Antes de 1995, quando o primeiro exoplaneta, 51 Pegasi, foi confirmado, havia aqueles que consideravam ser impossível determinar se existiam planetas ao redor de outras estrelas. Desde então, até hoje, mais de 1.700 mundos alienígenas já foram descobertos, alguns deles na região habitável de seus sóis, podendo ter água líquida em suas superfícies e, portanto, abrigar vida. Este 17 de abril, finalmente, ficará marcado na história pelo anúncio de uma das descobertas mais significativas da ciência: a primeira Terra alienígena.
Em uma conferência de imprensa a NASA, a agência espacial norte-americana, anunciou a descoberta de Kepler-186f, sexto planeta de uma anã vermelha situada a cerca de 490 anos-luz de distância. Esse feito resulta de análises da vasta quantidade de informações obtida pelo telescópio espacial Kepler, lançado em 2009 e que lamentavelmente interrompeu a caça a mundos alienígenas em 2013 devido a defeitos em dois de seus quatro giroscópios. Enquanto a NASA ainda decide o que fazer com o telescópio, os dados obtidos continuam ser pesquisados, o que levou à histórica descoberta agora anunciada.
De acordo com Tom Barclay, cientista da equipe do Kepler e coautor do estudo: “Uma das coisas que temos procurado é um gêmeo da Terra, um planeta do tamanho do nosso na região habitável de uma estrela semelhante ao Sol. Kepler-186f é um planeta do tamanho da Terra orbitando na zona habitável de uma estrela mais fria. Portanto, não é exatamente um gêmeo da Terra, mas talvez um primo dela. Tem característias semelhantes e pode ser chamado de parente de nosso mundo”. Kepler-186f é o planeta mais externo de cinco mundos orbitando a estrela Kepler-186. Sua distância até seu sol é de 52,4 milhões de quilômetros, completando uma órbita ou ano em 130 dias terrestres.
INTENSIFICA-SE A BUSCA POR MUNDOS ALIENÍGENAS HABITÁVEIS
A Terra orbita a 150 milhões de km do Sol e, como Kepler-186, é uma anã vermelha mais fria, sua região habitável é mais próxima que aquela de nossa estrela. O planeta Kepler-186f orbita a região mais externa da região habitável, significando que pode ser frio e se possuir água esta pode existir na forma de gelo. Contudo, como os cientistas estimam seu diâmetro em 1,1 vezes o da Terra, e sua massa 1,11 maior que a de nosso mundo, isso pode significar que sua atmosfera é um pouco mais densa que a terrestre. Assim, pode existir lá alguma forma de efeito estufa, que aqueça o planeta e mantenha grandes áreas de sua superfície cobertas por água.
Com a descoberta, o Catálogo de Exoplanetas Habitáveis contabiliza 21 mundos alienígenas orbitando na região habitável de suas estrelas e, portanto, teoricamente capazes de ter água líquida em suas superfícies. Este é um requisito fundamental para o tipo de vida que sabemos existir na Terra e que é composta por elementos que sabemos serem comuns no Universo. A questão é que todos os demais mundos são maiores que a Terra, alguns caindo na definição de super-Terras. Ultimamente os cientistas têm debatido se esse tipo de planeta é de fato adequado à vida, pois os modelos apontam que, com raio superior a 1,5 a 2 vezes o da Terra, tais planetas se tornam muito massivos e adquirem espessas atmosferas de hidrogênio e hélio, passando a assemelhar-se com gigantes gasosos como Netuno.
Assim, a descoberta de Kepler-186f se revela importantíssima, pois comprova que mundos similares à Terra existem na região habitável de suas estrelas. Como disse o astrônomo Geoff Marcy, descobridor de 70 dos primeiros 100 exoplanetas e atualmente procurando por sinais de obras artificiais de civilizações alienígenas: “Esta é uma descoberta histórica do primeiro planeta do tamanho da Terra encontrado na região habitável de sua estrela. É o melhor caso de um mundo habitável já descoberto. Os resultados são definitivos e o planeta pode não ser sólido, mas aposto que é. É um achado precioso”. Seth Shostak, cientista sênior do SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre), escreveu: “Este planeta será para sempre descrito nos livros de história como o primeiro além do nosso no qual nós, e possivelmente outros seres vivos, se sentiriam confortáveis”.
Assista a um vídeo sobre a histórica descoberta de Kepler-186f:
Galeria de imagens da descoberta
Enciclopédia dos planetas extrassolares
Catálogo de exoplanetas habitáveis
Site oficial do telescópio Kepler
Infográfico sobre o sistema Kepler-186
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Saiba mais:
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O Dossiê Cometa é o relatório da entidade homônima francesa – o Comitê Cometa – que analisou as evidências mais marcantes da atuação de ETs em nosso planeta, através de avistamentos e aterrissagens de UFOs que se prolongam há milênios e dos contatos com seus tripulantes. O documento foi entregue ao primeiro ministro francês e a outras autoridades mundiais, com uma séria advertência: devemos estar preparados para grandes transformações em nossa cultura, ciência e religião, pois em pouco tempo os UFOs causarão grande impacto em nossas vidas.