A nave Discovery aterrissou no Centro Espacial Kennedy (Flórida) às 13h57 do dia 09 de março, horário de Brasília. Este pouso marcou não apenas o término da missão STS-133, mas principalmente o fim da jornada do ônibus espacial – este foi o último voô da Discovery, que se tornará uma relíquia exposta no Museu Smithsonian.
Há um carinho especial da Agência Espacial Norte-americana (NASA) com ela, a ponto da agência não falar em fim da vida útil de um equipamento, mas da “aposentadoria da Discovery”, “longa carreira”, “currículo invejável” e “saudades”, como fosse um membro humano da equipe. Há razões de sobra para isso, afinal foram vários os momentos marcantes na “vida”.
• Foi a última nave a se acoplar à Estação Espacial Mir;
• Iniciou a construção da Estação Espacial Internacional (ISS);
• Colocou em órbita o Telescópio Espacial Hubble;
• Realizou duas missões de conserto e atualização do Telescópio Espacial Hubble;
• Foi a primeira nave espacial a ser comandada por uma mulher – Eileen Collins;
• Retomou os vôos dos ônibus espaciais depois do acidente com o Challenger;
• Retomou os vôos dos ônibus espaciais depois do acidente com o Columbia;
• Levou ao espaço o primeiro cosmonauta russo a bordo de uma nave norte-americana – Serguei Krikalev;
• Levou novamente ao espaço John Glenn, o primeiro norte-americano a orbitar a Terra;
• Levou ao espaço o primeiro robô-astronauta.
Ao longo dos 26 anos de “carreira”, permaneceu no espaço exatamente 365 dias, em 39 missões, um recorde entre todos os ônibus espaciais. A NASA ainda possui dois ônibus espaciais em operação, o Endeavour e o Atlantis, que deverão fazer suas últimas missões até meados deste ano – o vôo do Endeavour está previsto para 19 de abril e, do Atlantis, para 28 de junho.