Desde a Segunda Guerra Mundial os militares dos EUA investem em tecnologias experimentais para a criação de aeronaves cada vez mais indetectáveis pelo inimigo. A história desses aviões desconhecidos, classificados como Black Aircrafts, sempre esteve cercada por segredos e falsas informações. Para entendermos porque tais artefatos foram construídos e qual sua finalidade precisamos ter uma idéia das forças poderosas que atuaram na mente dos oficiais, cientistas e os governantes das superpotências bélicas que regem o mundo. Sem isso, não teremos noção da amplitude da história que se esconde por trás dos fatos.
Em uma tarde de 1962, o piloto de testes Louis Schalk, funcionário da fábrica de aviões militares Lockheed Martin, foi levado até um hangar metálico na base de Groom Lake, localizada no coração do deserto do Nevada, também conhecida como Área 51. Quando as portas se abriram, o mais secreto e importante avião militar de espionagem foi revelado. Tratava-se do projeto Oxcart A-12, responsável pelo início da produção e lançamento das aeronaves de baixa vulnerabilidade, com avançadas técnicas de furtividade visual e eletrônica [Características que visam melhorar a capacidade de sobrevivência das aeronaves em combate, sendo que na guerra eletrônica do futuro a combinação de tais elementos será primordial], que hoje resultaram nos aviões B2 e F-18. O projeto em questão foi encomendado pela Agência de Inteligência Norte-americana (CIA) para substituir os aviões de espionagem U-2, atingido por um míssil soviético durante um vôo de reconhecimento sobre a União Soviética. A empresa Lockheed foi apelidada de Skunk Works.
Invisibilidade — O que os engenheiros não imaginavam é que através do projeto Oxcart, poucos anos depois, nasceria o lendário avião norte-americano de combate Blackbird SR-71, e isso marcaria uma fase em que aviões militares não teriam mais a tradicional aparência característica, pois a crescente necessidade de melhorar a aerodinâmica, alcançar a invisibilidade passando despercebidos pelos radares e confundir os serviços de inteligência, levaria a imaginação dos cientistas aeronáuticos a produzir aeronaves cuja estética mais se assemelhava aos conhecidos UFOs descritos nos livros de ficção científica. O fantasma da Guerra Fria assombrou os militares dos Estados Unidos, mostrando que os modelos convencionais táticos de aeronaves não mais se adaptavam porque o novo combate não era entre tropas ou tanques atuando na frente de batalha. Eles precisavam investir em inteligência e espionagem, as únicas ações capazes de se adiantar às manobras do inimigo, conseguindo obter grande vantagem de tempo e precisão na defesa ou contra-ataque. A guerra neste ponto passou a ser mais dependente da informação do que do poder de fogo. Um boato bem disseminado poderia abalar a estrutura política ou militar de um país, causando mais desordem que a detonação de um explosivo. Mas somente estar bem informado não era suficiente. A partir do momento em que estrategistas obtiveram mapas e fotografias bem definidas do adversário, feitas pelos Blackbird SR-71, tornou-se preciso criar dispositivos de ataque eficientes e discretos, explorando ao máximo o elemento surpresa na forma de aviões de bombardeio capazes de executar missões sem o conhecimento do inimigo.
A empresa Skunk Works e a concorrente Northrop criaram uma corrida armamentista particular, movida pelo desejo incessante de cientistas e administradores de estar sempre na vanguarda da tecnologia bélica, cujo principal beneficiário era o governo dos EUA, que passou a dispor de maravilhas da engenharia militar. Temos que considerar que o desenvolvimento de armas de alta tecnologia envolveu o povo norte-americano em todos os aspectos. Universidades, centros de pesquisa, empresas e um exército de milhões de homens e mulheres trabalhavam direta ou indiretamente na crescente indústria, entusiasmados com o pensamento de que, apesar de estarem criando máquinas de matar, contribuíam para um mundo melhor, eliminando a ameaça de povos cuja história e interesse ofereciam riscos ao seu modo de vida. O envolvimento da população foi tamanho que um operário da secreta fábrica de bombas atômicas de Henford, ao ser questionado pelo vizinho sobre o que era feito lá, respondeu: “Passamos o dia fazendo salsichas”.
Retratações formais — Sempre que um avião de reconhecimento dos EUA era abatido ou avistado executando missões sobre território inimigo, um impasse diplomático abria mais uma página na guerra de nervos entre norte-americanos e soviéticos, exigindo retratações cordiais, declarações formais e desgastantes procedimentos burocráticos. A solução foi adotar o silêncio e a falsa informação. Para tanto, novos aviões foram desenhados, usando formatos cujo design confundia sua origem industrial. Também não tinham logomarcas, textos ou qualquer identificação nas peças da fuselagem. Para completar o cenário, diversos pilotos e controladores de vôo foram treinados em idiomas indígenas complexos totalmente desconhecidos pelos lingüistas soviéticos. Com esse novo aparato, a presença de qualquer avião espião no espaço aéreo da ex-URSS era imediatamente negada pela CIA, enquanto os militares norte-americanos simplesmente diziam não saber do que se tratava, classificando o fenômeno como um UFO [Unidentified Flight Object]. Depois tudo era arquivado e tratado como uma espécie de mito aeroespacial.
A palavra UFO, também conhecida como OVNI [Objeto Voador Não Identificado], foi criada para classificar objetos ou fenômenos em suspensão aérea cujas características, objetivos e tecnologia, fossem inexplicáveis ou não encontrassem similar em nossa tecnologia. Assim uma infinidade de fenômenos meteorológicos, como nuvens de gases, irradiações solares, efeitos magnéticos, aviões sem identificação e luzes no céu foram automaticamente classificados como UFO, por conseqüência, sem esclarecimento. A grande farsa da contra-cultura dos UFOs estava criada e, desde então, por “coincidência” explodiu uma febre de revelações antropológicas. Institutos arqueológicos e universidades exibiram incríveis achados antigos em forma de aeronaves discóides e deuses das estrelas que supostamente ter
iam visitado a Terra no decorrer da evolução humana. Livros como Eram os Deuses Astronautas [1970] de Erich von Däniken, viraram best-sellers. Os hippies falavam de discos voadores e as crianças tinham bonecos verdes de marcianos. Todos viviam na era espacial, o que foi a justificativa perfeita. É sábio e prudente crer na atividade alienígena e na vida inteligente extraplanetária, mas para tal é importante estar consciente de que os militares munidos de alta tecnologia se aproveitaram do Fenômeno UFO verdadeiro para esconder suas manobras, dissolvendo-as na casuística do folclore popular, produzindo tal efeito na cultura ocidental que cidades brasileiras e dos EUA até construíram pistas de pouso para discos voadores. O pensamento cartesiano no qual nós ocidentais estamos imersos, nos oferece um gabarito de formas tridimensionais associadas a conceitos que nos levam a pensar e concluir de maneira previsível. É aqui que entram as teorias do médico italiano Cesare Lombroso, que no século XIX iniciou uma pesquisa objetivando dar respaldo científico ao fato de que determinadas características físicas presentes nos indivíduos produzem reações e comportamentos predeterminados. Isso forneceu uma série de parâmetros para se analisar pessoas, podendo prever seu comportamento observando suas características físicas e intelectuais.
Telurgia planetária — Um dos pensamentos surgidos diz que as pessoas costumam temer aquilo que não conhecem. Outros mostram que muitos tendem a atribuir características religiosas ou paranormais a fenômenos naturais produzidos pela bioquímica e telurgia planetária. Com essa previsibilidade da personalidade catalogada e enumerada verificou-se que para ter acesso aos íntimos do inimigo e ao mesmo tempo confundi-lo, seria necessário construir máquinas de guerra com formatos diretamente associados a fatores empíricos, religiosos e dogmáticos presentes na enciclopédia mitológica da humanidade.
Com a abordagem de Lombroso aplicada ao design, máquinas e bens de consumo vendidos para o público adotaram elementos estéticos e semânticos padronizados em um contexto filosófico oriundo daquilo que esperamos delas. Assim os projetistas de aparelhos de espionagem concluíram que seria uma ótima idéia disfarçar mecanismos para espionar pessoas ou países em máquinas comuns do cotidiano. Aos poucos as pessoas se condicionaram a conceber o mundo pelo óbvio, sem desconfiar que um prendedor de gravata pode ser uma micro-câmera e um botão de rosa pode conter um microfone escondido. O pensamento de que os objetos do mundo moderno são construídos dentro de uma expectativa de nosso próprio ego explica porque não compreendemos obras antigas de significado cósmico, como a grande pirâmide do Egito, o Stonehenge e outros obeliscos baseados em uma geometria sagrada repleta de simbolismo, inacessível à mentalidade materialista de hoje. Isso levou os projetistas a desenhar aviões parecidos com muitas coisas, exceto com aviões.
Diante dessa nova realidade, o design das aeronaves militares de reconhecimento e espionagem passou a desafiar as leis da física. As asas retas deram lugar ao triângulo, o círculo e a elipse substituíram as linhas retilíneas dos aviões, motores que operavam na horizontal foram para a vertical. A engenharia aeronáutica, entre erros e acertos, dominou as formas estranhas e posteriormente ganhou computadores capazes de manter a estabilidade do conjunto. Aviões atuais como o B-2 não existiriam se não fosse o sistema de auxílio de estabilidade em tempo real, manipulado por computadores que ajustam dezenas de partes móveis da fuselagem continuamente para assim compensar a instabilidade. Hoje a maioria das aeronaves de espionagem são Trans-Atmospheric Vehicle [TAV – Veículo de transporte atmosférico], ou seja, podem ultrapassar a atmosfera e atuar na região orbital da Terra, pois a tendência em um futuro próximo e já ocorrendo é a guerra eletrônica espacial travada entre grandes potências a centenas de quilômetros de altitude, utilizando armamento eletromagnético e naves não tripuladas.
Avanços da tecnologia militar — Quando se trata de unir a física moderna com a tecnologia de aeronaves, os EUA se superaram com o TR3-B, um avião triangular movido a energia nuclear capaz de produzir uma ruptura eletromagnética na gravidade da Terra. Segundo Richard Boylan, o TR3-B é uma plataforma de reconhecimento e espionagem com tempo indefinido de operação. Atinge 35 mil metros de altitude usando Mach 9 [Unidade de medida equivalente a 3.062.61 m/s] e sua velocidade pode chegar a Mach 50 [Equivalente a 17.014.5 m/s]. Todo o interior da nave é cercado pelo Magnetic Flux Field Disrupter [Campo magnético de ruptura ou MFD], unidade que produz um vortex – uma espécie de redemoinho de ar – capaz de neutralizar os efeitos da gravidade com 89% de eficiência. No centro existe o reator nuclear compacto de peso leve usado como fonte de energia para todo o conjunto eletromecânico. Dois foguetes Nuclear Thermal Rocket Engine [Motor nuclear a jato térmico ou NTRE] impulsionam a nave vertical ou horizontalmente. O NTRE usa hidrogênio e oxigênio pressurizado, o reator aquece o hidrogênio líquido, injetando-o junto com oxigênio líquido em velocidade supersônica. Então ambos os materiais queimam em uma câmara de explosão, produzindo enorme quantidade de energia cinética. Além disso, pela capacidade antigravitacional o TR3-B pode fazer manobras que contrariam as leis da física tradicional.
O projeto secreto do TR3-B, que consumiu 30 anos de pesquisa, surpreende pelo aparato futurístico. O cientista Richard Boylan diz que o sistema de antigravidade desenvolvido nos laboratórios Lawrence Livermore, chamado de MFD, consiste em um anel acelerador circular de 70 cm de largura constituído de bário, cálcio e ouro. O mercúrio é injetado a 250 mil atmosferas e sob um fluxo de energia extremo dentro do anel. Tal elemento passa a girar na velocidade de 50 mil rpm [Rotações por minuto] criando um campo magnético tão intenso que seria capaz de abrir uma fenda na gravidade ao redor, seguindo a premissa do físico Albert Einstein, que dizia “qualquer objeto girando distorce a gravidade ao seu redor”. Quando o sistema está em operação pode-se ver no centro da nave uma luz vermelha muito intensa, o que leva a crer que muitos avistamentos ao redor do mundo podem estar relacionados ao TR3-B. Um exemplo é o caso da famosa fotografia de um UFO triangular voando sobre a Bélgica. No final dos anos 90, o oficial de inteligência da Força Aérea Norte-Americana (USAF), Ed Fouche, ligado diretamente ao projeto do TR3-B, declarou: “Os alienígenas não somente andam ent
re nós, como trabalham conosco, criando uma nova geração de tecnologia humano-alienígena”. No incrível mundo secreto das aeronaves militares sigilo total é a ordem, por isso bases secretas foram construídas nos lugares mais inóspitos dos Estados Unidos, onde cientistas de diversas nacionalidades operam sob patrocínios bilionários. Este mundo complexo e perigoso estava imerso em mistérios, lançados pelo próprio governo para esconder dos inimigos detalhes capazes de abortar um projeto de bilhões de dólares e anos de pesquisa. Tal era o nível de acobertamento, que diversos projetos realizados até hoje nunca foram confirmados oficialmente. Podemos entender a razão conhecendo algumas das muitas aeronaves secretas utilizadas pelos EUA nos dias atuais e, assim, imaginar como serão nos próximos 20 ou 40 anos.
Armas poderosas — Projetado pela empresa Northrop Gummar e construído em cooperação com a Divisão de Aeronaves Militares da Boeing, General Eletric e Hughes Inc., o B2 Spirit tornou-se o mais famoso avião com tecnologia Stealth [Que visa tornar objetos tangíveis em naves invisíveis, não sendo detectáveis quando possível. É usada para atacar alvos de comunicação, liderança e sistemas de defesa aérea] da mídia mundial. Foi empregado para bombardeio nas guerras travadas pelos EUA contra os países do mundo árabe. Sua função é lançar armas nucleares e convencionais sobre o inimigo. A maioria delas faz parte do Comando Aéreo de Forças Nucleares dos EUA, sendo que a primeira unidade foi entregue no início de 1987 com o curioso nome de Fatal beauty [Beleza fatal] pintado no nariz da aeronave. Outras unidades receberam definições curiosas como Espírito do Mississipi, Navio Pirata e Nave do Inferno. O B2 Spirit possui todas as capacidades Stealth e obteve êxito em mais de 10 mil missões. Foram produzidos 165 deles, mas oficialmente só 21 são reconhecidos. Ao custo de US$ 2 bilhões [Mais de R$ 4.525 bilhões] a unidade, o poderoso Spirit carrega até 150 toneladas de armamento e tem autonomia de vôo de 9.600 km sem reabastecer. Quatro motores a jato GE produzem 32 toneladas de empuxo [Resultado de todas as forças de pressão que atuam sobre o corpo] levando o morcego negro até 15 m de altitude. A velocidade é subsônica.
A capacidade de invisibilidade é uma combinação da redução de emissões de raios infravermelhos, acústica de motores e fuselagem, além de eletromagnetismo e interação visual com radares. A maioria dos sistemas de camuflagem e interatividade do B2 são mantidas em sigilo total. Saído da Lockheed Skunk Works, o Aurora é considerado como o sucessor do Blackbird SR-71. No projeto iniciado em 1980 foram investidos US$ 10 bilhões [Cerca de R$ 22.626 bilhões] para a construção de 10 aeronaves. O Aurora atinge Mach 5 [1.701.45 m/s] com altitude máxima de operação de 100 mil pés [30.480 metros]. Nestas condições a temperatura da fuselagem pode atingir 600° C. O projeto Aurora foi definido para ser o sucessor do Blackbird SR-71. Existem vários modelos e rumores apontam que sua produção em escala se iniciou em 1987. Considerado um dos mais bem guardados segredos da aviação moderna, o Aurora atinge Mach 6 [Cerca de 2.041.74 m/s] com a finalidade de reconhecimento e espionagem. O motor utiliza um curioso sistema de detonação por pulso. O princípio Stealth segue o padrão usado no F-117. De acordo com um engenheiro aposentado da Skunk Works, “com o Blackbird SR-71 os inimigos podiam vê-lo mas não tocá-lo, agora com o Aurora eles nem saberão que estivemos lá”. Em 1991, o Aurora acompanhou a queda do regime soviético, o acidente na usina nuclear de Chernobyl e fez um levantamento fotográfico completo para o início da Guerra do Golfo.
Programa de espionagem — O projeto Hyper-X foi inaugurado pela NASA em 24 de março de 1997, no Centro de Pesquisas de Langley, em Hampton, EUA. Trata-se de uma série de aeronaves não tripuladas compactas experimentais que atingirão mais de Mach 10 [3 402.9 m/s], cerca de 10 vezes a velocidade do som. O projeto de cinco anos vai demonstrar novas tecnologias de propulsão hipersônicas para operar na atmosfera e em altitudes orbitais. Quando o protótipo do Hyper-X decolar será mantido por um motor convencional a jato, que o conduzirá próximo a Mach 5, equivalente a 1,7 km/s. Neste momento um foguete entrará em operação levando-o a velocidades superiores e extremas altitudes. O combustível desses foguetes é o próprio oxigênio do ar, que comprimido e aquecido sob alta pressão explode violentamente. Esse sistema elimina os tradicionais combustíveis líquidos, tornando a aeronave mais leve e apta para carregar mais equipamentos. Os primeiros quatro vôos de teste do Hyper-X foram executados no segundo semestre de 1999.
A aeronave que mais parece um disco voador foi revelada pelos militares em 1967, como parte de um extenso programa para a criação de naves de espionagem, com características completamente diferentes dos aviões conhecidos. Foi codificada como Fighter Long-Range Tactical Air Command Future Forces [Flitaff]. As naves ficavam baseadas em Fort Worth, Texas, e mais tarde foram transferidas para James Connolly, também no Texas. O “disco voador”, como foi apelidado, tinha cerca de 40 m de diâmetro – comparado com a envergadura de um B-47 Stratojet. O Flitaff podia alcançar até 265 mil pés de altitude [80.770 m]. Oficiais que conheceram o avião diziam que podia atingir mais de Mach 10. De acordo com o projeto, o Flitaff possui vários tipos de motores conjugados, com capacidades de quebrar a velocidade de 17.500 milhas/h [Cerca de 28.157 km/h], o necessário para entrar em órbita da Terra. A elaboração dessa aeronave foi mais secreta que o projeto Manhattan [Ou mencionado formalmente como Distrito de Engenharia de Manhattan, foi um esforço durante a Segunda Guerra para desenvolver as primeiras armas nucleares pelos EUA com o apoio do Reino Unido e do Canadá], que resultou na primeira bomba atômica.
Em 1951, o astronauta Gordon Cooper, da missão Mercury 7 [Missão tripulada para orbitar a Lua], avistou, enquanto pilotava um F-86 a 45 mil pés de altitude [13.710 m], seis discos prateados voando em velocidades muito superiores a qualquer avião conhecido. Tentou segui-los mas eles desapareceram em grande altitude. Anos depois Cooper reconheceu os artefatos prateados como aeronaves Flitaff. Além deste programa espião há ainda o projeto Pegasus, que se trata de uma linha de aeronaves triangulares não tripuladas com a finalidade de reconhecimento e espionagem. Tem capacid
ade Stealth, baixo ruído e dispersão infravermelha. Foi desenhado em março de 2001 pela Northrop Grumman e é constituída de cerâmica e polímeros. Muitas informações são mantidas em sigilo. No entanto, a Força Aérea dos EUA se prepara para a integração entre espaço e atmosfera. Assim, começou em 2002 o projeto Large Regional Study Área [Estudo regional de uma grande área ou LRSA]. Trata-se de uma aeronave tripulada transatmosférica de ataque, com a função de patrulhar e estudar a Terra, além de atuar na guerra eletrônica. O objetivo é colocar essa aeronave em funcionamento a partir de 2020, tempo necessário para que novas tecnologias sejam incorporadas, configurando-a como o avião de bombardeio padrão do futuro. Ao custo unitário de US$ 3 bilhões [Mais de R$ 6.787 bilhões], o TR3-B é a mais fascinante aeronave tripulada já construída. Trata-se de um triângulo com cantos arredondados usado para reconhecimento e espionagem. Saiu das pranchetas do projeto Aurora, que idealizou outras naves secretas. Seu primeiro vôo foi no começo dos anos 90. A plataforma de design exótico possui motores aeroespaciais nucleares desenvolvidos especialmente para este projeto e capazes de distorcer a gravidade, chamados de Magnetic Flux Field Disrupter (MFD). Seu revestimento metálico externo é sensível a estímulos elétricos, podendo assim mudar de cor, eliminar reflexos e absorção por radar.
Realidade virtual — Além de ter tecnologia Stealth seus sistemas eletrônicos de camuflagem virtual podem projetar intencionalmente uma falsa aeronave nas telas dos radares de observação, simulando um vôo comercial ou outras variedades de objetos voadores, assim como pode representar também uma esquadrilha em formação ou simular diversas naves em locais diferentes simultaneamente.Construído pela Boeing como um modelo de demonstração de tecnologia, esta aeronave tripulada de reconhecimento fez seu primeiro vôo em outubro de 1996. Altamente secreto, o BBOP realizou 38 manobras experimentais com grande sucesso. De performance subsônica, foi incorporado ao padrão industrial aeronáutico dos EUA e por isso revelado ao público recentemente. Tem como características principais o baixo custo de manutenção, componentes descartáveis, design baseado em modelos de realidade virtual, fácil construção e todas as características Stealth de vanguarda, além de grande autonomia de vôo e baixo consumo. Um relatório publicado na revista norte-americana Aviation Week and Space Technology, em 1991, descreveu “uma asa voadora triangular” como um avião desenvolvido pela empresa Northrop, seguindo os padrões visuais do F-117 Nighthawk. O projeto recebeu o nome de TR3-A e foi apelidado de Black Manta. Foi desenvolvido para espionar as áreas do Alasca, Okinawa, Panamá e Reino Unido e pode ser encontrado em operação até hoje. É classificado como Tactical High Altitude Penetrator [Penetrador tático de grande altitude ou THAP].
O TR3-A de tão secreto tem uma aura envolta em mistérios. Várias fontes negam sua existência, mas são vários episódios documentados no Congresso dos EUA envolvendo a colaboração da alta cúpula do governo, cientistas e oficiais de patente. Idealizado por uma empresa canadense no início dos anos 50, o Avrocar VZ-9 é um perfeito disco voador. Desenhado como uma aeronave VTOL – de decolagem vertical – era para ser usado pelo exército e Força Aérea Norte-Americana (USAF). O conceito revolucionário utilizava uma potente turbina central operando na vertical, sugando o ar e soprando-o para baixo, mantendo o disco flutuante. Duas turbinas menores horizontais o impeliam para frente.
O Avrocar era pilotado por duas pessoas, com dois cockpits laterais e cúpulas de vidro. O projeto foi definido para produzir velocidade de 500 km/h a grande altitude, mas foi abandonado porque era muito instável e nunca subiu mais que 2 m de altura. Mas as Forças Armadas dos EUA gostaram da idéia e nos anos seguintes aperfeiçoaram o projeto criando o Flitaff, iniciando uma série de projetos secretos utilizando o disco circular como plataforma geométrica experimental. Uma curiosidade sobre o Avrocar VZ-9 é que foi projetado no Canadá pelo engenheiro alemão refugiado doutor Richard Miethe, que junto com sua equipe criou na fábrica de Peenemunde, na Alemanha, o disco voador de Hitler chamado de Kugelblitz Flugkreisel.
Armamentos de Hitler — A casuística ufológica européia durante a Segunda Guerra Mundial foi em parte relacionada a projetos de aeronaves secretas de formato incomum desenvolvidas pelos engenheiros do Terceiro Reich. Os primeiros sinais oficiais surgiram no começo da década de 50, quando o jornal alemão Der Spiegel noticiou o fato com fotografias e relatórios técnicos. Em 1959, o major do Exército alemão Rudolph Lusar escreveu o polêmico livro Armas Secretas da Segunda Guerra Mundial [1959], alertando a população sobre as armas incríveis criadas pelas forças de Hitler. No capítulo intitulado Discos Voadores: Uma Seqüência de Provas Incontestáveis revelava uma faceta obscura da Aeronáutica nazista, não apenas referente à estranheza das formas aerodinâmicas dos aviões, mas também uma série de novas tecnologias de propulsão, naves não tripuladas teleguiadas e tecnologia Stealth.
Tudo começou em 1941, quando alguns engenheiros alemães e um italiano levaram ao Führer desenhos de uma aeronave em forma de disco voador cuja velocidade, autonomia e altitude superavam de longe os mais avançados aviões da época. Em 1944, o protótipo estava pronto. Equipado com turbinas a jato da BMW, foi chamado de Kugelblitz Flugkreisel. Além de um formato exótico, a aeronave teria instalado uma espécie de canhão eletromagnético e um projetor de microondas na parte inferior, para literalmente queimar o inimigo em solo. Quando o engenheiro Rudolph Schriver morreu, em 1950, para espanto geral foram encontrados diversos documentos secretos escondidos em seu apartamento, contendo fotos e planos de construção de gigantescos discos voadores.
Documentos secretos — A nave UFO Kugelblitz Flugkreisel fez seu vôo inaugural com sucesso em 04 de fevereiro de 1945, elevando-se até 11.450 m em apenas três minutos. Seguindo depois em trajetória reta, atingiu a velocidade de 1.960 km/h. Mas até o protótipo estar bem ajustado 18 pilotos de testes morreram devido a panes mecânicas. O projeto secreto foi executado nas fábricas de Peenemunde, Stettin, Essen e Dortmund, na Alemanha. O aparelho era totalmente blindado e os motores em vôo reto usavam como combustível uma mistura de hélio. Poderia decolar na vertical em apenas 16 segundos através das turbinas giratórias carburando uma mistura de álcool e oxigênio líquido sob alta pressão. O aspecto visual pode ser resumido como um disco de 14,4 m, com turbinas embaixo de um anel interno
que girava como uma grande hélice, presa por uma esfera central fixa e imóvel, onde se localizava a cabine de comando pressurizada com aparelhos eletrônicos e radares. Embaixo da cabine havia duas turbinas para movimentá-lo para frente.
De acordo com relatórios oficiais da Luftwaffe encontrados pelas forças aliadas, em 17 de abril de 1944, pode ser vista a seguinte anotação feita pelo engenheiro Richard Miethe, um dos construtores da nave. “No dia de hoje, sob testemunha de três coronéis da Luftwaffe, executamos um vôo sobre o mar Báltico e a aeronave Kugelblitz se comportou muito bem. Estava equipada com 12 turboreatores BMW modelo 28 e atingiu 20.803 m de altitude e no segundo vôo, 24.200 m. O conjunto mecânico desenvolve 5.500 cavalos no eixo central e com apenas 22 m cúbicos da mistura de hélio são suficientes para 16 horas de vôo. Estamos estudando novos aperfeiçoamentos, inclusive a adoção de um motor elétrico alimentado por uma fonte nuclear”.
O primeiro vôo desta aeronave futurista para os padrões da época foi em janeiro de 1945. O design foi criação de Walter e Reimar Horten das indústrias Gothaer Waggonfabrick. Ambos os engenheiros eram ex-oficiais da Luftwaffe. Nos primeiros testes da aeronave HO-IX superou as expectativas em velocidade e modernismo, mas o projeto foi interrompido pelo ataque das tropas norte-americanas. A atuação do HO-IX era de bombardeio e caça de combate. Possuía dois motores Junkers Jumo 004, com 900 kg de empuxo cada um. Levando em consideração a tecnologia da época, a autonomia dessa aeronave era surpreendente, podendo executar missões de 3.100 km sem reabastecer. Mas os alemães não eram apenas ótimos engenheiros mecânicos, eles contavam com excelentes físicos, matemáticos e estudiosos de diversas ciências fundamentais. Hitler sonhava com uma espécie de energia livre capaz de movimentar o desenvolvimento do novo mundo dominado pelo nazismo. Movidos por esse sonho, os cientistas passaram a investigar as propriedades do eletromagnetismo e sua aplicação no campo bélico, resultando em aeronaves discóides como o RFZ-5, Haunebu e VRIL, ambos verdadeiros discos voadores de grandes proporções.
Nem tudo que reluz é UFO — De acordo com documentos da Seção de Segurança da Força Paramilitar Nazista (SS), em agosto de 1939, o RFZ-5 fez seu primeiro vôo experimental em Neu Schabenland, região do continente Antártico, ultrapassando a velocidade de 4.500 km/h e mais tarde 15 mil km/h. Posteriormente, o Haunebu II, com 26 m de diâmetro, atingiu a velocidade de 6 mil km/h com autonomia de vôo de 55 horas e capacidade para 20 pessoas. O Haunebu III, com 70 m de diâmetro e autonomia de oito semanas de vôo, podia transportar até 32 pessoas. No inverno de 1944, uma nova nave chamada VRIL-7 sobrevoou o mar Báltico, com 120 m de diâmetro. Quando as forças aliadas invadiram as instalações secretas da SS em Berlin, no final da segunda grande guerra, os oficiais ficaram pasmos com a quantidade de projetos e máquinas misteriosas encontradas. Os desenhos e protótipos não destruídos pelos nazistas em fuga foram rapidamente levados para as bases militares dos Estados Unidos para serem estudados por especialistas. De acordo com análises dos peritos em Aeronáutica, os alemães estavam décadas adiante na tecnologia alternativa de energias e aviões secretos. Somando isso ao fato da presença de Richard Miethe, o construtor do Kugelblitz, no Canadá e EUA após a guerra, podemos concluir que o projeto dos aviões UFO norte-americano foi inspirado nos feitos dos alemães do terceiro Reich. Longe de insinuar que todos os efeitos UFO são causados por aeronaves secretas, é bom ressaltar que durante a jornada humana na Terra povos antigos cuja sabedoria é desconhecida a nós, ocidentais, registraram diversas manifestações de seres interplanetários munidos de naves luminosas em formatos variados, que consideravam serem deuses.
Magníficos impérios de outrora, como incas, egípcios, caldeus, persas, chineses e indianos possuíam uma mitologia rica em deuses, seres e aeronaves vindas das estrelas, que algumas vezes até os auxiliavam com ensinamentos e mensagens esclarecedoras. Seres alienígenas e naves extraplanetárias atuaram sobre a Terra e o fazem até hoje. Isso é inegável, independente da opinião dos céticos ortodoxos, cujo pensamento parou na Idade Média e não mais evoluiu. Na época atual, em que o ser humano vive dilemas dolorosos criados pelo seu próprio desenvolvimento desarmônico, fica clara a necessidade de considerarmos os fenômenos da Terra por um ponto de vista investigativo mais amplo, de maneira a se buscar não apenas uma verdade única, mas trilhar diversas possibilidades que nos ajudem a criar um quadro de opções cada vez mais lúcido e baseado nas múltiplas realidades que nos cercam. Como a Ufologia caminha para se tornar umas das mais esclarecedoras filosofias do futuro, é fundamental que adotemos uma postura que nos conduza a um estudo ufológico racional, abandonando a forma cartesiana do pensamento tradicional e colocando os fenômenos à prova, porque no gigantesco universo em que estamos inseridos, com suas múltiplas dimensões paralelas, faz bem pensar que nem tudo que reluz é UFO.
Um UFO nos anos 30?
Inúmeras são as pessoas e os relatos de avistamento de UFOs ao longo da história. Muitos são descritos durante momentos cruciais da humanidade, entretanto são as pessoas mais humildes que nos revelam interessantes informações sobre este assunto. Como é o caso do senhor A. Pozzy Markbreiter, que viajava de carro nas imediações da cidade de Baura, em Ferrara, Itália, quando inesperadamente foi surpreendido por uma luz intensa que iluminou a estrada na qual caminhava, como se fosse uma máquina com vários faróis acesos, que ofuscavam a visão. Qual não foi sua surpresa quando se deu conta de que a luz vinha de cima e era emanada de dois grandes corpos prateados e luminosos que se moviam no céu, um no rastro do outro.
Vinham de sudeste a noroeste. Impressionado por aquilo que presenciava, a testemunha seguiu com o olhar as duas “coisas”
até uma altura de cerca de 35° sobre o horizonte, quando os objetos cruzaram pelo seu trajeto. Não chegou a ouvir qualquer som que anunciasse a chegada dos bólidos. As duas aeronaves passaram velozes e silenciosas, sem criar qualquer fenômeno de distúrbio atmosférico. Outro caso intrigante é do geômetra L. Cariolato, da cidade de Malo, província de Vicenza, Itália. Apaixonado por astronomia, teve a oportunidade de observar um fenômeno insólito. No dia 06 de dezembro de 1937, às 17h35, viu um objeto luminoso que atravessava o céu em direção sul de seu ponto de observação. Suas dimensões eram de aproximadamente um terço do diâmetro aparente da Lua.
O que impressionou a testemunha foi o comportamento anormal do fenômeno, o qual chamou de meteoro. “Ele tinha um efeito diferente e se movia com uma trajetória paralela ao horizonte, deixando para trás um longo rastro esfumaçado. Na metade de seu percurso, dividiu-se em duas partes iguais que continuaram a viagem em fila indiana, um atrás do outro”, destaca. O observador calculou a altitude em cerca de 25 graus em relação à linha do horizonte. Fenômeno similar e de características análogas foi anotado naquele mesmo dia pelo senhor Montalbetti, arcebispo de Trento. Essas informações foram relatadas e divulgadas pelo periódico Coelum, volume VII, em dezembro de 1937.