Faleceu em 17 de agosto um dos maiores ufólogos do Brasil, Eduardo Oleszczuk. O técnico de televisão aposentado morreu aos 72 anos, na UTI do Pronto Socorro Municipal da cidade de Ponta Grossa, vítima de um câncer fatal. O enterro ocorreu no cemitério do Bairro Água Verde, na cidade de Curitiba. Em 08 de agosto de 1947, Oleszczuk começou o interesse pela Ufologia, a partir de um caso ocorrido no município de Pitanga, cidade do interior do Paraná, publicado no jornal Diário da Tarde. O acontecimento coincidentemente ocorreu no mesmo ano da queda de um suposto disco voador na cidade de Roswell, estado do Novo México, nos Estados Unidos. Com o despertar pelo interesse em Ufologia, Oleszczuk começou a prestar mais atenção nos céus. No ano de 1954, em passagem pelo município de Canoas, Rio Grande do Sul, ele avistou algo estranho de forma arredondada, que emitia uma forte luz branca e “liberava diversas fagulhas”. Retornando para Curitiba, sua terra natal, em uma noite de inverno, no ano de 1958, resolveu comprar um maço de cigarros em um bar na esquina de sua casa, quando novamente avistou um grande objeto.
“Observei que tudo ficou claro. Eram 20h00. Avistei-o emitindo uma luz esverdeada, não fazendo nenhum barulho e percorrendo o sentido norte-sul”, contou.Objeto com o formato de baciaAlguns dias após o ocorrido, Oleszczuk estava trabalhando em sua oficina que ficava nos fundos de sua casa, quando sua ex-esposa ouviu um ruído muito baixo e foi olhar para a janela para ver o que era. Nisso, avistou um objeto “em formato de bacia” e chamou o ex-esposo, correndo para ver o que era. Ao chegar ao local, no entanto, o objeto voador não identificado já havia partido. Mas, conforme relatou, chegou a ouvir “um estranho ronco produzido pela nave”. Depois desse episódio, o técnico aposentado contou que teve uma série de avistamentos.
No ano de 1986 ele mudou para Ponta Grossa, onde relatou que observou várias naves, mas a aparição mais impressionante ocorreu no centro da cidade. “Estava construindo minha residência no jardim Atlanta, quando às 18h10, minha atual esposa Lídia me chamou a atenção e observei uma forma de charuto cor branca parado em cima do hotel Vila Velha, no centro da cidade”, lembra. Logo em seguida apareceram mais 3 objetos que ficaram ao lado desta. Um deles desapareceu e os 2 que ficaram começaram a liberar uma substância que os ufólogos chamam de cabelo de anjo, algo esbranquiçado parecido com fios de ovos, que alguns ufólogos relatam durante o aparecimento de naves.
Arquivos ufológicos. Oleszczuk possuía um grande acervo de recortes de jornais e revistas sobre Ufologia, desde 08 de agosto de 1947. Atualmente, esses arquivos estão disponíveis para a Associação Ufológica Ponta-grossense (AUP). Ele participou de centenas de congressos ufológicos, chegando a ganhar um diploma de honra ao mérito por ser o ufólogo de mais idade naquela ocasião, na cidade de Castro. O último congresso de que participou como palestrante foi em 17 de abril de 2004, no Centro de Cultura de Ponta Grossa. Acreditava em Deus, porém não na Bíblia e nem nas religiões, pois, segundo ele, o livro sagrado foi adulterado pela igreja com o passar do tempo. O técnico deixou um conselho aos ufólogos que estão começando: “Pesquisem, pesquisem e pesquisem, pois como Cristo falou: ‘conhecereis a verdade e ela os libertará\’”. Esta é uma homenagem de todos os centros de pesquisas ufológicas brasileiro. “É com muito pesar que damos esta notícia, porém temos certeza de que ele está em um lugar melhor, ao lado do Criador. Nós da Associação Ufológica Ponta-grossense resolvemos fazer esta singela homenagem ao ufólogo mais antigo do nosso país. Eduardo, você ficará sempre em nossos corações”, destacam os responsáveis pela AUP.