A região onde se localiza o Mar do Caribe vem se tornando ao longo deste século uma das áreas de maior incidência de mistérios inexplicáveis da Terra. É um local que desperta a atenção não só por suas belezas naturais, mas também por todos os enigmas existentes no lugar. O Mar do Caribe se transformou também numa região bastante temida por navegadores e pilotos, principalmente devido ao Triângulo das Bermudas – uma área localizada entre as Bermudas, a Flórida, Bahamas e Porto Rico. Lá, um grande número de embarcações e aviões sumiram misteriosamente, sem qualquer explicação plausível, principalmente nos anos 50 e 60. Na década de 70 foram observados muitos casos também, porém em menor quantidade que nas anteriores. Os fatos foram tão alarmantes que companhias aéreas de vários países desviavam seus aviões da região, com receio de sofrerem anomalias.
O episódio mais famoso ocorrido naquele local foi o desaparecimento de seis aviões da Marinha Norte-Americana, juntamente com todas as suas tripulações, em 05 de dezembro de 1.945 [Veja box], o chamado e fatídico Vôo 19. Outro intrigante acontecimento é a possível viagem no tempo sofrida por Bruce Gernon Junior e seu pai, no dia 04 de dezembro de 1.970. Ambos pilotavam um pequeno avião Beechcraft Bonanza e estavam sobrevoando a região, quando observaram uma estranha nuvem com formato cilíndrico. Gernon tentou desviar da fumaça espessa, mas não conseguiu e acabou penetrando no nevoeiro, onde havia um estreito túnel pelo qual ele podia curiosamente observar o céu claro ao fundo. As partes internas da nuvem eram brancas resplandecentes e giravam no sentido horário.
Gernon teve a impressão que, dentro da fumaça, a aeronave adquiriu maior velocidade e menor peso. Ao conseguirem transpor aquele ‘obstáculo’, o avião foi envolvido em uma névoa esverdeada. Nesse instante, a bússola do aparelho girava velozmente em sentido anti-horário e o equipamento de navegação havia parado de funcionar, não sendo possível estabelecer contato via rádio com as estações de radar em terra. Tendo a segunda fumaça se dissipado, Gernon pôde avistar uma ilha – que pelo tempo de vôo considerou tratar-se de Bimini. Para sua surpresa, no entanto, constatou que era Miami Beach, já nos Estados Unidos. Este é um fato bastante estranho, pois ele e seu pai tinham voado apenas a metade do tempo previsto. Após pousar em Palm Beach, próximo a Miami, Gernon verificou que seu relógio gastara apenas 45 minutos em uma viagem que deveria durar uma hora e trinta. Também comprovou que havia economizado cerca de 50 litros de combustível, sem a menor explicação. Até hoje, pai e filho não conseguem entender o que realmente aconteceu…
Onda Ufológica – A oeste do Triângulo das Bermudas está o México, país que desde o início da década de 90 vive sua maior onda ufológica, durante a qual UFOs têm sido observados praticamente quase todos os dias sobre grandes cidades. Muitas vezes, multidões de pessoas têm assistido a evoluções de suas manobras, assim como documentado tais fatos em centenas de horas de vídeo e milhares de fotografias [Veja UFO 11]. Porto Rico, que também se encontra nessa região e tem sido assolada por ondas semelhantes, ainda que menos intensas, foi o berço do fenômeno Chupacabras. Na ilha, essa manifestação, que se estendeu pela América Latina e chegou ao Brasil em 1996, se apresenta de maneira bem mais complexa do que nos outros países pelos quais apareceu. Em Porto Rico, as vítimas dos ataques do alegado predador eram encontradas como se estivessem mumificadas, sem nenhuma gota de sangue pelo corpo.
Vários moradores já declararam ter visto o estranho animal, o que raramente ocorreu noutros locais onde o Chupacabras foi registrado [Veja UFO 66 e 67]. Um dos depoimentos mais importantes e surpreendentes partiu de um padre, que afirmou certa vez observar a criatura responsável pelas agressões. Segundo ele, ao se aproximar, o enigmático ser alçou vôo e desapareceu, mas deixou suas impressões bem visíveis. Outro relato impressionante é o de um policial militar que disparou sua arma contra o ‘bicho’ no quintal de sua casa. E por aí vão os casos, seguindo sempre um padrão que conjuga demasiada intensidade nas ocorrências, elevado grau de complexidade dos fenômenos e sua reincidência regular. Para simplificar, basta dizer que toda a vasta área do Mar do Caribe guarda mistérios que requerem uma análise mais aprofundada.
Em abril de 1.997, este autor desenvolveu pesquisas em algumas das ilhas do Caribe, sendo constatado, a partir de testemunhos de moradores nativos, inúmeros avistamentos de estranhos objetos na região. Aruba, um paraíso recheado de esplendorosas praias, é um dos palcos de constantes aparecimentos de UFOs. Descoberta pelos espanhóis em 1.499 – e considerada inútil por eles –, a ilha sobreviveu vários séculos sem grandes interferências estrangeiras. Isso permitiu que tribos locais, entre elas a Arawak, resistisse e mantivesse intacta sua rica cultura. Até recentemente, no entanto, Aruba era governada pelos holandeses, o que fazia com que seus nativos possuíssem um idioma único, mistura de espanhol, holandês e da língua indígena local. De formação vulcânica, a ilha abriga diversas cavernas em seu interior – algumas das quais contêm pinturas rupestres de até 4 mil anos, onde é nítida a referência ao Fenômeno UFO.
Outro pequeno país que possui dezenas de episódios envolvendo objetos voadores não identificados é Santa Lúcia. Localizada entre Martinica e Saint Vicent, a ilha tem 43 km de extensão por 22 km de largura e cerca de 120 mil habitantes. É uma nação independente desde 1.979, a partir de quando deixou de ser governada pelos franceses. Assim como Aruba, é uma área vulcânica e com terreno abrupto e fértil, do qual destacam-se dois montes gêmeos de 800 m de altura que se constituem numa das paisagens mais extraordinárias da região caribenha. Dentre seus vários vilarejos um dos mais conhecidos, e extremamente tranqüilo, chama-se Soufriére, a primeira colônia a ser dominada pela França. Lá pode-se encontrar as principais atrações de Santa L&uacut
e;cia: os Pítons, dois picos rochosos que emergem do mar, e o Vulcão Soufriére, presentemente adormecido mas que borbulha e libera fumaça 24 horas por dia. Neste local, este autor teve a sorte de confirmar a elevada incidência filmando um UFO durante um passeio de barco.
Cenas Paradisíacas – O objeto não foi notado no momento da gravação, que se destinava a registrar as cenas paradisíacas da região. Somente foi percebido com a análise da gravação, dias depois. É dessa forma que se dão quase 90% das filmagens e 70% das fotografias de UFOs: acidentalmente. A pessoa que opera a câmara de vídeo ou a máquina fotográfica nada vê na maioria das vezes, assim como outros eventuais presentes no local, enquanto se registra cenas panorâmicas. Posteriormente, observando as imagens obtidas, algumas pessoas notam a existência de algum objeto desconhecido no cenário, que não havia chamado atenção antes, durante a tomada das cenas. Em muitos casos, mesmo após isso, os operadores dos equipamentos não se dão conta de que registraram algo fora do comum. Os que o fazem, no entanto, se surpreendem ao ver que flagraram UFOs – às vezes de grandes proporções e bastante nítidos.
O registro feito em Soufriére deu-se por volta das 15:30 h do dia 25 de abril de 1.997, no momento em que se registrava a preparação de um pequeno avião para pousar na ilha. Próximo à aeronave, algo branco e brilhante cruzou o céu tranqüilamente, como se vê na fita. Porém, através da filmagem não é possível definir as dimensões do UFO, por isso elas estão sendo analisadas pela equipe do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA), que é composto por especialistas em análise desse tipo de material, principalmente os engenheiros Claudeir Covo e Ricardo Varela. Ambos, após estudos preliminares, já deram parecer positivo sobre as imagens. Como se vê, leitores e propensos turistas, com alguma sorte, ao viajarem ao Caribe vocês terão grandes chances de registrar algum fenômeno inexplicável na região. Não acontece todo dia, mas lá é atração turística.
Novo grupo ufológico surge em São Paulo
Acaba de ser fundado, no dia 8 de janeiro deste ano, o mais novo grupo ufológico do Brasil. Sob a direção do ufólogo Wallacy Albino [Autor da matéria destas páginas], o Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS) estabeleceu sua sede na cidade do Guarujá, litoral de São Paulo. O GEUBS é uma entidade particular sem fins lucrativos, criada com o objetivo de investigar, analisar e divulgar o Fenômeno UFO de forma abrangente e imparcial. O grupo é composto atualmente por 12 integrantes, mas está em fase de crescimento e admitindo novos sócios, não só no litoral paulista, mas em todo o Brasil. Albino, fundador da entidade, é consultor da Revista UFO e teve grande destaque no Grupo Ufológico do Guarujá (GUG), do qual recentemente se afastou.
Visando levar o conhecimento da questão ufológica a todos os interessados, o GEUBS buscará manter uma vasta biblioteca com livros, revistas e fitas de vídeo, que poderão ser consultados por qualquer pessoa. Presentemente, a entidade já formalizou convênios com o Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA) e o Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), que edita UFO, além dos grupos AFEU, CIPEX, CEPEX e NPU. A entidade já está realizando reuniões mensais na sede da escola de inglês Wizard, no Guarujá, para aulas e debates sobre diversos aspectos da Ufologia.
O grupo também manterá um boletim informativo, intitulado Hangar 18, como meio de levar aos leitores notícias de cunho ufológico ocorridas tanto no meio nacional como internacional. Interessados em entrar em contato com o GEUBS podem escrever para: Rua Manoel Fernandes Júnior 157, J. Ideal, 11410-110 Guarujá (SP).
Mistério do Vôo 19 persiste até hoje
Na tarde de 05 de dezembro de 1.945, cinco aviões Avenger TBM-3, com um total de nove tripulantes, decolaram da Base Aérea de Fort Lauderdale às 14:00 h para regressarem às 16:00 h. As aeronaves tinham combustível suficiente para 1.600 km de vôo. O tempo era estável, com condições ideais para as manobras de treinamento. No entanto, algo estranho e inexplicável passou a acontecer a partir das 15:15 h, quando o operador da torre de controle da base recebeu uma inusitada mensagem do líder da esquadrilha, tenente Charles Taylor: “Chamando a torre. Isto é uma emergência. Parece que estamos fora de rumo, não consigo ver a terra… Repito, não consigo ver a terra.”
O oficial que estava na base perguntou qual era a posição dos Avenger e obteve a seguinte resposta: “Não estamos certos de nossa posição. Não tenho certeza de onde estamos… Parece que estamos perdidos.” Diante disso, o operador falou para Taylor mudar de rumo, indo para o oeste. “Não sabemos para que lado fica o oeste. Tudo está errado, estranho. Não temos certeza de nenhuma direção… Até mesmo o oceano parece diferente…”. Essa foi uma das últimas comunicações recebidas. A partir das 15:30 h ficou mais difícil estabelecer contato com o vôo 19, ele simplesmente desapareceu.
Às 16:00 h foi enviado um avião Martin Mariner de resgate, com nova tripulação de 13 homens, que após informar à torre a existência de fortes ventos acima de 2.000 m, também desapareceu por completo. O mais interessante nesse caso aconteceu às 19:00 h, quando a Base Aeronaval de Opa Locka, em Miami, captou uma fraquíssima mensagem que informava apenas: “FT… FT…”. Esse era o prefixo das aeronaves do vôo 19, mas isso seria literalmente impossível, pois o combustível daqueles aparelhos deveria ter acabado por volta das 17:00 h.
Em seguida, a Força Aérea Norte-Americana (USAF) realizou uma das mais intensas operações de busca e resgate de toda a história militar daquele país. 240 aeronaves baseadas em terra, 67 aviões lançados do porta-aviões Solomons, quatro destróieres, 18 barcos da Guarda Costeira, vários submarinos, centenas de aviões particulares, iates e embarcações menores e a totalidade das aeronaves da Base Aeronaval do Rio Banana vasculharam cada metro quadrado da região. Entretanto, nada foi encontrado
, nenhuma balsa salva-vidas, nenhum destroço, nenhuma mancha de óleo sequer. Até hoje, o vôo 19 é considerado um dos maiores enigmas ainda indecifrados dos Estados Unidos. Há ufólogos que garantem que os aviões e as tripulações desaparecidos foram seqüestrados por UFOs, ainda que não existam provas para se afirmar isso.