O programa Fantástico da Rede Globo do último domingo (02) soltou um balão meteorológico com uma câmera amarrada, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A câmera subiu a 300 metros por minuto e atingiu inicialmente 1.500 m do solo. A partir desse ponto, a respiração humana fica mais difícil. Depois chegou a 9.000 m, altura que passam os aviões.
Depois, o experimento alcançou 12.000 m, sob temperatura de -60ºC. Finalmente, chegou à camada da atmosfera conhecida como estratosfera, a 25.000 m de altura. Nas imagens, é possível distingüir uma camada azul, a de ozônio, que protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol.
Para colocar o plano em prática, convidaram o engenheiro Ricardo Varella, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) [Consultor da Revista UFO e membro da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU)] que trabalhou junto com profissionais de engenharia da TV Globo.
O primeiro passo foi conseguir o equipamento. O balão meteorológico foi comprado nos Estados Unidos, feito de látex, um material semelhante à borracha e consegue suportar até um quilo de carga. Para levar a câmera, foi montada uma caixa de isopor capaz de suportar temperaturas muito baixas.
A filmadora utilizada, de alta resolução, com bateria capaz de suportar duas horas e meia de gravação. O pára-quedas era o segredo para evitar que, na volta, o equipamento caísse em alta velocidade e se quebrasse no solo. Também era preciso um sistema para achar a caixa depois da queda. O balão foi enchido com três metros cúbicos de gás hélio, o mesmo usado em balões de festas.
Às 07h30, chegou a hora de soltá-lo. “Foi perfeito. Ele vai demorar cerca de uma hora e meia para chegar no ponto em que ele explode e começa a descer com o nosso experimento”, apostou Varella.
Aos 25.000 m de altura, com a pressão atmosférica reduzida, o gás hélio se expande, então o látex não suporta e estoura. Na descida, o pára-quedas reduz a velocidade e o equipamento cai a 50 metros por minuto. Uma hora e meia depois de ser lançado, ele chega ao solo. É hora de sair à caça do balão. O GPS indicava que caiu a 40 km de Brasília.
E a boa notícia chegou: “a câmera ainda está gravando”. O resultado surpreendeu a equipe. “Dá vontade de fazer de novo. Se tiver imagens, nunca vamos cansar de ver. É legal mesmo”, comentou o engenheiro Bruno Gollo.
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