Os ufólogos brasileiros receberam com bons olhos a determinação da Aeronáutica sobre procedimentos ufológicos, divulgada nesta terça-feira, no Diário Oficial. “É uma confirmação de que está ocorrendo uma mudança de pensamento e a Aeronáutica tem sido o carro-chefe dessa mudança. Mas ainda faltam muitos arquivos a serem liberados”, afirmou ao G1 Fernando Ramalho, consultor e conselheiro especial da Revista UFO e coordenador da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
De acordo com a portaria 551/GC3, de 09 de agosto de 2010, o Comando da Aeronáutica (Comaer) deve restringir sua atuação em casos do tipo ao registro de ocorrências e ao encaminhamento desses registros para o Arquivo Nacional. O texto ainda aponta o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) como responsável por receber e catalogar as notificações referentes a UFOs.
Ramalho encaminhou um pedido ao Governo Federal pela abertura dos arquivos ufológicos do país em 2008 e acredita que a determinação publicada na terça-feira é um passo para responder esse requerimento. Para o também ufólogo e consultor da UFO Luciano Stancka Silva, igualmente membro da CBU, a publicação é um marco. “É a Aeronáutica admitindo, no Diário Oficial, a existência de objetos não-identificados. Esse tipo de determinação já existia dentro da Força Aérea há anos, sempre soubemos, mas sempre era algo secreto. Agora está aberto, para todo mundo ver”, afirma. “É um reconhecimento importante”.
Apesar deste fantástico passo, os ufólogos ainda reclamam de falta de alguns arquivos que consideram importantes, como os da chamada Operação Prato, que ocorreu em 1977 em Belém, no Pará. “Hoje temos certeza que a região Norte do país foi visitada por seres extraterrestres e o Governo sabe disso. Só recebemos um resumo sobre a Operação Prato, com 130 fotos, quando sabemos que foram tiradas de 500 a 600. Onde está esse material?”, questiona Ramalho.
Em nota, a assessoria de imprensa da Aeronáutica afirma que os arquivos enviados ao Centro de Documentação e Histórico terão acesso liberado para a população. A assessoria também informou que nem todos os arquivos foram liberados, mas que isso irá acontecer gradualmente. A Aeronáutica também ressaltou que “não dispõe de uma estrutura especializada para realizar investigações científicas a respeito desses fenômenos aéreos, restringindo-se ao registro de ocorrências e ao seu trâmite para o Arquivo Nacional”.
Esta é mais uma conquista inestimável, decisiva e esforçada da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e de sua campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, conduzida através da Revista UFO. Saiba mais:
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