Eram precisamente 15h30 de 09 de setembro (quinta-feira). O jornalista Paulo Nogueira, de Uberaba (MG), ministrava uma palestra sobre Tabagismo no anfiteatro do Hospital Dr. Hélio Angotti, para alunos do Colégio Dr. José Ferreira, quando uma funcionária da instituição interrompeu a palestra, dizendo-lhe ao pé do ouvido que havia dois senhores querendo falar-lhe com urgência. Paulo pediu licença aos alunos e foi atendê-los. Os dois senhores rapidamente contaram uma história inédita, e o jornalista marcou uma nova conversa, com mais detalhes, para as 19 horas.
O local escolhido foi o Museu de História Natural Wilson Estevanovic, localizado na Rua Uruguai 557, bairro Fabrício. Paulo foi recebido pelo presidente Wellington Estevanovic, pelo vice-presidente professor Carlos Magno Estevanovic, diretor-geral Wilson Estevanovic Neto e pela jovem Veruska Estevanovic, estudante de biologia. Os dirigentes revelaram que o museu, que existe há 96 anos (hoje com mais de 20 mil peças em seu acervo, sendo um dos sete maiores do país), é mantido pela família e conta com o maior observatório astronômico do Triângulo Mineiro.
O diretor-geral Wilson Estevanovic Neto contou que o museu, circo e teatro itinerante, sempre dirigidos por seus ancestrais, percorreram quase todos os países do mundo. Nessas viagens eles conseguiram, através de doações, peças, múmias, pedras de todos os tipos que caíam do espaço e muitos outros materiais interessantes. Em 1956, Wilson Estevanovic fixou residência em Uberaba, para onde trouxe todo o acervo da família. Ele faleceu em 1997, não conseguindo montar o museu. Somente um ano depois os filhos e netos o fizeram. Os descendentes russos não pararam de trabalhar: atualmente estão construindo um novo prédio para o museu.
Peça rara
Uma peça rara chamou a atenção de Paulo Nogueira. Trata-se de um esqueleto mumificado bastante diferente, parecido com o de um alienígena: de cabeça grande, sem orelhas, olhos e boca distintos. Todas essas características foram destacadas por estudiosos do assunto. O jornalista manteve contato com o ufólogo e pesquisador José Eduardo Coutinho Maia, que acompanhou a visita. Em primeira mão não dá para definir do que seja realmente o esqueleto. O ufólogo, entretanto, garante: “Trata-se de uma peça de valor inestimável para a ciência e que terá de ser estudada com bastante profundidade”.
Os dirigentes do museu revelam não saber a origem do esqueleto, descoberto por eles apenas recentemente, quando decidiram desmumificar a peça provavelmente conseguida no Egito. O espécime está exposto no museu, somente aos domingos, sob forte vigilância. Segundo os proprietários, já tentaram furtá-lo pelo menos duas vezes. Para se ter uma idéia, o crânio corresponde a quase duas vezes o crânio de humano adulto e é bastante desproporcional em relação ao restante do corpo, de aproximadamente 50 cm. Apenas o que seria o pé, com seis dedos, ainda está mumificado.
Divulgação
O encontro dos dirigentes com o repórter teve como objetivo a divulgação da exposição do esqueleto. Até então, somente alunos de algumas escolas da cidade e um pequeno público já o tinham visto. Eles solicitaram a divulgação, o que só aconteceu depois de muita discussão, até mesmo entre os dirigentes do museu. A visitação é gratuita, aos domingos, das 14h às 18h.
Pesquisando na internet sobre o assunto, encontra-se um único site em português com informações que pudessem levar a alguma ligação quanto ao caso de Uberaba. No site http://www.dominiosfantasticos.hpg.ig.com.br/id215.htm está a foto de um esqueleto – semelhante ao mostrado durante a reportagem de Paulo Nogueira ao Jornal da Manhã – com o seguinte texto:
“Muito pouco, ou na verdade quase NADA, sabemos sobre o planeta em que vivemos, bem como tudo aquilo que nos cerca. Do remoto passado, das profundezas do mar e também dos esteios longínquos do céu surgem por vezes coisas bastante bizarras – como que vindas, ou surgidas, exatamente para nos despertar da letargia em que estamos profunda e comodamente mergulhados. Este estranho esqueleto, por exemplo, encontrado nos desertos da sempre misteriosa Austrália, não pertence a qualquer espécie terrestre conhecida, donde obviamente se conclui a sua procedência alienígena!”.