sistema vigorou, nada de anormal foi identificado na área. Por esse motivo, a aparelhagem foi desativada.
Chegando a madrugada, uma luz foi projetada sobre
a área do acampamento. Por pensarem que se tratava de algum sinal de Ione, os homens responderam prontamente. Porém o facho de luz era muito forte para advir de uma simples lanterna
A soma das evidências já enumeradas nos permite acreditar que é real e inegável a manifestação ufológica ocorrida durante todo o ano de 1996 na Fazenda Picanço. Na elucidação da tese, podemos relacionar o caso de mutilação de uma vaca, que segundo o capataz da propriedade foi causada por uma onça. Mas, pelo estado em que foi encontrado seu cadáver, totalmente desfigurado, essa hipótese é quase improvável. Raimundo Picanço também concorda com tal hipótese, pois assim que sentiu a falta do animal, solicitou a presença dos investigadores no local.
Averiguação – “Durante aquela noite, os bois passaram em frente à varanda de minha casa. Corriam como se estivessem assustados com algo que os perseguia – talvez uma cobra. Fui dormir e quando levantei, às 05:00 h, encontrei uma vaca caída ao chão. Logo em seguida, chamei o patrão”, recordou Ciborg, o caseiro que mora a 100 m de distância de onde a carcaça do animal fora encontrada. Assim que acabamos de ouvir a história do capataz, fomos fazer uma averiguação in loco. Constatamos que não havia qualquer tipo de pegada no solo que pudesse ter sido feita por uma onça ou outro animal do mesmo porte. Havia só a vaca, com o pescoço inteiro torcido e quebrado, a pata traseira em baixo do corpo e, o mais alarmante, um furo no pescoço medindo mais ou menos 4,5 cm por 10 cm de profundidade.
Como se não bastasse, através de um corte transversal que originava-se na parte frontal do animal, atravessando todo seu corpo até a traseira, podíamos ver algumas costelas quebradas, o sangue e as vísceras. O couro da barriga tinha sido retalhado em forma de círculo, eliminando assim a possibilidade de lesões provocadas por mordidas ou dentes. O tórax apresentava essas mesmas características. Os órgãos reprodutores mostravam-se inchados como se tivessem sido pressionados por força interna. Já a carne parecia ter uma coloração rósea, totalmente diferente do restante do animal.
Conversando com um criador e especialista em felinos, fui informado de que uma onça raramente ataca em campo aberto e, quando o faz, avança no pescoço do animal, derrubando-o, para em seguida rasgá-lo e sorver-lhe todo o sangue. Come, inclusive o fígado, a língua e, dependendo da voracidade, tritura todos os órgãos moles. Caso sobre alguma coisa, em raras vezes, o felino arrasta a carcaça para um esconderijo e a cobre com folhas para voltar a comê-la no próximo dia. A onça rasga a carne e nunca quebra as costelas, diferente do que está registrado em vídeo.
Rigidez cadavérica – O mais interessante é que, naquele caso específico, a carne não apresentava rigidez cadavérica: encontrava-se ainda quente desde às 22:30 h do dia anterior e não exalava odor fétido, apesar de terem se passado quase 12 horas. Um grupo de pesquisadores, juntamente com os funcionários e o dono da propriedade, fez vigília ao redor do cadáver durante a madrugada inteira. Na manhã seguinte, um professor de patologia da Universidade do Amazonas foi convocado para realizar a autópsia do animal. Qual não foi a nossa surpresa ao nos certificarmos de que o cadáver da vaca havia sumido sem deixar qualquer vestígio. Toda a área da fazenda foi vasculhada durante os três dias seguintes, mas nada foi encontrado.
Todas as fotos batidas, tanto do local como dos ossos, saíram completamente escuras. De um total de trinta e seis poses, aproveitamos apenas cinco, ainda porque estas foram batidas por um fotógrafo profissional que sobrevoou a área de helicóptero. Conforme o que foi constatado na ocasião desse vôo, a região pode ser considerada como um campo magnético muito forte agindo sobre a Terra – por isso as fotografias sofreram alterações e quase todas as poses se queimaram.
UFOs no interior do Pará
Fenômenos sinistros, possivelmente relacionados a manifestações ufológicas, estão aterrorizando os habitantes da localidade de Nazaré do Fugido, pertencente ao município de Magalhães Barata, e Marudazinho, ambos situados no Pará. A sensação do momento: uma estranha tocha de luz azulada, que apareceu em meados de fevereiro último, obrigou os alunos que estudavam à noite a passar para o período diurno, pois as imagens, que inúmeras vezes presenciavam no caminho da escola, eram assustadoras, quase macabras.
O senhor Mário Miranda, antigo morador da localidade, reportou-nos que não é de agora que tudo isso vem acontecendo. Ele próprio, quando ainda era adolescente, numa determinada noite, foi perseguido por uma grande luminosidade que parecia estar a aproximadamente dois metros do chão, na estrada que liga os dois municípios. O fato mais recente, contudo, aconteceu num sábado, quando Nazaré do Fugido estava no mais completo e absoluto silêncio. Todos acordaram no meio da madrugada com uns gemidos ensurdecedores, que pareciam arrastar-se em várias direções, vindos de um terreno baldio. Alguns moradores, os mais curiosos, corajosamente seguiram para o local, onde puderam divisar a imagem de “um ser que não parecia ser gente”, porém ao tentarem a aproximação, o vulto escuro que escondia-se entre a vegetação reagiu, desaparecendo na direção oposta.
Dona Filesmina, testemunha do fato, contou-nos que ela e sua filha escutaram gritos próximos à sua casa: “Foi uma seqüência de cinco ruídos fortes e horríveis, totalmente diferentes dos produzidos por pessoa ou animal”. Tudo aconteceu de forma muito rápida, por isso ninguém soube explicar direito a causa daquela ocorrência, embora a maioria das testemunhas acredite tratar-se de um alienígena, baseando-se nos relatos de diversos avistamentos envolvendo “chamas de fogo” ou luzes incógnitas nos céus das duas cidades vizinhas. Ufólogos e moradores continuam atentos.
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